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2
Apresentação
_________________________ 3
Reduzir o Desperdício de Água
_________________________ 28
Legislação e Políticas Públicas
_________________________ 4
Reduzir o Desperdício de Energia
_________________________ 30
Integração de Políticas Públicas
_________________________ 7
Reduzir o Desperdício de Resíduo
_________________________ 32
Responsabilidade Socioambiental
_________________________ 11
Consumo Sustentável em Casa
_________________________ 35
Economia Colaborativa
_________________________ 16
Serviços da Geo CTA
_________________________ 38
Projeto #ReduzirDesperdício
_________________________ 26
Considerações Finais
_________________________ 40
Equipe Técnica
_________________________ 41
Referências Bibliográficas
_________________________ 41/42
#REDUZIRDESPERDÍCIO
“Este é um Projeto de Responsabilidade Socioambiental com Dicas para
reduzir o desperdício de água, energia e resíduos, através de um
método de economia colaborativa, coordenado pela Geo CTA
Consultoria Territorial e Ambiental”.
Hélio Rosa
Presidente da Geo CTA
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3
A história mostra que, desde os primórdios, a questão da sustentabilidade vem sendo
motivo de preocupação. Na segunda metade do século XX o tema ganhou proporções e, desde
então, cresce exponencialmente. Talvez não tanto quanto os especialistas desejassem, mas, de
todo o modo, está na primeira linha dos grandes temas mundiais.
Cada um de nós, como consumidores de bens e serviços, como cumpridores
responsáveis das políticas públicas e com o poder de compra que possuímos, precisamos dar o
exemplo das boas práticas nas atividades que nos cabem. Desta forma, o material que compõe
o “ebook” foi especialmente elaborado com o intuito de auxiliar no processo de inserção da
responsabilidade socioambiental e da sustentabilidade em tais atividades.
A Geo CTA tem pautado suas atividades pela observância do que o bom senso
aconselha em práticas do meio ambiente. Mais do que isso, tem procurado recomendar e
difundir os mandamentos da matéria. Em realidade, pela importância dela, nunca é suficiente.
Percebida uma lacuna que envolve o trabalho em condomínios verticais e horizontais e setores
habitacionais, logrou-se obter do projeto #ReduzirDesperdício uma colaboração muito
importante, que está consubstanciada na presente publicação.
Não ambicionamos esgotar o tema, mas confiamos que possa servir de base para
ações que propiciem a melhoria do meio ambiente e, com sorte, inspiração para novas ideias e
medidas nesse auto propósito.
O trabalho visa criar debate e diálogo em torno dos problemas urbanos e propor
soluções inovadoras. Cidades Inovadoras são mais inteligentes, criativas, saudáveis,
verdejantes, participativas, igualitárias, seguras, conectadas, vibrantes e felizes.
Dentre os eixos temáticos do “ebook” temos Eficiência Hídrica, Energética e de
Resíduos, como também soluções para redução com Mudança de Hábito, Economia
Colaborativa, Empreendedorismo e muito mais...
Convidamos você, leitor, a frequentar e participar de nossas redes sociais, onde
incentivamos a formação de uma comunidade virtual sobre o tema como forma de
enriquecimento do aprendizado e a construção de um Clube de Negócios Colaborativo para
compartilhar produtos e serviços dos parceiros e fidelizar clientes.
#ReduzirDesperdícios – Dicas e Notícias sobre soluções ambientais
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Página da Geo CTA no Facebook - Notícias sobre sustentabilidade
www.facebook.com/geocta
Website da Geo CTA - Consultoria territorial e ambiental
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Autor
Helio Rosa (heliorosa@geocta.com.br)
Todos os direitos reservados a Geo Consultoria Territorial e Ambiental
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4
As ações necessárias para o alcance da sustentabilidade ambiental devem ser vistas como um
conjunto único, uma vez que nenhuma ação, de forma isolada, é capaz de propiciar ganhos
significativos no enfrentamento dos atuais desafios socioambientais, cada vez mais em
evidência, tanto no cenário nacional como internacional.
A preocupação ambiental vem sendo tratada no âmbito internacional desde a realização da
Conferência de Estocolmo em 1972, ganhando destaque na Conferência das Nações Unidas
para o Meio Ambiente e Desenvolvimento (RIO 92), onde a proposta da sustentabilidade foi
consolidada como diretriz para a mudança de rumo no desenvolvimento, com a aprovação da
Agenda 21. Desde então, o conceito de desenvolvimento sustentável passou a ser um
referencial para todos os países.
Outras convenções internacionais passaram a oferecer elementos para fundamentar o
arcabouço jurídico brasileiro, encontrando-se algumas delas incorporadas à legislação e/ou
regulamentação específicas como por exemplo:
••Convenção de Basiléia sobre Controle de Movimentos Transfronteiriços de Resíduos
Perigosos e seu Depósito (Basiléia);
•• Convenção sobre o Procedimento de Consentimento Prévio Informado Aplicado a Certos
Agrotóxicos e Substâncias Químicas Perigosas Objeto de Comércio Internacional – PIC
(Roterdã);
•• Protocolo de Montreal sobre Substâncias que Destroem a Camada de Ozônio;
•• Convenção sobre Zonas Úmidas de Importância Internacional especialmente como Habitat
de Aves Aquáticas (Convenção RAMSAR);
•• Convenção das Nações Unidas para Combate à Desertificação;
•• Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima;
•• Protocolo de Quioto;
••Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20;
No Brasil, a publicação da Lei nº 6.938, em agosto de 1981, que instituiu a Política Nacional do
Meio Ambiente, constituiu o marco inicial das ações para conservação ambiental e
incorporação do tema nas atividades de diversos setores da sociedade. A partir daí várias
normas e regulamentações passaram a disciplinar a questão ambiental, relacionadas à
conservação do meio ambiente, uso dos ecossistemas, educação ambiental, água, patrimônio
genético, fauna e flora, entre outras. Outro marco importante para a conservação ambiental
no Brasil foi a publicação da Lei de Crimes Ambientais - nº 9.605, em fevereiro de 1998, que
definiu sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio
ambiente e o Novo Código Florestal Brasileiro (Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012, oriunda
do Projeto de Lei nº 1.876/992 ) é a lei brasileira que dispõe sobre a proteção da vegetação
nativa, tendo revogado o Código Florestal Brasileiro de 1965. Desde a década de 1990, a
proposta de reforma do Código Florestal suscitou polêmica entre ruralistas e ambientalistas. O
projeto que resultou no texto atual tramitou por 12 anos na Câmara dos Deputados.
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5
O Novo Marco Legal da Biodiversidade (13.120/2015) que deve facilitar o acesso de empresas
e pesquisadores ao patrimônio genético brasileiro. A lei também visa proteger patrimônios
genéticos naturais associados a comunidades tradicionais como povos indígenas, por exemplo.
Política Nacional do Meio Ambiente
Marco Histórico no Desenvolvimento do
Direito Ambiental
A legislação ambiental brasileira, um dos
principais instrumentos da sustentabilidade
ambiental, prevê a manutenção e
conservação do meio ambiente ao mesmo
tempo que contempla a necessidade de
adoção de uma nova ética social, buscando
explorar a dimensão econômica de forma
racional e adequada, visando à manutenção
do equilíbrio ecológico, garantia da saúde,
qualidade de vida e bem-estar econômico,
social e ambiental das milhares de famílias
brasileiras.
As questões ambientais fazem parte da
agenda pública constituindo-se em fatores
decisivos para o desenvolvimento sustentável
e, ao mesmo tempo, demandando a
complementaridade e a interação entre as
mais diversas ações do poder público.
Essas ações devem, portanto, ser articuladas
e implementadas de forma transversal para
que possam contribuir para a consolidação
das bases que permitirão a definição e
implantação de uma política efetiva para o
desenvolvimento sustentável do país.
Posteriormente à Lei da Política Nacional do
Meio Ambiente, seguiu-se a Lei de Ação Civil
Pública (Lei nº 7.347, de 1985) a qual tutela
os valores ambientais, disciplinando a ação
civil pública de responsabilidade por danos
causados ao meio ambiente, ao consumidor,
a bens e direitos de valor artístico, estético,
histórico, turístico e paisagístico.
Constituição Federal
Na Constituição Federal foi reservado um
artigo específico para tratar do meio
ambiente, o que demonstra a importância do
tema para a sociedade brasileira. O artigo
225 impõe ao poder público e à coletividade
o dever de defender e preservar o meio
ambiente e exige, na forma da lei, que sejam
realizados estudos prévios de impacto
ambiental para instalação de obra ou
atividade potencialmente causadora de
significativa degradação do meio ambiente.
Artigo 225 - “Todos têm direito ao meio
ambiente ecologicamente equilibrado, bem
de uso comum do povo e essencial à sadia
qualidade de vida...”
No texto constitucional foram atribuídas
competências aos entes federados para a
proteção ambiental, o que possibilitou a
descentralização e permitiu à União, Estados,
Municípios e Distrito Federal ampla
competência para legislarem sobre matéria
ambiental.
Essas competências estão definidas nos art.
21, 22, 23 e 24.
Além de um artigo exclusivo para tratar do
meio ambiente, o texto constitucional
também faz referência ao tema em outros
artigos.
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Políticas Públicas
Entende-se por Políticas Públicas “o conjunto de ações coletivas voltadas para a garantia dos
direitos sociais, configurando um compromisso público que visa dar conta de determinada
demanda, em diversas áreas. Expressa a transformação daquilo que é do âmbito privado em
ações coletivas no espaço público” (GUARESCHI et al, 2004, p. 180).
A política pública compreende um elenco de ações e procedimentos que visam à resolução
pacífica de conflitos em torno da alocação de bens e recursos públicos, sendo os personagens
envolvidos nesses conflitos denominados “atores políticos”.
A sustentabilidade econômica, social e ambiental é um dos grandes desafios da humanidade e
exige ação do poder público para que seja possível garantir a inserção da variável
socioambiental no processo decisório, particularmente na formulação das políticas públicas.
Atualmente, 50% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro depende da biodiversidade, o que
demanda a adoção de novos padrões de sustentabilidade, bem como a busca por novas
formas – mais eficazes – de pensar o desenvolvimento, preservando os recursos naturais, dos
quais depende a nossa economia e o crescimento sustentável do país.
Desde 2003, quatro linhas básicas têm determinado o traçado da política ambiental do Brasil.
Elas permeiam todas as iniciativas, ações, projetos, planos e programas do Ministério do Meio
Ambiente (MMA). A promoção do desenvolvimento sustentável é a primeira delas. A segunda
linha aborda a necessidade de controle e participação social; a terceira refere-se ao
fortalecimento do Sistema Nacional de Meio Ambiente (Sisnama). O envolvimento dos
diferentes setores do Poder Público na solução dos problemas ambientais, incluso no princípio
da “transversalidade”, é a quarta e última linha que tem orientado a política ambiental. Essas
quatro diretrizes têm direcionado as atividades do MMA, permitindo a construção de uma
política ambiental integrada.
É forçoso reconhecer que a aplicabilidade desses princípios, no caso brasileiro, esbarra em
certos obstáculos, tais como a fragilidade institucional, a falta de uma base sólida de dados
ambientais, recursos financeiros escassos e a carência de recursos humanos necessários à
prática de gestão ambiental em todos os níveis.
O processo de institucionalização das políticas ambientais no Brasil demanda um grande
esforço de coordenação entre os diversos setores do governo. Para ampliar os níveis de
eficácia da ação do Estado brasileiro na gestão ambiental, é necessário adotar estratégias que
vão desde a correta aplicação dos instrumentos previstos na legislação até novas formas de
atuação, com maior transparência, maior controle social e menor vulnerabilidade aos
interesses econômicos e político-partidários.
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Política Nacional do Meio Ambiente
A Política Nacional do Meio Ambiente – PNMA foi instituída pela Lei nº 6.938, de 31 de agosto
de 1981, com o intuito de preservar, melhorar e recuperar a qualidade ambiental propícia à
vida, assegurando condições ao desenvolvimento sócio- econômico, à segurança nacional e à
proteção da dignidade da vida humana.
Visando um melhor entendimento do tema ambiental, o art. 3º da Lei 6.938/81 fornece as
seguintes definições:
Meio Ambiente - o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física e biológica, que permite, abriga e rege a
vida em todas as suas formas.
Degradação da Qualidade Ambiental – a alteração adversa das características do meio ambiente;
Poluição - a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que, direta ou indiretamente:
a) prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população;
b) criem condições adversas às atividades sociais e econômicas;
c) afetem desfavoravelmente a biota;
d) afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente;
e) lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos.
Poluidor - pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, responsável, direta ou indiretamente, por atividade causadora
de degradação ambiental;
Recursos Ambientais - a atmosfera; as águas interiores, superficiais e subterrâneas; os estuários; o mar territorial; o solo; o
subsolo e os elementos da biosfera, a fauna e a flora.
É importante ressaltar que a Política Nacional do Meio Ambiente consagrou um princípio
muito importante quanto à responsabilidade do poluidor. Em questões ambientais ela é
objetiva, isto é, independe da existência de dolo (intenção de causar o dano) ou culpa
(negligência, imperícia ou imprudência). O poluidor é responsável pelos danos causados ao
Meio Ambiente e a terceiros, devendo repará-los. Outro ponto importante da lei diz respeito
ao art. 9º, no qual encontram-se enunciados os Instrumentos da Política Nacional de Meio
Ambiente, como o zoneamento ambiental, avaliação de impacto ambiental, licenciamento
ambiental, sistema de informações sobre o meio ambiente, cadastro técnico federal de
atividades e relatório de qualidade do meio ambiente.
Impacto Ambiental - “Qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por
qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividade humanas que, direta ou indiretamente, afetem a saúde, a
segurança e o bem-estar da população; as atividades sociais e econômicas; a biota; e as condições dos recursos ambientais.”
A Lei 6.938/81 (art. 6º) constituiu o Sistema Nacional de Meio Ambiente - SISNAMA, composto
pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios e também definiu as competências do
Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA (art. 8º) que é o órgão consultivo e
deliberativo do SISNAMA.
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8
Lei de Saneamento Básico
(Lei nº 11.445/2007)
A Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007,
estabeleceu as diretrizes nacionais para o
saneamento básico e para a política federal
de saneamento básico. Em seu art. 52, a lei
determina que a União elabore, sob a
coordenação do Ministério das Cidades, o
Plano Nacional de Saneamento Básico –
PNSB, abrangendo o abastecimento de água
potável, o esgotamento sanitário, a limpeza
urbana, o manejo de resíduos sólidos e a
drenagem e, o manejo de águas pluviais
urbanas, além de outras ações de
saneamento básico de interesse para a
melhoria da salubridade ambiental.
A lei estabelece ainda que o PNSB deverá
conter:
(a) objetivos e metas nacionais e
regionalizadas, de curto, médio e longo prazos,
com vistas à universalização dos serviços e ao
alcance de níveis crescentes de saneamento
básico; (b) diretrizes e orientações para o
equacionamento de condicionantes de natureza
político-institucional, legal e jurídica,
econômico-financeira, administrativa, cultural e
tecnológica com impacto na consecução das
metas e objetivos estabelecidos; (c) proposição
de programas, projetos e ações necessários ao
atingimento dos objetivos e metas da Política
Federal de Saneamento Básico, com
identificação das fontes de financiamento; (d)
diretrizes para o planejamento das ações de
saneamento básico em áreas de especial
interesse turístico; (e) procedimentos para a
avaliação sistemática da eficiência e eficácia
das ações executadas.
Política Nacional Urbana – Estatuto Das
Cidades
O Estatuto das Cidades (Lei nº 10.257/2001)
regulamentou o capítulo de política urbana
da Constituição Federal (art. 182 e 183) e
estabeleceu diretrizes gerais para a política
urbana, bem como normas de ordem pública
e interesse social que regulam o uso da
propriedade urbana em prol do bem coletivo,
segurança e bem-estar dos cidadãos e
equilíbrio ambiental.
De acordo com o texto do estatuto, a política
urbana deve buscar o ordenamento para
pleno desenvolvimento das funções sociais
da cidade e da propriedade urbana, tendo
como uma de suas diretrizes evitar a poluição
e a degradação ambiental.
O estatuto também definiu o zoneamento
ambiental como um dos instrumentos da
política urbana para ordenação do território e
desenvolvimento econômico e social.
Política Nacional de Resíduos Sólidos
(Lei nº 12.305/2010)
O Projeto de Lei que o Governo Federal
encaminhou à Câmara dos Deputados foi a
primeira iniciativa do Executivo que propõe
regulamentar a questão dos resíduos sólidos,
estabelecendo as diretrizes para sua gestão
integrada.
Dentre os principais avanços contidos no PL,
destacaram-se a responsabilização do
gerador pelos resíduos gerados, desde o
acondicionamento até a disposição final
ambientalmente adequada; a elaboração de
Planos de Gestão Integrada de Resíduos
Sólidos pelo titular dos serviços; a análise e
avaliação do ciclo de vida do produto e a
logística reversa. Criou, ainda, mecanismos
para uma mudança de comportamento em
relação aos atuais padrões insustentáveis de
produção e consumo para a adoção e
internalização do conceito dos 5 Rs:
Repensar, Recusar, Reduzir, Reutilizar e
Reciclar, em todas as etapas do processo.
Também buscou consolidar o controle social
nas várias etapas da atividade no que se
refere aos resíduos domiciliares urbanos,
desde o planejamento até a prestação dos
serviços. O art. 3º trata do envolvimento do
Poder Público e da coletividade na busca da
efetividade das ações que envolvam os
resíduos sólidos gerados.
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Política Nacional de Recursos
Hídricos (Lei Nº 9.433/1997)
A Lei nº 9.433, de 08 de janeiro de 1997,
nstituiu a Política Nacional de Recursos
Hídricos – PNRH e criou o Sistema Nacional
de Gerenciamento dos Recursos Hídricos –
SNGRH.
Constituem-se em fundamentos da PNRH: I –
a água é um bem de domínio público; II - a
água é um recurso natural limitado, dotado
de valor econômico;
III - em situações de escassez, o uso
prioritário dos recursos hídricos é o consumo
humano e a dessedentação de animais; IV - a
gestão dos recursos hídricos deve sempre
proporcionar o uso múltiplo das águas; V - a
bacia hidrográfica é a unidade territorial para
a implementação da PNRH e atuação do
SNGRH; VI - a gestão dos recursos hídricos
deve ser descentralizada e contar com a
participação do Poder Público, dos usuários e
das comunidades.
A PNRH tem por objetivo promover a
utilização sustentável dos recursos hídricos e
a prevenção contra os eventos hidrológicos
nocivos e busca:
I - assegurar à atual e às futuras gerações a
necessária disponibilidade de água, em
padrões de qualidade adequados aos
respectivos usos; II – a utilização racional e
integrada dos recursos hídricos, incluindo o
transporte aquaviário, com vistas ao
desenvolvimento sustentável; III - a
prevenção e a defesa contra eventos
hidrológicos críticos de origem natural ou
decorrentes do uso inadequado dos recursos
naturais.
Foram definidos como instrumentos da
PNRH: Os planos de recursos hídricos (planos
de bacia hidrográfica, planos estaduais de
recursos hídricos e o plano nacional de
recursos hídricos), o enquadramento dos
corpos de água em classes segundo os usos
preponderantes, a outorga dos direitos de
uso dos recursos hídricos, a cobrança pelo
uso dos recursos hídricos e o sistema de
informações sobre recursos hídricos.
Sistema Nacional de Unidades de
Conservação (Lei Nº 9.985/2000)
O Sistema Nacional de Unidades de
Conservação – SNUC tem por objetivo
garantir a biodiversidade, a diversidade dos
recursos genéticos e a integridade dos
processos ambientais, tanto por meio da
preservação quanto da conservação dos
ecossistemas. O SNUC é constituído pelas
unidades de conservação, que são espaços
territoriais e seus recursos ambientais, com
características naturais relevantes legalmente
instituídos pelo Poder Público, com objetivos
de conservação e limites definidos, sob
regime especial de administração, ao qual se
aplicam garantias adequadas de proteção. A
Lei 9.985/2000 prevê que sua criação e
gestão ocorram em consonância com as
políticas administrativas do uso da terra e das
águas e com a participação da população
local, promovendo o desenvolvimento
sustentável a partir dos recursos naturais.
As unidades de conservação dividem-se em
dois grupos: as de proteção integral e as de
uso.
O SNUC é gerido pelo CONAMA, seu órgão
consultivo e deliberativo; pelo Ministério do
Meio Ambiente, órgão central que atua como
coordenador; e pelo Instituto Chico Mendes e
o Ibama, em caráter supletivo, e os órgãos
estaduais e municipais como órgãos
executivos, com a função de implementar o
SNUC, subsidiar as propostas de criação e
administrar as unidades de conservação
federais, estaduais e municipais nas
respectivas esferas de atuação sustentável.
As primeiras abrangem as estações
ecológicas, as reservas biológicas, os parques
nacionais, os monumentos naturais e os
refúgios de vida silvestre e visam à
preservação do ambiente local, enfatizando
determinadas características ambientais em
particular.
As unidades de uso sustentável visam
promovera conservação do local, ou seja, o
uso sustentável de parcela de seus recursos
naturais.
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10
Tais unidades compreendem as áreas de
proteção ambiental (APA), áreas de relevante
interesse ecológico (ARIE), florestas nacionais
(FLONA), reservas extrativistas (RESEX),
reservas de fauna, reservas de
desenvolvimento sustentável e reservas
particulares do patrimônio natural (RPPN),
assim denominadas segundo seu propósito
principal. Cada unidade de conservação
possui um conselho consultivo ou
deliberativo responsável por sua gestão e por
seu plano de manejo, cujos representantes
envolvem órgãos públicos, organizações da
sociedade civil e das populações tradicionais
residentes na área, quando for o caso.
modalidades do processo educativo, em
caráter formal e não-formal, sendo um
direito de todos.
