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Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologia
                                 Disciplina de Ciberjornalismo
                         Feito por: Inês de Sousa Rodrigues -20061856




Inês de Sousa – 20061856                                                  Página 1
Índice:                                                   Página


- Introdução ---------------------------------------------        4
            ---------------------------------------------         5
            ---------------------------------------------         6
            ---------------------------------------------         7

                --------------------------------------------      8

- Análise SEMANÁRIO impresso -------------------                  9

- Análise SEMANÁRIO online -----------------------                10
                           -----------------------                11
                           -----------------------                12
                           -----------------------                13

- Acontecimento -----------------------------------------         14
- Automovél -----------------------------------------------       15
- Cultura ----------------------------------------------------    16
- Desporto -------------------------------------------------      17
- Economia ------------------------------------------------        18
- Internacional --------------------------------------------       19
- Opinião ---------------------------------------------------     20
- Política ----------------------------------------------------    21
          ----------------------------------------------------    22
- Sociedade -----------------------------------------------        23
- Sondagem -----------------------------------------------         24



Inês de Sousa – 20061856                                                Página 2
- Conclusão da análise SEMANÁRIO online ----- 25
                                         ----- 26



- Problemática - Com o mesmo orçamento-----------------         27
              que tem o jornal neste momento, --------------   28
              o que é que se poderia mudar no- -----------     29
              SEMANÁRIO online?             -------------      30




- Conclusão ------------------------------------------------ 31

- Imagem apoio Sondagem ----------------------------- 32

- Anexos Entrevistas:
- 1 ------------------------------------------------------------ 33
- 2 ------------------------------------------------------------- 34
- 3 ----------------------------------------------------------- 35
    ------------------------------------------------------------ 36

- Bibliografia --------------------------------------------- 37
               --------------------------------------------- 38
               ---------------------------------------------- 39
              ---------------------------------------------- 40




Inês de Sousa – 20061856                                               Página 3
A Web 1é um Mundo cada vez maior onde não se conhecem limites. Hoje em dia é
possível fazer quase tudo a partir da internet2, e conhecer informação a partir de um
computador mudou a história do jornalismo.

Quando se fala em jornalismo on-line3, tem que se falar nas transformações que a
internet e a tecnologia provocaram no jornalismo.
Com a evolução tecnológica, os vários meios de comunicação, tentaram seguir esse
progresso e criar dentro do seu próprio espaço uma mais-valia inovadora. O que é
certo é que a evolução dos meios de comunicação não aniquilou nenhum meio mais
antigo, o que aconteceu foi que esses meios tentaram modernizar-se com o passar do
tempo.
O online é neste momento o meio de comunicação mais “completo”, pois permite que
áudio, vídeo e texto estejam compilados num só. Consegue também juntar a
interactividade4 imediata do público e o imediatismo da informação.
Foi no final dos anos oitenta que começaram a surgir os primeiros jornais online
aliados a meios de comunicação já existentes. Mas foi com o eclodir da década de
noventa que este novo espaço da Web se começou a desenvolver. Muitos meios de
comunicação de vários géneros: radiofónico5, televisivo6 e imprensa7 começaram a
transportar as suas informações e trabalhos para um espaço online a fim de converter
este espaço num complemento oferecido ao público. Os jornais foram os primeiros a
identificarem-se com este novo meio e a passarem as suas páginas para o online,
talvez também por medo da ameaça que este novo meio lhes poderia trazer.
Inicialmente, os jornais em papel tinham as suas páginas online muito rudimentares.
Disponibilizavam nas suas páginas cópias das edições impressas, com o objectivo de
alargar a audiência, aumentar o prestígio e de ampliar o alcance do jornal. Por vezes,
as cópias disponibilizadas eram do dia anterior, pois havia receio de que versões
actualizadas pudessem afastar os leitores das edições em papel. 8
Porém, os jornais constataram que não bastava estar na rede para terem vantagens
competitivas, era preciso fabricarem um produto específico para a Internet. Assim,
numa segunda fase, os jornais começaram a incluir conteúdos e serviços
exclusivamente online e a inserirem hiper-ligações para o aprofundamento da
informação noutras páginas e sites para acesso a registos sonoros e audiovisuais.
Posteriormente, começaram a fazer a actualização permanente do noticiário.
E assim, nasceu um novo tipo de jornalismo como o conhecemos hoje – o ONLINE –
1
  Wikipéia: WEB
2
  Blog – Os manda Chuva: Internet
3
  Texto de Jorge Pedro Sousa – Universidade Fernando Pessoa
4
   Texto de Elizabete Barbosa – Universidade do Minho
5
  História da Rádio em Portugal
6
  História da Televisão
7
  Wikipédia: Imprensa
8
  Ideia Retirada da Obra de Jorge Pedro Sousa


