2. O que é mito?
• Os mitos são histórias sobre deuses e heróis que relatam acontecimentos cuja
verdade ninguém pode comprovar. Por intermédio de um mito se procura
explicar algum aspecto da realidade (origem do cosmos, a criação do homem,
o aparecimento das doenças.)
3.
4. • O mito faz parte da história humana desde os primórdios e nunca deixou de
estar presente: na pré-história, onde as pinturas rupestres tinham um
significado mágico, ou na afirmação de John Lennon, na década de 60, de
que os Beatles eram mais importantes do que Jesus Cristo, o traço comum é a
necessidade humana de criar “ídolos”.
5. Do mito à razão...
• Toda a nossa filosofia é uma filosofia do Mundo da Imaginação. É uma
busca ferrenha por essa fantasia chamada “conhecimento”, e mais ainda, uma
busca pelo “conhecimento verdadeiro”, como se houvesse um conhecimento
verdadeiro.
6.
7. • O surgimento da filosofia se dá na Grécia, em VI a.e.c. (antes da era comum), num
acontecimento que tomamos por um pequeno “milagre”, uma espécie de “salto de
evolução” que chamamos a “passagem do mito à razão”. Numa época em que os
deuses eram a explicação de tudo, passa-se a buscar explicações racionais para o
mundo e as coisas do mundo. “Passagem do mito à razão”... Acho que valorizamos
demais este acontecimento. Ele é antes uma passagem do mito ao mito. Do mito do
conhecimento das forças divinas ao mito do conhecimento pelas forças da razão.
Ambos, entretanto, têm a mesma origem: A imaginação.
8. • Num momento se imagina que há deuses e forças divinas, no outro, que há
“conhecimento verdadeiro”, que há “verdade” e que podem ser obtidos através da
razão. Ambas as formas de tentativa de explicação do mundo, são apenas invenções
da imaginação. Ambas são uma espécie de “conhecimento” e este tal conhecimento é
ele mesmo uma invenção, uma espécie de sonho. Enfim, como bem disse o filósofo
Jean-François Lyotard, “O triunfo da razão não passa de uma história que nos contamos”.
9. "O último esforço da razão é
reconhecer que existe uma
infinidade de coisas que a
ultrapassam.”
Blaise Pascal