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Conta a lenda, que uma bela mulher, chamada Sofia,
sonhou que ao chegar em casa, após um dia estressante de
trabalho, se deparou com várias pessoas estranhas em sua
casa.
Sofia se assustou, mas um homem, muito musculoso, logo
se adiantou a falar: -Não tema Sofia, somos tão ou mais
velhos que o mundo, e estamos aqui, eu e meus amigos,
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Sofia, não esperando seu interlocutor terminar de falar,
indagou prontamente: -Preguiça? Mas você não parece
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por isso mesmo peso e muito nos ombros de quem sucumbe
a esse pecado.
Nesse momento, uma velha decrépita, encurvada,
enrugada e de aspecto péssimo, se aproximou e começou
a falar: - Eu sou a Luxúria. Destruo famílias, perverto
homens, mulheres e crianças. Trago junto comigo
flagelos, doenças e a morte. E, prevendo um pensamento
que corria à mente de Sofia, a Luxúria se transformou em
uma bela e jovem mulher de formas esculturais e disse: -
não há feiura alguma para quem sucumbe à luxúria.
Imediatamente após a luxúria acabar de falar, um
mendigo, com roupas rasgadas, sujas, e exalando mau
cheiro, levantou-se do chão e disse: - Me chamam de
Ganância. Muitos caem em desgraça, matam e
abandonam seus entes queridos por minha causa. Tenho
essa aparência porque quanto mais eu tenho mais eu
quero ter, quanto mais rico sou, mais cobiço a riqueza.
Antes que mais algum deles se pronunciasse, levada pela
curiosidade, Sofia perguntou a uma linda mulher, de corpo
escultural, que estava sentada em um sofá: - quem seria
você?
- Eu sou a gula. Muitos me imaginam gorda e feia como
uma baleia, mas se fosse assim, seria muito fácil resistir a
esse pecado. Quem sofre do meu mal nem o percebe.
Um velhinho, sentado em uma poltrona, lentamente se
levantou e, com voz calma e doce, se apresentou: - Eu sou a
ira. Alguns, também me chamam de cólera, outros ainda de
raiva. Tenho muitos nomes, pois sou o mais comum entre as
pessoas. Sou tão velho que poderia ser considerado o avô
da raça humana.
Cidades e reinos inteiros foram destruídos por minha
causa. Mas, na maioria das vezes, tenho esse aspecto lento
e tranquilo, mas estou agindo, guardado dentro de você,
lhe causando úlceras e outras doenças mais.
Quando a ira terminou de falar, chegou a vez de uma bela
princesa, vestida de forma esplendorosa, coberta de jóias,
ouro, pedras preciosas e uma bela coroa: - Eu sou a inveja,
e ainda não tenho tudo o que quero. Habito tanto entre os
ricos e entre os pobres de forma igual, pois surjo não do que
se tem, mas sim do que não se tem e pelo que é dos outros.
Sou irmã da ganância, e nós duas somos madrinhas da
tristeza.
Mas a inveja não conseguiu terminar de falar, pois foi
interrompida por um lindo menino, que andara brincando
pela casa enquanto os outros falavam.
-Venha, brinque comigo, sou o orgulho. Só que não se
engane com minha aparência, não sou puro nem inocente.
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Sofia estava atônita. Todos continuavam ali,esperando uma
escolha dela. Poderia escolher qualquer um deles para sair
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Refletiu, pensou, ponderou todo seu conhecimento lógico
para tentar descobrir qual seria a melhor escolha.
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- Eu escolho o orgulho para que saia da minha vida. O
orgulho olhou para ela não mais com o olhar de criança,
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amigos.
Esperou que todos saíssem. Virou-se para Sofia e disse,
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escolha certa ao tirar o orgulho de sua vida. Onde não há
orgulho não habita a preguiça, pois os preguiçosos são
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consideram merecedores de seus atos. Não há também a
ganância, pois quem se entrega a esse pecado tem orgulho
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existe também a gula na vida dos que não têm orgulho,
pois os gulosos se orgulham de sua condição, de suas
mentiras para esconder e negar sua condição, tanto para
si, quanto para os outros. Não há a ira, continuou o
orgulho, pois os irados são aqueles que se orgulham de
serem perfeitos e não toleram a perfeição alheia. E, por
fim, não há a inveja. Pois os invejosos são aqueles que
têm seu orgulho ferido por toda a felicidade e sucesso dos
outros.