Inês de Sousa – 20061856                                                       Página 4
com características próprias e diferentes daquelas que já existiam. O jornalismo online
requer uma escrita diferente, um método de trabalho diferente e uma apropriação
daquilo que é um texto, vídeo ou som ao online.

Este mais recente género jornalístico tem as suas vantagens e desvantagens.
Os jornais online conseguem oferecer ao seu público algo mais inovador do que aquilo
que existia até agora. Para além de conciliar texto, vídeo e áudio confere ainda uma
das maiores vantagens deste género que é a interactividade com o público. Esta
inovação é vista pelo leitor como uma atracção, o público passa a poder participar na
vida jornalística, dando a sua opinião, comentando as noticias, participando.
Uma das ferramentas utilizadas pelo online são as sondagens de opinião disponíveis
em diversos sites de jornais. Aí o jornalista consegue ter uma percepção das opiniões
do publico, saber os temas que o público gosta, ou os assuntos que gostariam de ver
tratados e desse modo conseguir agradar a um maior número de pessoas.
Esta grande interactividade distingue este género de qualquer um dos outros.
Este meio permite que haja uma comunicação bidireccional entre o jornalista e o
público, permitindo que comuniquem e interajam em tempo real. A interactividade
presente é vista como uma ferramenta fundamental na criação de novos públicos,
nomeadamente os mais jovens. O leitor deixa de ser apenas expectador e passa a ser
participante no processo de formação de notícias. Outra vantagem conferida a este
género é o facto de estar em mutação constante e sempre actual. A actualidade é uma
das suas grandes virtudes. Assim conseguem-se notícias produzidas ao minuto, actuais.
É na internet que se pode ver os últimos acontecimentos, e já não se tem que esperar
pelo jornal do dia seguinte. Outra vantagem é a elevada quantidade de notícias
publicadas. O online não tem limites de páginas como as edições impressas, nem
tempo de antena como a rádio e televisão. A globalidade é outra vantagem: de
qualquer parte do mundo, a qualquer hora, se pode consultar um jornal online, algo
que com as edições impressas é impossível. Uma última vantagem é o facto de ser
grátis, de não se pagar para obter informação. Como sabemos os meios tecnológicos
necessários para que tal aconteça não são de acesso a todo o Mundo, mas a grande
parte dele, e o facto de não ser pago é uma vantagem para o serviço que acaba por ter
um grande numero de leitores. Se o leitor gostar do que lê online, o jornal impresso
pode angariar compradores.

Mas nem tudo são vantagens e este género também tem algumas desvantagens. A
produção rápida e a necessidade de produção ao minuto pode não conferir toda a
qualidade e verificações necessárias. O jornalista muitas vezes preocupa-se em dar a
notícia em primeira-mão e acaba por não verificar nem confirmar, nem apurar factos
devidamente. “A pressa é inimiga da qualidade”. 9Outra desvantagem é ser lido em
9
    Ditado popular português
Inês de Sousa – 20061856                                                       Página 5
computador, o que não confere muita capacidade de concentração10 e de poder ao
leitor. Um jornal online, para contornar esta situação, não pode fazer notícias muito
longas e maçudas, tem que adaptar o estilo jornalístico tradicional para a escrita
online.

