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FIGURA RETÓRICA: 
FLOR OU ESPADA? 
Hélia Coelho Mello Cunha
RETÓRICA 
Na prática pedagógica, o estudo da Retórica 
pode ser um meio eficiente de tornar os sujeitos 
bem preparados para a compreensão de um 
texto argumentativo, já que possibilita o 
conhecimento de recursos que tornam possível a 
adaptação do discurso aos objetivos visados por 
seu enunciador.
EM ARTE RETÓRICA, 
ARISTÓTELES DECLARA: 
(...) sua finalidade não é tanto persuadir, 
quanto descobrir o que há de persuasivo 
em cada caso (...) sua tarefa não consiste 
em persuadir, mas discernir os meios de 
persuadir a propósito de cada questão, 
como sucede com todas as demais artes 
e (...) o papel da Retórica se ocupa em 
distinguir o que é verdadeiramente 
suscetível de persuadir do que só é na 
aparência.
RETÓRICA NA ANTIGUIDADE 
 Abrangia tanto a arte de bem falar 
(eloquência) como o estudo de técnicas de 
persuasão e até de manipulação. 
Caráter pragmático: convencer o interlocutor 
da verdade de sua fala. 
Sofistas: “a arte de persuasão”. 
Aristóteles - ciência: técnica rigorosa de 
argumentação e arte do estilo.
TÉCNICA RETÓRICA DE 
ARISTÓTELES 
Meios não técnicos; leis, tratados,etc. 
Meios de prova técnicos : aqueles derivados do 
caráter do próprio orador, que empresta sua 
credibilidade à causa (etos); aqueles em que o 
orador procura lidar com as emoções do 
auditório e, por isso, o discurso causa paixão 
(pathos); e aqueles derivados da razão do 
discurso, do que ele demonstra ou parece 
demonstrar (logos).
IDADE MÉDIA 
A Retórica é representada, nas ilustrações 
da época, como uma bela mulher, de 
vestes ornadas com figuras. Na boca, 
ostenta uma flor (retórica ornamental) e 
uma arma (retórica persuasiva).
IDADE MÉDIA ATÉ O SÉCULO XIX 
 Perdeu o seu objetivo pragmático 
imediato, deixando de ensinar como 
persuadir para passar a ensinar como 
fazer “belos discursos” e limitando-se, 
dos séculos XVI a XIX, ao tratamento 
das “figuras”. 
 Relegada ao plano de mera prática 
mundana composta de artifícios 
estilísticos.
NA DÉCADA DE 60 (SÉC. XX) 
 Nova retórica puramente literária, sem relação 
com a persuasão- grupo MU (Gerard Genette, 
Henri Morrier e Jean Cohen) e por Roland 
Barthes que abordavam a retórica como 
estudo do estilo das figuras cujo objetivo era 
tornar o texto poético. 
 Reboul (1998:88) afirma que “essa ‘nova 
retórica’ limita-se, pois, à elocução e desta só 
fica com as figuras. Em suma, uma retórica 
sem finalidade alguma”.
CHAÏM PERELMAN 
Abordou a Retórica enquanto argumentação e 
convivência humana, apresentando técnicas 
argumentativas e a necessidade de 
observarmos o “auditório” 
Segundo Reboul (ibid.88), “essa obra, que se 
insere na grande tradição retórica de 
Aristóteles, Isócrates e Quintiliano, é realmente 
a teoria do discurso persuasivo”.
CHAÏM PERELMAN 
Perelman, ao apresentar em sua obra uma 
tipologia de esquemas argumentativos, reduziu o 
espaço para as figuras. Reboul (1998:89) 
comenta essa “falha” da nova retórica de 
Perelman, dizendo que “é uma retórica centrada 
na invenção e não na elocução (...). Se o tratado 
descreve maravilhosamente as estratégias da 
argumentação, deixa de reconhecer os aspectos 
afetivos da Retórica, o delectare e o movere, o 
encanto e a emoção, essenciais, contudo, à 
persuasão”.
Reboul (ibid.90) afirma que “é preciso 
negar-se à opção mortal entre retórica da 
argumentação e retórica do estilo. Uma 
não está sem a outra”. 
Hoje, a Retórica ressurge, não apenas 
com o uso de muitas técnicas 
argumentativas, mas com o uso de figuras 
com um único objetivo: persuadir o 
auditório.
FIGURAS RETÓRICAS 
“A figura só é de retórica quando 
desempenha papel persuasivo”, diz 
Reboul (1998:114) e, segundo Perelman 
(1999:195), as figuras poderiam ser 
agrupadas em três: de escolha, de 
presença e de comunhão.
FIGURAS RETÓRICAS NAS 
AULAS DE LEITURA 
Através do conhecimento das figuras retóricas 
que podem ser usadas em textos argumentativos 
, o leitor terá mais possibilidades de refletir sobre 
os objetivos do enunciador nos textos que lê e 
poderá sair do plano superficial de leitura.
