SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  4
Télécharger pour lire hors ligne
1
As propostas socialistas
de transformação revolucionária da
sociedade
Por Raul Silva
Na sociedade Oitocentista, no grupo dos assalariados, a classe operária era aquela que apresentava piores
condições de trabalho, situação a que muitos contemporâneos, de vários setores, se referiam como a
Questão Social. A vida dos operários - o proletariado -, aqueles que que viviam exclusivamente da venda
da sua força de trabalho, era marcada por longas jornadas de trabalho e baixos salários, e
encontravam-se numa condição social e económica inferior, oposta à da alta burguesia. Sujeitos às regras
do mercado e do trabalho, sem especialização, estavam à mercê do sistema capitalista. O facto de
constituírem mão de obra abundante obrigava a que se sujeitassem a condições de trabalho e a salários
de miséria.
As duras condições de trabalho e os baixos salários motivaram o descontentamento no seio do
operariado. Foi em consequência destes fatores que surgiram as associações mutualistas de operários,
destinadas a auxiliar os associados. A criação de associações, as Trade Unions ou sindicatos, que fizeram da
luta por melhores salários e melhores condições de trabalho o seu objetivo. Os patrões reagiram ao
movimento sindical, com despedimentos e interpondo ações legais nos tribunais contra os operários.
A defesa de uma sociedade mais justa e igualitária era comum aos que pensavam que o sistema
económico liberal e capitalista e a sociedade de classes, existentes no século XIX, eram geradoras de
profundas desigualdades sociais e económicas. O socialismo integrava os que criticavam o capitalismo e o
liberalismo individualista, que consideravam responsáveis pelas más condições de trabalho e de vida do
operariado. Defendiam a abolição da propriedade privada e o fim da exploração dos trabalhadores pelo
patronato. As várias propostas socialistas diferenciavam-se pelo modo como a transformação social
deveria ser concretizada.
CADERNODIÁRIO
EXTERNATO LUÍS DE
CAMÕES
N.º 12
https://
www.facebook.com/
historia.externato
http://
externatohistoria.blog
spot.pt
externatohistoria@gm
ail.com
23deFevereirode2015
2
CADERNODIÁRIO23deFevereirode2015
A condição
operária
e o modo de vida
Na sociedade Oitocentista, no grupo
dos assalariados, a classe operária ou
proletariado era a que apresentava
condições de trabalho mais
degradantes:
• longas jornadas de trabalho e baixos
salários; estava à mercê do sistema
capitalista e a situação do operariado
agravava-se durante as crises cíclicas
do capitalismo;
• o trabalho fabril foi alargado tanto às
mulheres como às crianças; a mão de
obra feminina e infantil era mais
barata fazendo o mesmo trabalho
dos homens, por baixos salários;
• os horários de trabalho
prolongavam-se entre as 12 e as 16
horas diárias, sem fins de semana,
feriados ou férias;
• as fábricas não tinham instalações
arejadas, condições de higiene e os
espaços eram insalubres, propícios ao
desenvolvimento de doenças e aos
acidentes; favoreciam a propagação
de doenças; em caso de acidentes, de
invalidez ou doença, o operário era
despedido.
As condições de vida do operariado
eram difíceis:
• má alimentação e subnutrição, nos
períodos de maior crise, agravadas
pela falta de condições de higiene;
• más condições de alojamento
(humidade, falta de luz, famílias
numerosas a viverem em espaços
reduzidos), contribuíram para a
propagação de doenças como a
cólera, o tifo e as doenças intestinais;
• havia elevada mortalidade, sobretudo
infantil, nos bairros operários;
• a degradação do modo de vida do
operariado era acentuada por
problemas sociais como o alcoolismo,
a criminalidade, a prostituição, a
violência e o analfabetismo.
A partir da segunda metade do século,
houve uma ligeira melhoria das
condições de trabalho e de vida do
operariado, em alguns países europeus,
proporcionada por:
• progressos técnicos associados à
industrialização que melhoraram as
condições das fábricas;
• desenvolvimento dos meios de
transporte que facilitaram a
emigração e a circulação da mão de
obra;
• promulgação de legislação social por
vários governos que contribuiu para
melhorar os salários e as condições de
trabalho do operariado.
Responder:
a) Caracterize a situação do
operariado do século XIX.
Pesquisar:
proletariado, trismo, raquitismo e
saturnismo
O operariado
e as condições de vida
Por Eugène Buret
“Cada grande cidade de Inglaterra tem
um verdadeiro gueto, um bairro
maldito onde a miséria é deixada ao
desprezo. Em Liverpool, que põe à
admiração do viajante ruas inteiras de
palácios, a parte inferior da população
apodrece nas caves; em Londres, a
maravilha da cidade pela elegância das
habitações e ruas, os pobres são
amontoados em cabanas infetas, que
ameaçam ruir, construídas em ruas
medonhas, desordenadas, com terra
coberta de imundices, sem ruas
planeadas, sem iluminação nem
pavimentação, e onde as águas,
saturadas de matérias vegetais e animais
em putrefação, apodrecem ao ar livre
(...). Um outro sinal menos repugnante,
mas mais revelador da miséria britânica
é o grande número de casas para
internar os pobres (...). Ainda que a
workhouse, não tenha aspeto de uma
prisão, não é senão um meio severo de
repressão e quase um instrumento de
punição (...). Em França como em
Inglaterra há uma miséria oficial, cuja
lei reconhece a existência, que procura
disciplinar (...). O governo aceita a
pobreza com um facto; administra-o
mais do que o combate.”
“Puxo vagões de carvão;
trabalho das seis da
manhã às seis da tarde.
Dão-me pão e manteiga,
mas nada para beber. (...)
Eu puxava esses vagões
quando estava grávida.
(...) Nos poços onde
trabalho, há seis
mulheres e meia dúzia de
rapazes e de garotas (...).
A cova é muito húmida e
a água cobre sempre os
nossos sapatos. (...)
Puxei esses vagões até
arrancar a pele; a correia
e a corrente são ainda
piores nas crianças.”
Relatório Parlamentar Inglês, 1842
Proletariado
Não tinham capital nem controlavam os meios
de produção e, por isso, dependiam para
sobreviver da venda da sua força de trabalho
em troca de um salário.
3
A melhoria das condições da classe operária foi o
resultado de uma luta constante para obter o
reconhecimento e a consagração legislativa de
direitos:
• surgiram as associações mutualistas de
operários;
• a partir de 1824, na Inglaterra, o direito de
associação foi reconhecido, o que abriu
caminho ao surgimento de associações, as Trade
