1. Terra: Casa do Tesouro de Deus
Fertilidade do Solo e Adubação
Nova Friburgo – RJ
Dez/2011
2. “E tomou o SENHOR Deus o homem, e o pôs no jardim do Éden para o
lavrar e o guardar.”
Gênesis 2:15
“E começou Noé a ser lavrador da terra, e plantou uma vinha.”
Gênesis 9:20
“O que lavrar a sua terra virá a fartar-se de pão, mas o que segue a
ociosos se fartará de pobreza.”
Provérbios 28:19
3. “Aos cuidados de Adão e Eva foi confiado o jardim, "para o lavrar e o
guardar". Gên. 2:15. Conquanto fossem ricos em tudo que o
Possuidor do Universo pudesse proporcionar, não deveriam estar
ociosos. Foi-lhes designada uma útil ocupação, como uma bênção,
para fortalecer-lhes o corpo, expandir a mente e desenvolver o
caráter.”
Educação p.21
4. “No plano de Deus para Israel, cada família tinha um lar no campo,
com terreno suficiente para o cultivo. Assim eram providos tanto os
meios como o incentivo para a vida útil, industriosa e independente.
E nenhum expediente humano jamais suplantou aquele plano. Ao
afastamento do mesmo por parte do mundo devem-se em grande
parte a pobreza e miséria que existem hoje.”
Conselhos Professores, Pais e Estudantes 275-276
5. “Deus deu aos nossos primeiros pais os meios da verdadeira educação,
quando lhes ensinou o cultivo do solo e a cuidar de seu lar no jardim.
Depois da entrada do pecado, pela desobediência às ordens do Senhor,
a obra de cultivo do solo que devia ser feita foi grandemente
multiplicada, pois a terra, devido à maldição, produziu espinhos e
cardos. Mas o trabalho em si mesmo não foi dado por causa do pecado.
O grande Mestre abençoou, Ele mesmo, a obra de cultivo do solo.”
Mensagens Escolhidas - Volume 2, p.355
6. “No cultivo do solo o obreiro
ponderado descobrirá que se
apresentam diante dele tesouros de
que pouco suspeitava. Ninguém
poderá ser bem-sucedido
na agricultura ou na jardinagem,
sem a devida atenção às leis
envolvidas nestes trabalhos. Devem
ser estudadas as necessidades
especiais de cada variedade de
planta...
7. ... Variedades diferentes requerem solo e cultura diferentes; e conformidade com
as leis que regem cada uma dessas variedades é a condição para o êxito. A
atenção exigida na transplantação, para que nem mesmo uma raiz fique
comprimida ou mal colocada; o cuidado das plantinhas, a poda e a rega, o abrigo
da geada à noite, e do sol ao dia; a remoção das plantas daninhas, das doenças, e
pragas de insetos; a disposição geral - todo esse trabalho não somente ensina
lições importantes relativas ao desenvolvimento do caráter, mas é em si mesmo
um meio para aquele desenvolvimento.” Educação 111-112
8. “Ellen G. White Instruída Sobre a Plantação de Árvores Frutíferas:
Enquanto estávamos na Austrália, adotamos o... sistema... de cavar valas bem
fundas e enchê-las com estrume que produzisse bom solo. Fizemos isto
no cultivo de tomates, laranjas, limões, pêssegos e uvas. O homem do qual
adquiri os nossos pessegueiros me disse que gostaria que eu observasse a
maneira como eles eram plantados. Pedi então que ele me permitisse
mostrar-lhe como deviam ser plantados,
segundo me fora revelado durante a
noite. Ordenei que meu empregado
fizesse uma profunda cavidade no
solo, e então pusesse nela fértil lixo,
depois pedras, e mais lixo. ...
9. ... Depois disso ele pôs camadas de terra e estrume, até encher o
buraco. Eu disse ao viveirista que havia plantado dessa maneira no solo
rochoso dos Estados Unidos. Convidei-o a visitar-me quando os frutos
estivessem maduros. Ele disse-me: "A senhora não precisa que eu lhe
ensine como plantar as árvores."