Paulo Castro, coordenador do EXPRESSO online11 refere algumas vantagens deste
género jornalístico. “Com o online há uma disponibilidade e actualidade a qualquer
hora, já que há refreshs permanentes, também há a possibilidade de remeter o leitor
para links que tenham que ver com o tema que está a consumir e a possibilidade de
abrir a discussão, quase em tempo real, com os leitores, através de fóruns lançados a
propósito de uma qualquer notícia.”
O jornalista considera que também existem desvantagens relacionadas com o uso da
ferramenta - computador. “Um dos problemas que se põe com o uso do online é a
obrigatoriedade de uso de um computador, o que limita a mobilidade, mesmo com um
portátil. A informação assume o formato de notícias de consumo rápido e quase
imediato – as notícias online devem ter textos curtos e incisivos, pelo que é raro (e até
desmobilizador) o uso de longos textos de análise e enquadramento sobre um qualquer
tema. As enormes limitações do ponto de vista gráfico, também dificultam a leitura de
notícias um pouco mais trabalhadas e elaboradas. “
O coordenador foi mais longe e falou de uma desvantagem, da qual muitas pessoas
concordam, a falta de sentir o cheiro e o toque do papel. “No jornalismo online há
ainda, para mim, uma desvantagem enorme, embora admita que esta seja uma visão
muito pessoal e que nem todos, sobretudo os mais novos, pensem como eu: a falta do
cheiro a papel. Pessoalmente, num sábado de manhã, se me derem à escolha a leitura
do Expresso em papel ou online, numa qualquer esplanada, prefiro claramente a
primeira hipótese! O cheiro a papel e as pontas dos dedos sujas com tinta são um
prazer enorme"



Já o editor do online do SEMÁNARIO TRANSMONTANO12, J. B. César, abordou o tema
vantagens/desvantagens do jornalismo online de maneira diferente. Este jornal é o
que mais se assemelha com o jornal em análise – SEMANÁRIO, mas com uma
particularidade, é um jornal regional com muito menos impacto que o último referido.
“Uma das vantagens é a possibilidade de chegar a todo o mundo rapidamente e sem
custos acrescidos”. Como desvantagens, este jornal de visão local, tem outras
preocupações. “Uma das desvantagens é perder assinantes da edição tradicional. A
edição online permite aos leitores residentes no estrangeiro ler o jornal um minuto

10
   Ideia reforçada na Obra de João Messias Canavilhas – Universidade da Beira Interior
11
   Site do Jornal Expresso
12
   Site do Jornal Semanário Transmontano
Inês de Sousa – 20061856                                                                 Página 6
depois de publicado. Pelo que deixa de fazer sentido ficarem vários dias à espera da
edição em papel. Além de que esta acarreta despesas. Outra das desvantagens é o
facto de que cada notícia colocada na edição online ao princípio ou ao meio da semana
deixa de ser exclusiva, depois, na edição em papel. Isto porque os jornais da
concorrência também ficam a saber, com antecedência, quais as nossas "caixas". E
ficaríamos, assim, sem o exclusivo. E é por isso, muitas vezes, não actualizamos a
edição online.”

Angel J. Castaños é professor de Redacção Jornalística na Universidade Cardenal
Herrera13 em Valência e é colaborador de um jornal online desportivo da mesma
cidade, o SUPERDEPORTE14. A sua visão é também um pouco diferente do que a do
jornalista português do jornal transmontano. “São muitas as vantagens para o público,
o facto de ser gratuito, possibilidade de feedback e sobretudo acesso a informação
muito concreta sobre os seus interesses.”
A crise económica faz-se sentir em todo o Mundo e Angel revelou que ultimamente
tem havido muitos despedimentos nos jornais online porque cada vez mais os
jornalistas da edição impressa são também os do online, e que “uma das desvantagens
do jornalismo online é principalmente para os profissionais que perdem o seu posto de
trabalho.”