Unions ou sindicatos;
• o sindicalismo tornou-se a base do movimento
operário e fez das manifestações e da greve
formas de luta para pressionar os patrões a
reconhecer os direitos dos trabalhadores.
O movimento operário, através dos sindicatos,
lutou pela estabilidade do emprego; por melhores
condições de vida; pelo aumento dos salários, por
melhores condições de higiene e de segurança no
trabalho e pela regulamentação do horário de
trabalho.
O movimento operário acabou por ganhar
dimensão internacional apoiado no sindicalismo e
numa nova consciência social e política:
• no sentido de adquirir uma maior coesão e
capacidade reivindicativa, os operários
reuniram-se na I Internacional Operária;
• o alargamento do direito de voto contribuiu
para concretizar algumas aspirações do
movimento operário;
• a sensibilidade face às degradantes condições de
trabalho e de vida dos operários levou o papa
Leão XIII a condenar os excessos do
capitalismo e a apelar à criação de associações
de operários como forma de superar as questões
entre o patronato e os trabalhadores.
“O grande acontecimento da semana
é a formidável insurreição operária
que rebentou nos Estados Unidos. As
companhias de caminhos de ferro
reduziram os salários dos
empregados e aumentaram duas
horas de trabalho por dia. Isto
originou uma greve. As companhias
recrutaram novo pessoal, mas os
grevistas atacaram estes intrusos,
espancaram a polícia e, finalmente,
resistiram à Guarda Nacional. O
movimento espalhou-se então como
fogo em restolho (...) esteve-se em
véspera de uma temerosa guerra civil
(...). Ora a crise prolongada dos
negócios, na América, tem dado a
esta população dias prolongados de
miséria; e já há tempos se notava nela
uma funda e crescente irritação. O
sentimento que domina é uma espécie
de cólera bruta contra uma sociedade
rica, onde eles são mendigos (...).”
Eça de Queirós, 1877
Responder:
a) Refira as características do movimento
operário e do sindicalismo.
b) Destaque o papel dos sindicatos na
melhoria das condições de trabalho.
Associativismo e sindicalismo
e a conquista de direitos
CADERNODIÁRIO23deFevereirode2015
Movimento operário
Designa a luta da
classe operária,
mediante a
organização dos
trabalhadores, tendo
em vista a melhoria
das condições de
trabalho e de vida,
bem como a defesa
dos seus direitos. O
movimento operário
estruturou-se, a partir
de meados do século
XIX, pela via sindical.
4
CADERNODIÁRIO23deFevereirode2015
O Manifesto Comunista
e a revolução do
operariado
Por Karl Marx e Friedrich Engels
“A história de todas as sociedades até ao
momento é a história da luta de classes.
Homem livre e escravo, patrício e
plebeu, senhor e servo, patrão e
assalariado, em resumo, opressor e
oprimido, envolveram-se numa luta
ininterrupta. (...) Não são apenas
escravos da classe burguesa, do Estado
burguês: dia a dia, hora a hora, são
convertidos em escravo da máquina (...).
O que há são apenas instrumentos de
trabalho que, segundo a idade e o sexo,
têm custos diferentes. (...) Os
comunistas fazem prevalecer os
interesses comuns de todo o
proletariado, independentemente da
nacionalidade e pelo facto de que,
representam sempre o interesse do
movimento como um todo. (...) Ficam
horrorizados por querermos abolir a
propriedade privada, mas na vossa
sociedade ela está vedada a nove
décimos dos seus membros. (...) Os
comunistas rejeitam disfarçar as suas
convicções e objetivos. Declaram que os
seus propósitos só podem ser
alcançados quando toda a ordem social
vigente for violentamente derrubada.”
As propostas
socialistas
e a transformação
revolucionária da
sociedade
Os problemas sociais e económicos das
classes trabalhadoras e o movimento
sindicalista, inspiraram novas propostas
de transformação da sociedade que
tinham o intuito de operar uma
modificação na sociedade:
• essas propostas integram-se no
socialismo, ideologia que surgiu no
século XIX, que criticava o
capitalismo e o liberalismo
individualista, responsáveis pelas más
condições de trabalho e de vida do
operariado;
• defendiam a abolição da
propriedade privada e a sua
apropriação pelo Estado ou pelo
proletariado, pondo fim à exploração
e subjugação dos trabalhadores pelo
patronato;
• as primeiras propostas socialistas, o
socialismo utópico, pretendiam criar
comunidades ideais, assentes em
novos modelos de organização da
sociedade, sem defenderem a
apropriação do Estado por parte das
classes trabalhadoras.
Ao socialismo utópico, visão pouco
realista do mundo, contrapôs-se uma
nova forma de pensamento sobre a
sociedade e a sua transformação: o
socialismo científico. Karl Marx e
Friedrich Engels expuseram os
princípios da teoria marxista:
• teoria económica e política que
centrava a transformação da
sociedade na luta de classes e na
revolução que levaria o proletariado
ao poder e ao controlo dos meios de
produção;
• defendia que o desenvolvimento da
sociedade era determinado por um
sucessão de modos de produção e que
a passagem de um modo de produção
a outro assentava na luta de classes;
• apelava à união mundial dos
operários, ou seja, à
internacionalização do movimento
sindical e operário, baseado na
solidariedade de classe entre os
trabalhadores;
• considerava que as sociedades
contemporâneas eram marcadas pela
oposição entre a classe capitalista - a
burguesia - e a classe trabalhadora - o
proletariado;
• defendia que a passagem para um
novo estádio na evolução da
sociedade implicava a abolição da
propriedade privada e do lucro;
• propunha a ditadura do proletariado
como uma etapa intermédia na
construção do comunismo;
• o capitalismo era substituído pelo
comunismo marcado por uma
sociedade sem classes, na qual os
meios de produção estavam nas mãos
dos trabalhadores e o próprio Estado
deixava de ser necessário.
Responder:
a) Refira os princípios ideológicos
do marxismo.
“O socialismo, tão antigo
como a injustiça e a
opressão do pobre pelo
rico, do desvalido pelo
poderoso, não é mais do
que o protesto dos que
sofrem, contra a
organização viciosa que
os faz sofrer. É a
reclamação da justiça e
da igualdade nas
relações dos homens. (...)
O povo, depois de iludido
durante centenas de
anos por falsas
promessas (...)
convenceu-se (...) da sua
virtude e da sua união.”
Antero de Quental, 1871
Marxismo
Teoria económica e política que assentava na
sucessão dos modos de produção através da
luta de classes. Defendia a tomada do poder
pelo operariado e uma sociedade comunista,
marcada pela inexistência de classes.