Nossa plantação foi muito bem-sucedida. Os pêssegos eram os de
colorido mais belo e de sabor mais delicioso que já provei. Cultivamos
os grandes pêssegos amarelos Crawford e outras variedades, uvas,
damascos, nectarinas e ameixas.
Carta 350, 1907.”
Mensagens Escolhidas - Volume 3, 328
10. “Mostrai as oportunidades de uma vida tal. Diz o sábio:
"Até o rei se serve do campo." Ecl. 5:9. A Bíblia declara acerca daquele
que cultiva o solo: "O seu Deus o ensina e o instrui acerca do que há de
fazer." Isa. 28:26. Diz mais: "O que guarda a figueira comerá do seu
fruto." Prov. 27:18. Aquele que ganha a sua vida pela agricultura escapa
de muitas tentações e desfruta inúmeros privilégios e bênçãos negados
àqueles cujo trabalho é nas grandes cidades. E nestes dias dos colossais
monopólios e rivalidade comercial, poucos há que desfrutem de uma
independência tão real e de tão grande certeza de bons rendimentos de
seu labor, como o cultivador do solo.”
Educação p. 219
20. COMPOSIÇÃO DO SOLO
Água
Minerais
Matéria Orgânica
Ar
Organismos vivos
Rochas em decomposição
O solo é uma mistura de vários minerais, matéria orgânica e água
capaz de manter a vida das plantas na superfície terrestre.
22. Solo de textura arenosa (solos leves) –
possuem teores de areia superior a 70% e de argila inferior a
15%;
permeáveis;
leves;
susceptíveis a erosão;
baixa capacidade de retenção de água – C.C. 3% apenas
alta taxa de infiltração de água no solo e
conseqüentemente elevadas perdas por percolação,
causando a lixiviação dos nutrientes;
baixo teor de matéria orgânica
necessita de reposição de m.o.
23. Solo de textura média (solos médios) –
apresentam certo equilíbrio entre as partículas de areia, silte e
argila;
boa drenagem, boa capacidade de retenção de água e índice médio
de erodibilidade.
24. Solo de textura argilosa (solos pesados)-
solos com teores de argila superiores a 35%;
baixa permeabilidade;
alta capacidade de retenção de água – C.C. torno de 40%;
mais resistentes à erosão;
mais susceptíveis à compactação
33. PERFIL DO SOLO – HORIZONTES
Horizonte O
orgânico,
resíduos orgânicos decomposição ou
decompostos ( plantas e animais).
Horizonte A
+ escuro e rico em matéria orgânica,
+ raízes ([]s a 20 cm prof.),
+ microrganismos,
+ vida.
34. Horizonte B
+ argiloso
< nº raízes que o horizonte A, mas essas
poucas raízes são as únicas capazes de absorver
água e nutrientes quando o horizonte superficial
seca.
35. Horizonte C
menos argila,
mais silte.
pode fornecer água e nutrientes quando
os outros horizontes estão secos.
36. Horizonte R
rocha fresca, ainda não intemperizada.
37.
38. ALGUMAS CLASSES DE SOLOS
Latossolo
Vermelho-amarelo Podzólico
Cambissolo
Terra Roxa Areia quartzosa
estruturada Litossolo
40. A - Escolha do local
solos com profundidade adequada para a cultura;
bem drenados;
aeração (estrutura do solo);
luminosidade – X horas de luz para florescer, planta
de sombra, planta de sol.
41. Evitar:
baixadas úmidas, alagamento;
solos com problemas de compactação;
solos rasos;
42. B - Limpeza da área
roçada;
retiradas de restos vegetais, pedras e destocamento se
necessário;
evitar as queimadas
- empobrecimento do solo – perda de N K ;
- autorização dos órgãos ambientais.
43. C - Coleta de amostras do solo para análise
teores de P, K, Mg, Ca;
acidez (Al e H + Al);
teor de matéria orgânica;
micronutrientes, ...
45. 1º) Subdividir a área em glebas ou talhões homogêneos
quanto a:
cor do solo;
textura (maior ou menor presença de areia);
grau de drenagem;
tipo de vegetação ou cultura anterior;
declividade;
histórico de uso e manejo;
culturas perenes - tipo cultura, idade e produtividade.