Bernardo Marím, chefe da sessão do Jornal El PAÍS15, jornal de referência em Espanha,
tanto na edição online como na impressa, vê ainda uma vantagem que nenhum dos
anteriores entrevistados referiu: a vantagem do online beneficiar o ambiente. “O
imediatismo é uma vantagem, oferecer informação ao minuto e actualizada. Permite
incorporar elementos de todos os tipos de jornalismo: texto, áudio, vídeo e infografia.
Também permite a participação dos leitores. Além disso, chega a qualquer parte do
mundo, basta existir ligação à internet. Poupa muito custos de distribuição e de papel,
favorecendo o ambiente.”
No que toca a desvantagens, temos ouvido muitas delas a uma só voz, pois os
jornalistas têm dado aspectos negativos semelhantes. “A excessiva rapidez pode levar
os jornalistas a erros e a equívocos facilmente. Neste momento os media investem
pouco nas suas plataformas online, mas isso ainda está a mudar: o que faz com que a
sua qualidade esteja ainda abaixo dos meios impressos. Outro problema: é a saturação
da rede de informação e a dificuldade em distinguir o bom do mau.”


Cada vez mais a indústria de jornais online tem crescido e tem angariado público. A

13
   Site da Universidade
14
   Site do Jornal SUPERDEPORT
15
   Site do Jornal El PAÍS

Inês de Sousa – 20061856                                                       Página 7
facilidade de ver uma notícia “ao minuto” confere alguma notoriedade a este género,
que nasceu não há muito tempo mas que tem um longo futuro pela frente. Os Jornais
Online têm tido um grande desenvolvimento nos últimos tempos e ultrapassam, em
termos de quantidade de trabalho e inovações os ditos jornais impressos.

A análise que se segue é sobre a página online do Jornal SEMANÁRIO. Será que o
online deste jornal é legítimo nos dias de hoje? Que mudanças se poderiam efectuar
para que o jornal se transformasse num jornal online de qualidade?




SEMANÁRIO IMPRESSO
Inês de Sousa – 20061856                                                    Página 8
O Jornal Semanário 16nasceu há mais de 20 anos. O projecto editorial foi liderado por
várias figuras marcantes da sociedade nacional, entre as quais Marcelo Rebelo de
Sousa, Daniel Proença de Carvalho, José Miguel Júdice, João Lencastre, Victor Cunha
Rego, João Amaral, entre outros e, actualmente, Rui Teixeira Santos.
Este jornal que em tempos foi tido como referência, deixou morrer esses tempos e
agora vive num turbilhão de altos e baixos. A edição em papel viveu em tempos uma
vigorosa aclamação do público, mas agora vive com poucas tiragens e vendas.




                                                                             17




SEMANÁRIO ONLINE18

16
     História do Jornal SEMANÁRIO, disponivél no site
17
     Imagem1: Capa do Jornal SEMANÁRIO edição de dia 10 de Junho de 2009

Inês de Sousa – 20061856                                                       Página 9
A parte online do jornal, e da qual se centra este estudo, nasceu em 2002. Dez anos
depois do eclodir do desenvolvimento dos jornais on-line no mundo. O site foi
construído pela empresa d2d 19que se dedica à construção de Web sites. O jornal
impresso é semanal, e o on-line está no mesmo registo, também as suas notícias são
actualizadas de semana a semana.

As notícias publicadas na edição impressa semanal são depois escolhidas pela sua
importância e publicadas no jornal online. Como se pode ver no anexo abaixo, a página
inicial do site tem apenas oito notícias mais recentes. Por ordem temporal aparecem
oito notícias referentes ao dia 10 de Junho. Seguindo-se mais oito notícias de dia 5 de
Junho, oito de dia 29 de Maio e seis de dia 22 de Maio. Estas notícias que aparecem na
parte inicial do site são as notícias de destaque da semana.