FIGURAS DE PALAVRAS 
Dizem respeito à matéria sonora do 
discurso e sua força persuasiva se dá 
devido ao fato de “facilitarem a atenção e 
a lembrança”, além de “instaurarem uma 
harmonia aparente, porém incisiva, 
sugerindo que, se os sons se 
assemelham não é por acaso. A harmonia 
é comprovada pelo prazer”. O trocadilho, 
a derivação são exemplos destas figuras.
FIGURAS DE SENTIDO 
Dizem respeito à significação das palavras ou 
dos grupos de palavras. Consistem no emprego 
de um termo (ou vários) com um sentido que não 
lhe é habitual. Segundo Reboul (1998:120), “a 
figura de sentido desempenha papel lexical; não 
que acrescente palavras ao léxico, mas 
enriquece o sentido das palavras”. Dentre as 
figuras de sentido, há a metáfora, a metonímia, a 
hipérbole, lítotes, paradoxo, sinestesia.
FIGURAS DE CONSTRUÇÃO 
Como a elipse ou a antítese, dizem 
respeito à estrutura da frase, por vezes do 
discurso. Algumas procedem por 
subtração (elipse, assíndeto, reticência); 
outras por repetição (antítese, anáfora, 
pleonasmo, gradação).
FIGURAS DE PENSAMENTO , 
ENUNCIAÇÃO E ARGUMENTO 
Figuras do pensamento (alegoria, ironia), 
de enunciação (personificação, apóstrofe) 
e de argumento (prolepse, pergunta 
retórica): dizem respeito à relação do 
discurso com seu sujeito (o orador) ou 
com seu objeto.
NA ESCOLA
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 ARISTÓTELES Arte Retórica e Arte Poética. Trad. Antonio Pinto de Carvalho. Rio de 
Janeiro: Tecnoprint, 19--? . 
 GEHRINGER, Max. O que é ... empregabilidade. Revista VOCEs.a. São Paulo: Ed. 
Abril. , ano 3, n.32, p. 198, agosto 2000. 
 GIRAUD, Pierre. A Estilística. 2.ed. trad. Miguel Maillet. São Paulo: Mestre Jou, 1978. 
 HALLIDAY, Tereza Lúcia.O Que é Retórica, São Paulo: Brasiliense, 1999 (Coleção 
Primeiros Passos: 232). 
 PERELMAN, Chaïm & OLBRECHTS-TYTECA, Lucie. Tratado da Argumentação - A 
Nova Retórica. São Paulo: Martins Fontes, 1996. 
 REBOUL, Olivier. Introdução à Retórica. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
CONTATO: 
Hélia Coelho Mello Cunha 
heliacoelho14@gmail.com 
hcunha@iff.edu.br 
Facebook: LINGUA AFI(N)ADA

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FIGURA RETÓRICA: FLOR OU ESPADA?

  • 1. FIGURA RETÓRICA: FLOR OU ESPADA? Hélia Coelho Mello Cunha
  • 2. RETÓRICA Na prática pedagógica, o estudo da Retórica pode ser um meio eficiente de tornar os sujeitos bem preparados para a compreensão de um texto argumentativo, já que possibilita o conhecimento de recursos que tornam possível a adaptação do discurso aos objetivos visados por seu enunciador.
  • 3. EM ARTE RETÓRICA, ARISTÓTELES DECLARA: (...) sua finalidade não é tanto persuadir, quanto descobrir o que há de persuasivo em cada caso (...) sua tarefa não consiste em persuadir, mas discernir os meios de persuadir a propósito de cada questão, como sucede com todas as demais artes e (...) o papel da Retórica se ocupa em distinguir o que é verdadeiramente suscetível de persuadir do que só é na aparência.
  • 4. RETÓRICA NA ANTIGUIDADE  Abrangia tanto a arte de bem falar (eloquência) como o estudo de técnicas de persuasão e até de manipulação. Caráter pragmático: convencer o interlocutor da verdade de sua fala. Sofistas: “a arte de persuasão”. Aristóteles - ciência: técnica rigorosa de argumentação e arte do estilo.
  • 5. TÉCNICA RETÓRICA DE ARISTÓTELES Meios não técnicos; leis, tratados,etc. Meios de prova técnicos : aqueles derivados do caráter do próprio orador, que empresta sua credibilidade à causa (etos); aqueles em que o orador procura lidar com as emoções do auditório e, por isso, o discurso causa paixão (pathos); e aqueles derivados da razão do discurso, do que ele demonstra ou parece demonstrar (logos).
  • 6. IDADE MÉDIA A Retórica é representada, nas ilustrações da época, como uma bela mulher, de vestes ornadas com figuras. Na boca, ostenta uma flor (retórica ornamental) e uma arma (retórica persuasiva).
  • 7.
  • 8. IDADE MÉDIA ATÉ O SÉCULO XIX  Perdeu o seu objetivo pragmático imediato, deixando de ensinar como persuadir para passar a ensinar como fazer “belos discursos” e limitando-se, dos séculos XVI a XIX, ao tratamento das “figuras”.  Relegada ao plano de mera prática mundana composta de artifícios estilísticos.