46. 2º) Coletar as amostras simples em 20 pontos em cada
gleba
(caminhando em zigue-zague)
47. Como coletar:
retirar a vegetação superficial;
retirar a terra com enxadão, trado ou tubo de pvc a uma
profundidade de: 0 a 20 cm ou
20 a 40 cm
48.
49. 1 e 2 - retirada do solo
3 – homogeneização das amostras
4 – retirada de uma amostra ~ 300 g
(cx. de papelão apropriada ou
1
sacola plástica)
2 3 4
5 – identificação, levar para o
laboratório.
5
51. D - Envio da amostra para análise
(Orgão no ES)
Incaper
Análise química rotina: R$ 11,35
rotina + micronutrientes: R$ 30,50
http://www.incaper.es.gov.br
Produto/serviço
Análise laboratorial
E - Recomendação de calagem e adubação
Engº Agrônomo
52. F - Calagem
Solos brasileiros geralmente ácidos [H e Al]
- Chuvas: nutrientes lixiviados, mas o H e Al menos – fortemente
retidos no solo;
- adubos nitrogenados.
O que é a calagem?
- adição de calcário como corretivo de acidez;
- fonte de cálcio e magnésio.
Objetivo:
- corrigir a acidez do solo;
- fornecer Ca e Mg.
53. Quantidade, época, modo de aplicação e periodicidade
- de acordo com o resultado da análise de solo;
- 60 a 90 dias antes do plantio;
- período das chuvas ou irrigação;
- anualmente, geralmente julho/agosto.
54. BENEFÍCIOS DA CALAGEM
o pH (ideal – 6,0 a 6,5);
ou elimina os efeitos tóxicos do Al,Fe e Mn;
a fixação do P;
a disponibilidade de Ca, Mg e Mo;
a eficiência dos adubos *;
a atividade microbiana e a liberação de nutrientes contidos na
matéria orgânica;
melhora as propriedades físicas do solo:
- a aeração e a movimentação de água favorecendo o
desenvolvimento das raízes.
55. CALCÁRIO APLICADO AO SOLO – REAÇÕES QUÍMICAS
(1) Os carbonatos do corretivo reagem com o H+ do solo, formando H2O e
CO2:
CaCO3 + H2O Ca 2+ + HCO3 3- + OH –
HCO3 3- + H+ CO2 + H2O
(2) Os carbonatos do corretivo reagem co o Al do solo, formando
hidróxido de alumínio [Al (OH)3 ], que é precipitado e CO2:
CaCO3 + H2O Ca 2+ + HCO3 3- + OH –
HCO3 3- + Al 3+ Al (OH)3 + 3CO2
precipita
56. Capacidade de assimilação de nutrientes pelas plantas em função do
pH do solo
Nutrientes pH solo
4,5 5,0 5,5 6,0 6,5 7,0
----------------------% de assimilação----------------------
----------- Nitrogênio ---------- 20 50 75 100 100 100
------------ Fósforo ------------- 30 32 40 50 100 100
------------ Potássio ------------ 30 35 70 90 100 100
----------- Cálcio --------------- 20 40 100 67 83 100
------------ Magnésio ---------- 20 40 50 70 80 100
------------ Enxofre ------------- 40 80 50 100 100 100
Média 26,7 46,2 64,2 79,5 93,8 100
ALCARDE et al. (1989)
57. FOSFOGESSO (GESSO AGRÍCOLA )
correção da acidez do solo em maiores profundidades;
diminui as [ ]s tóxicas de Al nas camadas subsuperficiais;
aumenta a quantidade de Ca melhorando o ambiente para o
crescimento radicular;
em excesso pode causar o arrastamento do K;
59. ELEMENTOS ESSENCIAIS
MACRONUTRIENTES
– elementos químicos exigidos em maior quantidade
(g/Kg)
MICRONUTRIENTES
– elementos químicos exigidos em pequena quantidade
(mg/Kg)
60. MINERAIS ESSENCIAIS ÀS PLANTA
·C (CO2)
·H (H2O)
·O (H2O)
Solo ou via adubação foliar
Macronutrientes Micronutrientes
·N · Ca ·B · Fe · Se
·P · Mg · Cl · Mo · Si *
·K ·S · Co · Mn · Zn
·Na* (g/Kg) · Cu · Ni (mg/Kg)
61.