Como é que um jornal semanal tem apenas tão poucas notícias a destacar? As
notícias mais actuais, três das oito presentes fazem capa do jornal e as restantes
podem ler-se nas secções de cultura, desporto, internacional, saúde, economia e
política. Que legitimidade tem um jornal onlineque não apresenta actualidade,
novidade, inovação, qualidade? Estas deveriam ser as características primordiais do
jornalismo online.
Um jornal online não é uma reprodução mais pequena de um jornal impresso. Um
jornal online requer a elaboração de algo novo, e como concede a possibilidade de
fazer coisas actuais, ao minuto, não faz sentido que a actualidade seja semanal.
Porque é que um leitor do SEMANÁRIO impresso procuraria ver e informar-se no on-
line, se esta página não passa de uma pequena copia do jornal impresso?




18
     Site do Jornal SEMANÁRIO
19
     Site do empresa que contruiu o site do Jornal SEMANÁRIO

Inês de Sousa – 20061856                                                     Página 10
20




20
     Imagem2: Print Sreen da página inicial do Jornal SEMANÁRIO online


Inês de Sousa – 20061856                                                 Página 11
Esta é uma das maiores problemáticas presentes no jornal online – a falta de
actualidade e de novidade.
O editor do Jornal PÚBLICO21 online, António Granado referiu que “ as notícias
ganham vida e forma no jornalismo online” . Questionado sobre a falta de inovação no
jornal SEMANÁRIO, o editor explicou que “em 1995, os primeiros sites de jornais
limitavam-se a copiar o seu jornal impresso para o online” e que “ essa era uma fase
muito atrasada da Web”. António Granado concordou que com a evolução da Web
não fazia sentido existirem sites assim “catorze anos depois não faz sentido que ainda
existam jornais online assim, o jornal confia que é possível convencer os leitores só com
o papel e isso não é certo”. O editor referiu ainda que “ mesmo os jornais semanários
têm a obrigação de actualizar os sites, senão só vendem a edição em papel para um
nicho muito pequeno de pessoas.”
No PÚBLICO online, por exemplo, todos os jornalistas que trabalham na redacção, nas
diferentes secções, são depois responsáveis pela parte correspondente no online. São
21
     Site do Jornal PÚBLICO

Inês de Sousa – 20061856                                                       Página 12
eles que elaboram as notícias e as publicam.


No SEMANÁRIO online as coisas são um bocado diferentes. Os jornalistas e estagiários
elaboram as notícias para o jornal impresso, estas depois são escolhidas pela
secretaria do Jornal, Anabela Pereira, que tem também a função de as colocar online e
só o faz quando pode, “às sextas-feiras, saio do curso, ainda vou para a margem sul,
janto e só depois tenho tempo de colocar as notícias na internet, isto só acontece por
volta da meia-noite, uma da manhã.” Anabela é a única pessoa que trabalha com o
jornal online “sou a única que trabalha na edição online, inicialmente, não tinha muitas
noções nem ferramentas de trabalho, mas com o passar do tempo fui aprendendo
algumas coisas, mas só sei o básico”.
Também há uma pessoa que coloca a capa do jornal impresso na internet, Paulo
Martins que todas as sextas-feiras de manhã tem essa função visto que Anabela não
consegue executar a tarefa.
Para contextualizar, apresento uma resumida análise que recai nas diferentes secções
do jornal online, onde percebemos que apenas uma parte do jornal impresso é
publicado. Só as aberturas de cada secção merecem destaque na página on-line.