A educação ambiental visa ao
desenvolvimento de uma compreensão
integrada do meio ambiente em suas
múltiplas e complexas relações, envolvendo
aspectos ecológicos, psicológicos, legais,
políticos, sociais, econômicos, científicos,
culturais e éticos. Portanto, é dotada de uma
visão holística, que considera a
interdependência entre o meio natural, o
sócio-econômico e o cultural, sob o enfoque
da sustentabilidade.
A educação ambiental se faz valer tanto de
maneira formal, permeando as várias
disciplinas das instituições de ensino, como
informal, por meio da sensibilização da
coletividade sobre as questões ambientais e
estímulo a sua organização e participação na
defesa da qualidade do meio ambiente.
Sua abrangência compreende as três esferas
de governo – União, estados e municípios.
A estrutura da Política Nacional de Educação
Ambiental possui como organismos gestores
o Órgão Gestor e o Comitê Assessor no
âmbito da União; as Comissões
Interinstitucionais de Educação Ambiental e
Secretarias Estaduais nos estados; e as
Secretarias Municipais de Educação e Meio
Ambiente no âmbito dos municípios.
Política Nacional de Educação Ambiental
(Lei nº 9.795/1999)
Entende-se por educação ambiental (EA) os
processos por meio dos quais o indivíduo e a
coletividade constroem valores sociais,
conhecimentos, habilidades, atitudes e
competências voltadas para a conservação do
meio ambiente, bem de uso comum do povo,
essencial à sadia qualidade de vida e sua
sustentabilidade.
A Lei 9.795/99 define a EA como um
componente essencial e permanente da
educação nacional, devendo estar presente,
de forma articulada, em todos os níveis e
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11
O processo econômico decorrente da globalização, as transformações políticas e sociais
mundiais, a inovação tecnológica e científica e, mais recentemente, os impactos das mudanças
climáticas, têm evidenciado a importância e a fragilidade da agenda socioambiental global e,
ao mesmo tempo, destacado a preocupação de governos e sociedade, principalmente no que
diz respeito à necessidade de revisão dos atuais padrões insustentáveis de produção e
consumo e modelos econômicos adotados pelos países desenvolvidos e economias
emergentes, como é o caso do Brasil.
Nos últimos anos, o modelo econômico globalizado tem sofrido críticas severas,
principalmente no que diz respeito ao acirramento das desigualdades regionais. O movimento
“anti-globalização”, por exemplo, tem atuado em resposta à globalização dos mercados pelas
grandes corporações transnacionais, colocando-se em oposição ao “abuso da globalização e
das instituições internacionais que promovem o neoliberalismo sem consideração aos padrões
éticos”. O movimento tem realizado protestos internacionais forçando a inclusão de tópicos
globais e dos impactos sociais e ambientais nas agendas das corporações e dos órgãos
públicos, com vistas a mudar os atuais padrões de crescimento e políticas econômicas
desenvolvidas.
Desde a Declaração de Estocolmo, vários são os tratados, convenções internacionais, discursos
e argumentos em favor do desenvolvimento sustentável e da conservação ambiental. É
evidente que muitos reconhecem a sua importância e não se pode negar que muitas ações
importantes foram executadas e outras estão em execução, entretanto, a efetividade de todas
as iniciativas deve ser melhor avaliada, com vistas ao seu aperfeiçoamento e efetividade.
No Brasil, a extensão territorial é um dos fatores a ser considerado para a avaliação das
limitações e fragilidades de programas e projetos de caráter socioambiental que buscam trazer
a sustentabilidade ambiental do discurso para a prática. A riqueza ambiental do território
brasileiro somada à diversidade de biomas e as possibilidades e forma de exploração de seus
recursos, geram a urgente necessidade de mudança não apenas na postura, mas nos
resultados obtidos a partir da implementação das diversas iniciativas denominadas
socioambientais, mas que não englobam de uma forma sistêmica todas as suas dimensões
(econômica, social, ambiental, política e cultural).
As questões que remetem à Responsabilidade Socioambiental (RSA) são globais e sua
compreensão é diferente por parte das empresas e instituições (governamentais ou não),
dependendo dos impactos e da influência dos desafios econômicos, sociais e ambientais a
serem enfrentados, bem como dos padrões internacionais e nacionais adotados como
referência para o desenvolvimento em cada um dos diferentes países. Entretanto, a
importância da criação e adoção de políticas e programas de RSA aumentou e pode ser
considerada, em grande medida, como resultado do processo desigual e desequilibrado de
globalização das economias bem como da pressão exercida por organizações e movimentos
sociais.
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12
Apesar da crescente importância do tema
observada nos últimos anos, a noção de
responsabilidade social não é nova e, desde
os anos 80, faz parte de uma agenda
voluntária do setor empresarial relacionada
ao desenvolvimento de projetos e ações de
cunho social. A partir de 1990, o número de
iniciativas e as discussões relacionadas ao
tema se expandiram e atualmente – como
mencionado anteriormente – o assunto faz
parte da agenda internacional, não apenas
restrita ao setor empresarial, mas também no
âmbito das instituições governamentais que,
cada vez mais, têm participado como ator do
processo, inclusive criando estruturas de
governo específicas para tratar do tema.
No âmbito do setor empresarial, a
responsabilidade social das empresas é,
essencialmente, um conceito que expressa a
decisão de contribuir voluntariamente em
prol de uma sociedade melhor e um meio
ambiente mais equilibrado e sadio. Os
compromissos assumidos de forma voluntária
pelas empresas vão além das obrigações
legais, regula entares e convencionais que
devem obrigatoriamente ser cumpridas. As
empresas que optam por investir em práticas
de responsabilidade social elevam os níveis
de desenvolvimento social, proteção ao meio
ambiente e respeito aos direitos humanos e
passam a adotar um modo de governança
aberto e transparente que concilia interesses
de diversos agentes em um enfoque global
de qualidade e viabilidade.
Muitas empresas têm desenvolvido os seus
programas de responsabilidade social
segundo a abordagem do “triple bottom
line”, que se constitui na principal ferramenta
do Índice de Sustentabilidade da Dow Jones
(Dow Jones Sustainability Index) da Bolsa de
Valores de Nova Iorque e do Índice de
Sustentabilidade Social (ISE) da Bovespa.
O conceito se refere a um conjunto de
indicadores utilizado para a avaliação do
desempenho econômico das empresas e das
suas ações de responsabilidade social e
ambiental.
No cenário atual, a RSA deixou de ser um
conceito restrito aos projetos sociais de
cunho filantrópico de algumas empresas e
passou a envolver um espectro mais amplo,
com temas que integram acordos
internacionais, como é o caso da Declaração
Universal dos Direitos Humanos, Declaração
da Organização Internacional do Trabalho
(OIT), Agenda 21, Declaração de Copenhague
para o Desenvolvimento Social e as Metas do
Milênio. Os princípios constantes desses
acordos constituem o amplo escopo do
conceito de RSA que ganhou expressão
mundial no ano de 1999, durante o Fórum
Econômico Mundial, realizado em Davos
(Suíça), quando o então Secretário Geral das
Nações Unidas, Kofi Annan, propôs aos
líderes empresariais mundiais a adoção do
Pacto Global (“Global Compact”).
A Declaração Universal dos Direitos
Humanos, adotada em 1948, é um dos
documentos básicos das Nações Unidas e
nela estão enunciados os direitos que todos
os seres humanos possuem.
A declaração tem sido usada como princípio e
guia das atividades empresariais
consideradas socialmente responsáveis.
“Todos os seres humanos nascem livres e
iguais em dignidade e direitos. São dotados
de razão e consciência e devem agir em
relação uns aos outros com espírito de
fraternidade.” (Artigo I da Declaração
Universal dos Direitos Humanos).
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Meio Ambiente, Direitos Humanos e
Democracia Participativa – Pilares de uma
Sociedade Sustentável
A Declaração da Organização Internacional do
Trabalho – OIT sobre os princípios e direitos
fundamentais no trabalho foi adotada em
junho de 1998, e se trata de uma reafirmação
universal do compromisso dos Estados
Membros e da comunidade internacional em
geral de respeitar, promover e aplicar um
patamar mínimo de princípios e direitos no
trabalho, que são reconhecidamente
fundamentais para os trabalhadores.
Os princípios e direitos fundamentais incluem
oito Convenções relacionadas a quatro áreas
básicas: liberdade sindical e direito à
negociação coletiva, erradicação do trabalho
infantil, eliminação do trabalho escravo e não
discriminação no emprego ou ocupação.
A OIT foi fundada em 1919 com o objetivo de
promover a justiça social e é a única agência
do Sistema das Nações Unidas que tem
estrutura tripartite, na qual os representantes
dos empregadores e dos trabalhadores têm
os mesmos direitos que os do governo.
Durante a Cúpula Mundial sobre
Desenvolvimento Social, realizada em 1995
em Copenhague, Dinamarca, os líderes
mundiais assumiram o compromisso de
erradicar a pobreza do mundo e
estabeleceram um plano de ação. A
Declaração de Copenhague reafirmou o
compromisso da Organização das Nações
Unidas com o conceito de desenvolvimento
sustentável (no qual as dimensões social,
econômica e ambiental estão intimamente
entrelaçadas), assumindo a erradicação da
pobreza “como um imperativo ético, social,
político e econômico”.
Em 2000, foi aprovada a Declaração do
Milênio, um compromisso político que
sintetizou várias das importantes
conferências mundiais da década de 90,
articulou as prioridades globais de
desenvolvimento e definiu metas a serem
alcançadas até 2015.
O documento incluiu na pauta internacional
de prioridades temas fundamentais de
direitos humanos sob a perspectiva do
desenvolvimento, especialmente direitos
econômicos, sociais e culturais.
Os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio
(ODM) privilegiaram uma perspectiva de
acompanhamento dos avanços, de metas e
prioridades a alcançar, enquanto a
perspectiva de direitos humanos tem uma
visão mais ampla – aborda tanto metas
intermediárias como metas integrais de
fortalecimento de direitos, abarcando assim a
amplitude da dignidade humana.
Criação de um ambiente econômico, político,
social, cultural e legal que permitirá às pessoas
alcançarem o desenvolvimento social;
Erradicação absoluta da pobreza com o
estabelecimento de metas para cada país;
Emprego universal como uma meta política
básica;
Promover a integração social baseada na
promoção e proteção dos direitos humanos de
todos; Igualdade entre os gêneros;
Acesso igualitário e universal à educação e
serviços de saúde primários;
Acelerar o desenvolvimento da África e países
menos desenvolvidos; Assegurar que programas
de ajuste estrutural incluam metas de
desenvolvimento social;
Aumentar os recursos destinados ao
desenvolvimento social; Fortalecer a cooperação
para o desenvolvimento social através da ONU.
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Direitos Humanos
Princípio 1 - Apoiar e respeitar a proteção dos
direitos humanos internacionais dentro de
seu âmbito de influência;
Princípio 2 - Certificar-se de que suas
corporações não sejam cúmplices de abusos
em direitos humanos.
Trabalho
Princípio 3 - Apoiar a liberdade de associação
e o reconhecimento efetivo do direito à
negociação coletiva;
Princípio 4 - Apoiar a eliminação de todas as
formas de trabalho forçado e compulsório;
Princípio 5 - Apoiar a erradicação efetiva do
trabalho infantil;
Princípio 6 - Apoiar o fim da discriminação
relacionada a emprego e cargo.
Meio Ambiente
Princípio 7 - Adotar uma abordagem
preventiva para os desafios ambientais;
Princípio 8 - Tomar iniciativas para promover
maior responsabilidade ambiental;
Princípio 9 - Incentivar o desenvolvimento e a
difusão de tecnologias ambientalmente
sustentáveis.
Em relação ao Pacto Global, o mesmo foi
formalmente lançado como uma iniciativa
voluntária, em 20 de julho de 2000, na Sede
das Nações Unidas, objetivando promover
valores universais junto ao setor privado,
contribuindo para a geração de um mercado
global mais inclusivo e sustentável por meio
da implementação de princípios universais
nas áreas de direitos humanos, direitos do
trabalho, proteção ambiental e combate à
corrupção. Participam da iniciativa mais de
5.000 instituições signatárias articuladas por
150 redes ao redor do mundo, envolvendo
agências das Nações Unidas, empresas,
sindicatos, organizações não-
governamentais, entre outros parceiros.
Além das iniciativas internacionais, outras
nacionais e intersetoriais relacionadas ao
tema e ao amplo escopo da RSA surgiram no
mundo inteiro e têm envolvido e despertado
o interesse não apenas o setor empresarial,
mas também dos governos, em diversos
países, que cada vez mais tem incluído o
tema em suas agendas.
Da mesma forma que o conceito, as práticas
relacionadas à responsabilidade
socioambiental estão em contínuo processo
de construção e aperfeiçoamento.
Atualmente, existe um grande número de
ferramentas que estão sendo oferecidas
como alternativas para os setores
empresarial e governamental com vistas a
promover avanços em seus projetos,
tornando-os mais transparentes e incluindo a
participação social.
Em 2000, a Organização para Cooperação e
Desenvolvimento Econômico (OCDE)
publicou as “Diretrizes de Responsabilidade
Social para Empresas Multinacionais” que
estabeleceram princípios e padrões de
cumprimento voluntário, com vistas a uma
conduta empresarial responsável das
empresas multinacionais e que têm sido
utilizadas como instrumento para
desenvolvimento de programas de
responsabilidade social das empresas. As
Diretrizes representam recomendações
voluntárias e não vinculam governos às
empresas.
No Brasil, a Portaria do Ministério da Fazenda
nº 92/MF, de 12 de maio de 2003, instituiu,
no âmbito do MF, o Ponto de Contato
Nacional para a Implementação das Diretrizes
da OCDE para as Empresas Multinacionais –
PCN, que possui, dentre outras atribuições,
participar de conversações entre as partes
interessadas em todas as matérias abrangidas
pelas Diretrizes, a fim de contribuir para a
resolução de questões que possam surgir no
seu âmbito; cooperar com os Pontos de
Contatos Nacionais dos demais países em
relação às matérias abrangidas nas Diretrizes;
e acompanhar e implementar, no que couber
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as Decisões do Conselho da OCDE sobre as
Diretrizes.
Além das iniciativas mencionadas neste texto,
é importante destacar ainda o atual processo
de construção da ISO 26000, prevista para ser
concluída em 2010, que buscará estabelecer
um padrão internacional de diretrizes de
Responsabilidade Social e, diferentemente da
ISO 9001 e da ISO 14001, não será uma
norma para certificação. O processo atual de
desenvolvimento da norma se diferencia dos
anteriores e está sendo realizado por meio da
criação de grupos de trabalho multissetoriais
que envolvem a participação de
representações dos trabalhadores;
consumidores; indústria; governo; e
organizações não governamentais (ONGs).
Iso 26000 – Norma Internacional de
Responsabilidade Social
A ISO 26000 abordará como temas centrais:
governança organizacional; direitos
humanos; práticas do trabalho; meio
ambiente; práticas leais (justas) de operação;
questões relativas ao consumidor e,
envolvimento e desenvolvimento da
comunidade.
Todas essas iniciativas internacionais têm
sido traduzidas como novos padrões,
acordos, recomendações e/ou códigos de
condutas adotados em diferentes países,
inclusive no Brasil, e fazem parte da agenda
de responsabilidade socioambiental do setor
empresarial e de instituições
governamentais, principalmente das
empresas públicas e sociedades de economia
mista.
A responsabilidade socioambiental é um
processo contínuo e progressivo de
desenvolvimento de competências cidadãs, com
a assunção de responsabilidades sobre questões
sociais e ambientais relacionadas a todos os
públicos com os quais a entidade interage:
trabalhadores, consumidores, governo,
empresas, investidores e acionistas, organizações
da sociedade civil, mercado e concorrentes,
comunidade e o próprio meio ambiente.
As instituições devem buscar a mudança de
hábitos e atitudes internas, promovendo uma
nova cultura institucional de combate ao
desperdício. Ao mesmo tempo, devem
promover a revisão e adoção de novos
procedimentos de economia dos recursos
naturais, na medida em que esses serão
consumidos com maior eficiência, além de
beneficiar o meio ambiente com menores
emissões de CO2.
É uma prática voluntária, pois não deve ser
confundida exclusivamente por ações
compulsórias impostas pelo governo ou por
quaisquer incentivos externos (como fiscais,
por exemplo). O conceito, nessa visão,
envolve o beneficio da coletividade, seja ela
relativa ao público interno (funcionários,
acionistas, etc) ou atores externos
(comunidade, parceiros, meio ambiente,
etc.).
Com o passar do tempo, tal concepção
originou algumas variantes ou nuances.
Assim, conceitos novos – muitas vezes
complementares, distintos ou redundantes –
são usados para definir responsabilidade
social, entre eles Responsabilidade Social
Corporativa (RSC), Responsabilidade Social
Empresarial (RSE) e Responsabilidade Social
Ambiental (RSA).
Críticas em relação ao papel das empresas na
responsabilidade social
É importante frisar que o conceito não deve
ser confundido com filantropia ou simples
assistência social. Aqui, na lógica do “é
melhor ensinar a pescar, do que dar o peixe”,
entende-se responsabilidade social como um
processo contínuo e de melhoria da empresa
na sua relação com seus funcionários,
comunidades e parceiros. Não há viés
assistencialista uma vez que há uma lógica
embutida de desenvolvimento sustentável e
crescimento responsável. A maior parte das
empresas que adotam postura socialmente
responsáveis auferem um crescimento mais
sustentável, ganhos de imagem e visibilidade
e são menos propícias a litígios ou problemas
judiciais.
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É uma miscelânea de mudanças de hábitos para a redução dos desperdícios de água, energia e
resíduos com apresentação de tecnologias inovadoras e metodologias da economia solidária e
empreendedorismo, fortalecendo a parceria e o networking com foco na responsabilidade
socioambiental e crescimento na vida integral, implantando um novo modelo de mercado
colaborativo, onde se compartilha negócios, fidelizando a relação empresa/consumidor e
todos saem ganhando.
Mudança de hábito pode minimizar redução de desperdício
A crise hídrica
Relatório divulgado em 2.012 pela Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o
desenvolvimento dos recursos hídricos no mundo, afirma que o crescimento sem precedentes
da demanda alimentícia, rápida urbanização e a mudança climática ameaçam
significativamente o abastecimento de água global.
Segundo o texto, divulgado no Fórum Mundial da Água, em Marselha, no sul da França, é
necessário tomar atitudes urgentes em diversos setores para evitar o desperdício de água.
O relatório diz que, sem medidas drásticas, a pressão da água vai agravar as disparidades
econômicas entre os países, atingindo principalmente os mais pobres.
O documento cita, por exemplo, que a utilização de recursos hídricos na agricultura deve
aumentar em 19% até 2050, índice que pode ser ainda maior, caso não se implemente novas
tecnologias e decisões políticas sobre o tema.
Sobre a questão do saneamento básico, 80% das águas residuais não são recolhidas, nem
tratadas e vão direto a outras massas de água ou se infiltram no subsolo, que é fonte de
problemas de saúde para a população e de uma deterioração do meio ambiente.
“A água doce não está sendo usada de forma sustentável, de acordo com as necessidades e
demandas”, afirma o diretora-geral da Unesco, Irina Bokova, no prefácio do relatório.
Mudança de hábitos ajuda a reduzir o consumo de energia
Com o recente racionamento imposto pelo governo federal, economizar energia elétrica
tornou-se fundamental. Para atingir as metas estabelecidas pelas concessionárias, todos
precisam incluir mudanças no seu dia-a-dia. Portanto, fique atento à rotina e mude hábitos.
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Para quem não pode instalar sistema fotovoltaico, geradores ou aquecedores solares, a saída
está em pequenas atitudes e modificações domésticas, que não implicam necessariamente em
abrir mão do conforto.
Você já parou para pensar em quanto lixo produz todos os dias? O copo descartável de café,
o sachê de açúcar, a embalagem que envolve seu lanche...
Segundo dados da Abelpe (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos
Especiais) mais de 47% do lixo gerado no país em 2013 teve um destino inadequado. Além
disso, segundo o levantamento, o brasileiro vem gerando cada vez mais lixo: em 2013, foram
76 milhões de toneladas, 4,1% a mais do que no ano anterior.
Mudança climática
Outro ponto abordado pela ONU são as mudanças climáticas, que poderão ameaçar ao menos
2 bilhões de pessoas devido ao aumento da população em terras inundáveis e elevação do
nível do mar.
O custo econômico desta situação é considerável: em 2011, por exemplo, 90% dos desastres
naturais estavam ligados à água e o custo total de ao menos 373 catástrofes naturais
registradas em 2010 chegou a US$ 110 bilhões.
Mercado de sistemas para água de reuso cresce rapidamente
O reuso da água em residências, condomínios, prédios e shopping centers já é uma realidade
que vem ganhando muita força. Hoje com a crise da água, cresce a necessidade não só do
planejamento hídrico de água, mas também o planejamento e a infraestrutura adequada para
a água de reuso, que vem sendo uma das saídas encontradas e forma racional para amenizar o
problema antes que se agrave de vez. Dessa maneira, as empresas oferecem infraestrutura e
produtos para as ETES, que se tornam cada vez mais presentes nos empreendimentos, fazendo
parte da política de sustentabilidade e da economia que gera nas contas da água. Outra saída é
o aproveitamento da água da chuva, modo de utilizar um recurso disponível da natureza sem
agredi-la.