62. MACRONUTRIENTES
Nitrogênio (N) – fundamental tanto para a formação de proteínas,
pelo fato de ser um componente essencial dos aminoácidos, quanto
para síntese da clorofila, estando envolvido nos processos de
fotossíntese.
É um dos nutrientes mais absorvidos pela plantas.
O N nos adubos minerais encontra-se na forma amídica (uréia),
amoniacal (sulfato de amônio) e nítrica (nitrato de cálcio).
Apesar de as plantas absorverem N na forma amoniacal (NH4+) e
nítrica (NO3-), no solo, todas as formas transformam-se em algumas
semanas em nitrato, que é pouco retido nas cargas elétricas do solo
e, portanto, muito sujeito a perdas por lixiviação.
63. Para minimizar as perdas por lixiviação e reduzir os efeitos nocivos do
índice salino, os adubos nitrogenados devem ser parcelados.
Quanto maior o teor de areia, mais parcelada deverá ser a adubação
nitrogenada.
Outra forma de perda é através da volatilização, principalmente
quando aplicada na forma de uréia na superfície do solo, está sujeita à
perda da amônia (NH4+) – enterrio a 5 cm de profund.
Ex. Sulfato de Amônio------ 20% N
Uréia-------------------- 44% N
Salitre do Chile--------- 15% N
Matéria Orgânica------- XX% N
64. Fósforo (P) – principal função nos processos que acarreta consumo
de energia pelas plantas, tais como respiração, divisão celular e
crescimento das células. Elemento responsável pelo crescimento
radicular, pela melhoria da qualidade dos frutos e é vital para a
formação das sementes.
O P é praticamente imóvel no solo. Somente 5 a 20% do P do adubo
é aproveitado no solo.
A aplicação do P a lanço favorece a fixação do elemento às partículas
do solo, tornando-o indisponível. Porém a parte disponível fica
distribuída no solo proporcionando um crescimento homogêneo das
raízes.
A aplicação em covas, sulco ou faixas proporciona o máximo de
retorno do investimento em P, porém as raízes se concentram perto
do local que recebeu a adubação.
A adubação fosfatada deve ser realizada numa única aplicação, no
plantio. Quando em adubação de cobertura em culturas perenes
pode ser colocada a dose total do P no primeiro parcelamento dos
demais adubos.
65. Exs. Fosfato Natural* ----------------- 24% de P 4% solúv.
Fosfato Natural
parcialmente acidulado--- 25% de P 18% "
Fosfato Natural Reativo--------- 28% de P2O5 10% "
Superfostato Simples --------- 18% de P2O 5 16% "
Superfosfato Tripo-------------- 41% de P2O5 37% "
Matéria Orgânica---------------- XX % de P2O5
* devem se moído, incorporados ao solo na aração e gradagem, antes da
calagem (60 dias)
66. Potássio (K) – é juntamente com o nitrogênio o nutriente absorvido e
exportado em maiores quantidade pela planta, superando o P.
O K não forma compostos, permanece livre na planta para regular muitos
processos essenciais, incluindo ativação de enzimas, fotossíntese,
formação de amido, síntese de proteínas e controle do mecanismo de
abertura e fechamento dos estômatos, responsável pela transpiração e
por parte do processo de absorção de água pelas plantas.
Plantas bem nutridas em K são mais eficientes em absorção de água.
Nos solos arenosos, a [K+] na solução do solo decresce rapidamente
(lixiviação) necessitando de aplicações frequentes – parcelamento.
67. Exs.: Cloreto de Potássio------- 58 % de K2O
Nitrato de Potássio------- 44 % de K2O
Sulfato de Potássio------- 48 % de K2O
Matéria Orgânica-----------XX% de K2O
68. Cálcio (Ca) - uma das principais funções do cálcio é a na estrutura da
planta, como integrante da parede celular, sendo também indispensável
para a germinação do grão de pólen e crescimento do tubo polínico.