Quando terminou de falar, o orgulho saiu porta afora.
Reflexão:
Orgulho: Sentimento de dignidade pessoal; brio, altivez.
Conceito elevado ou exagerado de si próprio; amor-próprio
demasiado; soberba. É o sentimento da própria grandeza real,
existente no íntimo de cada ser, mas transbordado ou desviado
do seu verdadeiro curso. A causa do orgulho está na crença, em
que o homem se firma, da sua superioridade individual. Ainda
ai se faz sentir a influência da concentração dos pensamentos
sobre a vida corpórea.
Naquele que nada vê adiante de si, atrás de si, nem acima de si,
o sentimento da personalidade sobrepuja e o orgulho fica sem
contrapeso. A pessoa que se sente orgulhosa das coisas que faz,
sente-se melhor que os outros, pois o coração dela está repleto
de orgulho: “Eu sou bom mesmo, eu faço tudo isso!”. A oração
do fariseu estava repleta de soberba, porque ele rezava
justamente para dizer a Deus que não se parecia com os outros
homens, que não cometia esse ou aquele pecado, que estava
sempre ali para fazer a vontade do Senhor.
O fariseu colocava diante do Senhor os sacrifícios que fazia e
os jejuns que praticava, o dízimo que pagava e a oração
soberba. Dizem que existem dois tipos de orgulho. Um, o
sentimento de satisfação de si próprio, que é positivo, se não
demasiado. O outro, negativo, é aquele que coloca barreiras
entre nós e as outras pessoas. É bom o sentimento de satisfação
quando empreendemos alguma coisa e vamos até o fim com
vitória. Sabemos que nos esforçamos e que valeu a pena.
A alegria interna que chega em forma de paz e serenidade, a
felicidade calma, nos recompensa de todo o possível
sofrimento da caminhada. Acontece que o orgulho estraga
muita coisa. O orgulho faz você perder quem ama, faz você
perder oportunidades e também pessoas. O orgulho faz você se
tornar alguém difícil de ser amado, alguém que, por mais que o
outro insista, torna-se cada vez mais difícil de resolver
conflitos, de dialogar e de fazer dar certo. Porque nada pior do
que lidar com alguém orgulhoso, que não sabe reconhecer
quando está errado, que não sabe pedir desculpas, ...
... que não sabe olhar nos olhos e dizer que sente nossa falta e
que nos ama quando não merecemos ser amados. Por orgulho
não reconhecemos nossos erros. Às vezes até reconhecemos
em nós, interiormente, com aquela dorzinha fina de ter que
admitir ao menos a si que se está errado, mas de lá a confessar
a outros é outra coisa. É duro. Está em nós, mas não sai, nos
bloqueia, paralisa nossas palavras e nossas ações e seria
preciso um esforço sobrenatural para ter que admitir. E por que
não admitimos, não pedimos perdão. Preferimos viver com
aquele sentimento angustiante do que ter que nos rebaixar
(seria se rebaixar realmente?) a confessar que estamos errados.
Quanto tempo jogamos no lixo por causa disso! Nunca passa
pela nossa cabeça que muitas vezes quando nos ajoelhamos
estamos mais próximos de Deus. Há famílias onde existem
pessoas que ficam anos sem se comunicar porque um dia
alguém fez alguma coisa que magoou o outro. E cada um fica
do seu lado, com sua razão, sozinho no seu direito de estar
certo e não dar o braço a torcer. Cada qual está atado ao seu
orgulho e carrega isso até a morte, onde geralmente se
pergunta se não deveria ter agido de outra forma. Mas então já
é tarde. O orgulho está na raiz de quase todos os males.
O homem ao adquirir conhecimento e posses, deixa-se levar
pela ilusão de si próprio. O orgulhoso é aquele que se sente
como não o é, e percebe-se acima das coisas do mundo em que
vive. O orgulhoso sente prazer em fazer com que suas
determinações ou ideias sejam impostas aos demais, por
manter o seu nível de autoestima muito elevado, fora da
realidade. O orgulhoso não enxerga o seu próximo, vê apenas a
si próprio. Assim, o orgulhoso é filho dileto do egoísmo. É
preciso nos libertarmos do orgulho que nos impede de viver.
Os pássaros que são livres voam muito mais alto e vêm mais
beleza do que os que ficam presos.