Um shopping center na Zona Sul de São Paulo usou um espaço ocioso da garagem para instalar
um sistema que trata e reaproveita 57% do próprio esgoto. A estação de tratamento fica na
área interna do 'caracol' formado pelas rampas do estacionamento coberto de veículos.
Todo esgoto captado dos vasos sanitários, pias de banheiros e da praça de alimentação do
Shopping é captado e enviado para um reservatório. Em seguida, a água passa por um
tratamento biológico, com membranas ultrafiltrantes, e depois recebe a finalização com cloro
antes de ser reaproveitada.
Ao todo, 2,5 milhões de litros de água de reuso são produzidos por mês. Depois do
tratamento, a água é reutilizada para fins não potáveis, como descargas dos banheiros e nos
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mictórios, além do sistema de ar condicionado, lavagem de docas e irrigação de áreas de
jardins.
Um Shopping, em São Paulo, trata o próprio esgoto e produz 2,5 milhões de litros de água de
reuso por mês. A empresa que implantou o sistema, até 2013 o centro de compras consumia 6
milhões de litros de água ao mês, sendo três mil litros fornecidos pela Companhia de
Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) e o restante captado de poços artesianos.
Após a implantação do sistema, o shopping deixou de comprar água da Sabesp e dividiu o
consumo entre os 2,5 milhões de litros de reuso por mês e 3,5 milhões de litros de água dos
poços artesianos para os locais que demandam água potável, como as pias dos banheiros. O
shopping economiza cerca de R$ 340 mil por ano com o reaproveitamento de água após
tratamento de esgoto.
Produzir sua própria energia – Energia fotovoltaica
Frase de Nobuo Tanaka, Diretor executivo da Agência Internacional de Energia“ O sol poder
fornecer até 25% da eletricidade mundial em 2050″
Diariamente toneladas de energia chegam ao nosso planeta de forma gratuita e limpa. Os raios
solares, além de trazerem a luz e o calor essencial para a vida na Terra, podem ser
aproveitados para a geração de eletricidade. Como isto é possível? Através de uma tecnologia
chamada fotovoltaica, ou seja, luz transformada em eletricidade.
O termo ‘Fotovoltaica’ é o casamento de duas palavras: Foto = que tem sua raiz na língua
grega e significa “luz” e Voltaica = que vem de ‘volt’ que é a unidade para medir o potencial
elétrico.
Para fazer isto, são utilizadas células solares formadas por duas camadas de materiais semi-
condutores, uma positiva e outra negativa. Ao atingir a célula, os fótons da luz excitam os
elétrons, gerando eletricidade. Quanto maior a intensidade do sol, maior o fluxo de
eletricidade. O material mais comumente utilizado é o silício. Por ser o segundo elemento mais
abundante da face da terra, não há limites com relação à matéria-prima para produção de
células solares. A eletricidade gerada pelas células está em corrente contínua, que pode ser
imediatamente usada ou armazenada em baterias.
Em sistemas conectados a rede, a energia gerada precisa passar por um equipamento
chamado inversor, que irá converter a corrente continua em alternada com as características
(freqüência, conteúdo de harmônicos, forma da onda, etc) necessárias para atender as
condições impostas pela rede elétrica pública. Assim, a energia que não for consumida pode
também ser lançada na rede.
Não confunda, energia solar térmica com energia solar fotovoltaica!
Na solar térmica, a energia do sol é transformada em calor e é utilizada para o aquecimento de
água em residências, hotéis, clubes, etc. Neste caso, são usados COLETORES solares. Na solar
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fotovoltaica, a energia é diretamente convertida em eletricidade e, neste caso, são usados
MÓDULOS solares.
Como é feita a separação do lixo orgânico e inorgânico? Saiba qual tipo de resíduo pode ser
separado no orgânico ou inorgânico.
Ser responsável pelo lixo que geramos seja em casa ou no trabalho contribui para a
preservação do meio ambiente e ainda evita a super lotação de aterros sanitários. São
produzidos aproximadamente 1,3 bilhão de toneladas de resíduos sólidos no mundo inteiro de
acordo com o Pnuma (órgão de meio ambiente da ONU).
Para efetuar a separação do lixo para a coleta seletiva é preciso saber a diferença entre os
tipos de dejetos. O lixo orgânico é aquele que pode ser transformado em composto orgânico,
ou seja, adubo. Pode ser encontrado em resíduos de origem animal e vegetal, como restos de
carne, verduras, sementes e até o “lixo humano”, fezes e urina. O lixo orgânico é um grande
aliado da agricultura porque fertiliza a plantação sem a utilização de adubos industrializados.
O lixo inorgânico é produto da ação humana e vem de ações não naturais, ou seja, resíduos
que o homem produz como plástico, papéis, metais, garrafas e etc. A desvantagem deste tipo
de lixo é que a decomposição é demorada. Para o plástico se decompor, por exemplo, são
precisos 100 anos em média. Enquanto ele não se dissolve, se for jogado em local impróprio,
resulta em entupimento de bueiros e contribui para a poluição ambiental.
Dos 5.565 municípios brasileiros, 14% já possuem sistema de coleta seletiva, de acordo com
dados divulgados pelo Compromisso Empresarial para a Reciclagem (CEMPRE). A Prefeitura de
São Paulo, por exemplo, dispõe deste serviço de coleta reciclável em dois dias na semana nos
bairros da capital. Informe-se na prefeitura da sua cidade sobre a política de recolhimento de
materiais recicláveis.
A reciclagem começa em casa na separação dos materiais. Veja como é fácil separar o lixo
orgânico do inorgânico:
1- Separe o lixo seco do lixo úmido;
2- Restos de vegetais, carnes e sementes de fruta podem ser colocados no lixo orgânico e
servir de adubo;
3- Não se esqueça de passar água nos materiais recicláveis, como frascos de iogurte de plástico
ou vidro que tenham outro tipo de líquido que possa atrair insetos;
4- Cuidado ao separar o óleo de cozinha, ele pode entupir o encanamento doméstico e
prejudicar o sistema de tratamento de esgoto. O mais indicado é armazená-lo em garrafas PET
e levá-lo a locais de coleta específicos;
5- O descarte de pilhas e aparelhos eletrônicos pode ser feito em redes privadas de telefonia
celular e eletrodomésticos.
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O que é Economia Solidária?
Economia Solidária é um jeito diferente de produzir, vender, comprar e trocar o que é preciso
para viver. Sem explorar os outros, sem querer levar vantagem, sem destruir o ambiente.
Cooperando, fortalecendo o grupo, cada um pensando no bem de todos e no próprio bem.
A economia solidária vem se apresentando, nos últimos anos, como inovadora alternativa de
geração de trabalho e renda e uma resposta a favor da inclusão social. Compreende uma
diversidade de práticas econômicas e sociais organizadas sob a forma de cooperativas,
associações, clubes de troca, empresas autogestionárias, redes de cooperação, entre outras,
que realizam atividades de produção de bens, prestação de serviços, finanças solidárias,
trocas, comércio justo e consumo solidário.
Nesse sentido, compreende-se por economia solidária o conjunto de atividades econômicas de
produção, distribuição, consumo, poupança e crédito, organizadas sob a forma de autogestão.
Considerando essa concepção, a Economia Solidária possui as seguintes características:
Cooperação: existência de interesses e objetivos comuns, a união dos esforços e capacidades,
a propriedade coletiva de bens, a partilha dos resultados e a responsabilidade solidária.
Envolve diversos tipos de organização coletiva: empresas autogestionárias ou recuperadas
(assumida por trabalhadores); associações comunitárias de produção; redes de produção,
comercialização e consumo; grupos informais produtivos de segmentos específicos (mulheres,
jovens etc.); clubes de trocas etc. Na maioria dos casos, essas organizações coletivas agregam
um conjunto grande de atividades individuais e familiares.
Autogestão: os/as participantes das organizações exercitam as práticas participativas de
autogestão dos processos de trabalho, das definições estratégicas e cotidianas dos
empreendimentos, da direção e coordenação das ações nos seus diversos graus e interesses,
etc. Os apoios externos, de assistência técnica e gerencial, de capacitação e assessoria, não
devem substituir nem impedir o protagonismo dos verdadeiros sujeitos da ação.
Dimensão Econômica: é uma das bases de motivação da agregação de esforços e recursos
pessoais e de outras organizações para produção, beneficiamento, crédito, comercialização e
consumo. Envolve o conjunto de elementos de viabilidade econômica, permeados por critérios
de eficácia e efetividade, ao lado dos aspectos culturais, ambientais e sociais.
Solidariedade: O caráter de solidariedade nos empreendimentos é expresso em diferentes
dimensões: na justa distribuição dos resultados alcançados; nas oportunidades que levam ao
desenvolvimento de capacidades e da melhoria das condições de vida dos participantes; no
compromisso com um meio ambiente saudável; nas relações que se estabelecem com a
comunidade local; na participação ativa nos processos de desenvolvimento sustentável de
base territorial, regional e nacional; nas relações com os outros movimentos sociais e
populares de caráter emancipatório; na preocupação com o bem estar dos trabalhadores e
consumidores; e no respeito aos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras.
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Considerando essas características, a economia solidária aponta para uma nova lógica de
desenvolvimento sustentável com geração de trabalho e distribuição de renda, mediante um
crescimento econômico com proteção dos ecossistemas. Seus resultados econômicos, políticos
e culturais são compartilhados pelos participantes, sem distinção de gênero, idade e raça.
Implica na reversão da lógica capitalista ao se opor à exploração do trabalho e dos recursos
naturais, considerando o ser humano na sua integralidade como sujeito e finalidade da
atividade econômica.
Sobre o empreendedorismo
O conceito mais aceito de "Empreendedorismo" foi popularizado pelo economista Joseph
Schumpeter em 1945 como sendo uma peça central à sua teoria da Destruição criativa.
Segundo Schumpeter o empreendedor é alguém versátil, que possui as habilidades técnicas
para saber produzir, e capitalistas ao reunir recursos financeiros, organiza as operações
internas e realiza as vendas de sua empresa. De fato, Schumpeter chegou a escrever que a
medida para uma sociedade ser considerada capitalista é saber se ela confia seu processo
econômico ao homem de negócios privado.
Mais tarde, em 1967 com Kenneth E. Knight e em 1970 com Peter Drucker foi introduzido o
conceito de risco, uma pessoa empreendedora precisa arriscar em algum negócio. E em 1985
com Gifford Pinchot foi introduzido o conceito de Intra-empreendedor, uma pessoa
empreendedora mas dentro de uma organização.
Uma das definições mais aceitas hoje em dia é dada pelo estudioso de empreendedorismo,
Robert D. Hisrich, em seu livro “Empreendedorismo”. Segundo ele, empreendedorismo é o
processo de criar algo diferente e com valor, dedicando tempo e o esforço necessários,
assumindo os riscos financeiros, psicológicos e sociais correspondentes e recebendo as
consequentes recompensas da satisfação econômica e pessoal.
No Brasil, o empreendedorismo começou a ganhar força na década de 1990, durante a
abertura da economia. A entrada de produtos importados ajudou a controlar os preços, uma
condição importante para o país voltar a crescer, mas trouxe problemas para alguns setores
que não conseguiam competir com os importados, como foi o caso dos setores de brinquedos
e de confecções, por exemplo. Para ajustar o passo com o resto do mundo, o país começou a
mudar. Empresas de todos os tamanhos e setores tiveram que se modernizar para poder
competir e voltar a crescer. O governo deu início a uma série de reformas, controlando a
inflação e ajustando a economia, em poucos anos o País ganhou estabilidade, planejamento e
respeito. A economia voltou a crescer. Só no ano 2000, surgiu um milhão de novos postos de
trabalho. Investidores de outros países voltaram a aplicar seu dinheiro no Brasil e as
exportações aumentaram. Juntas essas empresas empregam cerca de 40 milhões de
trabalhadores.
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Parceria
Parceria é o trabalho em conjunto que as pessoas fazem para alcançar um objetivo comum.
Para haver parceria entre os indivíduos, quase sempre eles devem possuir harmonia de
interesses, ou seja, alguém sempre vai ter que ceder (perder) em alguma vantagem para
manter a cooperação funcionando.
De acordo com as moralidades, todas as pessoas que estiverem se encontrando
propositalmente ou acidentalmente devem, no mínimo, se respeitarem, ou seja, tratar uma à
outra com educação, e se não poder ajudar o próximo, não o atrapalhar.
O problema é que essas regras morais não são exatas e podem ser burladas com certa
facilidade, e quando um indivíduo se sente injustamente denegrido por outro, há um início de
problema de relacionamento entre as partes.
O que é Networking:
Networking é uma palavra em inglês que indica a capacidade de estabelecer uma rede de
contatos ou uma conexão com algo ou com alguém.
Essa rede de contatos é um sistema de suporte onde existe a partilha de serviços e informação
entre indivíduos ou grupos que têm um interesse em comum.
É uma palavra inevitavelmente relacionada com o contexto empresarial e indica uma atitude
de procura de contatos com a possibilidade de conseguir subir na carreira. Apesar disso,
networking não é uma atividade egoísta, em que você só quer se aproveitar de uma pessoa
para o seu próprio bem. Deve existir um sentido de reciprocidade, o benefício deve ser mútuo,
porque mesmo que uma pessoa seja mais experiente, ela sempre pode aprender alguma coisa
com outra.
Quando uma empresa precisa contratar alguém, frequentemente aborda os seus funcionários
e pergunta se conhecem alguém na sua rede de contatos que possa desempenhar uma
determinada função. Quanto melhor for a capacidade de networking de uma pessoa, maior é a
sua probabilidade de ser indicada para um cargo quando surge a oportunidade.
Networking não é usar uma cunha, porque a competência da pessoa em questão não está em
causa. Networking é conhecer as pessoas certas, que podem dar uma referência ou fazer uma
indicação.
É importante salientar que networking não é apenas conseguir novos contatos, mas também é
saber manter os contatos que já fez no passado. Além disso, no networking é mais importante
a qualidade do que a quantidade dos seus contatos.
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O networking é uma ferramenta do marketing pessoal que depende muita da aptidão social de
alguém. Para construir uma boa rede de contatos é preciso ser eficiente no âmbito dos
relacionamentos interpessoais, e por isso o networking é muitas vezes trabalhado no coaching.
Segundo administrador de empresas e palestrante Max Gehringer, networking é "uma questão
de paciência e não urgência".
Responsabilidade Socioambiental
Está ligada a ações que respeitam o meio ambiente e a políticas que tenham como um dos
principais objetivos a sustentabilidade. Todos são responsáveis pela preservação ambiental:
governos, empresas e cada cidadão.
O Ministério do Meio Ambiente (MMA) desenvolve políticas públicas que visam promover a
produção e o consumo sustentáveis. Produção sustentável é a incorporação, ao longo de todo
ciclo de vida de bens e serviços, das melhores alternativas possíveis para minimizar custos
ambientais e sociais. Já o consumo sustentável pode ser definido, segundo o Programa das
Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), como o uso de bens e serviços que atendam
às necessidades básicas, proporcionando uma melhor qualidade de vida, enquanto minimizam
o uso de recursos naturais e materiais tóxicos, a geração de resíduos e a emissão de poluentes
durante todo ciclo de vida do produto ou do serviço, de modo que não se coloque em risco as
necessidades das futuras gerações.
O Plano de Ação para a Produção e Consumo Sustentáveis é uma ação do MMA que tem o
objetivo de fomentar políticas, programas e ações que promovam a produção e o consumo
sustentáveis no país. Enfoca em seis áreas principais: Educação para o Consumo Sustentável;
Varejo e Consumo Sustentável; Aumento da reciclagem; Compras Públicas Sustentáveis;
Construções Sustentáveis e Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P). Esse último
programa incentiva a incorporação de atitudes sustentáveis na rotina dos órgãos públicos do
país.
Para que as políticas públicas sejam cada vez mais próximas aos cidadãos, o MMA coordena as
conferências do meio ambiente, cuja proposta é ouvir governo nacional e local, iniciativa
privada, organizações não governamentais e cada brasileiro sobre a gestão ambiental no país.
Crescimento na vida integral
Trabalhar para a vida pessoal e as questões ligadas aos relacionamentos, planejamento,
motivação, comunicação, família, auto-desenvolvimento, alcance de metas, resolução de
conflitos e principalmente, ressignificação de conceitos e valores fundamentais na vida das
pessoas.
É uma forma de coaching especialmente trabalhada para profissionais que estão tendo seu
primeiro contato com o empreendedorismo, ou mesmo, para aqueles que já atuam e querem
por meio de um conjunto de estratégias e ferramentas, de forma objetiva, dinâmica e
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predominantemente prática, ter a oportunidade de desenvolver competências e habilidades
empreendedoras.
Um novo modelo de mercado colaborativo
Em 2000, nos Estados Unidos surgiu um novo conceito: a sociedade deveria passar a consumir
de maneira mais responsável e consciente. Após a crise econômica mundial, em 2008, esse
pensamento se fortificou e se tornou o que chamamos hoje de “Consumo Colaborativo”. À
época, os norte-americanos começaram a perceber que o seu ritmo de consumo era muito
acelerado e os movimentos que repensavam essa maneira de consumir ganharam espaço e se
multiplicaram. Nasce assim o conceito dos cinco C’s: Crie – Compartilhe – Curta – Comente –
Convide = incremento de venda.
Marcada pelo compartilhamento de recursos, a economia compartilhada vem ganhando mais
e mais força ao redor do mundo, e as grandes corporações podem entrar no barco ou serem
atropeladas por ela. O consumo colaborativo tem se provado um movimento duradouro,
abrangente e revolucionário, razão pela qual um grande número de empresas inovadoras,
como Patagônia, Toyota e NBC, por exemplo, já passaram a adotar estratégias baseadas no
compartilhamento em seus principais negócios.
A cadeia de valor da economia colaborativa mostra como as empresas podem repensar seus
modelos de negócios tornando-se “prestadoras de serviços”, “fomentadoras de mercado” ou
“provedoras de plataformas”. As empresas com visão de futuro empregam um modelo,
enquanto as mais inovadoras empregam todos os três, com a corporação no centro.
No coração da economia colaborativa, estão empresas e projetos que surgiram a partir de
variações sobre o tema do compartilhamento pessoa-para-pessoa (peer-to-peer). Carros,
alimentos, serviços, motos, moradia, informação, tecnologia, entre outros bens, podem ser
compartilhados.
A ascensão da economia colaborativa é direcionada e viabilizada por forças de mercado que
agora estão convergindo. Quanto mais elas aceleram, mais cresce a tendência.
O modelo já foi adotado por diversos setores e movimenta, no mínimo, US$ 100 bilhões de
dólares (0,14% do Produto Interno Bruto mundial em 2012), segundo a consultora Rachel
Botsman, uma das autoras do livro “O que é meu é seu”. A estimativa não é exata, segundo
ela, porque é difícil reunir dados precisos de alguns mercados.
Notoriamente, a economia colaborativa é responsável por três pilares: social, com destaque
para o aumento da densidade populacional, avanço para a sustentabilidade, desejo de
comunidade e abordagem mais altruísta; econômico, focado em monetização do estoque em
excesso ou ocioso, aumento da flexibilidade financeira, preferência por acesso X aquisição, e
abundância de capital de risco; e tecnológico, beneficiado pelas redes sociais, dispositivos e
plataformas móveis, e sistemas de pagamento.
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Para pegar carona nos novos caminhos que as forças de mercado traçam, as empresas já
existentes devem repensar seus modelos de negócios e incorporar um ou mais dos três
modelos colaborativos “prestadoras de serviços”, “fomentadoras de mercado” ou “provedoras
de plataformas”. Ao fazê-lo, elas vão evoluir ao lado de seus clientes e consumidores – e não
ser ultrapassadas por eles.
Parece que agregar valor em cada nível gera retorno, uma vez que esses três modelos
representam um aumento na maturidade, exigem um maior investimento e resultam em
maior benefício em cada nível. Exemplos em grandes corporações são a Toyota alugando
carros de concessionárias selecionadas e o Citibank patrocinando um programa de
compartilhamento de bicicletas na cidade de Nova Iorque, como já ocorre no Brasil.
Em poucas palavras, o grande aprendizado para as empresas é o seguinte: o relacionamento
com os clientes mudou, então liberte sua empresa para ganhar o mercado.
Fidelização de Clientes
O marketing de relacionamento é criar, manter e aprimorar fortes relacionamentos com os
clientes e outros interessados. Além de elaborar estratégias para atrair novos clientes e criar
transações com eles, as empresas empenham-se em reter os clientes existentes e construir
com eles relacionamentos lucrativos e duradouros.
Os programas de fidelização são um processo que utiliza a comunicação integrada para
estabelecer um relacionamento continuado, duradouro e gratificante com os clientes, visando
aumentar a lealdade e a rentabilidade pelo mecanismo de reconhecimento e recompensa dos
mais leais.
Conforme Bogman (2000, p. 20) "cliente fiel é aquele que sempre volta à organização por
ocasião de uma nova compra ou transação, por estar satisfeito com o produto ou serviço. E
fidelização é o processo pelo qual um cliente se torna fiel".
Para conquistar a fidelização, é necessário que as empresas invistam nos relacionamentos
contínuos com os clientes. A fidelidade proporciona vantagens financeiras para a empresa.
Manter o cliente fiel tem um custo financeiro menor do que conquistar novos clientes.
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#ReduzirDesperdício
Projeto de Responsabilidade
Socioambiental com dicas para
economizar água, energia e resíduos
com Programa de Fidelidade
Colaborativo para descontos em nossos
parceiros.