Deve-se ao Ca a movimentação das graxas nas plantas.
Magnésio (Mg) - entre as principais funções do magnésio nas plantas
destaca-se a sua participação molécula na clorofila, na qual o Mg
corresponde a 2,7 % do peso molecular; o Mg é também ativador de um
grande número de enzimas.
Exs.: Fosfato Natural-------------- 23 a 27% de Ca
Superfosfato Simples------ 18 a 20% de Ca
Superfosfato Triplo--------- 12 a 14% de Ca
Calcário Calcítico --------- 38 % CaO + MgO --- < 5% MgO
Calcário Magnesiano----- 38 % CaO + MgO --- 5 a 12% MgO
Calcário Dolomítico------- 38 % CaO + MgO --- > 5% MgO
Gesso Agrícola------------ 26 a 28% de CaO
69. Enxofre (S) – fazem parte de todas as proteínas vegetais.
Apesar de ser classificado um elemento secundário, ao lado do cálcio
e do magnésio, juntamente com o N, o P e o K, é um dos nutrientes
de que a planta necessita em maior quantidade.
Exs.: Sulfado de Amônio-------------- 22 a 24% de S
Sulfato de Cálcio (gesso)--------------13 % de S
Sulfato de Potássio---------------15 a 17% de S
Superfosfato Simples------------- 10 a 12% de S
Matéria Orgânica------------------------XX% de S
70. MICRONUTRIENTES
Boro (B) - metabolismo de carboidratos e transporte de açúcares
através das membranas; síntese de ácidos nucléicos (DNA e RNA) e
de fitohormônios; formação de paredes celulares; divisão celular.
Cloro (Cl) – participa no desdobramento da molécula da água na
fotossíntese II. A ATPase localizada no tonoplasto é estimulada
especificamente pelo Cl-.
71. Cobre (Cu) - ocorre em compostos com funções não tão bem
conhecidas como as das enzimas, mas de vital importância no
metabolismo das plantas; participa de muitos processos fisiológicos
como: fotossíntese, respiração, distribuição de carboidratos, redução
e fixação de nitrogênio, metabolismo de proteínas e da parede
celular; influência na permeabilidade dos vasos do xilema à água;
controla a produção de DNA e de RNA e sua deficiência severa inibe
a reprodução das plantas (reduz a produção de sementes e o pólen é
estéril); está envolvido em mecanismos de resistência a doenças. A
resistência de plantas à doenças fúngicas está relacionada com
suprimento adequado de cobre. O Cu influe na uniformidade da
florada e da frutificação e regula a umidade natural da planta,
aumenta resistência à seca, é importante na formação de nós.
72. Ferro (Fe) - ocorre em proteínas dos grupos heme e não-heme e
encontra-se principalmente nos cloroplastos; complexos orgânicos de
ferro estão envolvidos no mecanismo de transferência de elétrons;
Fe-proteínas do grupo não-heme estão envolvidas na redução de
nitratos e de sulfatos; a formação de clorofila parece ser influenciada
por esse elemento; está diretamente implicado no metabolismo de
ácidos nucléicos; exerce funções catalíticas e estruturais.
Manganês (Mn) - sua função mais importante está relacionada com
os processos de oxi-redução. A função mais estudada do manganês
em plantas refere-se à sua participação no desdobramento da
molécula de água e na evolução do O2 no sistema fotossintético
(equação de Hill), na fase luminosa, de forma que tem-se a
transferência de elétrons para o fotossistema II. As plantas possuem
uma proteína contendo manganês, a manganina. O Mn acelera a
germinação e aumenta a resistência das plantas à seca, beneficiando
o sistema radicular.
73. Molibdênio (Mo) - a função mais importante do Mo nas plantas está
associada com o metabolismo do nitrogênio. Esta função está
relacionada à ativação enzimática, principalmente com as enzimas
nitrogenases e redução do nitrato. Este elemento é necessário para
Azotobacter na fixação do N2 atmosférico e para a fixação simbiótica
do N2 pelas leguminosas.
