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PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO
PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO
     1 - Fase aguda (inflamação)

     2 - Fase subaguda (reparo fibroblástico)

     3 - Fase de maturação (remodelação)

        Observações:
        Fases contínuas
        … sobrepõem-se
        … não têm pontos iniciais ou finais

     Quatro sinais da inflamação:

     Rubor
     Calor
     Inchaço
     Dor
PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO

          Funções da inflamação :

          1 – Protege o corpo contra a infecção

          2 – Repara o tecido lesionado ao estimular o crescimento de
          novas células, as quais sintetizam novas fibras para a reparação.
    Dois tipos de traumatismo:

    1 Directo – Traumatismo não penetrante em desportos de contacto.

    2 Indirecto
              a) agudo – ocorre com a sobrecarga súbita
              b) crónico ou de uso excessivo – ocorre em consequência da sobrecarga
              repetida e/ou resistência ao atrito.

    3 Agudo sobre o crónico – Ocorre como resultante de um trauma sobre uma
    lesão persistente.
PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO
 1 - Fase Aguda / inflamação (vascular):


          Este tipo de inflamação dura tipicamente 24 a 48 horas. Em alguns casos,
          pode durar 4 a 6 dias.

          - Dilatação das artérias, veias e capilares, causando rubor e calor.

          - Saída do plasma sanguíneo, gerando edema.

          - Aumento do número de fibroblastos e macrófagos. Os fibroblastos
          aumentam em tamanho e sintetizam substância fundamental e colagénio.
          Este processo começa 4 horas depois da lesão e pode durar de 4 a 6 dias.
          A princípio, o colagénio forma uma rede de fibras fraca e com arranjo aleatório.

          - A dor é produzida pela pressão a partir do edema e pela irritação química
          que estimula os receptores da dor (nociceptores).
PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO
     Formação de coágulo:
         - Evento inicial que forma o coágulo é uma complexa conversão
           molecular.

         - A formação de coágulo começa pouco tempo após a lesão e é
           concluída em cerca de 48 horas.

         - A área lesionada fica desprotegida durante o estágio inflamatório
          de cicatrização.
PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO
       Consequências neuromusculares da inflamação:

       - A inflamação leva à estimulação dos receptores de dor que causam
       adaptações compensatórias que facilitam os músculos, gerando
       hipertonicidade, ou inibem os músculos, provocando fraqueza.




       - A inflamação crónica pode causar sensibilização dos mecanoreceptores,
       de tal forma que estímulos mecânicos normais (exemplo, movimento de
       uma articulação dentro da sua amplitude normal) fazem o mecanoreceptor
       desenvolver dor.
PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO
   2 - Regeneração e reparação:

            O processo de regeneração e reparação inicia-se de 2 a 6 dias após a lesão
            e dura cerca de 3 semanas.

            - Novos capilares são formados no tecido cicatricial.
            Os capilares são dispostos numa orientação aleatória, a menos que a área
            seja mobilizada.

            - A actividade fibroblástica e a formação de colagénio aumentam. O tecido conjuntivo
            imaturo é menos denso e, desta forma, lesionado com maior facilidade. A dor não
            indica o nível de reparação, de modo que se deve ter cuidado com a quantidade de
            pressão aplicada numa massagem.

            - Nestes estágios iniciais, o colagénio é depositado num padrão aleatório e
            desorganizado, geralmente num plano perpendicular ao eixo longitudinal,
            tendo, portanto, pouca força. O colagénio desenvolve ligações cruzadas anormais
            que deixam o tecido menos flexível.

            - O paciente pode ainda sentir sensibilidade ao toque ou mesmo dor, embora
            estas queixas tenham tendência para desaparecer.
PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO
      Fibrose

        - A fase normal de eventos na fase de reparação leva à formação de
          tecido de cicatriz mínimo.

        - Ocasionalmente uma resposta inflamatória persistente e a libertação
          continuada dos produtos inflamatórios pode promover uma fibroplasia
          estendida o que pode levar a lesão tecidual irreversível.
PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO
3 - Maturação / remodelação:

O processo de remodelação vai do 21º ao 60º dia

         - Nos estágios iniciais desta fase, o colagénio amadurece numa rede completamente
         desorganizada numa estrutura em gel. Esta estrutura pode ser palpada como tecido
         espesso ou fibroso. A diminuição relativa na vascularização ocorre à medida que aumenta
         a densidade de colagénio.

         - Cerca de 2 meses depois, a actividade fibroblástica diminui e há menor síntese de colagénio.

         - A orientação aleatória do colagénio fornece pouca sustentação contra a tracção.

         - De 2 meses a 2 anos depois, o colagénio pode desenvolver um alinhamento linear funcional
         em resposta aos estímulos e pode ser reorientado até à linha de tensão.

