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Com base no conto “A Trilogia bendita”, do livro Alvorada Cristã, pelo
Espírito Neio Lúcio. (Momentos de Paz Maria da Luz).
Nos conta assim o autor:
Em tempos remotos, o Senhor vinha ao mundo frequentes vezes entender-se
com as criaturas. Certa vez, encontrou um homem irado e mau, que outra coisa
não fazia senão atormentar os semelhantes. Perseguia, feria e matava sem
piedade. Quando esse Espírito selvagem viu o Senhor, aproximou-se atraído
pela luz Dele, a chorar de arrependimento. O Cristo, bondoso, dirigiu-lhe a
palavra:
- Meu filho, por que te entregaste assim à perversidade? Não temes a justiça
do Pai?
Não acreditas no Celeste Poder? A vida exige fraternidade e compreensão.
O malfeitor, que se mantinha prisioneiro da ignorância, respondeu em
lágrimas:
- Senhor, de hoje em diante serei um homem bom.
Alguns anos passaram e Jesus voltou ao mesmo sítio. Lembrou-se do infeliz a
quem havia aconselhado e buscou-o. Depois de certa procura, foi achá-lo
oculto numa choça, extremamente abatido. Interpelado quanto à causa de tão
lamentável transformação, o mísero respondeu:
- Ai de mim, Senhor! Depois que passei a ser bom, ninguém me respeitou!
Fiz-me escárnio da rua. Tenho usado a compaixão e a generosidade, segundo
me ensinaste, mas em troca recebo apenas o ridículo, a pedrada e a
dilaceração.
O Mestre, porém, abençoou-o e falou:
- O teu lucro na eternidade não será pequeno com o sacrifício. Entretanto,
não basta reter a bondade. É necessário saber distribui-la. Para bem ajudar,
é preciso discernir. Realmente é possível auxiliar a todos. Contudo, se a
muita gente devemos ternura fraterna, a numerosos companheiros de
jornada devemos esclarecimento enérgico. Estimularemos os bons a serem
melhores e cooperaremos, a benefício dos maus, para que se retifiquem.
Nunca observaste o pomicultor? Algumas árvores recebem dele irrigação e
adubo; outras, no entanto, sofrerão a poda, a fim de serem
convenientemente amparadas.
O Senhor retirou-se e o aprendiz retomou a luta para conquistar o
conhecimento.
Peregrinou através de muitos livros, observou demoradamente os quadros da
vida e recebeu a palma da ciência. Os anos correram apressados, quando o
Cristo regressou e procurou-o, novamente. Dessa vez, encontrou-o no leito, e
sem força. Replicando ao Divino Amigo, explicou-se:
- Ai de mim, Senhor! Fui bom e recebi injustiças, entesourei a ciência e
minhas dificuldades cresceram de vulto. Aprendi a amar e desejar em sã
consciência, a idealizar com o plano superior, mas vejo a ingratidão e a
discórdia, a dureza e a indiferença com mais clareza. Sei aquilo que muita
gente ignora e, por isto mesmo, a vida tornou-se-me um fardo insuportável.
O Mestre, porém, sorriu e considerou:
- A tua preparação para a felicidade ainda não se acha completa.
Agora, é preciso ser forte. Acreditas que a árvore respeitável conseguiria viver
e produzir, caso não soubesse tolerar a tempestade? A firmeza interior, diante
das experiências da vida, conferir-te-á o equilíbrio indispensável. Aprende a
dizer adeus a tudo o que te prejudica na caminhada em direção da luz divina e
distribuirás a bondade, sem preocupações de recompensa, guardando o
conhecimento sem surpresas amargas. Sê inquebrantável em tua fé e segue
adiante! O aprendiz reergueu-se e nunca mais experimentou a desarmonia,
compreendendo, enfim, que a bondade, o conhecimento e a fortaleza são a
trilogia bendita da felicidade e da paz.
