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Realismo e Naturalismo na Europa
Olympia, 1863, Édouard Manet (1832-1883)
O REALISMO foi um movimento artístico e literário surgido na Europa, nas últimas décadas
do século XIX, mais especificamente na França, em reação ao Romantismo. Esse movimento
cultural se estendeu pela Europa e outros continentes.
1850 – Enterro em Ornasn – Gustave Courbet (1819-1877)
Foi um pintor francês pioneiro do estilo realista francês. Foi acima de tudo um pintor da vida
camponesa de sua região. Ergueu a bandeira do realismo contra a pintura literária ou de
imaginação. Criador da pintura social, mostrando temas que retratavam o cotidiano, as
classes sociais mais pobres e os trabalhadores do século XIX.
1856 – Madame Bovary – Gustave Flaubert (1821-1880)
Foi um escritor francês. Flaubert marcou a literatura pela profundidade de suas análises
psicológicas, seu senso de realidade, sua lucidez sobre o comportamento social, e pela força
de seu estilo em grandes romances, tais como Madame Bovary (1857) e A Educação
Sentimental (1869).
O NATURALISMO surgiu na França, entre 1867 e 1881, nos romances Therése Raquin e
Germinal, de Émile Zola, e se difundiu pelo Ocidente como forma agressiva de revelar a
sujeira da sociedade.
1867 - Therése Raquin e Germinal – Émile Zola ( 1840-1902)
Foi um escritor francês, considerado criador e representante mais expressivo do
NATURALISMO, além de uma importante figura libertária da França.
A obra “Enterro em Ornans”, também conhecida como “Um Funeral em Ornans” foi
pintada por Gustave Courbet no ano de 1849. É feita em óleo sobre tela, mede
668 cm de largura e 315 cm de altura. Encontra-se atualmente no Musée d'Orsay,
em Paris .
É considerada o marco inicial do REALISMO NA EUROPA. Gustave Courbet utiliza
uma tela de grande formato para retratar um tema trivial, no caso, o enterro de um
habitante da cidade de Ornans.
O formato panorâmico de “Enterro em Ornans” é realçado pela linha do horizonte e
desenhos das falésias. A multidão, um bloco impenetrável, parece achatada, sem
perspectiva. Para romper este efeito compacto, rostos e olhares possuem orientações
diversas.
Na obra surgem 46 figuras humanas, retratadas em tamanho natural. Gustave
Courbet representa três grupos distintos: mulheres, homens e eclesiásticos,
separados como se estivessem numa Igreja. O artista privilegia uma abordagem
naturalista dos personagens do quadro, sem qualquer esforço em embelezá-los.
Os trajes insólitos: próximo do cão, dois homens vestem trajes antigos – polainas,
meias longas azuis, chapéu de duas pontas. Estes trajes eram comuns no final do
século XVIII, ou seja, pelo menos cinquenta anos antes da realização desta obra.
Podem representar, para Gustave Courbet, uma citação a proclamação da Primeira
República Francesa, em 1793. Em 1848, um ano antes de “Enterro em Ornans”, a
Segunda República havia sido proclamada no país.
A sepultura aberta em primeiro plano é vista em diagonal, como se o observador da
pintura estivesse à esquerda da cova. Um crânio pode ser observado próximo do
buraco. Segundo a Bíblia, no momento da agonia do Cristo Crucificado, a terra
abriu-se, e o crânio de Adão, enterrado há milénios, reapareceu. Este elemento
pode também aludir à cena do cemitério em Hamlet, retratada por muitos pintores
do movimento romântico.
Não se sabe concretamente quem está a ser enterrado em Ornans. A hipótese mais
conhecida é que Gustave Courbet retrata o enterro de Claude Etienne Teste, seu tio
avô, falecido em 1848. Teste foi o primeiro homem a ser enterrado no cemitério novo
da cidade de Ornans. Quando indagado sobre a identidade do morto, Gustave
Courbet afirmava que “Enterro em Ornans” representava a morte do Romantismo.
Na obra é possível de se identificar 27 habitantes de Ornans.
1, possivelmente era um sapateiro, 2, um proprietário rural, 3, um
músico, 4, senhorio. Os números 5 e 6 são, respectivamente, um músico e um
sapateiro. O número 7 é um viticultor. Dois acólitos aparecem representados pelos
números 8 e 9.