         - A imobilização leva à formação de aderências significativas, à osteoporose ou perda da
         densidade óssea, bem como à atrofia dos músculos, das cápsulas e dos ligamentos.

         - A inflamação crónica pode resultar a partir de episódios repetidos de microtraumatismos
         ou da irritação crónica dos tecidos.
PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO
   Factores que impedem o processo de cicatrização:

    Extensão da lesão

              - As microrupturas do tecido mole envolvem somente dano menor e
                mais frequentemente estão associadas com o uso repetido.

              - As macrorupturas são geralmente ocasionadas por trauma agudo
                e envolvem destruição significativamente maior do tecido mole,
                resultando em sintomas clínicos e alterações funcionais.
     Edema
              - A pressão aumentada ocasionada pelo inchaço retarda o processo de
              cicatrização, dificulta a reparação dos tecidos, inibe o controle
              neuromuscular, produz mudanças neurofisiológicas reflexas e impede
              a nutrição na parte lesionada.

      Hemorragia
              - O sangramento produz os mesmos efeitos negativos na cicatrização da
              acumulação do edema. A presença de sangue produz um dano
              adicional ao tecido e exacerba a lesão.
PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO
   Factores que impedem o processo de cicatrização:

    Suprimento vascular pobre

              - Lesões nos tecidos com suprimento vascular pobre cicatrizam fraca
               e lentamente.
    Separação do tecido

              - A separação mecânica do tecido pode atrasar significativamente o
              curso de cicatrização

    Espasmo muscular

              - O espasmo muscular tracciona o tecido rompido, separa as duas
              extremidades e impede a aproximação. A isquémia local e generalizada
              pode originar-se do espasmo.
    Atrofia
              - A atrofia do tecido muscular começa imediatamente após a lesão. O
              fortalecimento e a mobilização precoce da estrutura lesionada retardam a
              atrofia.
PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO
   Factores que impedem o processo de cicatrização:

      Cicatrizes hipertróficas

                 - Aparecem no caso de a produção de colagénio ser excessiva durante a
                 fase de maturação de cicatrização. Este processo leva à hipertrofia do
                 tecido cicatricial, particularmente em volta da periferia da ferida.
      Infecção

                 A presença de bactérias na ferida pode retardar a cicatrização.

      Saúde, idade e nutrição

                 - As qualidades elásticas da pele diminuem com o envelhecimento.
                 Doenças degenerativas, como diabetes e ateroesclerose também
                 podem afectar a cicatrização. A nutrição é importante para este
                 processo. Em particular as vitaminas k (coagulação) e A e E (síntese
                 de colagénio).