O Programa de Fidelidade é
desenvolvido em 04 (quatro)
etapas:
I Etapa – Palestra Aberta 45 min
#ReduzirDesperdício, APENAS 40
VAGAS;
II Etapa – Curso de 20 horas para
Formação de Multiplicadores
#ReduzirDesperdício com Foco em
Condomínios Verticais;
III Etapa – Credenciamento de
Empresas e Cadastramento de
Moradores dos Condomínios;
IV Etapa – Curso de Formação de
Multiplicadores
#ReduzirDesperdício com Foco em
Condomínios Horizontais e Setores
Habitacionais.
Projeto de Responsabilidade
Socioambiental
Projeto de sustentabilidade urbana e rural,
construção de ebook para a formação de
multiplicadores e promoção de cursos de
educação ambiental e economia solidária,
bem como apresentação de alternativas de
tecnologias industriais e sociais.
Um eBook é enviado aos cadastrados que
serão multiplicadores de uma nova
metodologia de economia sustentável.
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Parcerias com Empresas e Usuários
Empresas Credenciadas
Empresas são credenciadas como
pontos de venda, onde usuários
cadastrados no #ReduzirDesperdício
poderão comprar com descontos pelo
Programa de Fidelidade Colaborativo.
Usuários Cadastrados
Usuários são cadastrados no
#ReduzirDesperdício e ao comprarem
nas empresas credenciadas
receberão descontos pelo Programa
de Fidelidade Colaborativo.
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É verdade que a Terra é conhecida como Planeta Água, mas não estamos podendo esbanjar.
Ao colocar no papel a porção de água doce que, de fato, está disponível para consumo em
todo o mundo, é muito pouco: 0,26% (o que representa 13 gotas em um balde de 10 litros).
Que tal fazer a sua parte para esse recurso (finito) durar ainda por muitos e muitos anos?
Falar de economia de água em um planeta onde 75% da superfície é coberta pelo recurso
hídrico parece papo de “ecochato”, mas não é. O Planeta Água, como é conhecida a Terra,
pode sim secar e esta realidade está mais perto de acontecer a cada dia, por conta do
desperdício e da contaminação da água.
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A ONU já alertou: se não houver mudanças de hábitos no curto prazo, até 2030 quase metade
da população global terá problemas de abastecimento – sem contar as 768 milhões de pessoas
que já não possuem acesso à água potável e podem ficar em situação ainda mais complicada.
O desperdício começa na própria rede de distribuição, por conta de problemas como
vazamentos e “gatos” – sabia que, no Brasil, a cada 100 litros de água coletados, apenas 64
chegam ao seu destino? -, e se agrava quando o recurso entra na casa dos brasileiros.
Economizar água já é uma necessidade urgente em todo o mundo e, além de não ser tão
difícil, pode aliviar as despesas no fim do mês.
Economizar água não é mais só um hábito saudável. Atualmente, é uma grande
responsabilidade com o futuro. Se não mudarmos nossos hábitos, a escassez de água para o
consumo vai nos afetar seriamente.
De acordo com a Organização das Nações (ONU) cada pessoa usa 3,3 mil litros de água por
mês, ou seja, cerca de 110 litros por dia para atender as necessidades de consumo e higiene.
Mas no Brasil o consumo por pessoa pode chegar a mais de 200 litros por dia.
A conscientização da população sobre a importância do meio ambiente para o bem estar da
sociedade é alta e, neste sentido, a consciência sobre a questão da água no país é expressiva
entre a população.
Grande parte da sociedade (75%) está ciente de que seu consumo de água não é baixo e de
que este poderia ser menor. E 48%, independentemente de seu nível de consumo, afirmam
controlar pouco seu consumo, enquanto 48% apontam o desperdício como causa para o
agravamento do problema da água no país.
Ao considerar que 95% dos respondentes estão familiarizados com formas de economia de
água, percebe-se que o nível de conscientização ainda não se converteu em boas práticas de
consumo, de modo que há ainda um caminho a ser percorrido neste ponto. Desta forma, pesa
ainda o desconhecimento da população sobre o impacto de suas ações no meio ambiente.
A sociedade está cada vez mais por dentro de assuntos relacionados ao consumo e economia
de água, preservação de recursos naturais, dentre outros, mas na prática, está encontra-se
ainda falha, distante. Um indicativo de que demonstra esta distancia da população com temas
que envolvem recursos hídricos é o desconhecimento de órgãos importantes como comitês de
bacias hidrográficas e a Agência Nacional das Águas – ANA.
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Todos nós podemos ajudar a combater o desperdício. Economizando energia elétrica,
ajudamos a preservar o meio ambiente, ampliamos o tempo de vida dos recursos não-
renováveis e adiamos a construção de usina e a implantação de novas linhas de transmissão.
O desenvolvimento da sociedade humana está atrelado à transformação do meio ambiente e
obtenção de energia. Durante o desenvolvimento da nossa sociedade ficou evidente a carência
de energia em todos possíveis locais da convivência humana, e nas últimas décadas temos
visto o apelo de várias vozes que nos mostram o iminente do fim dos combustíveis fósseis, o
imenso impacto ambiental causado por essas fontes de energia e a insustentabilidade do
modo como obtemos a energia que nos move.
Enquanto isso, em muitas frentes, temos o desenvolvimento de novas formas de geração de
energia e recentemente tivemos o reconhecimento das fontes renováveis, não mais como
fontes de energia alternativa, mas como fontes de energia primárias, cujas principais
representantes são:
• Energia Hidrelétrica;
• Biomassa
• Energia Eólica
• Energia Solar
Todas as formas de energia que conhecemos derivam da energia solar. É a energia do sol que
altera o estado físico da água, fazendo com que essa migre e possa ser represada e
aproveitada nas usinas hidrelétricas. O aquecimento das massas de ar provoca os ventos, que
são aproveitados nos aerogeradores dos parques eólicos É a energia solar, absorvida na
fotossíntese, que dá vida às plantas utilizadas como fonte de energia de biomassa. Até mesmo
o petróleo, que vem de restos de vegetação e animais pré-históricos, também é derivado do
sol, pois este deu a energia necessária ao aparecimento da vida na terra em eras passadas.
Podemos, através desse ponto de vista, considerar que todas as formas de energia são
renováveis, infelizmente não em escala humana. As formas de energia renovável citadas acima
são as que se renovam a cada dia, permitindo um desenvolvimento sustentável da vida e
sociedade humana.
Porém, todas as formas atuais de geração de energia como as usinas hidroelétricas,
termoelétricas ou nucleares tem um limite máximo de produção. Isso significa que, se não
cuidarmos do nosso consumo, não vai ter energia suficiente para todo mundo.
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Agora, se cada um fizer a sua parte e economizar, energia não vai faltar.
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Coleta Seletiva e Reciclagem
Em várias instituições públicas, o processo de implantação da A3P tem se iniciado com a coleta
seletiva e é decorrente, em grande medida, da edição do Decreto nº 5.940 de 25 de outubro
de 2006, que instituiu a separação dos resíduos recicláveis descartados pelos órgãos e
instituições da administração pública federal direta e indireta na fonte geradora e a sua
destinação às associações e cooperativas dos catadores de materiais recicláveis.
Uma grande parte dos resíduos gerados na administração pública pode ser destinada para a
reciclagem, mas, para que isso seja possível, é imprescindível a implantação de um sistema de
coleta seletiva eficiente. Nesse processo, a separação dos materiais recicláveis daqueles que
não são, é a primeira preocupação a ser observada.
O acondicionamento e a coleta, quando realizados sem a segregação dos resíduos na fonte,
resultam na deterioração, parcial ou total, de várias das suas frações recicláveis. O papelão se
desfaz com a umidade, tornando-se inaproveitável; o papel, assim como o plástico em filme
(sacos e outras embalagens) se suja em contato com a matéria orgânica, perdendo valor; os
recipientes de vidro e lata enchem-se com outros materiais, dificultando sua seleção e
causando risco de acidentes aos trabalhadores da coleta de resíduos; também a mistura de
determinados materiais, como pilhas, cacos, tampinhas e restos de equipamentos eletrônicos
pode contribuir para o risco de acidentes e piorar significativamente a qualidade dos
recicláveis
A coleta seletiva é uma importante atividade na gestão dos resíduos sólidos. Trata-se do
processo de seleção do lixo, que envolve duas etapas distintas: Separação do Lixo na Fonte (ou
Segregação) e Coleta.
Essa seleção poderá ser classificada em três categorias: resíduos orgânicos e inorgânicos ou
secos e úmidos ou recicláveis e não recicláveis. Materiais não recicláveis são aqueles
compostos por matéria orgânica e/ou que não possuam, atualmente, condições favoráveis
para serem reciclados. É uma pré-seleção do material nos locais de origem: papel, papelão,
plástico, vidro, metal, dentre outros. Isto requer sensibilização, conscientização e a
participação de todos.
Trata-se de recolhimento especial, que permite que os materiais pré-selecionados possam ser
recuperados, separados e recebam uma destinação adequada, quer seja, reutilização,
reciclagem, compostagem ou aterro sanitário.
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No caso de resíduos orgânicos, eles necessariamente passam por um processo de triagem
antes de serem encaminhados para reciclagem.
Portanto, a implantação da coleta seletiva deve prever a separação dos materiais na própria
fonte geradora, evitando o surgimento desses inconvenientes
Para a implantação deste sistema, os resíduos gerados podem ser separados em dois grupos:
•• Materiais recicláveis: compostos por papel, papelão, vidro, metal e plástico, entre outros.
•• Materiais não recicláveis: também chamados de lixo úmido ou simplesmente lixo:
compostos pela matéria orgânica e pelos materiais que não apresentam, atualmente,
condições favoráveis à reciclagem.
Você sabia ?
Que o lixo adequadamente manuseado pode produzir riquezas na forma de energia, produtos
reciclados, com uma enorme economia no que se refere à extração de matéria-prima?
Para que a coleta seletiva seja eficaz tem que haver a garantia da correta destinação dos
resíduos para empresas que trabalham com reciclagem.
Para introduzir um sistema de coleta seletiva é necessário o envolvimento de prefeituras,
comunidades, catadores, carroceiros/sucateiros, entidades sociais e, principalmente, empresas
privadas que atuem com coleta e reciclagem
Vantagens da Coleta Seletiva Solidária Diminui a exploração dos recursos naturais;
Diminui a poluição do solo, da água e do ar;
Reduz os resíduos encaminhados aos aterros sanitários;
Gera emprego e renda para os catadores de materiais recicláveis;
Diminui os gastos com a limpeza pública;
Prolonga a vida útil dos aterros sanitários;
Fortalece a organização dos catadores e melhora suas condições de trabalho.
Triagem de Resíduos Sólidos
Os resíduos sólidos separados podem ser prensados em fardos ou não, no local de origem,
recolhidos e repassados para associações, cooperativas e/ou empresas, que se encarregarão
de vendê-los para outras empresas que trabalham com reciclagem.
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Os diversos tipos de papéis usados e separados em coleta seletiva denominam-se aparas e são
prensados em fardos. Quanto mais limpa e selecionada for a apara, maior será seu valor
comercial.
Exemplificação dos Resíduos
•• Resíduos líquidos ou efluentes: rejeitos industriais, águas utilizadas (servidas) e chorumes.
•• Resíduos orgânicos: restos de alimentos, galhos e folhas, papel higiênico
•• Resíduos inorgânicos: plásticos, papéis, vidros e metais.
•• Resíduos secos: plásticos, papéis, vidros, metais, embalagens “longa vida”.
•• Resíduos úmidos: restos de alimentos, cascas de frutas, podas de jardim.
•• Outros Resíduos (rejeitos): todos aqueles que não se enquadram nas outras classificações.
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Atitudes simples contribuem para redução do impacto ambiental em casa e no trabalho
O Ministério do Meio Ambiente (MMA) aproveita para orientar a população sobre mudanças
simples de atitude que ajudam a reduzir o impacto ambiental. Evitar o desperdício, privilegiar
os produtos duráveis e não os descartáveis, reutilizar e reciclar os resíduos, são exemplos de
atitudes que podem ser tomadas e que contribuem para reduzir os impactos negativos no
meio ambiente.
Consumo sustentável não significa não consumir, mas sim consumir diferente, tendo
consciência de que todas as ações geram um impacto no planeta. É importante atentar ao
consumo exagerado. Uma boa dica é fazer uma lista de compras para adquirir o que é
realmente necessário, além de ler atentamente os rótulos. Outra é buscar saber sobre a cadeia
produtiva, ou seja, conhecer a história do produto e das empresas envolvidas no processo. Isso
vale também na hora de comprar. É interessante conhecer a procedência dos produtos das
empresas escolhidas, privilegiando as com responsabilidade socioambiental, e também
evitando embalagens em excesso.
Deve-se dar preferência aos alimentos produzidos localmente, priorizando os sem agrotóxico.
Para transportar os itens, a sugestão é não usar saquinhos plásticos descartáveis e privilegiar
as sacolas duráveis e retornáveis. Ao descartar, é bom separar o lixo, praticando a coleta
seletiva. É importante consumir energia com consciência. A orientação é desligar todos os
equipamentos que não estiverem em uso, sempre que possível dar preferência à luz natural,
apagar iluminação e aparelhos de ambientes que não estiverem sendo utilizados e procurar
utilizar equipamentos mais econômicos.
Todas essas ações estão relacionadas ao Plano de Produção e Consumo Sustentáveis (PPCS),
do Ministério do Meio Ambiente - um documento lançado em 2011 que articula as ações de
governo, do setor produtivo e da sociedade por um Brasil com padrões mais sustentáveis de
produção e consumo. Dentre os objetivos do PPCS, está a promoção da educação para o
consumo sustentável.
Consumidor consciente
Você já parou para pensar se o seu consumo é feito de maneira consciente? Se você
respondeu sim a esta pergunta, saiba que refletir sobre o assunto é o primeiro passo para a
mudança de comportamento.
“A primeira coisa é pensar nos meus hábitos de consumo. Eu fecho a torneira quando escovo
os dentes? Tomo banho demorado? Apago as luzes de ambientes não ocupados? Desligo
eletrodomésticos não usados? Planejo as minhas compras de supermercado? Planejo as
minhas compras de roupas? Tenho atitude de parar para pensar antes do impulso do
consumo? Dou carona para amigos que façam o mesmo trajeto? Deixo o carro em casa e
utilizo transporte público?”.
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Repensar, reduzir, reutilizar e reciclar integram o conjunto de “R”s que ajudam na reflexão
sobre a mudança de comportamento: repense o seu consumo, reduza o que você vai
consumir, reutilize o que você consumiu e recicle o que já foi utilizado.
O conceito de consumo consciente não envolve apenas o que, mas também como e de quem
você consome e qual será o destino de seu descarte. Pouco adianta usar sacolas retornáveis de
uma empresa que não toma o devido cuidado em seu processo de produção. Ou comprar
alimentos orgânicos de um produtor que não registra devidamente seus funcionários, utiliza-
se de mão de obra infantil ou escrava.
Há diversas abordagens sobre a definição de consumo consciente. De maneira geral, todas elas
passam pela prática de consumir produtos com consciência de seus impactos e voltados à
sustentabilidade.
O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), por exemplo, indica que a
utilização de bens e serviços precisa cumprir com necessidades básicas e proporcionar melhor
qualidade de vida. Ao mesmo tempo, o produto ou serviço deve minimizar o uso de recursos
naturais, materiais tóxicos, diminuir a emissão de poluentes e a geração de resíduos.
Para o Ministério do Meio Ambiente, o consumo consciente é uma contribuição voluntária,
cotidiana e solidária do cidadão para garantir a sustentabilidade da vida no planeta. É ampliar
os impactos positivos e diminuir os negativos causados pelo consumo dos cidadãos no meio
ambiente, na economia e nas relações sociais.
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Hoje, as pesquisas mostram que a preocupação com o meio ambiente começa em nossas
casas. Ao perguntar o que é meio ambiente para jovens de 11 a 16 anos, eles informam que é
tudo que as rodeia, ou seja, ar, água, animais, plantas, pessoas, minerais, rochas. Estas simples
palavras estão presentes em quase todas as páginas deste manual, mas na forma de energias e
de consumo.
A maior preocupação entre adultos e crianças em diversos municípios do Brasil é a questão do
lixo, porque é algo que interfere na paisagem do bairro e da cidade, demonstra falta de
limpeza e de higiene, e algo que muitos não conhecem pelo nome de desperdício.
Precisamos ser otimistas e positivos e zelar pelo que nos é mais precioso, o local onde
vivemos, o nosso Planeta Azul.
Ele é constituído de pessoas, animais, plantas, rochas, água e ar (atmosfera). Com o ar poluído,
não respiramos; sem água ou com ela poluída, temos sede; sem plantas e animais há fome. Se
consumirmos demais, não teremos espaço para plantar e criar animais para servir de
alimento...
Então, qual a sua pegada, a nossa pegada ecológica? Será que estamos dispostos a nos
esforçar para termos uma vida mais regrada, mas com mais qualidade?
Cada um de nós tem a sua resposta! Cada um tem a sua consciência do que pode e não pode
fazer, afinal aprendemos o que é correto e incorreto muito cedo, no seio da família.
Crescemos, nos tornamos independentes, queremos fazer diferente e muitas vezes, o nosso
conceito de sustentabilidade é diferente.
"Você nunca sabe que resultados virão da sua ação. Mas, se você não
fizer nada, não existirão resultados.”
Mahatma Gandhi
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Ministério do Meio Ambiente - Brasília – DF, 5ª Edição | Revista e atualizada
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VEL: SEGURANÇA ALIMENTAR E HÍDRICA PARA A AMÉRICA LATINA, 25-28 nov 2007, Fortaleza-
CE. Anais... Fortaleza-CE, 2007.
CURTIS, V.; SINGH, S.; VONCKEN, N. Dirt and disgust: a darwinian perspective on hygiene. Medische
Antropologie, v. 11, n. 1, 1999.
______. Urban Metabolic system of water in the 21st century. In: WATANABE, Y.; FUNAMIZU, N.
(Eds.). Water resources and water supply in the 21st century: International symposium on water
resources and water supply in the 21st century. oct 5-6, 2001. Sapporo: Hokkaido University
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TODD, J.A., CURRAN, M.A. Streamlined life-cycle assessment: a final report from the SETAC North
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ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Division For Sustainable Development. Agenda 21. Disponível
em: <http://www.un.org/esa/sustdev/documents/agenda21/english/agenda21toc.htm>,
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ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Division For Sustainable Development. Agenda 21. Disponível
em: <http://www.un.org/esa/sustdev/documents/agenda21/english/agenda21toc.htm>,
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25 p. Disponível em: <http://www.who.int/world-health-day/toolkit/report_web.pdf> Acesso
em: 23 set 2008.
WWF – BRASIL. Agenda elétrica sustentável 2020: estudo de cenários para um setor elétrico brasileiro
eficiente, seguro e competitivo. [s.l.], set 2006. 79 p. Disponível em: <http://www.wwf.org.br>.
YANG, H. et al. Evaluating waste treatment, recycle and reuse in industrial system: an application
of the e mergy approach. Ecological Modelling, v. 160, p. 13-21, 2003.