Inês de Sousa – 20061856                                                      Página 13
Acontecimento 22
O acontecimento, é feito todas as semanas por jornalistas diferentes, é publicado
semanalmente na edição impressa e no online acontece o mesmo. Esta é uma das
secções em que até faz sentido que a publicação online assim o seja. O acontecimento
é feito sobre um assunto que está em cima da mesa durante a semana, um grande
acontecimento que é escrutinado pelo jornalista.
Esta secção é aquela que menos recebe críticas dado que era complicado escolher um
acontecimento de mais importância diariamente. Como é um trabalho que requer
tempo, investigação só pode ser produzido semanalmente.




23




22
     Secção “Acontecimento” do Jornal SEMANÁRIO
23
     Imagem3 : Print Screen da secção de “Acontecimento” do Jornal SEMANÁRIO

Inês de Sousa – 20061856                                                       Página 14
Automovél 24

A secção Automóvel é uma das que está menos actualizada. Aqui podemos encontrar
noticias de 2003 até 2005. Não há actividade regular desde há quatro anos atrás. Será
isto funcional e credível num jornal online?




25




24
     Secção “Automovél” do Jornal SEMANÁRIO
25
     Imagem4: Print Screen da secção de “Automovél” do Jornal SEMANÁRIO
Inês de Sousa – 20061856                                                    Página 15
Cultura 26

A secção de cultura, tem apenas um artigo por semana, quando no jornal lhe são
dedicadas várias páginas. Esta secção, assim como muitas das outras, até é daquelas
que requer uma actualização de informação. A sessão de cultura para além de fazer
um apanhado semanal do que se passou no País e no Mundo em termos culturais
ainda oferece uma agenda, muitas vezes em formato notícia dos acontecimentos mais
importantes da semana seguinte. Não faz sentido que essa agenda não seja publicada
e dada a conhecer, pois conferia alguma preocupação para com o público.




27




26
      Secção “Cultura” do Jornal SEMANÁRIO
27
     Imagem5: Print Screen da secção de “Cultura” do Jornal SEMANÁRIO
Inês de Sousa – 20061856                                                  Página 16
Desporto 28

A secção desportiva, outra área em que há acontecimentos importantes todos os dias,
não tem a mínima actualidade. Esta secção também só apresenta uma noticia por
semana. Este tipo de noticias, até faz sentido serem publicadas na edição impressa,
mas não faz qualquer sentido estarem no online. Com a rapidez com que as coisas
acontecem no Mundo, uma noticia que é escrita hoje, amanhã, já está desatualizada.
Qualquer pessoa que queira consultar algo sobre desporto, com actualidade, não
recorre a este site.




29




28
     Secção de “Desporto” do Jornal SEMANÁRIO
29
     Imagem6: Print Screen da secção de “Desporto” do Jornal SEMANÁRIO
Inês de Sousa – 20061856                                                  Página 17
Economia 30
Na secção online de economia,as notícias publicadas, passo a repetição, são também
de uma por semana. Esta é outra área em que a actualização permanente é
fundamental. Uma coisa são artigos de opinião sobre política que se mantêm algum
tempo actuais, outra são notícias de economia que sofrem actualizacões constantes.
Ora, de todas as formas, não se compreende que numa semana se destaque apenas
uma noticia de economia. Quando neste momento, a actualidade é marcada pela
grande interferência do estado económico do País na sociedade.




31




30
      Secção de “Economia” do Jornal SEMANÁRIO
31
     Imagem7: Print Screen da secção de “Economia” do Jornal SEMANÁRIO

Inês de Sousa – 20061856                                                   Página 18
Internacional 32

Hoje em dia, o que acontece no Mundo marca a história e a actualidade de um País.
Mais uma vez a secção de internacional do jornal online apenas publica uma notícia
por semana dedicada a esta temática. O Mundo neste momento passa ao lado da
edição online do SEMANÁRIO.