O sacerdote 10, surge vestido com grande pompa para o funeral. O número 11 é um
produtor de vinho, enquanto que 12 é um sapateiro humilde. O agente funerário é o
número 13.
O número 14 é um juiz o 15 é o prefeito de Ornans, Prosper Teste. O número 16 é um
aposentado, o 17 a viúva, o 18 é um burguês, o 19 é um comerciante rico, o 20 um
advogado amigo de Courbet.
Os números 21 e 22 representam Revolucionários. O número 23 é a mãe do artista e
três irmãs estão representadas nos números 24, 25 e 26 . A menina na extremidade
direita da pintura é de uma sobrinha do artista, 27.
Os quebradores de pedra, Gustave Courbet
O BAR DO FOLIES BERGÈRE, EDOUARD MANET
No quadro do bar, Manet usa de um recurso antigo (o espelho) com uma perspectiva
diferenciada, porque procura criar um quadro dentro do próprio quadro, abrindo assim,
uma “segunda obra” que se relaciona intimamente com a primeira.
O espelho ocupa três quartos do fundo da tela e além de sua função espacial (mostrar o
salão e seus ocupantes) impõe uma noção temporal, centrada no olhar perdido da
balconista que nos observa e quando observamos o espelho vemos outro momento, a
balconista atendendo um cliente.
Sejam os ocupantes do salão ou mesmo o lustre que decora e ilumina o ambiente, em
ambos observamos o conjunto de pinceladas irregulares, que com massas de tinta, onde a
forma e a cor definem o elemento representado, guardando diferentes nuances, como o
rendilhado que a balconista usa sobre o colo ou a massa de cristais do lustre.
Do ponto de vista social, o espelho também segrega dois planos distintos: o trabalho da
balconista num espaço de lazer (o Folies Bergère era um cabaret em Paris), da qual ela é
naquele momento privada porque está trabalhando e seu olhar denota as agruras e
desgastes da função e por outro lado, estão presentes, dezenas de pessoas que podem
usufruir de momentos prazerosos de alegria, felicidade e descanso, ou seja, as dezenas de
pessoas que ocupam o salão.

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Realismo e Naturalismo na Europa

  • 1. Realismo e Naturalismo na Europa Olympia, 1863, Édouard Manet (1832-1883)
  • 2. O REALISMO foi um movimento artístico e literário surgido na Europa, nas últimas décadas do século XIX, mais especificamente na França, em reação ao Romantismo. Esse movimento cultural se estendeu pela Europa e outros continentes. 1850 – Enterro em Ornasn – Gustave Courbet (1819-1877) Foi um pintor francês pioneiro do estilo realista francês. Foi acima de tudo um pintor da vida camponesa de sua região. Ergueu a bandeira do realismo contra a pintura literária ou de imaginação. Criador da pintura social, mostrando temas que retratavam o cotidiano, as classes sociais mais pobres e os trabalhadores do século XIX. 1856 – Madame Bovary – Gustave Flaubert (1821-1880) Foi um escritor francês. Flaubert marcou a literatura pela profundidade de suas análises psicológicas, seu senso de realidade, sua lucidez sobre o comportamento social, e pela força de seu estilo em grandes romances, tais como Madame Bovary (1857) e A Educação Sentimental (1869). O NATURALISMO surgiu na França, entre 1867 e 1881, nos romances Therése Raquin e Germinal, de Émile Zola, e se difundiu pelo Ocidente como forma agressiva de revelar a sujeira da sociedade. 1867 - Therése Raquin e Germinal – Émile Zola ( 1840-1902) Foi um escritor francês, considerado criador e representante mais expressivo do NATURALISMO, além de uma importante figura libertária da França.
  • 3.
  • 4. A obra “Enterro em Ornans”, também conhecida como “Um Funeral em Ornans” foi pintada por Gustave Courbet no ano de 1849. É feita em óleo sobre tela, mede 668 cm de largura e 315 cm de altura. Encontra-se atualmente no Musée d'Orsay, em Paris . É considerada o marco inicial do REALISMO NA EUROPA. Gustave Courbet utiliza uma tela de grande formato para retratar um tema trivial, no caso, o enterro de um habitante da cidade de Ornans. O formato panorâmico de “Enterro em Ornans” é realçado pela linha do horizonte e desenhos das falésias. A multidão, um bloco impenetrável, parece achatada, sem perspectiva. Para romper este efeito compacto, rostos e olhares possuem orientações diversas.