Contenu connexe

Tendances

A crise financeira de 1880-90
A crise financeira de 1880-90A crise financeira de 1880-90
A crise financeira de 1880-90
BarbaraSilveira9
 
C3 portugal na segunda metade do século xix (1ª parte)
C3   portugal na segunda metade do século xix (1ª parte)C3   portugal na segunda metade do século xix (1ª parte)
C3 portugal na segunda metade do século xix (1ª parte)
Carlos Vaz
 
A sociedade industrial e urbana parte 1
A sociedade industrial e urbana   parte 1A sociedade industrial e urbana   parte 1
A sociedade industrial e urbana parte 1
cattonia
 
Euforia das Invenções
Euforia das InvençõesEuforia das Invenções
Euforia das Invenções
Michele Pó
 
Da Queda Da Monarquia à ImplantaçãO Da RepúBlica ~ ApresentaçãO De Slides
Da Queda Da Monarquia à ImplantaçãO Da RepúBlica ~ ApresentaçãO De SlidesDa Queda Da Monarquia à ImplantaçãO Da RepúBlica ~ ApresentaçãO De Slides
Da Queda Da Monarquia à ImplantaçãO Da RepúBlica ~ ApresentaçãO De Slides
oliviaguerra
 
A Integração Dos Povos No Império Romano
A Integração Dos Povos No Império RomanoA Integração Dos Povos No Império Romano
A Integração Dos Povos No Império Romano
Mariana Neves
 
A ascensão da Europa
A ascensão da EuropaA ascensão da Europa
A ascensão da Europa
pcsanto
 
O projeto pombalino de inspiração iluminista
O projeto pombalino de inspiração iluministaO projeto pombalino de inspiração iluminista
O projeto pombalino de inspiração iluminista
Joana Filipa Rodrigues
 
Expansão da revolução industrial
Expansão da revolução industrialExpansão da revolução industrial
Expansão da revolução industrial
maria40
 

Tendances (20)

A crise financeira de 1880-90
A crise financeira de 1880-90A crise financeira de 1880-90
A crise financeira de 1880-90
 
7 01 parte_1_as_transformações_das_primeiras_décadas_do_século_xx
7 01 parte_1_as_transformações_das_primeiras_décadas_do_século_xx7 01 parte_1_as_transformações_das_primeiras_décadas_do_século_xx
7 01 parte_1_as_transformações_das_primeiras_décadas_do_século_xx
 
Sociedade do séc.XIX
Sociedade do séc.XIXSociedade do séc.XIX
Sociedade do séc.XIX
 
C3 portugal na segunda metade do século xix (1ª parte)
C3   portugal na segunda metade do século xix (1ª parte)C3   portugal na segunda metade do século xix (1ª parte)
C3 portugal na segunda metade do século xix (1ª parte)
 
A sociedade industrial e urbana parte 1
A sociedade industrial e urbana   parte 1A sociedade industrial e urbana   parte 1
A sociedade industrial e urbana parte 1
 
Euforia das Invenções
Euforia das InvençõesEuforia das Invenções
Euforia das Invenções
 
Da Queda Da Monarquia à ImplantaçãO Da RepúBlica ~ ApresentaçãO De Slides
Da Queda Da Monarquia à ImplantaçãO Da RepúBlica ~ ApresentaçãO De SlidesDa Queda Da Monarquia à ImplantaçãO Da RepúBlica ~ ApresentaçãO De Slides
Da Queda Da Monarquia à ImplantaçãO Da RepúBlica ~ ApresentaçãO De Slides
 
Portugal no primeiro pós-guerra.
Portugal no primeiro pós-guerra.Portugal no primeiro pós-guerra.
Portugal no primeiro pós-guerra.
 
Aula 8
Aula 8Aula 8
Aula 8
 
Antecedentes da 1ª Guerra Mundial
Antecedentes da 1ª Guerra Mundial Antecedentes da 1ª Guerra Mundial
Antecedentes da 1ª Guerra Mundial
 
7.1.3 a regressão do demoliberalismo
7.1.3 a regressão do demoliberalismo7.1.3 a regressão do demoliberalismo
7.1.3 a regressão do demoliberalismo
 
A Integração Dos Povos No Império Romano
A Integração Dos Povos No Império RomanoA Integração Dos Povos No Império Romano
A Integração Dos Povos No Império Romano
 
6 04 portugal uma sociedade capitalista dependente
6 04 portugal uma sociedade capitalista dependente6 04 portugal uma sociedade capitalista dependente
6 04 portugal uma sociedade capitalista dependente
 
00 05 revisoes_modulo_5
00 05 revisoes_modulo_500 05 revisoes_modulo_5
00 05 revisoes_modulo_5
 
7 01 as transformações das primeiras décadas do século xx blogue
7 01 as transformações das primeiras décadas do século xx blogue7 01 as transformações das primeiras décadas do século xx blogue
7 01 as transformações das primeiras décadas do século xx blogue
 
6 01 as transformações economicas na europa e no mundo_alunos
6 01 as transformações economicas na europa e no mundo_alunos6 01 as transformações economicas na europa e no mundo_alunos
6 01 as transformações economicas na europa e no mundo_alunos
 
00 3 preparação_exame_nacional_2017
00 3 preparação_exame_nacional_201700 3 preparação_exame_nacional_2017
00 3 preparação_exame_nacional_2017
 
A ascensão da Europa
A ascensão da EuropaA ascensão da Europa
A ascensão da Europa
 
O projeto pombalino de inspiração iluminista
O projeto pombalino de inspiração iluministaO projeto pombalino de inspiração iluminista
O projeto pombalino de inspiração iluminista
 
Expansão da revolução industrial
Expansão da revolução industrialExpansão da revolução industrial
Expansão da revolução industrial
 