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Dicas para reduzir desperdícios de água, energia e resíduos de forma sustentável

  • 1. Geo Consultoria Territorial e Ambiental www.geocta.com.br www.reduzirdesperdicio.com.br 1 www.reduzirdesperdicio.com.br
  • 2. Geo Consultoria Territorial e Ambiental www.geocta.com.br www.reduzirdesperdicio.com.br 2 Apresentação _________________________ 3 Reduzir o Desperdício de Água _________________________ 28 Legislação e Políticas Públicas _________________________ 4 Reduzir o Desperdício de Energia _________________________ 30 Integração de Políticas Públicas _________________________ 7 Reduzir o Desperdício de Resíduo _________________________ 32 Responsabilidade Socioambiental _________________________ 11 Consumo Sustentável em Casa _________________________ 35 Economia Colaborativa _________________________ 16 Serviços da Geo CTA _________________________ 38 Projeto #ReduzirDesperdício _________________________ 26 Considerações Finais _________________________ 40 Equipe Técnica _________________________ 41 Referências Bibliográficas _________________________ 41/42 #REDUZIRDESPERDÍCIO “Este é um Projeto de Responsabilidade Socioambiental com Dicas para reduzir o desperdício de água, energia e resíduos, através de um método de economia colaborativa, coordenado pela Geo CTA Consultoria Territorial e Ambiental”. Hélio Rosa Presidente da Geo CTA
  • 3. Geo Consultoria Territorial e Ambiental www.geocta.com.br www.reduzirdesperdicio.com.br 3 A história mostra que, desde os primórdios, a questão da sustentabilidade vem sendo motivo de preocupação. Na segunda metade do século XX o tema ganhou proporções e, desde então, cresce exponencialmente. Talvez não tanto quanto os especialistas desejassem, mas, de todo o modo, está na primeira linha dos grandes temas mundiais. Cada um de nós, como consumidores de bens e serviços, como cumpridores responsáveis das políticas públicas e com o poder de compra que possuímos, precisamos dar o exemplo das boas práticas nas atividades que nos cabem. Desta forma, o material que compõe o “ebook” foi especialmente elaborado com o intuito de auxiliar no processo de inserção da responsabilidade socioambiental e da sustentabilidade em tais atividades. A Geo CTA tem pautado suas atividades pela observância do que o bom senso aconselha em práticas do meio ambiente. Mais do que isso, tem procurado recomendar e difundir os mandamentos da matéria. Em realidade, pela importância dela, nunca é suficiente. Percebida uma lacuna que envolve o trabalho em condomínios verticais e horizontais e setores habitacionais, logrou-se obter do projeto #ReduzirDesperdício uma colaboração muito importante, que está consubstanciada na presente publicação. Não ambicionamos esgotar o tema, mas confiamos que possa servir de base para ações que propiciem a melhoria do meio ambiente e, com sorte, inspiração para novas ideias e medidas nesse auto propósito. O trabalho visa criar debate e diálogo em torno dos problemas urbanos e propor soluções inovadoras. Cidades Inovadoras são mais inteligentes, criativas, saudáveis, verdejantes, participativas, igualitárias, seguras, conectadas, vibrantes e felizes. Dentre os eixos temáticos do “ebook” temos Eficiência Hídrica, Energética e de Resíduos, como também soluções para redução com Mudança de Hábito, Economia Colaborativa, Empreendedorismo e muito mais... Convidamos você, leitor, a frequentar e participar de nossas redes sociais, onde incentivamos a formação de uma comunidade virtual sobre o tema como forma de enriquecimento do aprendizado e a construção de um Clube de Negócios Colaborativo para compartilhar produtos e serviços dos parceiros e fidelizar clientes. #ReduzirDesperdícios – Dicas e Notícias sobre soluções ambientais www.reduzirdesperdicio.com.br Página da Geo CTA no Facebook - Notícias sobre sustentabilidade www.facebook.com/geocta Website da Geo CTA - Consultoria territorial e ambiental www.geocta.com.br Autor Helio Rosa (heliorosa@geocta.com.br) Todos os direitos reservados a Geo Consultoria Territorial e Ambiental Setor Nova Esperança Conj. B Lote 20 – Mestre D’Armas - Planaltina/DF CEP: 73.350-680
  • 4. Geo Consultoria Territorial e Ambiental www.geocta.com.br www.reduzirdesperdicio.com.br 4 As ações necessárias para o alcance da sustentabilidade ambiental devem ser vistas como um conjunto único, uma vez que nenhuma ação, de forma isolada, é capaz de propiciar ganhos significativos no enfrentamento dos atuais desafios socioambientais, cada vez mais em evidência, tanto no cenário nacional como internacional. A preocupação ambiental vem sendo tratada no âmbito internacional desde a realização da Conferência de Estocolmo em 1972, ganhando destaque na Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento (RIO 92), onde a proposta da sustentabilidade foi consolidada como diretriz para a mudança de rumo no desenvolvimento, com a aprovação da Agenda 21. Desde então, o conceito de desenvolvimento sustentável passou a ser um referencial para todos os países. Outras convenções internacionais passaram a oferecer elementos para fundamentar o arcabouço jurídico brasileiro, encontrando-se algumas delas incorporadas à legislação e/ou regulamentação específicas como por exemplo: ••Convenção de Basiléia sobre Controle de Movimentos Transfronteiriços de Resíduos Perigosos e seu Depósito (Basiléia); •• Convenção sobre o Procedimento de Consentimento Prévio Informado Aplicado a Certos Agrotóxicos e Substâncias Químicas Perigosas Objeto de Comércio Internacional – PIC (Roterdã); •• Protocolo de Montreal sobre Substâncias que Destroem a Camada de Ozônio; •• Convenção sobre Zonas Úmidas de Importância Internacional especialmente como Habitat de Aves Aquáticas (Convenção RAMSAR); •• Convenção das Nações Unidas para Combate à Desertificação; •• Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima; •• Protocolo de Quioto; ••Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20; No Brasil, a publicação da Lei nº 6.938, em agosto de 1981, que instituiu a Política Nacional do Meio Ambiente, constituiu o marco inicial das ações para conservação ambiental e incorporação do tema nas atividades de diversos setores da sociedade. A partir daí várias normas e regulamentações passaram a disciplinar a questão ambiental, relacionadas à conservação do meio ambiente, uso dos ecossistemas, educação ambiental, água, patrimônio genético, fauna e flora, entre outras. Outro marco importante para a conservação ambiental no Brasil foi a publicação da Lei de Crimes Ambientais - nº 9.605, em fevereiro de 1998, que definiu sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente e o Novo Código Florestal Brasileiro (Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012, oriunda do Projeto de Lei nº 1.876/992 ) é a lei brasileira que dispõe sobre a proteção da vegetação nativa, tendo revogado o Código Florestal Brasileiro de 1965. Desde a década de 1990, a proposta de reforma do Código Florestal suscitou polêmica entre ruralistas e ambientalistas. O projeto que resultou no texto atual tramitou por 12 anos na Câmara dos Deputados.
  • 5. Geo Consultoria Territorial e Ambiental www.geocta.com.br www.reduzirdesperdicio.com.br 5 O Novo Marco Legal da Biodiversidade (13.120/2015) que deve facilitar o acesso de empresas e pesquisadores ao patrimônio genético brasileiro. A lei também visa proteger patrimônios genéticos naturais associados a comunidades tradicionais como povos indígenas, por exemplo. Política Nacional do Meio Ambiente Marco Histórico no Desenvolvimento do Direito Ambiental A legislação ambiental brasileira, um dos principais instrumentos da sustentabilidade ambiental, prevê a manutenção e conservação do meio ambiente ao mesmo tempo que contempla a necessidade de adoção de uma nova ética social, buscando explorar a dimensão econômica de forma racional e adequada, visando à manutenção do equilíbrio ecológico, garantia da saúde, qualidade de vida e bem-estar econômico, social e ambiental das milhares de famílias brasileiras. As questões ambientais fazem parte da agenda pública constituindo-se em fatores decisivos para o desenvolvimento sustentável e, ao mesmo tempo, demandando a complementaridade e a interação entre as mais diversas ações do poder público. Essas ações devem, portanto, ser articuladas e implementadas de forma transversal para que possam contribuir para a consolidação das bases que permitirão a definição e implantação de uma política efetiva para o desenvolvimento sustentável do país. Posteriormente à Lei da Política Nacional do Meio Ambiente, seguiu-se a Lei de Ação Civil Pública (Lei nº 7.347, de 1985) a qual tutela os valores ambientais, disciplinando a ação civil pública de responsabilidade por danos causados ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico. Constituição Federal Na Constituição Federal foi reservado um artigo específico para tratar do meio ambiente, o que demonstra a importância do tema para a sociedade brasileira. O artigo 225 impõe ao poder público e à coletividade o dever de defender e preservar o meio ambiente e exige, na forma da lei, que sejam realizados estudos prévios de impacto ambiental para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente. Artigo 225 - “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida...” No texto constitucional foram atribuídas competências aos entes federados para a proteção ambiental, o que possibilitou a descentralização e permitiu à União, Estados, Municípios e Distrito Federal ampla competência para legislarem sobre matéria ambiental. Essas competências estão definidas nos art. 21, 22, 23 e 24. Além de um artigo exclusivo para tratar do meio ambiente, o texto constitucional também faz referência ao tema em outros artigos.
  • 6. Geo Consultoria Territorial e Ambiental www.geocta.com.br www.reduzirdesperdicio.com.br 6 Políticas Públicas Entende-se por Políticas Públicas “o conjunto de ações coletivas voltadas para a garantia dos direitos sociais, configurando um compromisso público que visa dar conta de determinada demanda, em diversas áreas. Expressa a transformação daquilo que é do âmbito privado em ações coletivas no espaço público” (GUARESCHI et al, 2004, p. 180). A política pública compreende um elenco de ações e procedimentos que visam à resolução pacífica de conflitos em torno da alocação de bens e recursos públicos, sendo os personagens envolvidos nesses conflitos denominados “atores políticos”. A sustentabilidade econômica, social e ambiental é um dos grandes desafios da humanidade e exige ação do poder público para que seja possível garantir a inserção da variável socioambiental no processo decisório, particularmente na formulação das políticas públicas. Atualmente, 50% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro depende da biodiversidade, o que demanda a adoção de novos padrões de sustentabilidade, bem como a busca por novas formas – mais eficazes – de pensar o desenvolvimento, preservando os recursos naturais, dos quais depende a nossa economia e o crescimento sustentável do país. Desde 2003, quatro linhas básicas têm determinado o traçado da política ambiental do Brasil. Elas permeiam todas as iniciativas, ações, projetos, planos e programas do Ministério do Meio Ambiente (MMA). A promoção do desenvolvimento sustentável é a primeira delas. A segunda linha aborda a necessidade de controle e participação social; a terceira refere-se ao fortalecimento do Sistema Nacional de Meio Ambiente (Sisnama). O envolvimento dos diferentes setores do Poder Público na solução dos problemas ambientais, incluso no princípio da “transversalidade”, é a quarta e última linha que tem orientado a política ambiental. Essas quatro diretrizes têm direcionado as atividades do MMA, permitindo a construção de uma política ambiental integrada. É forçoso reconhecer que a aplicabilidade desses princípios, no caso brasileiro, esbarra em certos obstáculos, tais como a fragilidade institucional, a falta de uma base sólida de dados ambientais, recursos financeiros escassos e a carência de recursos humanos necessários à prática de gestão ambiental em todos os níveis. O processo de institucionalização das políticas ambientais no Brasil demanda um grande esforço de coordenação entre os diversos setores do governo. Para ampliar os níveis de eficácia da ação do Estado brasileiro na gestão ambiental, é necessário adotar estratégias que vão desde a correta aplicação dos instrumentos previstos na legislação até novas formas de atuação, com maior transparência, maior controle social e menor vulnerabilidade aos interesses econômicos e político-partidários.
  • 7. Geo Consultoria Territorial e Ambiental www.geocta.com.br www.reduzirdesperdicio.com.br 7 Política Nacional do Meio Ambiente A Política Nacional do Meio Ambiente – PNMA foi instituída pela Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, com o intuito de preservar, melhorar e recuperar a qualidade ambiental propícia à vida, assegurando condições ao desenvolvimento sócio- econômico, à segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana. Visando um melhor entendimento do tema ambiental, o art. 3º da Lei 6.938/81 fornece as seguintes definições: Meio Ambiente - o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas. Degradação da Qualidade Ambiental – a alteração adversa das características do meio ambiente; Poluição - a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que, direta ou indiretamente: a) prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população; b) criem condições adversas às atividades sociais e econômicas; c) afetem desfavoravelmente a biota; d) afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente; e) lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos. Poluidor - pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, responsável, direta ou indiretamente, por atividade causadora de degradação ambiental; Recursos Ambientais - a atmosfera; as águas interiores, superficiais e subterrâneas; os estuários; o mar territorial; o solo; o subsolo e os elementos da biosfera, a fauna e a flora. É importante ressaltar que a Política Nacional do Meio Ambiente consagrou um princípio muito importante quanto à responsabilidade do poluidor. Em questões ambientais ela é objetiva, isto é, independe da existência de dolo (intenção de causar o dano) ou culpa (negligência, imperícia ou imprudência). O poluidor é responsável pelos danos causados ao Meio Ambiente e a terceiros, devendo repará-los. Outro ponto importante da lei diz respeito ao art. 9º, no qual encontram-se enunciados os Instrumentos da Política Nacional de Meio Ambiente, como o zoneamento ambiental, avaliação de impacto ambiental, licenciamento ambiental, sistema de informações sobre o meio ambiente, cadastro técnico federal de atividades e relatório de qualidade do meio ambiente. Impacto Ambiental - “Qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividade humanas que, direta ou indiretamente, afetem a saúde, a segurança e o bem-estar da população; as atividades sociais e econômicas; a biota; e as condições dos recursos ambientais.” A Lei 6.938/81 (art. 6º) constituiu o Sistema Nacional de Meio Ambiente - SISNAMA, composto pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios e também definiu as competências do Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA (art. 8º) que é o órgão consultivo e deliberativo do SISNAMA.
  • 8. Geo Consultoria Territorial e Ambiental www.geocta.com.br www.reduzirdesperdicio.com.br 8 Lei de Saneamento Básico (Lei nº 11.445/2007) A Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007, estabeleceu as diretrizes nacionais para o saneamento básico e para a política federal de saneamento básico. Em seu art. 52, a lei determina que a União elabore, sob a coordenação do Ministério das Cidades, o Plano Nacional de Saneamento Básico – PNSB, abrangendo o abastecimento de água potável, o esgotamento sanitário, a limpeza urbana, o manejo de resíduos sólidos e a drenagem e, o manejo de águas pluviais urbanas, além de outras ações de saneamento básico de interesse para a melhoria da salubridade ambiental. A lei estabelece ainda que o PNSB deverá conter: (a) objetivos e metas nacionais e regionalizadas, de curto, médio e longo prazos, com vistas à universalização dos serviços e ao alcance de níveis crescentes de saneamento básico; (b) diretrizes e orientações para o equacionamento de condicionantes de natureza político-institucional, legal e jurídica, econômico-financeira, administrativa, cultural e tecnológica com impacto na consecução das metas e objetivos estabelecidos; (c) proposição de programas, projetos e ações necessários ao atingimento dos objetivos e metas da Política Federal de Saneamento Básico, com identificação das fontes de financiamento; (d) diretrizes para o planejamento das ações de saneamento básico em áreas de especial interesse turístico; (e) procedimentos para a avaliação sistemática da eficiência e eficácia das ações executadas. Política Nacional Urbana – Estatuto Das Cidades O Estatuto das Cidades (Lei nº 10.257/2001) regulamentou o capítulo de política urbana da Constituição Federal (art. 182 e 183) e estabeleceu diretrizes gerais para a política urbana, bem como normas de ordem pública e interesse social que regulam o uso da propriedade urbana em prol do bem coletivo, segurança e bem-estar dos cidadãos e equilíbrio ambiental. De acordo com o texto do estatuto, a política urbana deve buscar o ordenamento para pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade urbana, tendo como uma de suas diretrizes evitar a poluição e a degradação ambiental. O estatuto também definiu o zoneamento ambiental como um dos instrumentos da política urbana para ordenação do território e desenvolvimento econômico e social. Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/2010) O Projeto de Lei que o Governo Federal encaminhou à Câmara dos Deputados foi a primeira iniciativa do Executivo que propõe regulamentar a questão dos resíduos sólidos, estabelecendo as diretrizes para sua gestão integrada. Dentre os principais avanços contidos no PL, destacaram-se a responsabilização do gerador pelos resíduos gerados, desde o acondicionamento até a disposição final ambientalmente adequada; a elaboração de Planos de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos pelo titular dos serviços; a análise e avaliação do ciclo de vida do produto e a logística reversa. Criou, ainda, mecanismos para uma mudança de comportamento em relação aos atuais padrões insustentáveis de produção e consumo para a adoção e internalização do conceito dos 5 Rs: Repensar, Recusar, Reduzir, Reutilizar e Reciclar, em todas as etapas do processo. Também buscou consolidar o controle social nas várias etapas da atividade no que se refere aos resíduos domiciliares urbanos, desde o planejamento até a prestação dos serviços. O art. 3º trata do envolvimento do Poder Público e da coletividade na busca da efetividade das ações que envolvam os resíduos sólidos gerados.
  • 9. Geo Consultoria Territorial e Ambiental www.geocta.com.br www.reduzirdesperdicio.com.br 9 Política Nacional de Recursos Hídricos (Lei Nº 9.433/1997) A Lei nº 9.433, de 08 de janeiro de 1997, nstituiu a Política Nacional de Recursos Hídricos – PNRH e criou o Sistema Nacional de Gerenciamento dos Recursos Hídricos – SNGRH. Constituem-se em fundamentos da PNRH: I – a água é um bem de domínio público; II - a água é um recurso natural limitado, dotado de valor econômico; III - em situações de escassez, o uso prioritário dos recursos hídricos é o consumo humano e a dessedentação de animais; IV - a gestão dos recursos hídricos deve sempre proporcionar o uso múltiplo das águas; V - a bacia hidrográfica é a unidade territorial para a implementação da PNRH e atuação do SNGRH; VI - a gestão dos recursos hídricos deve ser descentralizada e contar com a participação do Poder Público, dos usuários e das comunidades. A PNRH tem por objetivo promover a utilização sustentável dos recursos hídricos e a prevenção contra os eventos hidrológicos nocivos e busca: I - assegurar à atual e às futuras gerações a necessária disponibilidade de água, em padrões de qualidade adequados aos respectivos usos; II – a utilização racional e integrada dos recursos hídricos, incluindo o transporte aquaviário, com vistas ao desenvolvimento sustentável; III - a prevenção e a defesa contra eventos hidrológicos críticos de origem natural ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais. Foram definidos como instrumentos da PNRH: Os planos de recursos hídricos (planos de bacia hidrográfica, planos estaduais de recursos hídricos e o plano nacional de recursos hídricos), o enquadramento dos corpos de água em classes segundo os usos preponderantes, a outorga dos direitos de uso dos recursos hídricos, a cobrança pelo uso dos recursos hídricos e o sistema de informações sobre recursos hídricos. Sistema Nacional de Unidades de Conservação (Lei Nº 9.985/2000) O Sistema Nacional de Unidades de Conservação – SNUC tem por objetivo garantir a biodiversidade, a diversidade dos recursos genéticos e a integridade dos processos ambientais, tanto por meio da preservação quanto da conservação dos ecossistemas. O SNUC é constituído pelas unidades de conservação, que são espaços territoriais e seus recursos ambientais, com características naturais relevantes legalmente instituídos pelo Poder Público, com objetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial de administração, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção. A Lei 9.985/2000 prevê que sua criação e gestão ocorram em consonância com as políticas administrativas do uso da terra e das águas e com a participação da população local, promovendo o desenvolvimento sustentável a partir dos recursos naturais. As unidades de conservação dividem-se em dois grupos: as de proteção integral e as de uso. O SNUC é gerido pelo CONAMA, seu órgão consultivo e deliberativo; pelo Ministério do Meio Ambiente, órgão central que atua como coordenador; e pelo Instituto Chico Mendes e o Ibama, em caráter supletivo, e os órgãos estaduais e municipais como órgãos executivos, com a função de implementar o SNUC, subsidiar as propostas de criação e administrar as unidades de conservação federais, estaduais e municipais nas respectivas esferas de atuação sustentável. As primeiras abrangem as estações ecológicas, as reservas biológicas, os parques nacionais, os monumentos naturais e os refúgios de vida silvestre e visam à preservação do ambiente local, enfatizando determinadas características ambientais em particular. As unidades de uso sustentável visam promovera conservação do local, ou seja, o uso sustentável de parcela de seus recursos naturais.
  • 10. Geo Consultoria Territorial e Ambiental www.geocta.com.br www.reduzirdesperdicio.com.br 10 Tais unidades compreendem as áreas de proteção ambiental (APA), áreas de relevante interesse ecológico (ARIE), florestas nacionais (FLONA), reservas extrativistas (RESEX), reservas de fauna, reservas de desenvolvimento sustentável e reservas particulares do patrimônio natural (RPPN), assim denominadas segundo seu propósito principal. Cada unidade de conservação possui um conselho consultivo ou deliberativo responsável por sua gestão e por seu plano de manejo, cujos representantes envolvem órgãos públicos, organizações da sociedade civil e das populações tradicionais residentes na área, quando for o caso. modalidades do processo educativo, em caráter formal e não-formal, sendo um direito de todos. A educação ambiental visa ao desenvolvimento de uma compreensão integrada do meio ambiente em suas múltiplas e complexas relações, envolvendo aspectos ecológicos, psicológicos, legais, políticos, sociais, econômicos, científicos, culturais e éticos. Portanto, é dotada de uma visão holística, que considera a interdependência entre o meio natural, o sócio-econômico e o cultural, sob o enfoque da sustentabilidade. A educação ambiental se faz valer tanto de maneira formal, permeando as várias disciplinas das instituições de ensino, como informal, por meio da sensibilização da coletividade sobre as questões ambientais e estímulo a sua organização e participação na defesa da qualidade do meio ambiente. Sua abrangência compreende as três esferas de governo – União, estados e municípios. A estrutura da Política Nacional de Educação Ambiental possui como organismos gestores o Órgão Gestor e o Comitê Assessor no âmbito da União; as Comissões Interinstitucionais de Educação Ambiental e Secretarias Estaduais nos estados; e as Secretarias Municipais de Educação e Meio Ambiente no âmbito dos municípios. Política Nacional de Educação Ambiental (Lei nº 9.795/1999) Entende-se por educação ambiental (EA) os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade. A Lei 9.795/99 define a EA como um componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e
  • 11. Geo Consultoria Territorial e Ambiental www.geocta.com.br www.reduzirdesperdicio.com.br 11 O processo econômico decorrente da globalização, as transformações políticas e sociais mundiais, a inovação tecnológica e científica e, mais recentemente, os impactos das mudanças climáticas, têm evidenciado a importância e a fragilidade da agenda socioambiental global e, ao mesmo tempo, destacado a preocupação de governos e sociedade, principalmente no que diz respeito à necessidade de revisão dos atuais padrões insustentáveis de produção e consumo e modelos econômicos adotados pelos países desenvolvidos e economias emergentes, como é o caso do Brasil. Nos últimos anos, o modelo econômico globalizado tem sofrido críticas severas, principalmente no que diz respeito ao acirramento das desigualdades regionais. O movimento “anti-globalização”, por exemplo, tem atuado em resposta à globalização dos mercados pelas grandes corporações transnacionais, colocando-se em oposição ao “abuso da globalização e das instituições internacionais que promovem o neoliberalismo sem consideração aos padrões éticos”. O movimento tem realizado protestos internacionais forçando a inclusão de tópicos globais e dos impactos sociais e ambientais nas agendas das corporações e dos órgãos públicos, com vistas a mudar os atuais padrões de crescimento e políticas econômicas desenvolvidas. Desde a Declaração de Estocolmo, vários são os tratados, convenções internacionais, discursos e argumentos em favor do desenvolvimento sustentável e da conservação ambiental. É evidente que muitos reconhecem a sua importância e não se pode negar que muitas ações importantes foram executadas e outras estão em execução, entretanto, a efetividade de todas as iniciativas deve ser melhor avaliada, com vistas ao seu aperfeiçoamento e efetividade. No Brasil, a extensão territorial é um dos fatores a ser considerado para a avaliação das limitações e fragilidades de programas e projetos de caráter socioambiental que buscam trazer a sustentabilidade ambiental do discurso para a prática. A riqueza ambiental do território brasileiro somada à diversidade de biomas e as possibilidades e forma de exploração de seus recursos, geram a urgente necessidade de mudança não apenas na postura, mas nos resultados obtidos a partir da implementação das diversas iniciativas denominadas socioambientais, mas que não englobam de uma forma sistêmica todas as suas dimensões (econômica, social, ambiental, política e cultural). As questões que remetem à Responsabilidade Socioambiental (RSA) são globais e sua compreensão é diferente por parte das empresas e instituições (governamentais ou não), dependendo dos impactos e da influência dos desafios econômicos, sociais e ambientais a serem enfrentados, bem como dos padrões internacionais e nacionais adotados como referência para o desenvolvimento em cada um dos diferentes países. Entretanto, a importância da criação e adoção de políticas e programas de RSA aumentou e pode ser considerada, em grande medida, como resultado do processo desigual e desequilibrado de globalização das economias bem como da pressão exercida por organizações e movimentos sociais.