  • 9. NA DÉCADA DE 60 (SÉC. XX)  Nova retórica puramente literária, sem relação com a persuasão- grupo MU (Gerard Genette, Henri Morrier e Jean Cohen) e por Roland Barthes que abordavam a retórica como estudo do estilo das figuras cujo objetivo era tornar o texto poético.  Reboul (1998:88) afirma que “essa ‘nova retórica’ limita-se, pois, à elocução e desta só fica com as figuras. Em suma, uma retórica sem finalidade alguma”.
  • 10. CHAÏM PERELMAN Abordou a Retórica enquanto argumentação e convivência humana, apresentando técnicas argumentativas e a necessidade de observarmos o “auditório” Segundo Reboul (ibid.88), “essa obra, que se insere na grande tradição retórica de Aristóteles, Isócrates e Quintiliano, é realmente a teoria do discurso persuasivo”.
  • 11. CHAÏM PERELMAN Perelman, ao apresentar em sua obra uma tipologia de esquemas argumentativos, reduziu o espaço para as figuras. Reboul (1998:89) comenta essa “falha” da nova retórica de Perelman, dizendo que “é uma retórica centrada na invenção e não na elocução (...). Se o tratado descreve maravilhosamente as estratégias da argumentação, deixa de reconhecer os aspectos afetivos da Retórica, o delectare e o movere, o encanto e a emoção, essenciais, contudo, à persuasão”.
  • 12. Reboul (ibid.90) afirma que “é preciso negar-se à opção mortal entre retórica da argumentação e retórica do estilo. Uma não está sem a outra”. Hoje, a Retórica ressurge, não apenas com o uso de muitas técnicas argumentativas, mas com o uso de figuras com um único objetivo: persuadir o auditório.
  • 13. FIGURAS RETÓRICAS “A figura só é de retórica quando desempenha papel persuasivo”, diz Reboul (1998:114) e, segundo Perelman (1999:195), as figuras poderiam ser agrupadas em três: de escolha, de presença e de comunhão.
  • 14. FIGURAS RETÓRICAS NAS AULAS DE LEITURA Através do conhecimento das figuras retóricas que podem ser usadas em textos argumentativos , o leitor terá mais possibilidades de refletir sobre os objetivos do enunciador nos textos que lê e poderá sair do plano superficial de leitura.
  • 15. FIGURAS DE PALAVRAS Dizem respeito à matéria sonora do discurso e sua força persuasiva se dá devido ao fato de “facilitarem a atenção e a lembrança”, além de “instaurarem uma harmonia aparente, porém incisiva, sugerindo que, se os sons se assemelham não é por acaso. A harmonia é comprovada pelo prazer”. O trocadilho, a derivação são exemplos destas figuras.
  • 16. FIGURAS DE SENTIDO Dizem respeito à significação das palavras ou dos grupos de palavras. Consistem no emprego de um termo (ou vários) com um sentido que não lhe é habitual. Segundo Reboul (1998:120), “a figura de sentido desempenha papel lexical; não que acrescente palavras ao léxico, mas enriquece o sentido das palavras”. Dentre as figuras de sentido, há a metáfora, a metonímia, a hipérbole, lítotes, paradoxo, sinestesia.
  • 17. FIGURAS DE CONSTRUÇÃO Como a elipse ou a antítese, dizem respeito à estrutura da frase, por vezes do discurso. Algumas procedem por subtração (elipse, assíndeto, reticência); outras por repetição (antítese, anáfora, pleonasmo, gradação).
  • 18. FIGURAS DE PENSAMENTO , ENUNCIAÇÃO E ARGUMENTO Figuras do pensamento (alegoria, ironia), de enunciação (personificação, apóstrofe) e de argumento (prolepse, pergunta retórica): dizem respeito à relação do discurso com seu sujeito (o orador) ou com seu objeto.
  • 29. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS  ARISTÓTELES Arte Retórica e Arte Poética. Trad. Antonio Pinto de Carvalho. Rio de Janeiro: Tecnoprint, 19--? .  GEHRINGER, Max. O que é ... empregabilidade. Revista VOCEs.a. São Paulo: Ed. Abril. , ano 3, n.32, p. 198, agosto 2000.  GIRAUD, Pierre. A Estilística. 2.ed. trad. Miguel Maillet. São Paulo: Mestre Jou, 1978.  HALLIDAY, Tereza Lúcia.O Que é Retórica, São Paulo: Brasiliense, 1999 (Coleção Primeiros Passos: 232).  PERELMAN, Chaïm & OLBRECHTS-TYTECA, Lucie. Tratado da Argumentação - A Nova Retórica. São Paulo: Martins Fontes, 1996.  REBOUL, Olivier. Introdução à Retórica. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
  • 30. CONTATO: Hélia Coelho Mello Cunha heliacoelho14@gmail.com hcunha@iff.edu.br Facebook: LINGUA AFI(N)ADA