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Aprendizagem
diferenciada
Sinopse

A necessidade de diferenciar na sala de aula surge em resultado da
avaliação das necessidades específicas de alguns dos alunos e pode ser
planeada nas áreas dos conteúdos, dos processos e dos produtos.

Os conteúdos são, como sabemos, aquilo que os estudantes têm de aprender,
de acordo com o currículo; diferenciar os conteúdos significa que damos aos
alunos várias opções de acederem à informação. De entre as diversas
estratégias de diferenciação a nível de conteúdos, podemos recorrer aos
interesses dos alunos para organizar as estratégias de ensino, a textos e
materiais diversificados e em diversos formatos, ao trabalho de pares e em
pequeno grupo, a organizadores da aprendizagem, a actividades de
remediação, de exploração e/ou de desenvolvimento.

A diferenciação dos conteúdos pode implicar ainda a avaliação dos níveis de
preparação dos estudantes e a organização das aprendizagens, em função
dos conhecimentos prévios.


Por processos, entendemos as formas como os alunos assimilam os conteúdos,
isto é, as actividades através das quais os alunos os adquirem. A diferenciação
dos processos implica o recurso às mais diversas opções de apresentação e
de exploração, tendo em conta os conhecimentos prévios dos alunos, o seu
estilo de aprendizagem e os seus interesses.


O produto refere-se aos meios e às formas utilizados pelos alunos para
demonstrarem a compreensão dos conteúdos ensinados. A diferenciação a
nível dos produtos das aprendizagens pode assumir as mais diversas formas,
não apenas a nível dos testes, mas também através de relatórios, trabalhos de
pesquisa, esquemas, diagramas, role-plays, relatórios de leitura, biografias, etc.


Mais do que aumentar os produtos dos estudantes, devemos procurar investir
na complexificação das tarefas que lhes propomos porque a diferenciação
deve ser sobretudo de natureza qualitativa, quer no apoio d@ professor/a às
aprendizagens, quer nas formas de atingir os objectivos.

Sobretudo, é necessário ter em mente que toda a diferenciação começa na
avaliação das competências e dos conhecimentos prévios dos alunos.

Nesta ação de formação, vou procurar:
   Proporcionar aos formando/as uma visão geral das teorias e estratégias
       relacionadas com a diferenciação da aprendizagem.
      Desenvolver competências cognitivas, procedimentais e reflexivas da
       esfera da diferenciação da aprendizagem.

Para tal, vou começar por uma exposição dialógica sobre conceitos
essenciais, tais como as diferenças individuais, os modelos e estratégias de
ensino diferenciado, a avaliação e a reflexão.

Em seguida, os/as formando/as organizar-se-ão em grupos, para refletirem
colaborativamente sobre os conceitos e fazerem uma aplicação prática dos
princípios da diferenciação.

Por último, serão apresentadas ao plenário algumas comunicações dos grupos
de trabalho, representativas dos diversos graus de ensino e escolas
representadas.

Espero ainda que possamos compartilhar todos os trabalhos num espaço
virtual, para que prolonguemos o debate num fórum, de modo a podermos
partilhar artefactos e desenvolver competências e processos de reflexão sobre
a aprendizagem diferenciada.



                                 Idalina Ferreira Martins Pereira Guerreiro Jorge, Abril de 2011

http://paideia-idalinajorge.blogspot.com/search?q=diferencia%C3%A7%C3%A3o


Crédito da imagem utilizada:    http://www.edutopia.org/sage-advice-multiple-intelligences-
classroom-management

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  • 1. Aprendizagem diferenciada Sinopse A necessidade de diferenciar na sala de aula surge em resultado da avaliação das necessidades específicas de alguns dos alunos e pode ser planeada nas áreas dos conteúdos, dos processos e dos produtos. Os conteúdos são, como sabemos, aquilo que os estudantes têm de aprender, de acordo com o currículo; diferenciar os conteúdos significa que damos aos alunos várias opções de acederem à informação. De entre as diversas estratégias de diferenciação a nível de conteúdos, podemos recorrer aos interesses dos alunos para organizar as estratégias de ensino, a textos e materiais diversificados e em diversos formatos, ao trabalho de pares e em pequeno grupo, a organizadores da aprendizagem, a actividades de remediação, de exploração e/ou de desenvolvimento. A diferenciação dos conteúdos pode implicar ainda a avaliação dos níveis de preparação dos estudantes e a organização das aprendizagens, em função dos conhecimentos prévios. Por processos, entendemos as formas como os alunos assimilam os conteúdos, isto é, as actividades através das quais os alunos os adquirem. A diferenciação dos processos implica o recurso às mais diversas opções de apresentação e de exploração, tendo em conta os conhecimentos prévios dos alunos, o seu estilo de aprendizagem e os seus interesses. O produto refere-se aos meios e às formas utilizados pelos alunos para demonstrarem a compreensão dos conteúdos ensinados. A diferenciação a nível dos produtos das aprendizagens pode assumir as mais diversas formas, não apenas a nível dos testes, mas também através de relatórios, trabalhos de pesquisa, esquemas, diagramas, role-plays, relatórios de leitura, biografias, etc. Mais do que aumentar os produtos dos estudantes, devemos procurar investir na complexificação das tarefas que lhes propomos porque a diferenciação deve ser sobretudo de natureza qualitativa, quer no apoio d@ professor/a às aprendizagens, quer nas formas de atingir os objectivos. Sobretudo, é necessário ter em mente que toda a diferenciação começa na avaliação das competências e dos conhecimentos prévios dos alunos. Nesta ação de formação, vou procurar:
  • 2. Proporcionar aos formando/as uma visão geral das teorias e estratégias relacionadas com a diferenciação da aprendizagem.  Desenvolver competências cognitivas, procedimentais e reflexivas da esfera da diferenciação da aprendizagem. Para tal, vou começar por uma exposição dialógica sobre conceitos essenciais, tais como as diferenças individuais, os modelos e estratégias de ensino diferenciado, a avaliação e a reflexão. Em seguida, os/as formando/as organizar-se-ão em grupos, para refletirem colaborativamente sobre os conceitos e fazerem uma aplicação prática dos princípios da diferenciação. Por último, serão apresentadas ao plenário algumas comunicações dos grupos de trabalho, representativas dos diversos graus de ensino e escolas representadas. Espero ainda que possamos compartilhar todos os trabalhos num espaço virtual, para que prolonguemos o debate num fórum, de modo a podermos partilhar artefactos e desenvolver competências e processos de reflexão sobre a aprendizagem diferenciada. Idalina Ferreira Martins Pereira Guerreiro Jorge, Abril de 2011 http://paideia-idalinajorge.blogspot.com/search?q=diferencia%C3%A7%C3%A3o Crédito da imagem utilizada: http://www.edutopia.org/sage-advice-multiple-intelligences- classroom-management