Zinco (Zn) - a participação mais importante do zinco nos processos
metabólicos das plantas é como componente de várias enzimas, tais
como: desidrogenases, proteinases, peptidases e fosfohidrogenase.
Uma função básica do Zn está relacionada ao metabolismo de
carboidratos e proteínas, de fosfatos e também na formação de
auxinas, RNA e ribossomas. Existem evidências de que o Zn tem
influência na permeabilidade de membranas e é estabilizador de
componentes celulares.
74. Níquel (Ni) – metaloproteína da enzima urease.
Cobalto (Co) - é um elemento essencial aos microorganismos fixadores
de N2, mediante a participação na composição da vitamina B12 e da
coezima cobamida, também conhecida como Dacobalamina. A cobamida
funciona como ativadora de enzimas importantes que catalizam reações
bioquímicas em culturas de bactérias fixadoras de N2, entre as quais o
Bradyrhizobium japonicum e seus bacteróides presentes nos nódulos das
leguminosas.
Selênio (Se) – Evita o excesso de fosfato e aumenta a resistência da
planta contra ataque de insetos. Pode substituir o enxofre.
Silício (Si) -É essencial para a cavalinha ou junco de polimento
(Pteridófita), para as outras plantas o Si aumenta a resistência
mecânica da parede celular e a resposta contra patógenos.
75.
76. Exs.: Ácido Bórico
Bórax
Cloreto de Cobalto
Sulfato de Cobre
Sulfato Ferroso
Sulfato Manganoso
Molibdato de Sódio
Sulfato de Zinco
Quelatos – combinação de um agente quelante + íon – “segura”
a molécula para não ocorrer reações de insolubilização
FTE’s – fonte liberam gradualmente: < perda e < risco de
toxidade
77. PRINCIPAIS MÉTODOS DE APLICAÇÃO DE MICRONUTRIENTES
Tratamento de sementes e imersão de raízes
-sementes: muito limitada; imersão: bons resultados
Aplicação no solo
- maior reação das partículas do solo e menor eficiência.
78. Adubação foliar
- evita perdas por volatilização, decomposição, fixação e lixiviação;
- Aplicação: pulverização nas folhas preferencialmente nas 1as.
horas do dia.
79. ADUBAÇÃO QUÍMICA
CUIDADOS
Meio ambiente
- salinização do solo;
- incremento de nitrato e nitrito
nas águas subterrâneas;
- energia gasta na produção
dos adubos .
Planta
- Toxidez , “queima”;
- Murcha e seca.
80. LEI DO MÍNIMO
O crescimento das plantas é controlado pelo recurso mais escasso
(fator limitante) e não pela quantidade total de recursos disponíveis.
82. MATÉRIA ORGÂNICA NO SOLO
O QUE É?
São resíduos de plantas e animais em
vários estágios de decomposição;
Organismos vivos.
IMPORTÂNCIA:
É um grande reservatório de
nutrientes;
Afeta diretamente as
características físicas, químicas e
biológicas do solo.
83. A ADIÇÃO DE MATÉRIA ORGÂNICA
OS MAIORES BENEFÍCIOS CONSTATADOS SÃO:
redução do processo erosivo;
maior disponibilidade de nutrientes às plantas;
maior retenção de água;
menor diferença de temperatura do solo durante o dia e a
noite;
estimulação da atividade biológica;
aumento da taxa de infiltração;
maior agregação de partículas do solo.
85. ADUBOS ORGÂNICOS
Resíduos de animais e vegetais
decompostos
- Estercos
- torta de mamona
- Cama de aviário
- Compostagem
(“curtidos”)
86. ASPECTOS FAVORÁVEIS DA ADUBAÇÃO ORGÂNICA
Utiliza resíduos cujo descarte causaria impactos ambientais;
Tempo de duração:
- o processo de absorção dos nutrientes orgânicos envolve
decomposição e mineralização;
- assim, a adubação orgânica é uma fonte de nutrientes lenta e
duradoura.
88. Tabela 1. Relações C:N de diferentes resíduos viáveis para compostagem ou
cobertura do solo (valores médios).