En vedette

Caderno diário os loucos anos 20 n.º 17 1415
Caderno diário os loucos anos 20 n.º 17 1415Caderno diário os loucos anos 20 n.º 17 1415
Caderno diário os loucos anos 20 n.º 17 1415
Laboratório de História
 
Caderno Diário Portugal e o Estado Novo n.º 20 1415
Caderno Diário Portugal e o Estado Novo n.º 20 1415Caderno Diário Portugal e o Estado Novo n.º 20 1415
Caderno Diário Portugal e o Estado Novo n.º 20 1415
Laboratório de História
 
Caderno diário as opções totalitárias n.º 19 1415
Caderno diário as opções totalitárias n.º 19 1415Caderno diário as opções totalitárias n.º 19 1415
Caderno diário as opções totalitárias n.º 19 1415
Laboratório de História
 
Apresentação Portugal coordenadas económicas e demográficas
Apresentação Portugal coordenadas económicas e demográficasApresentação Portugal coordenadas económicas e demográficas
Apresentação Portugal coordenadas económicas e demográficas
Laboratório de História
 
Caderno Diário Roma 1213
Caderno Diário Roma 1213Caderno Diário Roma 1213
Caderno Diário Roma 1213
Escoladocs
 
Caderno diário As Transformações Económicas na Europa e no Mundo n.º10 1415
Caderno diário As Transformações Económicas na Europa e no Mundo n.º10 1415Caderno diário As Transformações Económicas na Europa e no Mundo n.º10 1415
Caderno diário As Transformações Económicas na Europa e no Mundo n.º10 1415
Laboratório de História
 
Caderno Diário Imobilismo político e crescimento político do pós guerra a 1974
Caderno Diário Imobilismo político e crescimento político do pós guerra a 1974Caderno Diário Imobilismo político e crescimento político do pós guerra a 1974
Caderno Diário Imobilismo político e crescimento político do pós guerra a 1974
Laboratório de História
 

En vedette (20)

Caderno diário os loucos anos 20 n.º 17 1415
Caderno diário os loucos anos 20 n.º 17 1415Caderno diário os loucos anos 20 n.º 17 1415
Caderno diário os loucos anos 20 n.º 17 1415
 
Caderno Diário A revolução russa e o marxismo leninismo n.º 16 1415
Caderno Diário A revolução russa e o marxismo leninismo n.º 16 1415Caderno Diário A revolução russa e o marxismo leninismo n.º 16 1415
Caderno Diário A revolução russa e o marxismo leninismo n.º 16 1415
 
Caderno diário a grande depressão 1314
Caderno diário a grande depressão 1314Caderno diário a grande depressão 1314
Caderno diário a grande depressão 1314
 
Caderno diário marxismo leninismo
Caderno diário marxismo leninismoCaderno diário marxismo leninismo
Caderno diário marxismo leninismo
 
Caderno Diário Portugal e o Estado Novo n.º 20 1415
Caderno Diário Portugal e o Estado Novo n.º 20 1415Caderno Diário Portugal e o Estado Novo n.º 20 1415
Caderno Diário Portugal e o Estado Novo n.º 20 1415
 
Caderno diário as opções totalitárias n.º 19 1415
Caderno diário as opções totalitárias n.º 19 1415Caderno diário as opções totalitárias n.º 19 1415
Caderno diário as opções totalitárias n.º 19 1415
 
Apresentação Portugal coordenadas económicas e demográficas
Apresentação Portugal coordenadas económicas e demográficasApresentação Portugal coordenadas económicas e demográficas
Apresentação Portugal coordenadas económicas e demográficas
 
Caderno Diário Portugal e o Estado Novo
Caderno Diário Portugal e o Estado NovoCaderno Diário Portugal e o Estado Novo
Caderno Diário Portugal e o Estado Novo
 
Caderno Diário A Primeira Guerra Mundial e as transformações do pós-guerra n...
Caderno Diário A Primeira Guerra Mundial e as transformações do pós-guerra n...Caderno Diário A Primeira Guerra Mundial e as transformações do pós-guerra n...
Caderno Diário A Primeira Guerra Mundial e as transformações do pós-guerra n...
 
Caderno Diário Roma 1213
Caderno Diário Roma 1213Caderno Diário Roma 1213
Caderno Diário Roma 1213
 
Caderno diário As Transformações Económicas na Europa e no Mundo n.º10 1415
Caderno diário As Transformações Económicas na Europa e no Mundo n.º10 1415Caderno diário As Transformações Económicas na Europa e no Mundo n.º10 1415
Caderno diário As Transformações Económicas na Europa e no Mundo n.º10 1415
 
Caderno diário marxismo leninismo
Caderno diário marxismo leninismoCaderno diário marxismo leninismo
Caderno diário marxismo leninismo
 
Caderno diário os loucos anos 20
Caderno diário os loucos anos 20Caderno diário os loucos anos 20
Caderno diário os loucos anos 20
 
O Associativismo e Sindicalismo
O Associativismo e SindicalismoO Associativismo e Sindicalismo
O Associativismo e Sindicalismo
 
Caderno Diário 1ª guerra mundial
Caderno Diário 1ª guerra mundialCaderno Diário 1ª guerra mundial
Caderno Diário 1ª guerra mundial
 
Guia de estudo n.º3 A Europa nos séculos XIII e XIV 1516
Guia de estudo n.º3 A Europa nos séculos XIII e XIV 1516Guia de estudo n.º3 A Europa nos séculos XIII e XIV 1516
Guia de estudo n.º3 A Europa nos séculos XIII e XIV 1516
 
Caderno Diário Imobilismo político e crescimento político do pós guerra a 1974
Caderno Diário Imobilismo político e crescimento político do pós guerra a 1974Caderno Diário Imobilismo político e crescimento político do pós guerra a 1974
Caderno Diário Imobilismo político e crescimento político do pós guerra a 1974
 
8 02 portugal do autoritarismo à democracia alunos
8 02 portugal do autoritarismo à democracia alunos8 02 portugal do autoritarismo à democracia alunos
8 02 portugal do autoritarismo à democracia alunos
 
A Construção do Estado Novo
A Construção do Estado NovoA Construção do Estado Novo
A Construção do Estado Novo
 
Portugal: Do Autoritarismo a Democracia
Portugal: Do Autoritarismo a DemocraciaPortugal: Do Autoritarismo a Democracia
Portugal: Do Autoritarismo a Democracia
 

