O documento discute os principais modos de produção capitalista e socialista ao longo da história. Apresenta as características do capitalismo comercial, industrial e financeiro, destacando a evolução dos meios de produção e a concentração de renda. Também aborda brevemente o socialismo e as ideias de Marx e Engels sobre a exploração do trabalho e a luta de classes.
Os modos de produção Capitalista e Socialista: Comparação e evolução
1. Os modos de produção
Capitalista e Socialista
Professor: Herbert Galeno
Blog: www.herbertgaleno.blogspot.com.br/
www.youtube.com.br/herbertmiguel
2. Objetivo da Aula
• Compreender e refletir sobre os principais meios de
produção capitalista e socialista e seus impactos sobre a
sociedade.
3. Os modos de produção capitalista e socialista
• O modo de produção capitalista propõe uma sociedade com
princípios antagônicos ao modo de produção socialista.
Modo Capitalista
Lei da oferta e
da procura
Propriedade
privada
Modo Socialista
Propriedade
estatal
O estado como
gestor da
produção em
todos os níveis
econômicos
4. Fases do capitalismo
O sistema capitalista, desde suas origens no final do século XV e início do século
XVI, sofreu diferentes transformações, passando de um modelo transitório da
crise do feudalismo a um complexo modelo de economia e sociedade.
5. Capitalismo Comercial (séc. XV E XVI)
• O Capitalismo Comercial alavancou-se graças ao início da formação do
sistema capitalista e a consequente expansão do comércio internacional no
contexto da Europa. Essa fase ficou marcada pela expansão marítima
comercial e também colonial, com a formação de colônias europeias em
várias partes do mundo, com destaque para as Américas e também para o
continente africano.
6. Capitalismo industrial (séc. XVIII e XIX)
• A segunda fase do capitalismo é chamada de Capitalismo Industrial por ter sido um efeito
direto da emergência, expansão e centralidade exercida pelas fábricas graças ao processo
de Revolução Industrial iniciado em meados do século XVIII na Inglaterra. Com isso, a luta
por matérias-primas, transformadas depois em mercadorias industrializadas, intensificou-
se ao longo do globo, e a Divisão Internacional do Trabalho foi assim estruturada: de um
lado, as colônias atuando como fornecedoras de matérias-primas e produtos primários em
geral; do outro lado, as metrópoles e países industrializados como fornecedores de
mercadorias.
7. Resumo do Capitalismo Industrial
Atividades industriais como principal fonte de negócio e
lucros. Destaque para a indústria têxtil.
Concentração de renda nas mãos da burguesia industrial
(grandes donos de indústrias);
Alta desigualdade social, pois os lucros ficavam quase
integralmente com os donos de indústrias que pagavam
salários muito baixos para os operários;
Evolução nos meios de produção com a invenção e uso
de máquinas a vapor. Aumento da produção com custo
mais baixo.
Uso do carvão como fonte de energia e ferro como
principal matéria-prima;
Desenvolvimento de meios de transporte (locomotivas e
navios a vapor) rápidos e de longas distâncias para
atender a logística.
Uso nas indústrias de mão-de-obra assalariada;
Salários baixos, poucos direitos trabalhistas e exploração de
mão-de-obra infantil. Grande parte dos operários vivia em
péssimas condições sociais.
Êxodo rural - saída de trabalhadores do campo para buscar
empregos nas indústrias das cidades;
Crescimento desordenado das cidades industriais europeias
com piora na qualidade de vida e surgimento de problemas
sociais;
A partir da segunda metade do século XIX, o capitalismo
industrial cresceu em outros países como, por exemplo,
França, Bélgica, Alemanha, Holanda, Estados Unidos e Japão;
No final do século XIX começou a surgir as empresas
multinacionais com a união do capital industrial com o
financeiro (principalmente bancos). Ocorreu neste contexto,
a formação de monopólios em vários setores da economia,
organizados e mantidos pelas grandes indústrias.
8. Ideias de Marx e Engels
• O Socialismo científico e a mais –
valia.
• A ideia da alienação do trabalho.
• A exploração do trabalhador e o
lucro (mais valia) exacerbado por
parte do empresário.
• A divisão das classes sociais: o
proletariado e a burguesia.
• A luta de classes como regra para
sobrevivência social.