RELAÇÃO C/N
composição de carbono contida
no material em relação ao
nitrogênio;
a facilidade de decomposição
depende da relação C/N;
quanto menor a relação C/N,
mais fácil será a sua
decomposição;
Faixa ótima: relação
C/N =20 a 25
Fonte: Parte dos dados desta tabela foram extraídos de Kiehl (1985).
89. Exemplo de cálculo - Nitrogênio
MILHO Quantidade de adubo:
NPK 04 - 14 - 08
Necessidade da cultura: 4% N – 14% P – 8% K
Plantio 100 Kg de 04 -14 -08 ----- 4 Kg de N
X -----10 Kg de N
N 10 Kg/ha
P2O5 70 Kg/ha 4 X = 1000
K2O 40 Kg/ha X = 1000/4
X = 250 Kg/ha de 04 -14 -08
----------------------------------------------
Esterco de galinha 2,3 % de N
100 Kg de esterco ----- 2,3 Kg de N
X -----10 Kg de N
2,3 X = 1000
X = 1000/2,3
X= 435 Kg/ha de esterco de galinha
90. Exemplo de cálculo
Necessidade da cultura: Quantidade de adubo:
NPK 20 - 00 - 10
20% N – 00% P2O5 – 10% K2O
Cobertura
N 60 Kg/ha 100 Kg de 20-00-10 ----- 20 Kg de N
X ----- 60 Kg de N
P2O5 00
K 2º 20 Kg/ha 20 X = 6000
X = 6000/20
X = 300 Kg/ha de 20-00-10
----------------------------------------------
Esterco de galinha
100 Kg de esterco ----- 2,3 Kg de N
X -----60 Kg de N
1,6 X = 6000
X = 6000/2,3
X = 2.609 Kg/ha de esterco de galinha
91. Custo
04 – 14 – 08 Esterco de frango
250 Kg 5 sacos 435 Kg (plantio)
x
R$ 60,00 +
R$ 300,00
2.609 Kg (cobertura)
10 – 10 – 10 3.044 Kg (total)
300 Kg 6 sacos x
x
R$ 0,14
R$ 65,00
R$ 390,00 ~ R$ 427,00
300 + 390 = R$ 690,00
Peso total: 850 Kg Peso total: 3 T
93. Como funciona a compostagem?
A compostagem é um processo biológico em que os
microrganismos transformam a matéria orgânica, como estrume,
folhas, papel e restos de comida, num material semelhante ao solo,
a que se chama composto, e que pode ser utilizado como adubo.
95. “Tem sido dado falso testemunho ao condenar a terra, a qual, se fosse
devidamente trabalhada, produziria abundante lucro. Os planos acanhados,
o pouco vigor empregado e o reduzido estudo quanto aos melhores
métodos clamam fortemente por reforma. O povo tem de aprender que o
trabalho paciente operará maravilhas. Há muitas queixas acerca da
improdutividade do solo; entretanto, se os homens lessem as Escrituras do
Antigo Testamento, veriam que o Senhor conhece muito melhor do que
eles o que se refere ao apropriado cultivo da terra.”
Fundamentos da Educação Cristã, p.323
96. “... o Senhor deseja que tratemos a terra como um tesouro precioso que
nos foi emprestado em confiança.”
Testemunhos Ministros e Obreiros Evangélicos, p. 245
97. “O cultivo do solo - o emprego designado por Deus ao homem no Éden -
abre um campo que oferece a multidões oportunidade para ganhar a
subsistência.
Confia no Senhor e faze o bem;
Habitarás na terra e, verdadeiramente, serás alimentado.
Sal. 37:3.”
A Ciência do Bom Viver p.189
98. “Deve-se fazer com que a Terra manifeste sua força; mas, sem a bênção de
Deus, ela nada pode fazer. ... Mas nas profundezas da Terra há bênçãos
ocultas para os que têm coragem, disposição e perseverança para ajuntar
seus tesouros. Pais e mães que possuem um pedaço de terra e um lar
confortável são reis e rainhas.”
Fundamentos da Educação Cristã, p.326-327