Similaire à Caderno diário As propostas socialistas n.º12 1415

Mundo industrializado no século xix
Mundo industrializado no século xixMundo industrializado no século xix
Mundo industrializado no século xix
maria40
 
Trabalho de historia
Trabalho de historiaTrabalho de historia
Trabalho de historia
eb23ja
 
VIDEO- AULA 9º ANOS REVISÃO ILUMINISMO E DOUTRINAS SOCIAIS DO SÉCULO XIX
VIDEO- AULA 9º ANOS  REVISÃO ILUMINISMO E DOUTRINAS SOCIAIS DO SÉCULO XIXVIDEO- AULA 9º ANOS  REVISÃO ILUMINISMO E DOUTRINAS SOCIAIS DO SÉCULO XIX
VIDEO- AULA 9º ANOS REVISÃO ILUMINISMO E DOUTRINAS SOCIAIS DO SÉCULO XIX
Márcia Diniz
 
O mundo industrializado no século xix
O mundo industrializado no século xixO mundo industrializado no século xix
O mundo industrializado no século xix
maria40
 
Jr e jt 8º.a
Jr e jt 8º.aJr e jt 8º.a
Jr e jt 8º.a
eb23ja
 
Jr e jt 8º.a
Jr e jt 8º.aJr e jt 8º.a
Jr e jt 8º.a
eb23ja
 

Similaire à Caderno diário As propostas socialistas n.º12 1415 (20)

Mundo industrializado no século xix
Mundo industrializado no século xixMundo industrializado no século xix
Mundo industrializado no século xix
 
Capitalismo
CapitalismoCapitalismo
Capitalismo
 
Doutrinas sociais
Doutrinas sociaisDoutrinas sociais
Doutrinas sociais
 
Antagonismos sociais no_seculo_xix
Antagonismos sociais no_seculo_xixAntagonismos sociais no_seculo_xix
Antagonismos sociais no_seculo_xix
 
Tcc
TccTcc
Tcc
 
Trabalho de historia
Trabalho de historiaTrabalho de historia
Trabalho de historia
 
Aula 11 rev. industrial e socialismo
Aula 11   rev. industrial e socialismoAula 11   rev. industrial e socialismo
Aula 11 rev. industrial e socialismo
 
PP_O TRAB, EVOLUÇÃO E ESTATUTO OCIDENTE.pptx
PP_O TRAB, EVOLUÇÃO E ESTATUTO OCIDENTE.pptxPP_O TRAB, EVOLUÇÃO E ESTATUTO OCIDENTE.pptx
PP_O TRAB, EVOLUÇÃO E ESTATUTO OCIDENTE.pptx
 
Serviço Social : Surgimento e Institucionalização no Brasil
Serviço Social : Surgimento e Institucionalização no BrasilServiço Social : Surgimento e Institucionalização no Brasil
Serviço Social : Surgimento e Institucionalização no Brasil
 
VIDEO- AULA 9º ANOS REVISÃO ILUMINISMO E DOUTRINAS SOCIAIS DO SÉCULO XIX
VIDEO- AULA 9º ANOS  REVISÃO ILUMINISMO E DOUTRINAS SOCIAIS DO SÉCULO XIXVIDEO- AULA 9º ANOS  REVISÃO ILUMINISMO E DOUTRINAS SOCIAIS DO SÉCULO XIX
VIDEO- AULA 9º ANOS REVISÃO ILUMINISMO E DOUTRINAS SOCIAIS DO SÉCULO XIX
 
Revolução Industrial (Inglaterra, século XVIII).ppt
Revolução Industrial (Inglaterra, século XVIII).pptRevolução Industrial (Inglaterra, século XVIII).ppt
Revolução Industrial (Inglaterra, século XVIII).ppt
 
O movimento operário
O movimento operárioO movimento operário
O movimento operário
 
4 o mundo industrializado no século xix
4   o mundo industrializado no século xix4   o mundo industrializado no século xix
4 o mundo industrializado no século xix
 
A evolução do operariado
A evolução do operariadoA evolução do operariado
A evolução do operariado
 
A evolução do operariado
A evolução do operariadoA evolução do operariado
A evolução do operariado
 
O mundo industrializado no século xix
O mundo industrializado no século xixO mundo industrializado no século xix
O mundo industrializado no século xix
 
Revolução industrial
Revolução industrialRevolução industrial
Revolução industrial
 
Jr e jt 8º.a
Jr e jt 8º.aJr e jt 8º.a
Jr e jt 8º.a
 
Jr e jt 8º.a
Jr e jt 8º.aJr e jt 8º.a
Jr e jt 8º.a
 
Aula revolução industrial
Aula revolução industrialAula revolução industrial
Aula revolução industrial
 

Plus de Laboratório de História

Caderno diário a grande depressão n.º 18 1415
Caderno diário a grande depressão n.º 18 1415Caderno diário a grande depressão n.º 18 1415
Caderno diário a grande depressão n.º 18 1415
Laboratório de História
 
Caderno diário O Liberalismo em Portugal n.º9 1415
Caderno diário O Liberalismo em Portugal n.º9 1415Caderno diário O Liberalismo em Portugal n.º9 1415
Caderno diário O Liberalismo em Portugal n.º9 1415
Laboratório de História
 
Apresentação A Revolução Francesa 1415
Apresentação A Revolução Francesa 1415Apresentação A Revolução Francesa 1415
Apresentação A Revolução Francesa 1415
Laboratório de História
 
Caderno diário A Revolução Francesa n.º8 1415
Caderno diário A Revolução Francesa n.º8 1415Caderno diário A Revolução Francesa n.º8 1415
Caderno diário A Revolução Francesa n.º8 1415
Laboratório de História
 
Caderno diário A Filosofia das Luzes n.º7 1415
Caderno diário A Filosofia das Luzes n.º7 1415Caderno diário A Filosofia das Luzes n.º7 1415
Caderno diário A Filosofia das Luzes n.º7 1415
Laboratório de História
 
Apresentação Portugal Coordenadas Económicas e Demográficas
Apresentação Portugal Coordenadas Económicas e DemográficasApresentação Portugal Coordenadas Económicas e Demográficas
Apresentação Portugal Coordenadas Económicas e Demográficas
Laboratório de História
 

Plus de Laboratório de História (20)