REFLEXÃO:
Essa estória nos fala da necessidade que um Espírito tinha de evolução, porque
permanecia naquelas zonas inferiores, preso, ainda, a sensações menores, ao
desequilíbrio, ligados a coisas materiais. Era, assim, um malfeitor, que nós
sabemos que é aquele que permanece no mal. De certa forma, nós somos
malfeitores quando permanecemos, ainda, ligados a valores que não são de
sublimação espiritual. Malfeitor é todo aquele que cala a sua consciência, para
não ouvir a voz de Deus, a nos dizer constantemente e a nos incitar à evolução
e ao crescimento. Esse relato de Neio Lúcio nos fala de uma Trilogia Bendita,
como se Jesus nos ajudasse a nos mostrar, através de experiências sucessivas,
qual seria o caminho, no qual nós devemos perseverar, para conseguirmos
atingir aquela porta estreita de entrada para o grupo de Espíritos que participa,
junto com a Divindade, na Criação de tudo que existe.
Daquele grupo de Espíritos que já sentem o prazer pelo bem, onde, na
realidade, a razão de viver é em prol de tudo que Deus criou; em humanidade,
em materialidade e em espiritualidade.
Aqui, nessa estória, Jesus aparece orientando alguém, que era um malfeitor.
Primeiro, essa pessoa é convidada a exercitar a bondade, para com seus
semelhantes. Assim, é que todos nós devemos fazer; procurar perceber a
necessidade das criaturas e não mais prejudicá-las. Aprender a amar ao
próximo como a nós mesmos. E, aquele aprendiz, assim fez. Só, que, muitos
de nós, muitas vezes, quando nos entregamos à obra da caridade, quando nos
entregamos a auxiliar ao nosso semelhante, muitas vezes, recebemos em troca
incompreensão, ingratidão.
Mas se realmente nós formos exercer a bondade, aguardando receber alguma
coisa em troca, já teríamos sido recompensados nesta vida. E Jesus nos mostra
que não é esse o caminho. Se nós fizermos apenas a bondade ou ajudarmos
apenas aquelas pessoas que podem retribuir aquilo que fazemos, de nada
adiantaria aquela bondade que, na realidade, busca alimentar o nosso orgulho e
a nossa vaidade. Mas, aquele malfeitor que houvera se redimido, estava agora
no caminho da redenção. Ele exercitou realmente a bondade e recebeu em
troca a ingratidão, a agressão, a dilaceração, assim como muitos de nós quando
resolvemos abraçar o Espiritismo, e começamos a entender a necessidade de
agir na caridade. Somos criticados por levar a sopa quente, no inverno, para
aquecer aquele irmão, morador de rua.
E, em certa situações, muitas vezes, somos, até, ridicularizados, pela fé que
estamos querendo desenvolver, em favor do nosso semelhante.
Mas Jesus disse assim: Não basta apenas desenvolver-se em amor, em
caridade, sem que tenhamos na realidade conhecimento. Porque o
conhecimento nos ajuda a discernir com clareza entre o bem e o mal. O
conhecimento nos ajuda a conhecer melhor a natureza dos nossos semelhantes
como a nossa própria natureza. O conhecimento permite entender as coisas
que nos cercam, dentro da Criação de Deus. E aquele malfeitor que já havia
exercido a bondade, apesar das pedradas, buscou intensamente desenvolver-se
em conhecimento, conseguiu. Mas assim mesmo, ao observar as grandes
verdades, sofreu ainda mais, por verificar que a ingratidão, a discórdia, a
dureza, a indiferença, agora, estavam claramente definidas em sua frente.
Mostrando que muitos perdem a oportunidade de observar a necessidade da
redenção no caminho da espiritualidade. Nós, espíritas, acreditamos na fé
raciocinada, na fé baseada no conhecimento. E devemos nos instruir, cada vez
mais, para aprender a discernir qual, na realidade, o melhor caminho a ser
seguido. Onde está a verdade de cada um de nós?
Aquele malfeitor que havia exercitado a bondade e o conhecimento, mesmo
assim, ainda sofria muito ao observar o atraso e a inferioridade do mundo de
provas e expiações, em que estamos mergulhados. Mas Jesus voltou e o
incentivou a continuar exercitando a bondade e o conhecimento, e buscar
também o seu desenvolvimento, e amealhar a fortaleza de espírito, para que
seja capaz de carregar o seu fardo; para que o seu jugo possa ser leve.
Muita Paz!
Meu Blog: http://espiritual-espiritual.blogspot.com.br
Com estudos comentados de O Livro dos Espíritos e de O Evangelho Segundo
o Espiritismo. Nova página: Espiritismo com humor.