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  • 2. PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO 1 - Fase aguda (inflamação) 2 - Fase subaguda (reparo fibroblástico) 3 - Fase de maturação (remodelação) Observações: Fases contínuas … sobrepõem-se … não têm pontos iniciais ou finais Quatro sinais da inflamação: Rubor Calor Inchaço Dor
  • 3. PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO Funções da inflamação : 1 – Protege o corpo contra a infecção 2 – Repara o tecido lesionado ao estimular o crescimento de novas células, as quais sintetizam novas fibras para a reparação. Dois tipos de traumatismo: 1 Directo – Traumatismo não penetrante em desportos de contacto. 2 Indirecto a) agudo – ocorre com a sobrecarga súbita b) crónico ou de uso excessivo – ocorre em consequência da sobrecarga repetida e/ou resistência ao atrito. 3 Agudo sobre o crónico – Ocorre como resultante de um trauma sobre uma lesão persistente.
  • 4. PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO 1 - Fase Aguda / inflamação (vascular): Este tipo de inflamação dura tipicamente 24 a 48 horas. Em alguns casos, pode durar 4 a 6 dias. - Dilatação das artérias, veias e capilares, causando rubor e calor. - Saída do plasma sanguíneo, gerando edema. - Aumento do número de fibroblastos e macrófagos. Os fibroblastos aumentam em tamanho e sintetizam substância fundamental e colagénio. Este processo começa 4 horas depois da lesão e pode durar de 4 a 6 dias. A princípio, o colagénio forma uma rede de fibras fraca e com arranjo aleatório. - A dor é produzida pela pressão a partir do edema e pela irritação química que estimula os receptores da dor (nociceptores).
  • 5. PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO Formação de coágulo: - Evento inicial que forma o coágulo é uma complexa conversão molecular. - A formação de coágulo começa pouco tempo após a lesão e é concluída em cerca de 48 horas. - A área lesionada fica desprotegida durante o estágio inflamatório de cicatrização.
  • 6. PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO Consequências neuromusculares da inflamação: - A inflamação leva à estimulação dos receptores de dor que causam adaptações compensatórias que facilitam os músculos, gerando hipertonicidade, ou inibem os músculos, provocando fraqueza. - A inflamação crónica pode causar sensibilização dos mecanoreceptores, de tal forma que estímulos mecânicos normais (exemplo, movimento de uma articulação dentro da sua amplitude normal) fazem o mecanoreceptor desenvolver dor.
  • 7. PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO 2 - Regeneração e reparação: O processo de regeneração e reparação inicia-se de 2 a 6 dias após a lesão e dura cerca de 3 semanas. - Novos capilares são formados no tecido cicatricial. Os capilares são dispostos numa orientação aleatória, a menos que a área seja mobilizada. - A actividade fibroblástica e a formação de colagénio aumentam. O tecido conjuntivo imaturo é menos denso e, desta forma, lesionado com maior facilidade. A dor não indica o nível de reparação, de modo que se deve ter cuidado com a quantidade de pressão aplicada numa massagem. - Nestes estágios iniciais, o colagénio é depositado num padrão aleatório e desorganizado, geralmente num plano perpendicular ao eixo longitudinal, tendo, portanto, pouca força. O colagénio desenvolve ligações cruzadas anormais que deixam o tecido menos flexível. - O paciente pode ainda sentir sensibilidade ao toque ou mesmo dor, embora estas queixas tenham tendência para desaparecer.
  • 8. PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO Fibrose - A fase normal de eventos na fase de reparação leva à formação de tecido de cicatriz mínimo. - Ocasionalmente uma resposta inflamatória persistente e a libertação continuada dos produtos inflamatórios pode promover uma fibroplasia estendida o que pode levar a lesão tecidual irreversível.
  • 9. PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO 3 - Maturação / remodelação: O processo de remodelação vai do 21º ao 60º dia - Nos estágios iniciais desta fase, o colagénio amadurece numa rede completamente desorganizada numa estrutura em gel. Esta estrutura pode ser palpada como tecido espesso ou fibroso. A diminuição relativa na vascularização ocorre à medida que aumenta a densidade de colagénio. - Cerca de 2 meses depois, a actividade fibroblástica diminui e há menor síntese de colagénio. - A orientação aleatória do colagénio fornece pouca sustentação contra a tracção. - De 2 meses a 2 anos depois, o colagénio pode desenvolver um alinhamento linear funcional em resposta aos estímulos e pode ser reorientado até à linha de tensão. - A imobilização leva à formação de aderências significativas, à osteoporose ou perda da densidade óssea, bem como à atrofia dos músculos, das cápsulas e dos ligamentos. - A inflamação crónica pode resultar a partir de episódios repetidos de microtraumatismos ou da irritação crónica dos tecidos.
  • 10. PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO Factores que impedem o processo de cicatrização: Extensão da lesão - As microrupturas do tecido mole envolvem somente dano menor e mais frequentemente estão associadas com o uso repetido. - As macrorupturas são geralmente ocasionadas por trauma agudo e envolvem destruição significativamente maior do tecido mole, resultando em sintomas clínicos e alterações funcionais. Edema - A pressão aumentada ocasionada pelo inchaço retarda o processo de cicatrização, dificulta a reparação dos tecidos, inibe o controle neuromuscular, produz mudanças neurofisiológicas reflexas e impede a nutrição na parte lesionada. Hemorragia - O sangramento produz os mesmos efeitos negativos na cicatrização da acumulação do edema. A presença de sangue produz um dano adicional ao tecido e exacerba a lesão.
  • 11. PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO Factores que impedem o processo de cicatrização: Suprimento vascular pobre - Lesões nos tecidos com suprimento vascular pobre cicatrizam fraca e lentamente. Separação do tecido - A separação mecânica do tecido pode atrasar significativamente o curso de cicatrização Espasmo muscular - O espasmo muscular tracciona o tecido rompido, separa as duas extremidades e impede a aproximação. A isquémia local e generalizada pode originar-se do espasmo. Atrofia - A atrofia do tecido muscular começa imediatamente após a lesão. O fortalecimento e a mobilização precoce da estrutura lesionada retardam a atrofia.
  • 12. PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO Factores que impedem o processo de cicatrização: Cicatrizes hipertróficas - Aparecem no caso de a produção de colagénio ser excessiva durante a fase de maturação de cicatrização. Este processo leva à hipertrofia do tecido cicatricial, particularmente em volta da periferia da ferida. Infecção A presença de bactérias na ferida pode retardar a cicatrização. Saúde, idade e nutrição - As qualidades elásticas da pele diminuem com o envelhecimento. Doenças degenerativas, como diabetes e ateroesclerose também podem afectar a cicatrização. A nutrição é importante para este processo. Em particular as vitaminas k (coagulação) e A e E (síntese de colagénio).