Apresentação n.º3 A Europa nos séculos XIII a XIV 1516
Apresentação n.º3 A Europa nos séculos XIII a XIV 1516Apresentação n.º3 A Europa nos séculos XIII a XIV 1516
Apresentação n.º3 A Europa nos séculos XIII a XIV 1516
 
Apresentação n.º 2 O Modelo Romano
Apresentação n.º 2 O Modelo RomanoApresentação n.º 2 O Modelo Romano
Apresentação n.º 2 O Modelo Romano
 
Guia de estudo n.º 2 O Modelo Romano
Guia de estudo n.º 2 O Modelo RomanoGuia de estudo n.º 2 O Modelo Romano
Guia de estudo n.º 2 O Modelo Romano
 
Guia de estudo n.º 1 O Modelo Ateniense
Guia de estudo n.º 1 O Modelo AtenienseGuia de estudo n.º 1 O Modelo Ateniense
Guia de estudo n.º 1 O Modelo Ateniense
 
Apresentação n.º 1 O Modelo Ateniense
Apresentação n.º 1 O Modelo AtenienseApresentação n.º 1 O Modelo Ateniense
Apresentação n.º 1 O Modelo Ateniense
 
Caderno diário a grande depressão n.º 18 1415
Caderno diário a grande depressão n.º 18 1415Caderno diário a grande depressão n.º 18 1415
Caderno diário a grande depressão n.º 18 1415
 
Caderno diário O Liberalismo em Portugal n.º9 1415
Caderno diário O Liberalismo em Portugal n.º9 1415Caderno diário O Liberalismo em Portugal n.º9 1415
Caderno diário O Liberalismo em Portugal n.º9 1415
 
Apresentação A Revolução Francesa 1415
Apresentação A Revolução Francesa 1415Apresentação A Revolução Francesa 1415
Apresentação A Revolução Francesa 1415
 
Caderno diário A Revolução Francesa n.º8 1415
Caderno diário A Revolução Francesa n.º8 1415Caderno diário A Revolução Francesa n.º8 1415
Caderno diário A Revolução Francesa n.º8 1415
 
Apresentação A Filosofia das Luzes 1415
Apresentação A Filosofia das Luzes 1415Apresentação A Filosofia das Luzes 1415
Apresentação A Filosofia das Luzes 1415
 
Caderno diário A Filosofia das Luzes n.º7 1415
Caderno diário A Filosofia das Luzes n.º7 1415Caderno diário A Filosofia das Luzes n.º7 1415
Caderno diário A Filosofia das Luzes n.º7 1415
 
Apresentação O Absolutismo 1415
Apresentação O Absolutismo 1415Apresentação O Absolutismo 1415
Apresentação O Absolutismo 1415
 
Caderno diário O Absolutismo n.º6 1415
Caderno diário O Absolutismo n.º6 1415Caderno diário O Absolutismo n.º6 1415
Caderno diário O Absolutismo n.º6 1415
 
Apresentação A Sociedade de Ordens 1415
Apresentação A Sociedade de Ordens 1415Apresentação A Sociedade de Ordens 1415
Apresentação A Sociedade de Ordens 1415
 
Guia de estudo o modelo romano 1415
Guia de estudo o modelo romano 1415Guia de estudo o modelo romano 1415
Guia de estudo o modelo romano 1415
 
O modelo romano 1415
O modelo romano 1415O modelo romano 1415
O modelo romano 1415
 
Apresentação O modelo ateniense
Apresentação O modelo atenienseApresentação O modelo ateniense
Apresentação O modelo ateniense
 
Caderno Diário O modelo ateniense
Caderno Diário O modelo atenienseCaderno Diário O modelo ateniense
Caderno Diário O modelo ateniense
 
Apresentação Portugal Coordenadas Económicas e Demográficas
Apresentação Portugal Coordenadas Económicas e DemográficasApresentação Portugal Coordenadas Económicas e Demográficas
Apresentação Portugal Coordenadas Económicas e Demográficas
 
Apresentação O Estado Novo
Apresentação O Estado NovoApresentação O Estado Novo
Apresentação O Estado Novo
 

Dernier

Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticaSlide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
sh5kpmr7w7
 
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
marlene54545
 
QUIZ ensino fundamental 8º ano revisão geral
QUIZ ensino fundamental 8º ano revisão geralQUIZ ensino fundamental 8º ano revisão geral
QUIZ ensino fundamental 8º ano revisão geral
AntonioVieira539017
 
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
azulassessoria9
 
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
PatriciaCaetano18
 

Dernier (20)

Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
 
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptxMonoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
 
Cópia de AULA 2- ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS - LÍNGUA PORTUGUESA.pptx
Cópia de AULA 2- ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS - LÍNGUA PORTUGUESA.pptxCópia de AULA 2- ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS - LÍNGUA PORTUGUESA.pptx
Cópia de AULA 2- ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS - LÍNGUA PORTUGUESA.pptx
 
APRESENTAÇÃO - BEHAVIORISMO - TEORIA DA APRENDIZAGEM.pdf
APRESENTAÇÃO - BEHAVIORISMO - TEORIA DA APRENDIZAGEM.pdfAPRESENTAÇÃO - BEHAVIORISMO - TEORIA DA APRENDIZAGEM.pdf
APRESENTAÇÃO - BEHAVIORISMO - TEORIA DA APRENDIZAGEM.pdf
 
Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...
Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...
Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...
 
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
 
Aula prática JOGO-Regencia-Verbal-e-Nominal.pdf
Aula prática JOGO-Regencia-Verbal-e-Nominal.pdfAula prática JOGO-Regencia-Verbal-e-Nominal.pdf
Aula prática JOGO-Regencia-Verbal-e-Nominal.pdf
 
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
 
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptxEducação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
 
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticaSlide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
 
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptxPlano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
 
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
 
QUIZ ensino fundamental 8º ano revisão geral
QUIZ ensino fundamental 8º ano revisão geralQUIZ ensino fundamental 8º ano revisão geral
QUIZ ensino fundamental 8º ano revisão geral
 
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretaçãoLENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
 
classe gramatical Substantivo apresentação..pptx
classe gramatical Substantivo apresentação..pptxclasse gramatical Substantivo apresentação..pptx
classe gramatical Substantivo apresentação..pptx
 
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
 
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
 
Poesiamodernismo fase dois. 1930 prosa e poesiapptx
Poesiamodernismo fase dois. 1930 prosa e poesiapptxPoesiamodernismo fase dois. 1930 prosa e poesiapptx
Poesiamodernismo fase dois. 1930 prosa e poesiapptx
 