9. Resumindo
• No mercantilismo (capitalismo comercial) o estado era
visto como como “mediador necessário” para a
burguesia comercial; já no capitalismo industrial, o
estado era visto como “obstáculo” à atuação da
burguesia industrial.
Nesse contexto a atuação do estado era considerada indesejável pois poderia frear
a livre concorrência. Assim a doutrina econômica que se alinhava aos interesses da
burguesia industrial era o liberalismo, disseminado por economistas oriundos da
“fábricas do mundo” – Inglaterra – como Adam Smith e David Ricardo. O livro “A
riqueza das nações” é considerado o precursor das ideias liberais.
10. A Segunda Revolução Industrial
Iniciou-se na segunda metade do séc XIX.
Novas tecnologias e novas fontes de energia ganham espaço;
destaque para os Estados Unidos e a Alemanha.
Surgem as indústrias Siderúrgicas (aço) a eletricidade e o Petróleo
passa a ser o principal recurso energético.
Houve uma melhora na qualidade de vida da população com as novas
descobertas.
Surgem as indústrias automobilísticas (motores de combustão
interna).
11. Resumindo
Nesse quadro, tem curso a expansão imperialista no continente africano e no
continente asiático. Nos anos 1884 e 1885, as principais potências europeias
organizam a “partilha da África” de acordo com seus interesses.
A divisão imperialista consolidou a divisão do Internacional do Trabalho em
que as áreas coloniais se especializavam em fornecer matérias primas baratas
para as áreas industrializadas, ou, em industrialização. *consolida-se o que foi
sugerido na fase comercial.
Como causa dessa expansão desmedida surgem os avanços tecnológicos e
desmedida instabilidade geopolítica e econômica. *problemas como: as duas
guerras mundiais, a revolução russa, a crise de 1929 e o início do
nazifascismo.
13. Capitalismo financeiro
• Para muitos, essa é a atual fase do capitalismo, marcada pelo protagonismo exercido
pela especulação financeira e pela bolsa de valores, que passou a ser uma espécie de
“termômetro” sobre a economia de um país. Basicamente, essa fase do capitalismo
estrutura-se com a formação do mercado de ações e a sua especulação em termos de
valores, taxas, juros e outros.
14. O liberalismo: teoria e prática
• O Liberalismo pregava o estado mínimo, funcionando como elemento
de manutenção das leis naturais do mercado, preservando a livre
concorrência.
• Na prática não foi assim. Com a formação de conglomerados, o
mercado tornou-se cada vez mais oligopolizado, substituindo
elementos fundamentais da livre concorrência e do livre mercado.
• O excesso da produção agrícola e industrial, que provocou a crise de
1929, é um exemplo dessa inconsistência.
15. New Deal (1933)
Com os resultados desastrosos derivados de
ideias liberais (desempregos e falências de
empresas), foi necessária uma atuação incisiva
do Estado na economia.
Nos EUA, durante o governo de Franklin
Roosevelt, calcado num audacioso projeto de
inúmeras obras públicas pelo país, com o
intuito de gerar postos de trabalho e recuperar
a economia.
John Maynard Keynes (1883-1946)
Roosevelt -
32º
presidente
dos EUA.
1933 -
1945
16. Keynesianismo
o lado negativo
• Com a monopolização do capital em
diversos setores econômicos –
elétrico, têxtil, siderúrgico, naval,
petrolífero, ferroviário, entre outros –
acelerou o processo de formação de
truste no controle de diversas etapas
do processo produtivo. Associado a
esse processo surgem os cartéis,
extremamente nocivo ao consumidor.
17. A Terceira Revolução Industrial
Também conhecida como Revolução técnica-científica-informacional, teve início
na segunda metade do século XX, mais notadamente a partir de 1970. Se
caracteriza pela robótica, telecomunicações, uso intenso de química fina e
intenso uso dos mercados financeiros (ações e bolsas de valores).
18. Características principais
Advento da globalização – as transnacionais puderam
flexibilizar geograficamente sua produção,
acentuando seus lucros (mão de obra barata, isenção
de impostos, etc...); com acesso a mercados cada vez
mais distantes, contudo, os lucros continuam sendo
remetidos às suas sedes nos países centrais (Norte
rico).
Inovações tecnológicas, maior rapidez de
informações, aceleração da velocidade dos meios de
transportes, diminuindo o tempo de deslocamento de
pessoas e mercadorias, etc...
Antes
Depois