  • 12. Geo Consultoria Territorial e Ambiental www.geocta.com.br www.reduzirdesperdicio.com.br 12 Apesar da crescente importância do tema observada nos últimos anos, a noção de responsabilidade social não é nova e, desde os anos 80, faz parte de uma agenda voluntária do setor empresarial relacionada ao desenvolvimento de projetos e ações de cunho social. A partir de 1990, o número de iniciativas e as discussões relacionadas ao tema se expandiram e atualmente – como mencionado anteriormente – o assunto faz parte da agenda internacional, não apenas restrita ao setor empresarial, mas também no âmbito das instituições governamentais que, cada vez mais, têm participado como ator do processo, inclusive criando estruturas de governo específicas para tratar do tema. No âmbito do setor empresarial, a responsabilidade social das empresas é, essencialmente, um conceito que expressa a decisão de contribuir voluntariamente em prol de uma sociedade melhor e um meio ambiente mais equilibrado e sadio. Os compromissos assumidos de forma voluntária pelas empresas vão além das obrigações legais, regula entares e convencionais que devem obrigatoriamente ser cumpridas. As empresas que optam por investir em práticas de responsabilidade social elevam os níveis de desenvolvimento social, proteção ao meio ambiente e respeito aos direitos humanos e passam a adotar um modo de governança aberto e transparente que concilia interesses de diversos agentes em um enfoque global de qualidade e viabilidade. Muitas empresas têm desenvolvido os seus programas de responsabilidade social segundo a abordagem do “triple bottom line”, que se constitui na principal ferramenta do Índice de Sustentabilidade da Dow Jones (Dow Jones Sustainability Index) da Bolsa de Valores de Nova Iorque e do Índice de Sustentabilidade Social (ISE) da Bovespa. O conceito se refere a um conjunto de indicadores utilizado para a avaliação do desempenho econômico das empresas e das suas ações de responsabilidade social e ambiental. No cenário atual, a RSA deixou de ser um conceito restrito aos projetos sociais de cunho filantrópico de algumas empresas e passou a envolver um espectro mais amplo, com temas que integram acordos internacionais, como é o caso da Declaração Universal dos Direitos Humanos, Declaração da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Agenda 21, Declaração de Copenhague para o Desenvolvimento Social e as Metas do Milênio. Os princípios constantes desses acordos constituem o amplo escopo do conceito de RSA que ganhou expressão mundial no ano de 1999, durante o Fórum Econômico Mundial, realizado em Davos (Suíça), quando o então Secretário Geral das Nações Unidas, Kofi Annan, propôs aos líderes empresariais mundiais a adoção do Pacto Global (“Global Compact”). A Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotada em 1948, é um dos documentos básicos das Nações Unidas e nela estão enunciados os direitos que todos os seres humanos possuem. A declaração tem sido usada como princípio e guia das atividades empresariais consideradas socialmente responsáveis. “Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade.” (Artigo I da Declaração Universal dos Direitos Humanos).
  • 13. Geo Consultoria Territorial e Ambiental www.geocta.com.br www.reduzirdesperdicio.com.br 13 Meio Ambiente, Direitos Humanos e Democracia Participativa – Pilares de uma Sociedade Sustentável A Declaração da Organização Internacional do Trabalho – OIT sobre os princípios e direitos fundamentais no trabalho foi adotada em junho de 1998, e se trata de uma reafirmação universal do compromisso dos Estados Membros e da comunidade internacional em geral de respeitar, promover e aplicar um patamar mínimo de princípios e direitos no trabalho, que são reconhecidamente fundamentais para os trabalhadores. Os princípios e direitos fundamentais incluem oito Convenções relacionadas a quatro áreas básicas: liberdade sindical e direito à negociação coletiva, erradicação do trabalho infantil, eliminação do trabalho escravo e não discriminação no emprego ou ocupação. A OIT foi fundada em 1919 com o objetivo de promover a justiça social e é a única agência do Sistema das Nações Unidas que tem estrutura tripartite, na qual os representantes dos empregadores e dos trabalhadores têm os mesmos direitos que os do governo. Durante a Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Social, realizada em 1995 em Copenhague, Dinamarca, os líderes mundiais assumiram o compromisso de erradicar a pobreza do mundo e estabeleceram um plano de ação. A Declaração de Copenhague reafirmou o compromisso da Organização das Nações Unidas com o conceito de desenvolvimento sustentável (no qual as dimensões social, econômica e ambiental estão intimamente entrelaçadas), assumindo a erradicação da pobreza “como um imperativo ético, social, político e econômico”. Em 2000, foi aprovada a Declaração do Milênio, um compromisso político que sintetizou várias das importantes conferências mundiais da década de 90, articulou as prioridades globais de desenvolvimento e definiu metas a serem alcançadas até 2015. O documento incluiu na pauta internacional de prioridades temas fundamentais de direitos humanos sob a perspectiva do desenvolvimento, especialmente direitos econômicos, sociais e culturais. Os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) privilegiaram uma perspectiva de acompanhamento dos avanços, de metas e prioridades a alcançar, enquanto a perspectiva de direitos humanos tem uma visão mais ampla – aborda tanto metas intermediárias como metas integrais de fortalecimento de direitos, abarcando assim a amplitude da dignidade humana. Criação de um ambiente econômico, político, social, cultural e legal que permitirá às pessoas alcançarem o desenvolvimento social; Erradicação absoluta da pobreza com o estabelecimento de metas para cada país; Emprego universal como uma meta política básica; Promover a integração social baseada na promoção e proteção dos direitos humanos de todos; Igualdade entre os gêneros; Acesso igualitário e universal à educação e serviços de saúde primários; Acelerar o desenvolvimento da África e países menos desenvolvidos; Assegurar que programas de ajuste estrutural incluam metas de desenvolvimento social; Aumentar os recursos destinados ao desenvolvimento social; Fortalecer a cooperação para o desenvolvimento social através da ONU.
  • 14. Geo Consultoria Territorial e Ambiental www.geocta.com.br www.reduzirdesperdicio.com.br 14 Direitos Humanos Princípio 1 - Apoiar e respeitar a proteção dos direitos humanos internacionais dentro de seu âmbito de influência; Princípio 2 - Certificar-se de que suas corporações não sejam cúmplices de abusos em direitos humanos. Trabalho Princípio 3 - Apoiar a liberdade de associação e o reconhecimento efetivo do direito à negociação coletiva; Princípio 4 - Apoiar a eliminação de todas as formas de trabalho forçado e compulsório; Princípio 5 - Apoiar a erradicação efetiva do trabalho infantil; Princípio 6 - Apoiar o fim da discriminação relacionada a emprego e cargo. Meio Ambiente Princípio 7 - Adotar uma abordagem preventiva para os desafios ambientais; Princípio 8 - Tomar iniciativas para promover maior responsabilidade ambiental; Princípio 9 - Incentivar o desenvolvimento e a difusão de tecnologias ambientalmente sustentáveis. Em relação ao Pacto Global, o mesmo foi formalmente lançado como uma iniciativa voluntária, em 20 de julho de 2000, na Sede das Nações Unidas, objetivando promover valores universais junto ao setor privado, contribuindo para a geração de um mercado global mais inclusivo e sustentável por meio da implementação de princípios universais nas áreas de direitos humanos, direitos do trabalho, proteção ambiental e combate à corrupção. Participam da iniciativa mais de 5.000 instituições signatárias articuladas por 150 redes ao redor do mundo, envolvendo agências das Nações Unidas, empresas, sindicatos, organizações não- governamentais, entre outros parceiros. Além das iniciativas internacionais, outras nacionais e intersetoriais relacionadas ao tema e ao amplo escopo da RSA surgiram no mundo inteiro e têm envolvido e despertado o interesse não apenas o setor empresarial, mas também dos governos, em diversos países, que cada vez mais tem incluído o tema em suas agendas. Da mesma forma que o conceito, as práticas relacionadas à responsabilidade socioambiental estão em contínuo processo de construção e aperfeiçoamento. Atualmente, existe um grande número de ferramentas que estão sendo oferecidas como alternativas para os setores empresarial e governamental com vistas a promover avanços em seus projetos, tornando-os mais transparentes e incluindo a participação social. Em 2000, a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) publicou as “Diretrizes de Responsabilidade Social para Empresas Multinacionais” que estabeleceram princípios e padrões de cumprimento voluntário, com vistas a uma conduta empresarial responsável das empresas multinacionais e que têm sido utilizadas como instrumento para desenvolvimento de programas de responsabilidade social das empresas. As Diretrizes representam recomendações voluntárias e não vinculam governos às empresas. No Brasil, a Portaria do Ministério da Fazenda nº 92/MF, de 12 de maio de 2003, instituiu, no âmbito do MF, o Ponto de Contato Nacional para a Implementação das Diretrizes da OCDE para as Empresas Multinacionais – PCN, que possui, dentre outras atribuições, participar de conversações entre as partes interessadas em todas as matérias abrangidas pelas Diretrizes, a fim de contribuir para a resolução de questões que possam surgir no seu âmbito; cooperar com os Pontos de Contatos Nacionais dos demais países em relação às matérias abrangidas nas Diretrizes; e acompanhar e implementar, no que couber
  • 15. Geo Consultoria Territorial e Ambiental www.geocta.com.br www.reduzirdesperdicio.com.br 15 as Decisões do Conselho da OCDE sobre as Diretrizes. Além das iniciativas mencionadas neste texto, é importante destacar ainda o atual processo de construção da ISO 26000, prevista para ser concluída em 2010, que buscará estabelecer um padrão internacional de diretrizes de Responsabilidade Social e, diferentemente da ISO 9001 e da ISO 14001, não será uma norma para certificação. O processo atual de desenvolvimento da norma se diferencia dos anteriores e está sendo realizado por meio da criação de grupos de trabalho multissetoriais que envolvem a participação de representações dos trabalhadores; consumidores; indústria; governo; e organizações não governamentais (ONGs). Iso 26000 – Norma Internacional de Responsabilidade Social A ISO 26000 abordará como temas centrais: governança organizacional; direitos humanos; práticas do trabalho; meio ambiente; práticas leais (justas) de operação; questões relativas ao consumidor e, envolvimento e desenvolvimento da comunidade. Todas essas iniciativas internacionais têm sido traduzidas como novos padrões, acordos, recomendações e/ou códigos de condutas adotados em diferentes países, inclusive no Brasil, e fazem parte da agenda de responsabilidade socioambiental do setor empresarial e de instituições governamentais, principalmente das empresas públicas e sociedades de economia mista. A responsabilidade socioambiental é um processo contínuo e progressivo de desenvolvimento de competências cidadãs, com a assunção de responsabilidades sobre questões sociais e ambientais relacionadas a todos os públicos com os quais a entidade interage: trabalhadores, consumidores, governo, empresas, investidores e acionistas, organizações da sociedade civil, mercado e concorrentes, comunidade e o próprio meio ambiente. As instituições devem buscar a mudança de hábitos e atitudes internas, promovendo uma nova cultura institucional de combate ao desperdício. Ao mesmo tempo, devem promover a revisão e adoção de novos procedimentos de economia dos recursos naturais, na medida em que esses serão consumidos com maior eficiência, além de beneficiar o meio ambiente com menores emissões de CO2. É uma prática voluntária, pois não deve ser confundida exclusivamente por ações compulsórias impostas pelo governo ou por quaisquer incentivos externos (como fiscais, por exemplo). O conceito, nessa visão, envolve o beneficio da coletividade, seja ela relativa ao público interno (funcionários, acionistas, etc) ou atores externos (comunidade, parceiros, meio ambiente, etc.). Com o passar do tempo, tal concepção originou algumas variantes ou nuances. Assim, conceitos novos – muitas vezes complementares, distintos ou redundantes – são usados para definir responsabilidade social, entre eles Responsabilidade Social Corporativa (RSC), Responsabilidade Social Empresarial (RSE) e Responsabilidade Social Ambiental (RSA). Críticas em relação ao papel das empresas na responsabilidade social É importante frisar que o conceito não deve ser confundido com filantropia ou simples assistência social. Aqui, na lógica do “é melhor ensinar a pescar, do que dar o peixe”, entende-se responsabilidade social como um processo contínuo e de melhoria da empresa na sua relação com seus funcionários, comunidades e parceiros. Não há viés assistencialista uma vez que há uma lógica embutida de desenvolvimento sustentável e crescimento responsável. A maior parte das empresas que adotam postura socialmente responsáveis auferem um crescimento mais sustentável, ganhos de imagem e visibilidade e são menos propícias a litígios ou problemas judiciais.
  • 16. Geo Consultoria Territorial e Ambiental www.geocta.com.br www.reduzirdesperdicio.com.br 16 É uma miscelânea de mudanças de hábitos para a redução dos desperdícios de água, energia e resíduos com apresentação de tecnologias inovadoras e metodologias da economia solidária e empreendedorismo, fortalecendo a parceria e o networking com foco na responsabilidade socioambiental e crescimento na vida integral, implantando um novo modelo de mercado colaborativo, onde se compartilha negócios, fidelizando a relação empresa/consumidor e todos saem ganhando. Mudança de hábito pode minimizar redução de desperdício A crise hídrica Relatório divulgado em 2.012 pela Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o desenvolvimento dos recursos hídricos no mundo, afirma que o crescimento sem precedentes da demanda alimentícia, rápida urbanização e a mudança climática ameaçam significativamente o abastecimento de água global. Segundo o texto, divulgado no Fórum Mundial da Água, em Marselha, no sul da França, é necessário tomar atitudes urgentes em diversos setores para evitar o desperdício de água. O relatório diz que, sem medidas drásticas, a pressão da água vai agravar as disparidades econômicas entre os países, atingindo principalmente os mais pobres. O documento cita, por exemplo, que a utilização de recursos hídricos na agricultura deve aumentar em 19% até 2050, índice que pode ser ainda maior, caso não se implemente novas tecnologias e decisões políticas sobre o tema. Sobre a questão do saneamento básico, 80% das águas residuais não são recolhidas, nem tratadas e vão direto a outras massas de água ou se infiltram no subsolo, que é fonte de problemas de saúde para a população e de uma deterioração do meio ambiente. “A água doce não está sendo usada de forma sustentável, de acordo com as necessidades e demandas”, afirma o diretora-geral da Unesco, Irina Bokova, no prefácio do relatório. Mudança de hábitos ajuda a reduzir o consumo de energia Com o recente racionamento imposto pelo governo federal, economizar energia elétrica tornou-se fundamental. Para atingir as metas estabelecidas pelas concessionárias, todos precisam incluir mudanças no seu dia-a-dia. Portanto, fique atento à rotina e mude hábitos.
  • 17. Geo Consultoria Territorial e Ambiental www.geocta.com.br www.reduzirdesperdicio.com.br 17 Para quem não pode instalar sistema fotovoltaico, geradores ou aquecedores solares, a saída está em pequenas atitudes e modificações domésticas, que não implicam necessariamente em abrir mão do conforto. Você já parou para pensar em quanto lixo produz todos os dias? O copo descartável de café, o sachê de açúcar, a embalagem que envolve seu lanche... Segundo dados da Abelpe (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais) mais de 47% do lixo gerado no país em 2013 teve um destino inadequado. Além disso, segundo o levantamento, o brasileiro vem gerando cada vez mais lixo: em 2013, foram 76 milhões de toneladas, 4,1% a mais do que no ano anterior. Mudança climática Outro ponto abordado pela ONU são as mudanças climáticas, que poderão ameaçar ao menos 2 bilhões de pessoas devido ao aumento da população em terras inundáveis e elevação do nível do mar. O custo econômico desta situação é considerável: em 2011, por exemplo, 90% dos desastres naturais estavam ligados à água e o custo total de ao menos 373 catástrofes naturais registradas em 2010 chegou a US$ 110 bilhões. Mercado de sistemas para água de reuso cresce rapidamente O reuso da água em residências, condomínios, prédios e shopping centers já é uma realidade que vem ganhando muita força. Hoje com a crise da água, cresce a necessidade não só do planejamento hídrico de água, mas também o planejamento e a infraestrutura adequada para a água de reuso, que vem sendo uma das saídas encontradas e forma racional para amenizar o problema antes que se agrave de vez. Dessa maneira, as empresas oferecem infraestrutura e produtos para as ETES, que se tornam cada vez mais presentes nos empreendimentos, fazendo parte da política de sustentabilidade e da economia que gera nas contas da água. Outra saída é o aproveitamento da água da chuva, modo de utilizar um recurso disponível da natureza sem agredi-la. Um shopping center na Zona Sul de São Paulo usou um espaço ocioso da garagem para instalar um sistema que trata e reaproveita 57% do próprio esgoto. A estação de tratamento fica na área interna do 'caracol' formado pelas rampas do estacionamento coberto de veículos. Todo esgoto captado dos vasos sanitários, pias de banheiros e da praça de alimentação do Shopping é captado e enviado para um reservatório. Em seguida, a água passa por um tratamento biológico, com membranas ultrafiltrantes, e depois recebe a finalização com cloro antes de ser reaproveitada. Ao todo, 2,5 milhões de litros de água de reuso são produzidos por mês. Depois do tratamento, a água é reutilizada para fins não potáveis, como descargas dos banheiros e nos
  • 18. Geo Consultoria Territorial e Ambiental www.geocta.com.br www.reduzirdesperdicio.com.br 18 mictórios, além do sistema de ar condicionado, lavagem de docas e irrigação de áreas de jardins. Um Shopping, em São Paulo, trata o próprio esgoto e produz 2,5 milhões de litros de água de reuso por mês. A empresa que implantou o sistema, até 2013 o centro de compras consumia 6 milhões de litros de água ao mês, sendo três mil litros fornecidos pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) e o restante captado de poços artesianos. Após a implantação do sistema, o shopping deixou de comprar água da Sabesp e dividiu o consumo entre os 2,5 milhões de litros de reuso por mês e 3,5 milhões de litros de água dos poços artesianos para os locais que demandam água potável, como as pias dos banheiros. O shopping economiza cerca de R$ 340 mil por ano com o reaproveitamento de água após tratamento de esgoto. Produzir sua própria energia – Energia fotovoltaica Frase de Nobuo Tanaka, Diretor executivo da Agência Internacional de Energia“ O sol poder fornecer até 25% da eletricidade mundial em 2050″ Diariamente toneladas de energia chegam ao nosso planeta de forma gratuita e limpa. Os raios solares, além de trazerem a luz e o calor essencial para a vida na Terra, podem ser aproveitados para a geração de eletricidade. Como isto é possível? Através de uma tecnologia chamada fotovoltaica, ou seja, luz transformada em eletricidade. O termo ‘Fotovoltaica’ é o casamento de duas palavras: Foto = que tem sua raiz na língua grega e significa “luz” e Voltaica = que vem de ‘volt’ que é a unidade para medir o potencial elétrico. Para fazer isto, são utilizadas células solares formadas por duas camadas de materiais semi- condutores, uma positiva e outra negativa. Ao atingir a célula, os fótons da luz excitam os elétrons, gerando eletricidade. Quanto maior a intensidade do sol, maior o fluxo de eletricidade. O material mais comumente utilizado é o silício. Por ser o segundo elemento mais abundante da face da terra, não há limites com relação à matéria-prima para produção de células solares. A eletricidade gerada pelas células está em corrente contínua, que pode ser imediatamente usada ou armazenada em baterias. Em sistemas conectados a rede, a energia gerada precisa passar por um equipamento chamado inversor, que irá converter a corrente continua em alternada com as características (freqüência, conteúdo de harmônicos, forma da onda, etc) necessárias para atender as condições impostas pela rede elétrica pública. Assim, a energia que não for consumida pode também ser lançada na rede. Não confunda, energia solar térmica com energia solar fotovoltaica! Na solar térmica, a energia do sol é transformada em calor e é utilizada para o aquecimento de água em residências, hotéis, clubes, etc. Neste caso, são usados COLETORES solares. Na solar
  • 19. Geo Consultoria Territorial e Ambiental www.geocta.com.br www.reduzirdesperdicio.com.br 19 fotovoltaica, a energia é diretamente convertida em eletricidade e, neste caso, são usados MÓDULOS solares. Como é feita a separação do lixo orgânico e inorgânico? Saiba qual tipo de resíduo pode ser separado no orgânico ou inorgânico. Ser responsável pelo lixo que geramos seja em casa ou no trabalho contribui para a preservação do meio ambiente e ainda evita a super lotação de aterros sanitários. São produzidos aproximadamente 1,3 bilhão de toneladas de resíduos sólidos no mundo inteiro de acordo com o Pnuma (órgão de meio ambiente da ONU). Para efetuar a separação do lixo para a coleta seletiva é preciso saber a diferença entre os tipos de dejetos. O lixo orgânico é aquele que pode ser transformado em composto orgânico, ou seja, adubo. Pode ser encontrado em resíduos de origem animal e vegetal, como restos de carne, verduras, sementes e até o “lixo humano”, fezes e urina. O lixo orgânico é um grande aliado da agricultura porque fertiliza a plantação sem a utilização de adubos industrializados. O lixo inorgânico é produto da ação humana e vem de ações não naturais, ou seja, resíduos que o homem produz como plástico, papéis, metais, garrafas e etc. A desvantagem deste tipo de lixo é que a decomposição é demorada. Para o plástico se decompor, por exemplo, são precisos 100 anos em média. Enquanto ele não se dissolve, se for jogado em local impróprio, resulta em entupimento de bueiros e contribui para a poluição ambiental. Dos 5.565 municípios brasileiros, 14% já possuem sistema de coleta seletiva, de acordo com dados divulgados pelo Compromisso Empresarial para a Reciclagem (CEMPRE). A Prefeitura de São Paulo, por exemplo, dispõe deste serviço de coleta reciclável em dois dias na semana nos bairros da capital. Informe-se na prefeitura da sua cidade sobre a política de recolhimento de materiais recicláveis. A reciclagem começa em casa na separação dos materiais. Veja como é fácil separar o lixo orgânico do inorgânico: 1- Separe o lixo seco do lixo úmido; 2- Restos de vegetais, carnes e sementes de fruta podem ser colocados no lixo orgânico e servir de adubo; 3- Não se esqueça de passar água nos materiais recicláveis, como frascos de iogurte de plástico ou vidro que tenham outro tipo de líquido que possa atrair insetos; 4- Cuidado ao separar o óleo de cozinha, ele pode entupir o encanamento doméstico e prejudicar o sistema de tratamento de esgoto. O mais indicado é armazená-lo em garrafas PET e levá-lo a locais de coleta específicos; 5- O descarte de pilhas e aparelhos eletrônicos pode ser feito em redes privadas de telefonia celular e eletrodomésticos.