33




32
     Secção de “Internacional” do Jornal SEMANÁRIO
33
     Imagem8: Print Screen da secção de “Internacional” do Jornal SEMANÁRIO
Inês de Sousa – 20061856                                                      Página 19
Opinião 34


Esta secção, tal como a do Acontecimento, é das que mais justifica o modelo
apresentado. A opinião de um jornalista ou do proprietário do jornal, neste caso, não é
notícia e não precisa de actualização permanente. Esta secção até faz algum sentido
que seja de publicação semanal, porque os jornalistas que as fazem no SEMANÁRIO,
também só o fazem semanalmente.




35




34
     Secção de “Opinião” do Jornal SEMANÁRIO
35
     Imagem9: Print Screen da secção de “Opinião” do Jornal SEMANÁRIO
Inês de Sousa – 20061856                                                     Página 20
Política 36

Este jornal é tipicamente um jornal político, muita da sua informação é sobre esta
temática. A importância conferida na edição impressa a este género é grande. Mas no
online as coisas mudam um pouco de figura. O jornal tem todas as semanas grandes
entrevistas a conceituados políticos que nem sempre são colocadas no online. Já é
difícil definir e fazer uma agenda política de todos os acontecimentos que marcaram
uma semana. É fundamental que um online corresponda com actualidade à área de
política. É uma área que interessa ao País e que move uma sociedade. Não faz sentido
que também a política tenha uma edição online tão pobre. Mesmo assim é aquela que
apresenta maior número de notícias publicadas por semana: entre uma a duas noticias
são publicadas semanalmente.




37




36
     Secção de “Política” do Jornal SEMANÁRIO
37
     Imagem10: Print Screen da secção de “Política” do Jornal SEMANÁRIO
Inês de Sousa – 20061856                                                   Página 21
Já no que toca à individualização dos partidos – BE38, CDS/PP39, PCP40, PS41, PSD42 -
divisão presente no online, o caso não se repete. Notícias sobre os partidos não têm
qualquer tipo de actualização desde o ano passado. A última notícia publicada sobre
cada um dos partidos remete a 2008. Faz parecer que não ha actividade política deste
então. Ninguém, a não ser para arquivo ou trabalhos, vai procurar informação numa
área que têm um ano de atraso. Será que isto é jornalismo online?
É que hoje em dia, com a quantidade de jornalistas cidadãos, o número de blogs
informativos aumentou. Os de referência e mais procurados têm que ter uma
actualização diária para serem procurados. Até o jornalismo cidadão já ultrapassou o
site jornalístico de um jornal, como é que depois um público possivelmente
interessado nestas noticias pode creditar no que está disponível?




                                                          43




38
   Notícias do Bloco de Esquerda no Jornal SEMANÁRIO
39
   Notícias do CDS/PP no Jornal SEMANÁRIO
40
   Notícias do PCP no Jornal SEMANÁRIO
41
   Noticias do Partido Socialista no Jornal SEMANÁRIO
42
   Notícias do Partido Social Democrata no Jornal SEMANÁRIO
43
   Imagem11: Print Screen da secção de “Política – Partidos” do Jornal SEMANÁRIO


Inês de Sousa – 20061856                                                           Página 22
Sociedade 44


A última secção do jornal não é exepção à regra. Apenas a abertura de sociedade que
aparece no jornal impresso é colocada no online. Sociedade também requer temas
actuais, pertinentes para a sociedade. O interesse do leitor neste tipo de notícias até
pode ser elevado, mas com tão pouca actualização perde muita da sua importância.




45




44
     Secção de “Sociedade” do Jornal SEMANÁRIO
45
     Imagem12: Print Screen da secção de “Sociedade” do Jornal SEMANÁRIO
Inês de Sousa – 20061856                                                       Página 23
Sondagem 46

Este é o único rasgo de interação entre o leitor e o público. Embora a pergunta já não
seja muito actual47 e já esteja colocada no site desde que rebentou o caso Freeport,
esta inovação até mostra que o jornal tenta minimamente agradar e interagir com o
seu público. Será que consegue?