E eles cantam mais. Sem fardos caminhamos mais facilmente e
com certeza seremos capazes de ir muito mais além. Leon
Denis também se referiu ao orgulhoso no seu livro Depois da
Morte: “Entre todos os homens, ele é o que menos se conhece:
presunçoso, nada pode arrancá-lo do erro, pois ele evita com
todo cuidado tudo quanto serve para esclarecê-lo; odeia que o
contradigam e não se agrada senão com a companhia dos
aduladores”. "Não podem os homens ser felizes, se não
viverem em paz, isto é, se não os animar um sentimento de
benevolência, de indulgência e de condescendência recíprocas.
A caridade e a fraternidade resumem todas as condições e
todos os deveres sociais; uma e outra, porém, pressupõem a
abnegação. Ora, a abnegação é incompatível com o egoísmo e
o orgulho; logo, com esses vícios, não é possível a verdadeira
fraternidade, nem, por conseguinte, igualdade, nem liberdade,
dado que o egoísta e o orgulhoso querem tudo para si." (Allan
Kardec). Identifique-se o homem com a vida futura e
completamente mudará a sua maneira de ver, como a do
indivíduo que apenas por poucas horas haja de permanecer
numa habitação má e que sabe que, ao sair, terá outra,
magnífica, para o resto de seus dias.
Interesses escusos e mesquinhos sempre tiveram guarida no
coração dos orgulhosos, levando-os a perseguirem a obtenção
de seus objetivos a qualquer custo, não importando a quem
esteja ferindo.
Uma boa reflexão!
Muita paz!
Visite o meu Blog: http://espiritual-espiritual.blogspot.com.br
A serviço da Doutrina Espírita; com estudos comentados.
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A lenda dos sete pecados capitais

  • 1.
  • 2. Conta a lenda, que uma bela mulher, chamada Sofia, sonhou que ao chegar em casa, após um dia estressante de trabalho, se deparou com várias pessoas estranhas em sua casa. Sofia se assustou, mas um homem, muito musculoso, logo se adiantou a falar: -Não tema Sofia, somos tão ou mais velhos que o mundo, e estamos aqui, eu e meus amigos, para que você escolha um de nós para sair definitivamente de sua vida.
  • 3. Eu sou a Preguiça... Sofia, não esperando seu interlocutor terminar de falar, indagou prontamente: -Preguiça? Mas você não parece preguiçoso. Tem o corpo de quem malha e se esforça diariamente. -Isso mesmo, disse a preguiça, sou forte como um touro, e por isso mesmo peso e muito nos ombros de quem sucumbe a esse pecado.
  • 4. Nesse momento, uma velha decrépita, encurvada, enrugada e de aspecto péssimo, se aproximou e começou a falar: - Eu sou a Luxúria. Destruo famílias, perverto homens, mulheres e crianças. Trago junto comigo flagelos, doenças e a morte. E, prevendo um pensamento que corria à mente de Sofia, a Luxúria se transformou em uma bela e jovem mulher de formas esculturais e disse: - não há feiura alguma para quem sucumbe à luxúria.
  • 5. Imediatamente após a luxúria acabar de falar, um mendigo, com roupas rasgadas, sujas, e exalando mau cheiro, levantou-se do chão e disse: - Me chamam de Ganância. Muitos caem em desgraça, matam e abandonam seus entes queridos por minha causa. Tenho essa aparência porque quanto mais eu tenho mais eu quero ter, quanto mais rico sou, mais cobiço a riqueza.
  • 6. Antes que mais algum deles se pronunciasse, levada pela curiosidade, Sofia perguntou a uma linda mulher, de corpo escultural, que estava sentada em um sofá: - quem seria você? - Eu sou a gula. Muitos me imaginam gorda e feia como uma baleia, mas se fosse assim, seria muito fácil resistir a esse pecado. Quem sofre do meu mal nem o percebe.
  • 7. Um velhinho, sentado em uma poltrona, lentamente se levantou e, com voz calma e doce, se apresentou: - Eu sou a ira. Alguns, também me chamam de cólera, outros ainda de raiva. Tenho muitos nomes, pois sou o mais comum entre as pessoas. Sou tão velho que poderia ser considerado o avô da raça humana. Cidades e reinos inteiros foram destruídos por minha causa. Mas, na maioria das vezes, tenho esse aspecto lento e tranquilo, mas estou agindo, guardado dentro de você, lhe causando úlceras e outras doenças mais.