  • 20. Geo Consultoria Territorial e Ambiental www.geocta.com.br www.reduzirdesperdicio.com.br 20 O que é Economia Solidária? Economia Solidária é um jeito diferente de produzir, vender, comprar e trocar o que é preciso para viver. Sem explorar os outros, sem querer levar vantagem, sem destruir o ambiente. Cooperando, fortalecendo o grupo, cada um pensando no bem de todos e no próprio bem. A economia solidária vem se apresentando, nos últimos anos, como inovadora alternativa de geração de trabalho e renda e uma resposta a favor da inclusão social. Compreende uma diversidade de práticas econômicas e sociais organizadas sob a forma de cooperativas, associações, clubes de troca, empresas autogestionárias, redes de cooperação, entre outras, que realizam atividades de produção de bens, prestação de serviços, finanças solidárias, trocas, comércio justo e consumo solidário. Nesse sentido, compreende-se por economia solidária o conjunto de atividades econômicas de produção, distribuição, consumo, poupança e crédito, organizadas sob a forma de autogestão. Considerando essa concepção, a Economia Solidária possui as seguintes características: Cooperação: existência de interesses e objetivos comuns, a união dos esforços e capacidades, a propriedade coletiva de bens, a partilha dos resultados e a responsabilidade solidária. Envolve diversos tipos de organização coletiva: empresas autogestionárias ou recuperadas (assumida por trabalhadores); associações comunitárias de produção; redes de produção, comercialização e consumo; grupos informais produtivos de segmentos específicos (mulheres, jovens etc.); clubes de trocas etc. Na maioria dos casos, essas organizações coletivas agregam um conjunto grande de atividades individuais e familiares. Autogestão: os/as participantes das organizações exercitam as práticas participativas de autogestão dos processos de trabalho, das definições estratégicas e cotidianas dos empreendimentos, da direção e coordenação das ações nos seus diversos graus e interesses, etc. Os apoios externos, de assistência técnica e gerencial, de capacitação e assessoria, não devem substituir nem impedir o protagonismo dos verdadeiros sujeitos da ação. Dimensão Econômica: é uma das bases de motivação da agregação de esforços e recursos pessoais e de outras organizações para produção, beneficiamento, crédito, comercialização e consumo. Envolve o conjunto de elementos de viabilidade econômica, permeados por critérios de eficácia e efetividade, ao lado dos aspectos culturais, ambientais e sociais. Solidariedade: O caráter de solidariedade nos empreendimentos é expresso em diferentes dimensões: na justa distribuição dos resultados alcançados; nas oportunidades que levam ao desenvolvimento de capacidades e da melhoria das condições de vida dos participantes; no compromisso com um meio ambiente saudável; nas relações que se estabelecem com a comunidade local; na participação ativa nos processos de desenvolvimento sustentável de base territorial, regional e nacional; nas relações com os outros movimentos sociais e populares de caráter emancipatório; na preocupação com o bem estar dos trabalhadores e consumidores; e no respeito aos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras.
  • 21. Geo Consultoria Territorial e Ambiental www.geocta.com.br www.reduzirdesperdicio.com.br 21 Considerando essas características, a economia solidária aponta para uma nova lógica de desenvolvimento sustentável com geração de trabalho e distribuição de renda, mediante um crescimento econômico com proteção dos ecossistemas. Seus resultados econômicos, políticos e culturais são compartilhados pelos participantes, sem distinção de gênero, idade e raça. Implica na reversão da lógica capitalista ao se opor à exploração do trabalho e dos recursos naturais, considerando o ser humano na sua integralidade como sujeito e finalidade da atividade econômica. Sobre o empreendedorismo O conceito mais aceito de "Empreendedorismo" foi popularizado pelo economista Joseph Schumpeter em 1945 como sendo uma peça central à sua teoria da Destruição criativa. Segundo Schumpeter o empreendedor é alguém versátil, que possui as habilidades técnicas para saber produzir, e capitalistas ao reunir recursos financeiros, organiza as operações internas e realiza as vendas de sua empresa. De fato, Schumpeter chegou a escrever que a medida para uma sociedade ser considerada capitalista é saber se ela confia seu processo econômico ao homem de negócios privado. Mais tarde, em 1967 com Kenneth E. Knight e em 1970 com Peter Drucker foi introduzido o conceito de risco, uma pessoa empreendedora precisa arriscar em algum negócio. E em 1985 com Gifford Pinchot foi introduzido o conceito de Intra-empreendedor, uma pessoa empreendedora mas dentro de uma organização. Uma das definições mais aceitas hoje em dia é dada pelo estudioso de empreendedorismo, Robert D. Hisrich, em seu livro “Empreendedorismo”. Segundo ele, empreendedorismo é o processo de criar algo diferente e com valor, dedicando tempo e o esforço necessários, assumindo os riscos financeiros, psicológicos e sociais correspondentes e recebendo as consequentes recompensas da satisfação econômica e pessoal. No Brasil, o empreendedorismo começou a ganhar força na década de 1990, durante a abertura da economia. A entrada de produtos importados ajudou a controlar os preços, uma condição importante para o país voltar a crescer, mas trouxe problemas para alguns setores que não conseguiam competir com os importados, como foi o caso dos setores de brinquedos e de confecções, por exemplo. Para ajustar o passo com o resto do mundo, o país começou a mudar. Empresas de todos os tamanhos e setores tiveram que se modernizar para poder competir e voltar a crescer. O governo deu início a uma série de reformas, controlando a inflação e ajustando a economia, em poucos anos o País ganhou estabilidade, planejamento e respeito. A economia voltou a crescer. Só no ano 2000, surgiu um milhão de novos postos de trabalho. Investidores de outros países voltaram a aplicar seu dinheiro no Brasil e as exportações aumentaram. Juntas essas empresas empregam cerca de 40 milhões de trabalhadores.
  • 22. Geo Consultoria Territorial e Ambiental www.geocta.com.br www.reduzirdesperdicio.com.br 22 Parceria Parceria é o trabalho em conjunto que as pessoas fazem para alcançar um objetivo comum. Para haver parceria entre os indivíduos, quase sempre eles devem possuir harmonia de interesses, ou seja, alguém sempre vai ter que ceder (perder) em alguma vantagem para manter a cooperação funcionando. De acordo com as moralidades, todas as pessoas que estiverem se encontrando propositalmente ou acidentalmente devem, no mínimo, se respeitarem, ou seja, tratar uma à outra com educação, e se não poder ajudar o próximo, não o atrapalhar. O problema é que essas regras morais não são exatas e podem ser burladas com certa facilidade, e quando um indivíduo se sente injustamente denegrido por outro, há um início de problema de relacionamento entre as partes. O que é Networking: Networking é uma palavra em inglês que indica a capacidade de estabelecer uma rede de contatos ou uma conexão com algo ou com alguém. Essa rede de contatos é um sistema de suporte onde existe a partilha de serviços e informação entre indivíduos ou grupos que têm um interesse em comum. É uma palavra inevitavelmente relacionada com o contexto empresarial e indica uma atitude de procura de contatos com a possibilidade de conseguir subir na carreira. Apesar disso, networking não é uma atividade egoísta, em que você só quer se aproveitar de uma pessoa para o seu próprio bem. Deve existir um sentido de reciprocidade, o benefício deve ser mútuo, porque mesmo que uma pessoa seja mais experiente, ela sempre pode aprender alguma coisa com outra. Quando uma empresa precisa contratar alguém, frequentemente aborda os seus funcionários e pergunta se conhecem alguém na sua rede de contatos que possa desempenhar uma determinada função. Quanto melhor for a capacidade de networking de uma pessoa, maior é a sua probabilidade de ser indicada para um cargo quando surge a oportunidade. Networking não é usar uma cunha, porque a competência da pessoa em questão não está em causa. Networking é conhecer as pessoas certas, que podem dar uma referência ou fazer uma indicação. É importante salientar que networking não é apenas conseguir novos contatos, mas também é saber manter os contatos que já fez no passado. Além disso, no networking é mais importante a qualidade do que a quantidade dos seus contatos.
  • 23. Geo Consultoria Territorial e Ambiental www.geocta.com.br www.reduzirdesperdicio.com.br 23 O networking é uma ferramenta do marketing pessoal que depende muita da aptidão social de alguém. Para construir uma boa rede de contatos é preciso ser eficiente no âmbito dos relacionamentos interpessoais, e por isso o networking é muitas vezes trabalhado no coaching. Segundo administrador de empresas e palestrante Max Gehringer, networking é "uma questão de paciência e não urgência". Responsabilidade Socioambiental Está ligada a ações que respeitam o meio ambiente e a políticas que tenham como um dos principais objetivos a sustentabilidade. Todos são responsáveis pela preservação ambiental: governos, empresas e cada cidadão. O Ministério do Meio Ambiente (MMA) desenvolve políticas públicas que visam promover a produção e o consumo sustentáveis. Produção sustentável é a incorporação, ao longo de todo ciclo de vida de bens e serviços, das melhores alternativas possíveis para minimizar custos ambientais e sociais. Já o consumo sustentável pode ser definido, segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), como o uso de bens e serviços que atendam às necessidades básicas, proporcionando uma melhor qualidade de vida, enquanto minimizam o uso de recursos naturais e materiais tóxicos, a geração de resíduos e a emissão de poluentes durante todo ciclo de vida do produto ou do serviço, de modo que não se coloque em risco as necessidades das futuras gerações. O Plano de Ação para a Produção e Consumo Sustentáveis é uma ação do MMA que tem o objetivo de fomentar políticas, programas e ações que promovam a produção e o consumo sustentáveis no país. Enfoca em seis áreas principais: Educação para o Consumo Sustentável; Varejo e Consumo Sustentável; Aumento da reciclagem; Compras Públicas Sustentáveis; Construções Sustentáveis e Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P). Esse último programa incentiva a incorporação de atitudes sustentáveis na rotina dos órgãos públicos do país. Para que as políticas públicas sejam cada vez mais próximas aos cidadãos, o MMA coordena as conferências do meio ambiente, cuja proposta é ouvir governo nacional e local, iniciativa privada, organizações não governamentais e cada brasileiro sobre a gestão ambiental no país. Crescimento na vida integral Trabalhar para a vida pessoal e as questões ligadas aos relacionamentos, planejamento, motivação, comunicação, família, auto-desenvolvimento, alcance de metas, resolução de conflitos e principalmente, ressignificação de conceitos e valores fundamentais na vida das pessoas. É uma forma de coaching especialmente trabalhada para profissionais que estão tendo seu primeiro contato com o empreendedorismo, ou mesmo, para aqueles que já atuam e querem por meio de um conjunto de estratégias e ferramentas, de forma objetiva, dinâmica e
  • 24. Geo Consultoria Territorial e Ambiental www.geocta.com.br www.reduzirdesperdicio.com.br 24 predominantemente prática, ter a oportunidade de desenvolver competências e habilidades empreendedoras. Um novo modelo de mercado colaborativo Em 2000, nos Estados Unidos surgiu um novo conceito: a sociedade deveria passar a consumir de maneira mais responsável e consciente. Após a crise econômica mundial, em 2008, esse pensamento se fortificou e se tornou o que chamamos hoje de “Consumo Colaborativo”. À época, os norte-americanos começaram a perceber que o seu ritmo de consumo era muito acelerado e os movimentos que repensavam essa maneira de consumir ganharam espaço e se multiplicaram. Nasce assim o conceito dos cinco C’s: Crie – Compartilhe – Curta – Comente – Convide = incremento de venda. Marcada pelo compartilhamento de recursos, a economia compartilhada vem ganhando mais e mais força ao redor do mundo, e as grandes corporações podem entrar no barco ou serem atropeladas por ela. O consumo colaborativo tem se provado um movimento duradouro, abrangente e revolucionário, razão pela qual um grande número de empresas inovadoras, como Patagônia, Toyota e NBC, por exemplo, já passaram a adotar estratégias baseadas no compartilhamento em seus principais negócios. A cadeia de valor da economia colaborativa mostra como as empresas podem repensar seus modelos de negócios tornando-se “prestadoras de serviços”, “fomentadoras de mercado” ou “provedoras de plataformas”. As empresas com visão de futuro empregam um modelo, enquanto as mais inovadoras empregam todos os três, com a corporação no centro. No coração da economia colaborativa, estão empresas e projetos que surgiram a partir de variações sobre o tema do compartilhamento pessoa-para-pessoa (peer-to-peer). Carros, alimentos, serviços, motos, moradia, informação, tecnologia, entre outros bens, podem ser compartilhados. A ascensão da economia colaborativa é direcionada e viabilizada por forças de mercado que agora estão convergindo. Quanto mais elas aceleram, mais cresce a tendência. O modelo já foi adotado por diversos setores e movimenta, no mínimo, US$ 100 bilhões de dólares (0,14% do Produto Interno Bruto mundial em 2012), segundo a consultora Rachel Botsman, uma das autoras do livro “O que é meu é seu”. A estimativa não é exata, segundo ela, porque é difícil reunir dados precisos de alguns mercados. Notoriamente, a economia colaborativa é responsável por três pilares: social, com destaque para o aumento da densidade populacional, avanço para a sustentabilidade, desejo de comunidade e abordagem mais altruísta; econômico, focado em monetização do estoque em excesso ou ocioso, aumento da flexibilidade financeira, preferência por acesso X aquisição, e abundância de capital de risco; e tecnológico, beneficiado pelas redes sociais, dispositivos e plataformas móveis, e sistemas de pagamento.
  • 25. Geo Consultoria Territorial e Ambiental www.geocta.com.br www.reduzirdesperdicio.com.br 25 Para pegar carona nos novos caminhos que as forças de mercado traçam, as empresas já existentes devem repensar seus modelos de negócios e incorporar um ou mais dos três modelos colaborativos “prestadoras de serviços”, “fomentadoras de mercado” ou “provedoras de plataformas”. Ao fazê-lo, elas vão evoluir ao lado de seus clientes e consumidores – e não ser ultrapassadas por eles. Parece que agregar valor em cada nível gera retorno, uma vez que esses três modelos representam um aumento na maturidade, exigem um maior investimento e resultam em maior benefício em cada nível. Exemplos em grandes corporações são a Toyota alugando carros de concessionárias selecionadas e o Citibank patrocinando um programa de compartilhamento de bicicletas na cidade de Nova Iorque, como já ocorre no Brasil. Em poucas palavras, o grande aprendizado para as empresas é o seguinte: o relacionamento com os clientes mudou, então liberte sua empresa para ganhar o mercado. Fidelização de Clientes O marketing de relacionamento é criar, manter e aprimorar fortes relacionamentos com os clientes e outros interessados. Além de elaborar estratégias para atrair novos clientes e criar transações com eles, as empresas empenham-se em reter os clientes existentes e construir com eles relacionamentos lucrativos e duradouros. Os programas de fidelização são um processo que utiliza a comunicação integrada para estabelecer um relacionamento continuado, duradouro e gratificante com os clientes, visando aumentar a lealdade e a rentabilidade pelo mecanismo de reconhecimento e recompensa dos mais leais. Conforme Bogman (2000, p. 20) "cliente fiel é aquele que sempre volta à organização por ocasião de uma nova compra ou transação, por estar satisfeito com o produto ou serviço. E fidelização é o processo pelo qual um cliente se torna fiel". Para conquistar a fidelização, é necessário que as empresas invistam nos relacionamentos contínuos com os clientes. A fidelidade proporciona vantagens financeiras para a empresa. Manter o cliente fiel tem um custo financeiro menor do que conquistar novos clientes.
  • 26. Geo Consultoria Territorial e Ambiental www.geocta.com.br www.reduzirdesperdicio.com.br 26 #ReduzirDesperdício Projeto de Responsabilidade Socioambiental com dicas para economizar água, energia e resíduos com Programa de Fidelidade Colaborativo para descontos em nossos parceiros. O Programa de Fidelidade é desenvolvido em 04 (quatro) etapas: I Etapa – Palestra Aberta 45 min #ReduzirDesperdício, APENAS 40 VAGAS; II Etapa – Curso de 20 horas para Formação de Multiplicadores #ReduzirDesperdício com Foco em Condomínios Verticais; III Etapa – Credenciamento de Empresas e Cadastramento de Moradores dos Condomínios; IV Etapa – Curso de Formação de Multiplicadores #ReduzirDesperdício com Foco em Condomínios Horizontais e Setores Habitacionais. Projeto de Responsabilidade Socioambiental Projeto de sustentabilidade urbana e rural, construção de ebook para a formação de multiplicadores e promoção de cursos de educação ambiental e economia solidária, bem como apresentação de alternativas de tecnologias industriais e sociais. Um eBook é enviado aos cadastrados que serão multiplicadores de uma nova metodologia de economia sustentável.
  • 27. Geo Consultoria Territorial e Ambiental www.geocta.com.br www.reduzirdesperdicio.com.br 27 Parcerias com Empresas e Usuários Empresas Credenciadas Empresas são credenciadas como pontos de venda, onde usuários cadastrados no #ReduzirDesperdício poderão comprar com descontos pelo Programa de Fidelidade Colaborativo. Usuários Cadastrados Usuários são cadastrados no #ReduzirDesperdício e ao comprarem nas empresas credenciadas receberão descontos pelo Programa de Fidelidade Colaborativo.
  • 28. Geo Consultoria Territorial e Ambiental www.geocta.com.br www.reduzirdesperdicio.com.br 28 É verdade que a Terra é conhecida como Planeta Água, mas não estamos podendo esbanjar. Ao colocar no papel a porção de água doce que, de fato, está disponível para consumo em todo o mundo, é muito pouco: 0,26% (o que representa 13 gotas em um balde de 10 litros). Que tal fazer a sua parte para esse recurso (finito) durar ainda por muitos e muitos anos? Falar de economia de água em um planeta onde 75% da superfície é coberta pelo recurso hídrico parece papo de “ecochato”, mas não é. O Planeta Água, como é conhecida a Terra, pode sim secar e esta realidade está mais perto de acontecer a cada dia, por conta do desperdício e da contaminação da água.
  • 29. Geo Consultoria Territorial e Ambiental www.geocta.com.br www.reduzirdesperdicio.com.br 29 A ONU já alertou: se não houver mudanças de hábitos no curto prazo, até 2030 quase metade da população global terá problemas de abastecimento – sem contar as 768 milhões de pessoas que já não possuem acesso à água potável e podem ficar em situação ainda mais complicada. O desperdício começa na própria rede de distribuição, por conta de problemas como vazamentos e “gatos” – sabia que, no Brasil, a cada 100 litros de água coletados, apenas 64 chegam ao seu destino? -, e se agrava quando o recurso entra na casa dos brasileiros. Economizar água já é uma necessidade urgente em todo o mundo e, além de não ser tão difícil, pode aliviar as despesas no fim do mês. Economizar água não é mais só um hábito saudável. Atualmente, é uma grande responsabilidade com o futuro. Se não mudarmos nossos hábitos, a escassez de água para o consumo vai nos afetar seriamente. De acordo com a Organização das Nações (ONU) cada pessoa usa 3,3 mil litros de água por mês, ou seja, cerca de 110 litros por dia para atender as necessidades de consumo e higiene. Mas no Brasil o consumo por pessoa pode chegar a mais de 200 litros por dia. A conscientização da população sobre a importância do meio ambiente para o bem estar da sociedade é alta e, neste sentido, a consciência sobre a questão da água no país é expressiva entre a população. Grande parte da sociedade (75%) está ciente de que seu consumo de água não é baixo e de que este poderia ser menor. E 48%, independentemente de seu nível de consumo, afirmam controlar pouco seu consumo, enquanto 48% apontam o desperdício como causa para o agravamento do problema da água no país. Ao considerar que 95% dos respondentes estão familiarizados com formas de economia de água, percebe-se que o nível de conscientização ainda não se converteu em boas práticas de consumo, de modo que há ainda um caminho a ser percorrido neste ponto. Desta forma, pesa ainda o desconhecimento da população sobre o impacto de suas ações no meio ambiente. A sociedade está cada vez mais por dentro de assuntos relacionados ao consumo e economia de água, preservação de recursos naturais, dentre outros, mas na prática, está encontra-se ainda falha, distante. Um indicativo de que demonstra esta distancia da população com temas que envolvem recursos hídricos é o desconhecimento de órgãos importantes como comitês de bacias hidrográficas e a Agência Nacional das Águas – ANA.