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No caminho da redenção

  • 1.
  • 2. Com base no conto “A Trilogia bendita”, do livro Alvorada Cristã, pelo Espírito Neio Lúcio. (Momentos de Paz Maria da Luz). Nos conta assim o autor: Em tempos remotos, o Senhor vinha ao mundo frequentes vezes entender-se com as criaturas. Certa vez, encontrou um homem irado e mau, que outra coisa não fazia senão atormentar os semelhantes. Perseguia, feria e matava sem piedade. Quando esse Espírito selvagem viu o Senhor, aproximou-se atraído pela luz Dele, a chorar de arrependimento. O Cristo, bondoso, dirigiu-lhe a palavra: - Meu filho, por que te entregaste assim à perversidade? Não temes a justiça do Pai?
  • 3. Não acreditas no Celeste Poder? A vida exige fraternidade e compreensão. O malfeitor, que se mantinha prisioneiro da ignorância, respondeu em lágrimas: - Senhor, de hoje em diante serei um homem bom. Alguns anos passaram e Jesus voltou ao mesmo sítio. Lembrou-se do infeliz a quem havia aconselhado e buscou-o. Depois de certa procura, foi achá-lo oculto numa choça, extremamente abatido. Interpelado quanto à causa de tão lamentável transformação, o mísero respondeu: - Ai de mim, Senhor! Depois que passei a ser bom, ninguém me respeitou! Fiz-me escárnio da rua. Tenho usado a compaixão e a generosidade, segundo me ensinaste, mas em troca recebo apenas o ridículo, a pedrada e a dilaceração.
  • 4. O Mestre, porém, abençoou-o e falou: - O teu lucro na eternidade não será pequeno com o sacrifício. Entretanto, não basta reter a bondade. É necessário saber distribui-la. Para bem ajudar, é preciso discernir. Realmente é possível auxiliar a todos. Contudo, se a muita gente devemos ternura fraterna, a numerosos companheiros de jornada devemos esclarecimento enérgico. Estimularemos os bons a serem melhores e cooperaremos, a benefício dos maus, para que se retifiquem. Nunca observaste o pomicultor? Algumas árvores recebem dele irrigação e adubo; outras, no entanto, sofrerão a poda, a fim de serem convenientemente amparadas. O Senhor retirou-se e o aprendiz retomou a luta para conquistar o conhecimento.
  • 5. Peregrinou através de muitos livros, observou demoradamente os quadros da vida e recebeu a palma da ciência. Os anos correram apressados, quando o Cristo regressou e procurou-o, novamente. Dessa vez, encontrou-o no leito, e sem força. Replicando ao Divino Amigo, explicou-se: - Ai de mim, Senhor! Fui bom e recebi injustiças, entesourei a ciência e minhas dificuldades cresceram de vulto. Aprendi a amar e desejar em sã consciência, a idealizar com o plano superior, mas vejo a ingratidão e a discórdia, a dureza e a indiferença com mais clareza. Sei aquilo que muita gente ignora e, por isto mesmo, a vida tornou-se-me um fardo insuportável. O Mestre, porém, sorriu e considerou: - A tua preparação para a felicidade ainda não se acha completa.
  • 6. Agora, é preciso ser forte. Acreditas que a árvore respeitável conseguiria viver e produzir, caso não soubesse tolerar a tempestade? A firmeza interior, diante das experiências da vida, conferir-te-á o equilíbrio indispensável. Aprende a dizer adeus a tudo o que te prejudica na caminhada em direção da luz divina e distribuirás a bondade, sem preocupações de recompensa, guardando o conhecimento sem surpresas amargas. Sê inquebrantável em tua fé e segue adiante! O aprendiz reergueu-se e nunca mais experimentou a desarmonia, compreendendo, enfim, que a bondade, o conhecimento e a fortaleza são a trilogia bendita da felicidade e da paz. REFLEXÃO:
  • 7. Essa estória nos fala da necessidade que um Espírito tinha de evolução, porque permanecia naquelas zonas inferiores, preso, ainda, a sensações menores, ao desequilíbrio, ligados a coisas materiais. Era, assim, um malfeitor, que nós sabemos que é aquele que permanece no mal. De certa forma, nós somos malfeitores quando permanecemos, ainda, ligados a valores que não são de sublimação espiritual. Malfeitor é todo aquele que cala a sua consciência, para não ouvir a voz de Deus, a nos dizer constantemente e a nos incitar à evolução e ao crescimento. Esse relato de Neio Lúcio nos fala de uma Trilogia Bendita, como se Jesus nos ajudasse a nos mostrar, através de experiências sucessivas, qual seria o caminho, no qual nós devemos perseverar, para conseguirmos atingir aquela porta estreita de entrada para o grupo de Espíritos que participa, junto com a Divindade, na Criação de tudo que existe.