Renascimento Cultural na Idade Moderna PDF
Renascimento Cultural na Idade Moderna PDFRenascimento Cultural na Idade Moderna PDF
Renascimento Cultural na Idade Moderna PDF
 
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
 

Caderno diário As propostas socialistas n.º12 1415

  • 1. 1 As propostas socialistas de transformação revolucionária da sociedade Por Raul Silva Na sociedade Oitocentista, no grupo dos assalariados, a classe operária era aquela que apresentava piores condições de trabalho, situação a que muitos contemporâneos, de vários setores, se referiam como a Questão Social. A vida dos operários - o proletariado -, aqueles que que viviam exclusivamente da venda da sua força de trabalho, era marcada por longas jornadas de trabalho e baixos salários, e encontravam-se numa condição social e económica inferior, oposta à da alta burguesia. Sujeitos às regras do mercado e do trabalho, sem especialização, estavam à mercê do sistema capitalista. O facto de constituírem mão de obra abundante obrigava a que se sujeitassem a condições de trabalho e a salários de miséria. As duras condições de trabalho e os baixos salários motivaram o descontentamento no seio do operariado. Foi em consequência destes fatores que surgiram as associações mutualistas de operários, destinadas a auxiliar os associados. A criação de associações, as Trade Unions ou sindicatos, que fizeram da luta por melhores salários e melhores condições de trabalho o seu objetivo. Os patrões reagiram ao movimento sindical, com despedimentos e interpondo ações legais nos tribunais contra os operários. A defesa de uma sociedade mais justa e igualitária era comum aos que pensavam que o sistema económico liberal e capitalista e a sociedade de classes, existentes no século XIX, eram geradoras de profundas desigualdades sociais e económicas. O socialismo integrava os que criticavam o capitalismo e o liberalismo individualista, que consideravam responsáveis pelas más condições de trabalho e de vida do operariado. Defendiam a abolição da propriedade privada e o fim da exploração dos trabalhadores pelo patronato. As várias propostas socialistas diferenciavam-se pelo modo como a transformação social deveria ser concretizada. CADERNODIÁRIO EXTERNATO LUÍS DE CAMÕES N.º 12 https:// www.facebook.com/ historia.externato http:// externatohistoria.blog spot.pt externatohistoria@gm ail.com 23deFevereirode2015
  • 2. 2 CADERNODIÁRIO23deFevereirode2015 A condição operária e o modo de vida Na sociedade Oitocentista, no grupo dos assalariados, a classe operária ou proletariado era a que apresentava condições de trabalho mais degradantes: • longas jornadas de trabalho e baixos salários; estava à mercê do sistema capitalista e a situação do operariado agravava-se durante as crises cíclicas do capitalismo; • o trabalho fabril foi alargado tanto às mulheres como às crianças; a mão de obra feminina e infantil era mais barata fazendo o mesmo trabalho dos homens, por baixos salários; • os horários de trabalho prolongavam-se entre as 12 e as 16 horas diárias, sem fins de semana, feriados ou férias; • as fábricas não tinham instalações arejadas, condições de higiene e os espaços eram insalubres, propícios ao desenvolvimento de doenças e aos acidentes; favoreciam a propagação de doenças; em caso de acidentes, de invalidez ou doença, o operário era despedido. As condições de vida do operariado eram difíceis: • má alimentação e subnutrição, nos períodos de maior crise, agravadas pela falta de condições de higiene; • más condições de alojamento (humidade, falta de luz, famílias numerosas a viverem em espaços reduzidos), contribuíram para a propagação de doenças como a cólera, o tifo e as doenças intestinais; • havia elevada mortalidade, sobretudo infantil, nos bairros operários; • a degradação do modo de vida do operariado era acentuada por problemas sociais como o alcoolismo, a criminalidade, a prostituição, a violência e o analfabetismo. A partir da segunda metade do século, houve uma ligeira melhoria das condições de trabalho e de vida do operariado, em alguns países europeus, proporcionada por: • progressos técnicos associados à industrialização que melhoraram as condições das fábricas; • desenvolvimento dos meios de transporte que facilitaram a emigração e a circulação da mão de obra; • promulgação de legislação social por vários governos que contribuiu para melhorar os salários e as condições de trabalho do operariado. Responder: a) Caracterize a situação do operariado do século XIX. Pesquisar: proletariado, trismo, raquitismo e saturnismo O operariado e as condições de vida Por Eugène Buret “Cada grande cidade de Inglaterra tem um verdadeiro gueto, um bairro maldito onde a miséria é deixada ao desprezo. Em Liverpool, que põe à admiração do viajante ruas inteiras de palácios, a parte inferior da população apodrece nas caves; em Londres, a maravilha da cidade pela elegância das habitações e ruas, os pobres são amontoados em cabanas infetas, que ameaçam ruir, construídas em ruas medonhas, desordenadas, com terra coberta de imundices, sem ruas planeadas, sem iluminação nem pavimentação, e onde as águas, saturadas de matérias vegetais e animais em putrefação, apodrecem ao ar livre (...). Um outro sinal menos repugnante, mas mais revelador da miséria britânica é o grande número de casas para internar os pobres (...). Ainda que a workhouse, não tenha aspeto de uma prisão, não é senão um meio severo de repressão e quase um instrumento de punição (...). Em França como em Inglaterra há uma miséria oficial, cuja lei reconhece a existência, que procura disciplinar (...). O governo aceita a pobreza com um facto; administra-o mais do que o combate.” “Puxo vagões de carvão; trabalho das seis da manhã às seis da tarde. Dão-me pão e manteiga, mas nada para beber. (...) Eu puxava esses vagões quando estava grávida. (...) Nos poços onde trabalho, há seis mulheres e meia dúzia de rapazes e de garotas (...). A cova é muito húmida e a água cobre sempre os nossos sapatos. (...) Puxei esses vagões até arrancar a pele; a correia e a corrente são ainda piores nas crianças.” Relatório Parlamentar Inglês, 1842 Proletariado Não tinham capital nem controlavam os meios de produção e, por isso, dependiam para sobreviver da venda da sua força de trabalho em troca de um salário.