  • 5. Na obra surgem 46 figuras humanas, retratadas em tamanho natural. Gustave Courbet representa três grupos distintos: mulheres, homens e eclesiásticos, separados como se estivessem numa Igreja. O artista privilegia uma abordagem naturalista dos personagens do quadro, sem qualquer esforço em embelezá-los. Os trajes insólitos: próximo do cão, dois homens vestem trajes antigos – polainas, meias longas azuis, chapéu de duas pontas. Estes trajes eram comuns no final do século XVIII, ou seja, pelo menos cinquenta anos antes da realização desta obra. Podem representar, para Gustave Courbet, uma citação a proclamação da Primeira República Francesa, em 1793. Em 1848, um ano antes de “Enterro em Ornans”, a Segunda República havia sido proclamada no país.
  • 6. A sepultura aberta em primeiro plano é vista em diagonal, como se o observador da pintura estivesse à esquerda da cova. Um crânio pode ser observado próximo do buraco. Segundo a Bíblia, no momento da agonia do Cristo Crucificado, a terra abriu-se, e o crânio de Adão, enterrado há milénios, reapareceu. Este elemento pode também aludir à cena do cemitério em Hamlet, retratada por muitos pintores do movimento romântico. Não se sabe concretamente quem está a ser enterrado em Ornans. A hipótese mais conhecida é que Gustave Courbet retrata o enterro de Claude Etienne Teste, seu tio avô, falecido em 1848. Teste foi o primeiro homem a ser enterrado no cemitério novo da cidade de Ornans. Quando indagado sobre a identidade do morto, Gustave Courbet afirmava que “Enterro em Ornans” representava a morte do Romantismo.
  • 7. Na obra é possível de se identificar 27 habitantes de Ornans. 1, possivelmente era um sapateiro, 2, um proprietário rural, 3, um músico, 4, senhorio. Os números 5 e 6 são, respectivamente, um músico e um sapateiro. O número 7 é um viticultor. Dois acólitos aparecem representados pelos números 8 e 9. O sacerdote 10, surge vestido com grande pompa para o funeral. O número 11 é um produtor de vinho, enquanto que 12 é um sapateiro humilde. O agente funerário é o número 13. O número 14 é um juiz o 15 é o prefeito de Ornans, Prosper Teste. O número 16 é um aposentado, o 17 a viúva, o 18 é um burguês, o 19 é um comerciante rico, o 20 um advogado amigo de Courbet. Os números 21 e 22 representam Revolucionários. O número 23 é a mãe do artista e três irmãs estão representadas nos números 24, 25 e 26 . A menina na extremidade direita da pintura é de uma sobrinha do artista, 27.
  • 8.
  • 9.
  • 10. Os quebradores de pedra, Gustave Courbet
  • 11.
  • 12.
  • 13.
  • 14. O BAR DO FOLIES BERGÈRE, EDOUARD MANET No quadro do bar, Manet usa de um recurso antigo (o espelho) com uma perspectiva diferenciada, porque procura criar um quadro dentro do próprio quadro, abrindo assim, uma “segunda obra” que se relaciona intimamente com a primeira. O espelho ocupa três quartos do fundo da tela e além de sua função espacial (mostrar o salão e seus ocupantes) impõe uma noção temporal, centrada no olhar perdido da balconista que nos observa e quando observamos o espelho vemos outro momento, a balconista atendendo um cliente. Sejam os ocupantes do salão ou mesmo o lustre que decora e ilumina o ambiente, em ambos observamos o conjunto de pinceladas irregulares, que com massas de tinta, onde a forma e a cor definem o elemento representado, guardando diferentes nuances, como o rendilhado que a balconista usa sobre o colo ou a massa de cristais do lustre. Do ponto de vista social, o espelho também segrega dois planos distintos: o trabalho da balconista num espaço de lazer (o Folies Bergère era um cabaret em Paris), da qual ela é naquele momento privada porque está trabalhando e seu olhar denota as agruras e desgastes da função e por outro lado, estão presentes, dezenas de pessoas que podem usufruir de momentos prazerosos de alegria, felicidade e descanso, ou seja, as dezenas de pessoas que ocupam o salão.