  • 8. Quando a ira terminou de falar, chegou a vez de uma bela princesa, vestida de forma esplendorosa, coberta de jóias, ouro, pedras preciosas e uma bela coroa: - Eu sou a inveja, e ainda não tenho tudo o que quero. Habito tanto entre os ricos e entre os pobres de forma igual, pois surjo não do que se tem, mas sim do que não se tem e pelo que é dos outros. Sou irmã da ganância, e nós duas somos madrinhas da tristeza.
  • 9. Mas a inveja não conseguiu terminar de falar, pois foi interrompida por um lindo menino, que andara brincando pela casa enquanto os outros falavam. -Venha, brinque comigo, sou o orgulho. Só que não se engane com minha aparência, não sou puro nem inocente. Posso ser tão destrutivo quanto os outros pecados. Sofia estava atônita. Todos continuavam ali,esperando uma escolha dela. Poderia escolher qualquer um deles para sair de sua vida.
  • 10. Refletiu, pensou, ponderou todo seu conhecimento lógico para tentar descobrir qual seria a melhor escolha. Finalmente, resolveu ceder ao seu sexto sentido. - Eu escolho o orgulho para que saia da minha vida. O orgulho olhou para ela não mais com o olhar de criança, mas, sim, com raiva e ódio. Levantou-se do chão e rumou para a porta, sendo imediatamente seguido por seus seis amigos.
  • 11. Esperou que todos saíssem. Virou-se para Sofia e disse, agora com uma voz poderosa e imponente: - Você Fez a escolha certa ao tirar o orgulho de sua vida. Onde não há orgulho não habita a preguiça, pois os preguiçosos são aqueles que se orgulham de nada fazerem para viver, não percebendo que simplesmente perdem sua vida nada fazendo. Nesse momento, Sofia estava surpresa.
  • 12. E o orgulho continuou: - Sem o orgulho não há a luxúria, pois os luxuriosos se orgulham de seus corpos, e se consideram merecedores de seus atos. Não há também a ganância, pois quem se entrega a esse pecado tem orgulho das poucas migalhas que juntam na terra, não percebendo que são meros instrumentos do próprio dinheiro e posses.
  • 13. O orgulho tomou um pequeno fôlego e continuou: - Não existe também a gula na vida dos que não têm orgulho, pois os gulosos se orgulham de sua condição, de suas mentiras para esconder e negar sua condição, tanto para si, quanto para os outros. Não há a ira, continuou o orgulho, pois os irados são aqueles que se orgulham de serem perfeitos e não toleram a perfeição alheia. E, por fim, não há a inveja. Pois os invejosos são aqueles que têm seu orgulho ferido por toda a felicidade e sucesso dos outros. Quando terminou de falar, o orgulho saiu porta afora.
  • 14. Reflexão: Orgulho: Sentimento de dignidade pessoal; brio, altivez. Conceito elevado ou exagerado de si próprio; amor-próprio demasiado; soberba. É o sentimento da própria grandeza real, existente no íntimo de cada ser, mas transbordado ou desviado do seu verdadeiro curso. A causa do orgulho está na crença, em que o homem se firma, da sua superioridade individual. Ainda ai se faz sentir a influência da concentração dos pensamentos sobre a vida corpórea.
  • 15. Naquele que nada vê adiante de si, atrás de si, nem acima de si, o sentimento da personalidade sobrepuja e o orgulho fica sem contrapeso. A pessoa que se sente orgulhosa das coisas que faz, sente-se melhor que os outros, pois o coração dela está repleto de orgulho: “Eu sou bom mesmo, eu faço tudo isso!”. A oração do fariseu estava repleta de soberba, porque ele rezava justamente para dizer a Deus que não se parecia com os outros homens, que não cometia esse ou aquele pecado, que estava sempre ali para fazer a vontade do Senhor.
  • 16. O fariseu colocava diante do Senhor os sacrifícios que fazia e os jejuns que praticava, o dízimo que pagava e a oração soberba. Dizem que existem dois tipos de orgulho. Um, o sentimento de satisfação de si próprio, que é positivo, se não demasiado. O outro, negativo, é aquele que coloca barreiras entre nós e as outras pessoas. É bom o sentimento de satisfação quando empreendemos alguma coisa e vamos até o fim com vitória. Sabemos que nos esforçamos e que valeu a pena.