  • 30. Geo Consultoria Territorial e Ambiental www.geocta.com.br www.reduzirdesperdicio.com.br 30 Todos nós podemos ajudar a combater o desperdício. Economizando energia elétrica, ajudamos a preservar o meio ambiente, ampliamos o tempo de vida dos recursos não- renováveis e adiamos a construção de usina e a implantação de novas linhas de transmissão. O desenvolvimento da sociedade humana está atrelado à transformação do meio ambiente e obtenção de energia. Durante o desenvolvimento da nossa sociedade ficou evidente a carência de energia em todos possíveis locais da convivência humana, e nas últimas décadas temos visto o apelo de várias vozes que nos mostram o iminente do fim dos combustíveis fósseis, o imenso impacto ambiental causado por essas fontes de energia e a insustentabilidade do modo como obtemos a energia que nos move. Enquanto isso, em muitas frentes, temos o desenvolvimento de novas formas de geração de energia e recentemente tivemos o reconhecimento das fontes renováveis, não mais como fontes de energia alternativa, mas como fontes de energia primárias, cujas principais representantes são: • Energia Hidrelétrica; • Biomassa • Energia Eólica • Energia Solar Todas as formas de energia que conhecemos derivam da energia solar. É a energia do sol que altera o estado físico da água, fazendo com que essa migre e possa ser represada e aproveitada nas usinas hidrelétricas. O aquecimento das massas de ar provoca os ventos, que são aproveitados nos aerogeradores dos parques eólicos É a energia solar, absorvida na fotossíntese, que dá vida às plantas utilizadas como fonte de energia de biomassa. Até mesmo o petróleo, que vem de restos de vegetação e animais pré-históricos, também é derivado do sol, pois este deu a energia necessária ao aparecimento da vida na terra em eras passadas. Podemos, através desse ponto de vista, considerar que todas as formas de energia são renováveis, infelizmente não em escala humana. As formas de energia renovável citadas acima são as que se renovam a cada dia, permitindo um desenvolvimento sustentável da vida e sociedade humana. Porém, todas as formas atuais de geração de energia como as usinas hidroelétricas, termoelétricas ou nucleares tem um limite máximo de produção. Isso significa que, se não cuidarmos do nosso consumo, não vai ter energia suficiente para todo mundo.
  • 31. Geo Consultoria Territorial e Ambiental www.geocta.com.br www.reduzirdesperdicio.com.br 31 Agora, se cada um fizer a sua parte e economizar, energia não vai faltar.
  • 32. Geo Consultoria Territorial e Ambiental www.geocta.com.br www.reduzirdesperdicio.com.br 32 Coleta Seletiva e Reciclagem Em várias instituições públicas, o processo de implantação da A3P tem se iniciado com a coleta seletiva e é decorrente, em grande medida, da edição do Decreto nº 5.940 de 25 de outubro de 2006, que instituiu a separação dos resíduos recicláveis descartados pelos órgãos e instituições da administração pública federal direta e indireta na fonte geradora e a sua destinação às associações e cooperativas dos catadores de materiais recicláveis. Uma grande parte dos resíduos gerados na administração pública pode ser destinada para a reciclagem, mas, para que isso seja possível, é imprescindível a implantação de um sistema de coleta seletiva eficiente. Nesse processo, a separação dos materiais recicláveis daqueles que não são, é a primeira preocupação a ser observada. O acondicionamento e a coleta, quando realizados sem a segregação dos resíduos na fonte, resultam na deterioração, parcial ou total, de várias das suas frações recicláveis. O papelão se desfaz com a umidade, tornando-se inaproveitável; o papel, assim como o plástico em filme (sacos e outras embalagens) se suja em contato com a matéria orgânica, perdendo valor; os recipientes de vidro e lata enchem-se com outros materiais, dificultando sua seleção e causando risco de acidentes aos trabalhadores da coleta de resíduos; também a mistura de determinados materiais, como pilhas, cacos, tampinhas e restos de equipamentos eletrônicos pode contribuir para o risco de acidentes e piorar significativamente a qualidade dos recicláveis A coleta seletiva é uma importante atividade na gestão dos resíduos sólidos. Trata-se do processo de seleção do lixo, que envolve duas etapas distintas: Separação do Lixo na Fonte (ou Segregação) e Coleta. Essa seleção poderá ser classificada em três categorias: resíduos orgânicos e inorgânicos ou secos e úmidos ou recicláveis e não recicláveis. Materiais não recicláveis são aqueles compostos por matéria orgânica e/ou que não possuam, atualmente, condições favoráveis para serem reciclados. É uma pré-seleção do material nos locais de origem: papel, papelão, plástico, vidro, metal, dentre outros. Isto requer sensibilização, conscientização e a participação de todos. Trata-se de recolhimento especial, que permite que os materiais pré-selecionados possam ser recuperados, separados e recebam uma destinação adequada, quer seja, reutilização, reciclagem, compostagem ou aterro sanitário.
  • 33. Geo Consultoria Territorial e Ambiental www.geocta.com.br www.reduzirdesperdicio.com.br 33 No caso de resíduos orgânicos, eles necessariamente passam por um processo de triagem antes de serem encaminhados para reciclagem. Portanto, a implantação da coleta seletiva deve prever a separação dos materiais na própria fonte geradora, evitando o surgimento desses inconvenientes Para a implantação deste sistema, os resíduos gerados podem ser separados em dois grupos: •• Materiais recicláveis: compostos por papel, papelão, vidro, metal e plástico, entre outros. •• Materiais não recicláveis: também chamados de lixo úmido ou simplesmente lixo: compostos pela matéria orgânica e pelos materiais que não apresentam, atualmente, condições favoráveis à reciclagem. Você sabia ? Que o lixo adequadamente manuseado pode produzir riquezas na forma de energia, produtos reciclados, com uma enorme economia no que se refere à extração de matéria-prima? Para que a coleta seletiva seja eficaz tem que haver a garantia da correta destinação dos resíduos para empresas que trabalham com reciclagem. Para introduzir um sistema de coleta seletiva é necessário o envolvimento de prefeituras, comunidades, catadores, carroceiros/sucateiros, entidades sociais e, principalmente, empresas privadas que atuem com coleta e reciclagem Vantagens da Coleta Seletiva Solidária Diminui a exploração dos recursos naturais; Diminui a poluição do solo, da água e do ar; Reduz os resíduos encaminhados aos aterros sanitários; Gera emprego e renda para os catadores de materiais recicláveis; Diminui os gastos com a limpeza pública; Prolonga a vida útil dos aterros sanitários; Fortalece a organização dos catadores e melhora suas condições de trabalho. Triagem de Resíduos Sólidos Os resíduos sólidos separados podem ser prensados em fardos ou não, no local de origem, recolhidos e repassados para associações, cooperativas e/ou empresas, que se encarregarão de vendê-los para outras empresas que trabalham com reciclagem.
  • 34. Geo Consultoria Territorial e Ambiental www.geocta.com.br www.reduzirdesperdicio.com.br 34 Os diversos tipos de papéis usados e separados em coleta seletiva denominam-se aparas e são prensados em fardos. Quanto mais limpa e selecionada for a apara, maior será seu valor comercial. Exemplificação dos Resíduos •• Resíduos líquidos ou efluentes: rejeitos industriais, águas utilizadas (servidas) e chorumes. •• Resíduos orgânicos: restos de alimentos, galhos e folhas, papel higiênico •• Resíduos inorgânicos: plásticos, papéis, vidros e metais. •• Resíduos secos: plásticos, papéis, vidros, metais, embalagens “longa vida”. •• Resíduos úmidos: restos de alimentos, cascas de frutas, podas de jardim. •• Outros Resíduos (rejeitos): todos aqueles que não se enquadram nas outras classificações.
  • 35. Geo Consultoria Territorial e Ambiental www.geocta.com.br www.reduzirdesperdicio.com.br 35
  • 36. Geo Consultoria Territorial e Ambiental www.geocta.com.br www.reduzirdesperdicio.com.br 36 Atitudes simples contribuem para redução do impacto ambiental em casa e no trabalho O Ministério do Meio Ambiente (MMA) aproveita para orientar a população sobre mudanças simples de atitude que ajudam a reduzir o impacto ambiental. Evitar o desperdício, privilegiar os produtos duráveis e não os descartáveis, reutilizar e reciclar os resíduos, são exemplos de atitudes que podem ser tomadas e que contribuem para reduzir os impactos negativos no meio ambiente. Consumo sustentável não significa não consumir, mas sim consumir diferente, tendo consciência de que todas as ações geram um impacto no planeta. É importante atentar ao consumo exagerado. Uma boa dica é fazer uma lista de compras para adquirir o que é realmente necessário, além de ler atentamente os rótulos. Outra é buscar saber sobre a cadeia produtiva, ou seja, conhecer a história do produto e das empresas envolvidas no processo. Isso vale também na hora de comprar. É interessante conhecer a procedência dos produtos das empresas escolhidas, privilegiando as com responsabilidade socioambiental, e também evitando embalagens em excesso. Deve-se dar preferência aos alimentos produzidos localmente, priorizando os sem agrotóxico. Para transportar os itens, a sugestão é não usar saquinhos plásticos descartáveis e privilegiar as sacolas duráveis e retornáveis. Ao descartar, é bom separar o lixo, praticando a coleta seletiva. É importante consumir energia com consciência. A orientação é desligar todos os equipamentos que não estiverem em uso, sempre que possível dar preferência à luz natural, apagar iluminação e aparelhos de ambientes que não estiverem sendo utilizados e procurar utilizar equipamentos mais econômicos. Todas essas ações estão relacionadas ao Plano de Produção e Consumo Sustentáveis (PPCS), do Ministério do Meio Ambiente - um documento lançado em 2011 que articula as ações de governo, do setor produtivo e da sociedade por um Brasil com padrões mais sustentáveis de produção e consumo. Dentre os objetivos do PPCS, está a promoção da educação para o consumo sustentável. Consumidor consciente Você já parou para pensar se o seu consumo é feito de maneira consciente? Se você respondeu sim a esta pergunta, saiba que refletir sobre o assunto é o primeiro passo para a mudança de comportamento. “A primeira coisa é pensar nos meus hábitos de consumo. Eu fecho a torneira quando escovo os dentes? Tomo banho demorado? Apago as luzes de ambientes não ocupados? Desligo eletrodomésticos não usados? Planejo as minhas compras de supermercado? Planejo as minhas compras de roupas? Tenho atitude de parar para pensar antes do impulso do consumo? Dou carona para amigos que façam o mesmo trajeto? Deixo o carro em casa e utilizo transporte público?”.
  • 37. Geo Consultoria Territorial e Ambiental www.geocta.com.br www.reduzirdesperdicio.com.br 37 Repensar, reduzir, reutilizar e reciclar integram o conjunto de “R”s que ajudam na reflexão sobre a mudança de comportamento: repense o seu consumo, reduza o que você vai consumir, reutilize o que você consumiu e recicle o que já foi utilizado. O conceito de consumo consciente não envolve apenas o que, mas também como e de quem você consome e qual será o destino de seu descarte. Pouco adianta usar sacolas retornáveis de uma empresa que não toma o devido cuidado em seu processo de produção. Ou comprar alimentos orgânicos de um produtor que não registra devidamente seus funcionários, utiliza- se de mão de obra infantil ou escrava. Há diversas abordagens sobre a definição de consumo consciente. De maneira geral, todas elas passam pela prática de consumir produtos com consciência de seus impactos e voltados à sustentabilidade. O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), por exemplo, indica que a utilização de bens e serviços precisa cumprir com necessidades básicas e proporcionar melhor qualidade de vida. Ao mesmo tempo, o produto ou serviço deve minimizar o uso de recursos naturais, materiais tóxicos, diminuir a emissão de poluentes e a geração de resíduos. Para o Ministério do Meio Ambiente, o consumo consciente é uma contribuição voluntária, cotidiana e solidária do cidadão para garantir a sustentabilidade da vida no planeta. É ampliar os impactos positivos e diminuir os negativos causados pelo consumo dos cidadãos no meio ambiente, na economia e nas relações sociais.
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  • 39. Geo Consultoria Territorial e Ambiental www.geocta.com.br www.reduzirdesperdicio.com.br 39
  • 40. Geo Consultoria Territorial e Ambiental www.geocta.com.br www.reduzirdesperdicio.com.br 40 Hoje, as pesquisas mostram que a preocupação com o meio ambiente começa em nossas casas. Ao perguntar o que é meio ambiente para jovens de 11 a 16 anos, eles informam que é tudo que as rodeia, ou seja, ar, água, animais, plantas, pessoas, minerais, rochas. Estas simples palavras estão presentes em quase todas as páginas deste manual, mas na forma de energias e de consumo. A maior preocupação entre adultos e crianças em diversos municípios do Brasil é a questão do lixo, porque é algo que interfere na paisagem do bairro e da cidade, demonstra falta de limpeza e de higiene, e algo que muitos não conhecem pelo nome de desperdício. Precisamos ser otimistas e positivos e zelar pelo que nos é mais precioso, o local onde vivemos, o nosso Planeta Azul. Ele é constituído de pessoas, animais, plantas, rochas, água e ar (atmosfera). Com o ar poluído, não respiramos; sem água ou com ela poluída, temos sede; sem plantas e animais há fome. Se consumirmos demais, não teremos espaço para plantar e criar animais para servir de alimento... Então, qual a sua pegada, a nossa pegada ecológica? Será que estamos dispostos a nos esforçar para termos uma vida mais regrada, mas com mais qualidade? Cada um de nós tem a sua resposta! Cada um tem a sua consciência do que pode e não pode fazer, afinal aprendemos o que é correto e incorreto muito cedo, no seio da família. Crescemos, nos tornamos independentes, queremos fazer diferente e muitas vezes, o nosso conceito de sustentabilidade é diferente. "Você nunca sabe que resultados virão da sua ação. Mas, se você não fizer nada, não existirão resultados.” Mahatma Gandhi
  • 41. Geo Consultoria Territorial e Ambiental www.geocta.com.br www.reduzirdesperdicio.com.br 41 Ministério do Meio Ambiente - Brasília – DF, 5ª Edição | Revista e atualizada Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P), 2009; Faculdade de Engenharia. Grupo de Eficiência Energética. USE - Uso Sustentável da Energia [recurso eletrônico] : guia de orientações / PUCRS, FENG, GEE, PU ; coord. PROAF. - Dados eletrônicos. - Porto Alegre : PUCRS, 2010 Dicas do SAAE para uso inteligente da água. Disponível em: www.saaepromissao.com.br Projeto Água. Disponível em: www.wwf.org.br L.; BASTOS, R.K.X.; AISSE, M.M. (Coord.) Tratamento e utilização de esgotos sanitários:. Projeto Prosab, Edital 4. v. 2, c. 2. Rio de Janeiro: Abes, 2006. BATES, B.C.; KUNDZEWICZ, Z.W.; WU, S.; PALUTIKOF, J.P. (Eds.). Climate change and water. Geneva: Intergovernmental Panel on Climate Change; IPCC Secretariat, 2008. 210 p. (IPPC Technical Paper, 6). Disponível em: < http://www.ipcc.ch/pdf/technical-papers/climate-change-water-en.pdf >. BAUMGARTNER, B.; BELEVI, H. A systematic overview of urban agriculture in developing countries. Swiss Federal Institute for Environment Science e Technology. Dept. of Water e Sanitation in Developing Countries, sep 2001. Disponível em: <http://news.bbc.co.uk/go/pr/fr/-/2/hi/health/ 6275001.stm>. Acesso em: out 2007. BELEVI, H.C. et. al. Material flow analysis: a planning tool for organic waste management in Kumasi, Ghana. Duebendorf: Sandec, 2000. BJÖRKLUND, J. et al. Analysis of municipal wastewater treatment and generation of electricity y digestion of sewage sludge. Resource Conservation and Recycling, v. 31, p. 293-316, 2000. BORJA, P. C. Avaliação da qualidade ambiental urbana: uma contribuição metodológica. 281 f. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) - Faculdade de Arquitetura, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 1997. BRASIL. Comitê Interministerial sobre Mudança do Clima. Decreto nº 6.263, de 21 de novembro de 2007. Institui o Comitê Interministerial sobre Mudança do Clima (CIM), orienta a elaboração do Plano Nacional sobre Mudança do Clima, e dá outras providências. Plano Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC). Diário Oficial da União, 22 nov 2007. Versão para consulta pública, set 2008. BRASIL. Ministério das Cidades. Instituto de Planejamento Econômico e Social. Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS). Diagnóstico dos serviços de água e esgotos 200, 2 v. Brasília: Secretaria Especial de Desenvolvimento Urbano da Presidência da República (SEDU-PR), 2007,
  • 42. Geo Consultoria Territorial e Ambiental www.geocta.com.br www.reduzirdesperdicio.com.br 42 ____. Ministério das Cidades. Dimensionamento das necessidades de investimentos para a universalização dos serviços de abastecimento de água e de coleta e tratamento de esgotos sanitários no Brasil. Brasília: 2003. 342 Uso racional de água e energia CHERNICHARO, C. A. L. Reatores anaeróbios Princípios do tratamento biológico de águas residuária, v. 5. Belo Horizonte: Departamento de Engenharia Ambiental-UFMG, 2007. CHERTOW M.R. The IPAT equation and its variants changing views of technology and environmental impact. Journal of Industrial Ecology, v. 4, n. 4, p. 13–29, 2001. COHIM, E; GARCIA, A.P. Análise econômica da utilização de água de chuva. Trabalho submetido ao 250 CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL a ser realizado em Recife em 2009. ________. Hierarquia da qualidade da água. In: CONGRESO INTERAMERICANO AIDIS, 31. Santiago, Chile: Anais... Santiago, Chile, 2008 COHIM, E; COHIM, F. Reúso de água cinza: a percepção do usuário (estudo exploratório). In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL, 24. 2–7 de setembro de 2007, Belo Horizonte-MG. Anais... Belo Horizonte-MG: Abes, 2007. COHIM, E.; COHIM, F. Reúso de água cinza: a percepção do usuário. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL, 24. 2-7 de setembro de 2007, Belo Horizonte-MG. Anais... Belo Horizonte-MG: Abes, 2007, II-166. COHIM, E.; KIPERSTOK, A. Sistemas de esgotamento sanitário: conhecer o passado para moldar o futuro. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL, 24. 2-7 de setembro de 2007, Belo Horizonte-MG. Anais... Belo Horizonte-MG: Abes, II-163, 2007. DRICA PARA A AMÉRICA LATINA, 25-28 nov 2007, Fortaleza-CE. Anais... Fortaleza-CE, 2007. COHIM, E. et al. Do saneamento tradicional ao saneamento ecológico: a necessidade de construir uma dimensão sócio-cultural. In: CONFERÊNCIA INTERNACIONAL EM SANEAMENTO SUSTENTÁ- VEL: SEGURANÇA ALIMENTAR E HÍDRICA PARA A AMÉRICA LATINA, 25-28 nov 2007, Fortaleza- CE. Anais... Fortaleza-CE, 2007. CURTIS, V.; SINGH, S.; VONCKEN, N. Dirt and disgust: a darwinian perspective on hygiene. Medische Antropologie, v. 11, n. 1, 1999. ______. Urban Metabolic system of water in the 21st century. In: WATANABE, Y.; FUNAMIZU, N. (Eds.). Water resources and water supply in the 21st century: International symposium on water resources and water supply in the 21st century. oct 5-6, 2001. Sapporo: Hokkaido University Press, 2003. TODD, J.A., CURRAN, M.A. Streamlined life-cycle assessment: a final report from the SETAC North America Streamlined LCA Workgroup. [s.l.]: Setac, 1999. TUCCI, C. E. M.; GENZ, F. Controle do impacto da urbanização. Drenagem Urbana. Porto Alegre: ABRH/Editora da Universidade/ UFRGS, p. 277-345 1995. ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Report of the World Commission on Environment and Development: Our Common Future, 1987. ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Division For Sustainable Development. Agenda 21. Disponível em: <http://www.un.org/esa/sustdev/documents/agenda21/english/agenda21toc.htm>, 2004. ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Division For Sustainable Development. Agenda 21. Disponível em: <http://www.un.org/esa/sustdev/documents/agenda21/english/agenda21toc.htm>, 2004. ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Millennium Project. Investing in development: a practical plan to achieve the Millennium Development Goals. New York: 2005. UNDP. Human development report, beyond scarcity: Power, poverty and the global water crisis. [s.l.], 2006. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Protecting health from climate change: World Health Day 2008. 25 p. Disponível em: <http://www.who.int/world-health-day/toolkit/report_web.pdf> Acesso em: 23 set 2008. WWF – BRASIL. Agenda elétrica sustentável 2020: estudo de cenários para um setor elétrico brasileiro eficiente, seguro e competitivo. [s.l.], set 2006. 79 p. Disponível em: <http://www.wwf.org.br>. YANG, H. et al. Evaluating waste treatment, recycle and reuse in industrial system: an application of the e mergy approach. Ecological Modelling, v. 160, p. 13-21, 2003.