  • 3. 3 A melhoria das condições da classe operária foi o resultado de uma luta constante para obter o reconhecimento e a consagração legislativa de direitos: • surgiram as associações mutualistas de operários; • a partir de 1824, na Inglaterra, o direito de associação foi reconhecido, o que abriu caminho ao surgimento de associações, as Trade Unions ou sindicatos; • o sindicalismo tornou-se a base do movimento operário e fez das manifestações e da greve formas de luta para pressionar os patrões a reconhecer os direitos dos trabalhadores. O movimento operário, através dos sindicatos, lutou pela estabilidade do emprego; por melhores condições de vida; pelo aumento dos salários, por melhores condições de higiene e de segurança no trabalho e pela regulamentação do horário de trabalho. O movimento operário acabou por ganhar dimensão internacional apoiado no sindicalismo e numa nova consciência social e política: • no sentido de adquirir uma maior coesão e capacidade reivindicativa, os operários reuniram-se na I Internacional Operária; • o alargamento do direito de voto contribuiu para concretizar algumas aspirações do movimento operário; • a sensibilidade face às degradantes condições de trabalho e de vida dos operários levou o papa Leão XIII a condenar os excessos do capitalismo e a apelar à criação de associações de operários como forma de superar as questões entre o patronato e os trabalhadores. “O grande acontecimento da semana é a formidável insurreição operária que rebentou nos Estados Unidos. As companhias de caminhos de ferro reduziram os salários dos empregados e aumentaram duas horas de trabalho por dia. Isto originou uma greve. As companhias recrutaram novo pessoal, mas os grevistas atacaram estes intrusos, espancaram a polícia e, finalmente, resistiram à Guarda Nacional. O movimento espalhou-se então como fogo em restolho (...) esteve-se em véspera de uma temerosa guerra civil (...). Ora a crise prolongada dos negócios, na América, tem dado a esta população dias prolongados de miséria; e já há tempos se notava nela uma funda e crescente irritação. O sentimento que domina é uma espécie de cólera bruta contra uma sociedade rica, onde eles são mendigos (...).” Eça de Queirós, 1877 Responder: a) Refira as características do movimento operário e do sindicalismo. b) Destaque o papel dos sindicatos na melhoria das condições de trabalho. Associativismo e sindicalismo e a conquista de direitos CADERNODIÁRIO23deFevereirode2015 Movimento operário Designa a luta da classe operária, mediante a organização dos trabalhadores, tendo em vista a melhoria das condições de trabalho e de vida, bem como a defesa dos seus direitos. O movimento operário estruturou-se, a partir de meados do século XIX, pela via sindical.
  • 4. 4 CADERNODIÁRIO23deFevereirode2015 O Manifesto Comunista e a revolução do operariado Por Karl Marx e Friedrich Engels “A história de todas as sociedades até ao momento é a história da luta de classes. Homem livre e escravo, patrício e plebeu, senhor e servo, patrão e assalariado, em resumo, opressor e oprimido, envolveram-se numa luta ininterrupta. (...) Não são apenas escravos da classe burguesa, do Estado burguês: dia a dia, hora a hora, são convertidos em escravo da máquina (...). O que há são apenas instrumentos de trabalho que, segundo a idade e o sexo, têm custos diferentes. (...) Os comunistas fazem prevalecer os interesses comuns de todo o proletariado, independentemente da nacionalidade e pelo facto de que, representam sempre o interesse do movimento como um todo. (...) Ficam horrorizados por querermos abolir a propriedade privada, mas na vossa sociedade ela está vedada a nove décimos dos seus membros. (...) Os comunistas rejeitam disfarçar as suas convicções e objetivos. Declaram que os seus propósitos só podem ser alcançados quando toda a ordem social vigente for violentamente derrubada.” As propostas socialistas e a transformação revolucionária da sociedade Os problemas sociais e económicos das classes trabalhadoras e o movimento sindicalista, inspiraram novas propostas de transformação da sociedade que tinham o intuito de operar uma modificação na sociedade: • essas propostas integram-se no socialismo, ideologia que surgiu no século XIX, que criticava o capitalismo e o liberalismo individualista, responsáveis pelas más condições de trabalho e de vida do operariado; • defendiam a abolição da propriedade privada e a sua apropriação pelo Estado ou pelo proletariado, pondo fim à exploração e subjugação dos trabalhadores pelo patronato; • as primeiras propostas socialistas, o socialismo utópico, pretendiam criar comunidades ideais, assentes em novos modelos de organização da sociedade, sem defenderem a apropriação do Estado por parte das classes trabalhadoras. Ao socialismo utópico, visão pouco realista do mundo, contrapôs-se uma nova forma de pensamento sobre a sociedade e a sua transformação: o socialismo científico. Karl Marx e Friedrich Engels expuseram os princípios da teoria marxista: • teoria económica e política que centrava a transformação da sociedade na luta de classes e na revolução que levaria o proletariado ao poder e ao controlo dos meios de produção; • defendia que o desenvolvimento da sociedade era determinado por um sucessão de modos de produção e que a passagem de um modo de produção a outro assentava na luta de classes; • apelava à união mundial dos operários, ou seja, à internacionalização do movimento sindical e operário, baseado na solidariedade de classe entre os trabalhadores; • considerava que as sociedades contemporâneas eram marcadas pela oposição entre a classe capitalista - a burguesia - e a classe trabalhadora - o proletariado; • defendia que a passagem para um novo estádio na evolução da sociedade implicava a abolição da propriedade privada e do lucro; • propunha a ditadura do proletariado como uma etapa intermédia na construção do comunismo; • o capitalismo era substituído pelo comunismo marcado por uma sociedade sem classes, na qual os meios de produção estavam nas mãos dos trabalhadores e o próprio Estado deixava de ser necessário. Responder: a) Refira os princípios ideológicos do marxismo. “O socialismo, tão antigo como a injustiça e a opressão do pobre pelo rico, do desvalido pelo poderoso, não é mais do que o protesto dos que sofrem, contra a organização viciosa que os faz sofrer. É a reclamação da justiça e da igualdade nas relações dos homens. (...) O povo, depois de iludido durante centenas de anos por falsas promessas (...) convenceu-se (...) da sua virtude e da sua união.” Antero de Quental, 1871 Marxismo Teoria económica e política que assentava na sucessão dos modos de produção através da luta de classes. Defendia a tomada do poder pelo operariado e uma sociedade comunista, marcada pela inexistência de classes.