  • 17. A alegria interna que chega em forma de paz e serenidade, a felicidade calma, nos recompensa de todo o possível sofrimento da caminhada. Acontece que o orgulho estraga muita coisa. O orgulho faz você perder quem ama, faz você perder oportunidades e também pessoas. O orgulho faz você se tornar alguém difícil de ser amado, alguém que, por mais que o outro insista, torna-se cada vez mais difícil de resolver conflitos, de dialogar e de fazer dar certo. Porque nada pior do que lidar com alguém orgulhoso, que não sabe reconhecer quando está errado, que não sabe pedir desculpas, ...
  • 18. ... que não sabe olhar nos olhos e dizer que sente nossa falta e que nos ama quando não merecemos ser amados. Por orgulho não reconhecemos nossos erros. Às vezes até reconhecemos em nós, interiormente, com aquela dorzinha fina de ter que admitir ao menos a si que se está errado, mas de lá a confessar a outros é outra coisa. É duro. Está em nós, mas não sai, nos bloqueia, paralisa nossas palavras e nossas ações e seria preciso um esforço sobrenatural para ter que admitir. E por que não admitimos, não pedimos perdão. Preferimos viver com aquele sentimento angustiante do que ter que nos rebaixar (seria se rebaixar realmente?) a confessar que estamos errados.
  • 19. Quanto tempo jogamos no lixo por causa disso! Nunca passa pela nossa cabeça que muitas vezes quando nos ajoelhamos estamos mais próximos de Deus. Há famílias onde existem pessoas que ficam anos sem se comunicar porque um dia alguém fez alguma coisa que magoou o outro. E cada um fica do seu lado, com sua razão, sozinho no seu direito de estar certo e não dar o braço a torcer. Cada qual está atado ao seu orgulho e carrega isso até a morte, onde geralmente se pergunta se não deveria ter agido de outra forma. Mas então já é tarde. O orgulho está na raiz de quase todos os males.
  • 20. O homem ao adquirir conhecimento e posses, deixa-se levar pela ilusão de si próprio. O orgulhoso é aquele que se sente como não o é, e percebe-se acima das coisas do mundo em que vive. O orgulhoso sente prazer em fazer com que suas determinações ou ideias sejam impostas aos demais, por manter o seu nível de autoestima muito elevado, fora da realidade. O orgulhoso não enxerga o seu próximo, vê apenas a si próprio. Assim, o orgulhoso é filho dileto do egoísmo. É preciso nos libertarmos do orgulho que nos impede de viver. Os pássaros que são livres voam muito mais alto e vêm mais beleza do que os que ficam presos.
  • 21. E eles cantam mais. Sem fardos caminhamos mais facilmente e com certeza seremos capazes de ir muito mais além. Leon Denis também se referiu ao orgulhoso no seu livro Depois da Morte: “Entre todos os homens, ele é o que menos se conhece: presunçoso, nada pode arrancá-lo do erro, pois ele evita com todo cuidado tudo quanto serve para esclarecê-lo; odeia que o contradigam e não se agrada senão com a companhia dos aduladores”. "Não podem os homens ser felizes, se não viverem em paz, isto é, se não os animar um sentimento de benevolência, de indulgência e de condescendência recíprocas.
  • 22. A caridade e a fraternidade resumem todas as condições e todos os deveres sociais; uma e outra, porém, pressupõem a abnegação. Ora, a abnegação é incompatível com o egoísmo e o orgulho; logo, com esses vícios, não é possível a verdadeira fraternidade, nem, por conseguinte, igualdade, nem liberdade, dado que o egoísta e o orgulhoso querem tudo para si." (Allan Kardec). Identifique-se o homem com a vida futura e completamente mudará a sua maneira de ver, como a do indivíduo que apenas por poucas horas haja de permanecer numa habitação má e que sabe que, ao sair, terá outra, magnífica, para o resto de seus dias.
  • 23. Interesses escusos e mesquinhos sempre tiveram guarida no coração dos orgulhosos, levando-os a perseguirem a obtenção de seus objetivos a qualquer custo, não importando a quem esteja ferindo. Uma boa reflexão! Muita paz! Visite o meu Blog: http://espiritual-espiritual.blogspot.com.br A serviço da Doutrina Espírita; com estudos comentados. Leia Kardec! Estude Kardec” Pratique Kardec! Divulgue Kardec!