  • 8. Daquele grupo de Espíritos que já sentem o prazer pelo bem, onde, na realidade, a razão de viver é em prol de tudo que Deus criou; em humanidade, em materialidade e em espiritualidade. Aqui, nessa estória, Jesus aparece orientando alguém, que era um malfeitor. Primeiro, essa pessoa é convidada a exercitar a bondade, para com seus semelhantes. Assim, é que todos nós devemos fazer; procurar perceber a necessidade das criaturas e não mais prejudicá-las. Aprender a amar ao próximo como a nós mesmos. E, aquele aprendiz, assim fez. Só, que, muitos de nós, muitas vezes, quando nos entregamos à obra da caridade, quando nos entregamos a auxiliar ao nosso semelhante, muitas vezes, recebemos em troca incompreensão, ingratidão.
  • 9. Mas se realmente nós formos exercer a bondade, aguardando receber alguma coisa em troca, já teríamos sido recompensados nesta vida. E Jesus nos mostra que não é esse o caminho. Se nós fizermos apenas a bondade ou ajudarmos apenas aquelas pessoas que podem retribuir aquilo que fazemos, de nada adiantaria aquela bondade que, na realidade, busca alimentar o nosso orgulho e a nossa vaidade. Mas, aquele malfeitor que houvera se redimido, estava agora no caminho da redenção. Ele exercitou realmente a bondade e recebeu em troca a ingratidão, a agressão, a dilaceração, assim como muitos de nós quando resolvemos abraçar o Espiritismo, e começamos a entender a necessidade de agir na caridade. Somos criticados por levar a sopa quente, no inverno, para aquecer aquele irmão, morador de rua.
  • 10. E, em certa situações, muitas vezes, somos, até, ridicularizados, pela fé que estamos querendo desenvolver, em favor do nosso semelhante. Mas Jesus disse assim: Não basta apenas desenvolver-se em amor, em caridade, sem que tenhamos na realidade conhecimento. Porque o conhecimento nos ajuda a discernir com clareza entre o bem e o mal. O conhecimento nos ajuda a conhecer melhor a natureza dos nossos semelhantes como a nossa própria natureza. O conhecimento permite entender as coisas que nos cercam, dentro da Criação de Deus. E aquele malfeitor que já havia exercido a bondade, apesar das pedradas, buscou intensamente desenvolver-se em conhecimento, conseguiu. Mas assim mesmo, ao observar as grandes verdades, sofreu ainda mais, por verificar que a ingratidão, a discórdia, a dureza, a indiferença, agora, estavam claramente definidas em sua frente.
  • 11. Mostrando que muitos perdem a oportunidade de observar a necessidade da redenção no caminho da espiritualidade. Nós, espíritas, acreditamos na fé raciocinada, na fé baseada no conhecimento. E devemos nos instruir, cada vez mais, para aprender a discernir qual, na realidade, o melhor caminho a ser seguido. Onde está a verdade de cada um de nós? Aquele malfeitor que havia exercitado a bondade e o conhecimento, mesmo assim, ainda sofria muito ao observar o atraso e a inferioridade do mundo de provas e expiações, em que estamos mergulhados. Mas Jesus voltou e o incentivou a continuar exercitando a bondade e o conhecimento, e buscar também o seu desenvolvimento, e amealhar a fortaleza de espírito, para que seja capaz de carregar o seu fardo; para que o seu jugo possa ser leve.
  • 12. Muita Paz! Meu Blog: http://espiritual-espiritual.blogspot.com.br Com estudos comentados de O Livro dos Espíritos e de O Evangelho Segundo o Espiritismo. Nova página: Espiritismo com humor.