                                 48




46
   Página inicial do Jornal SEMANÁRIO online, onde é apresentada a sondagem.
47
   Durante a elaboração do trabalho a pergunta foi a mesma – Caso Freeport . No entanto no final do
trabalho reparei que a pergunta já tinha sido alterada para : “Concorda com a decisão do Governo de
adiar o projecto do TGV para a próxima legislatura?”, e já conta com 180 votações.
48
   Imagem13: Print Screen da pergunta que estava publicada no Jornal SEMANÁRIO durante a
elaboração da analise.
Inês de Sousa – 20061856                                                                   Página 24
Este género de site desmotiva o leitor. Primeiro não há nada de novo e de diferente
entre a edição impressa e o online - uma é a reprodução barata e incompleta da outra.
O público do online não procura este tipo de sites nem este género de noticias,
desactualizadas, pouco inovadoras e ultrapassadas.
O conceito de jornalismo online é completamente deturpado por este site. O que se
quer é algo diferente, inovador, que traga novidade e actualidade.
Neste caso do SEMANÁRIO online não é isso que se passa, o público é despersuadido a
ler o que aqui é contado. O desinteresse mostrado na execução do site é também o
desinteresse que o público vai mostrar ao lê-lo.

António Granado, editor do PÚBLICO online falou da importância do jornalismo online,
caracterizando-a como “um meio que promove a visita de muito mais pessoas e a
possibilidade de se fazer um jornalismo muito mais actual”.

No Jornal EXPRESSO online, por exemplo, trabalham oito pessoas que estão
responsabilizadas por criar, e cuidar de todo o jornal. Paulo Castro, coordenador do
EXPRESSO, falou sobre a importância do jornalismo online e referiu que “nos últimos
anos tem-se verificado uma crescente perda de leitores das edições de papel, que
estarão a migrar para os sites desses mesmos jornais e/ou outras publicações.” Para o
Expresso, a edição online torna-se também “importante e fundamental para marcar e
reforçar a presença da marca Expresso, que enquanto semanário, é necessário manter
uma permanente ligação com o mercado e, sobretudo, com quem nos compram a cada
sábado.”

O SEMANÁRIO coloca um trecho de notícias que saem na edição em papel, e fá-lo
semanalmente. Será que isto tem algum sentido, haver um jornal online que não
mostra nada novo?

Paulo Castro, do Expresso considera que o factor notícia é o mais importante porque é
disso que as pessoas precisam. “O jornalismo online exige um trabalho de grande
intensidade, sujeito a situações de muito stresse, perante a necessidade de estarmos
sempre à frente dos nossos concorrentes directos. Também por isso, às vezes, é um
jornalismo mais sujeito a falhas, embora eu creia que os leitores de sites de jornais
estejam mais ou menos a par dessa pressão. Mas os princípios do jornalismo online são
os mesmos do jornalismo das edições impressas. As pessoas querem notícias e querem
verdade. Seja no formato papel ou com computador.”

O SEMANÁRIO TRANSMONTANO é o jornal que mais se assemelha ao jornal em
análise, em comum têm a pouca produção no jornal online. Aqui trabalham duas
pessoas na edição online, mais dois jornalistas da edição em papel.
A importância do jornalismo online é vista pelo responsável por J.B. César, responsável
pelo site do SEMANÁRIO TRANSMONTANO como um veículo em que se tenta dar as

Inês de Sousa – 20061856                                                     Página 25
notícias em primeira mão. “ É importante porque podemos dar notícias quando
acontecem, sem termos de esperar pelo dia da edição em papel.”
Quanto à necessidade de dar notícias actuais o jornal transmontano põe alguns
entraves. “Os jornais regionais não têm meios para colocarem notícias "ao minuto". O
mercado é diminuto e as tecnologias da Internet ainda não chegam a muita gente (por
não saberem usá-las). Pelo que temos de nos limitar a actualizar apenas os factos mais
relevantes.”


Angel Castaños, do jornal online SUPERDEPORTE avalia bem a importância do
jornalismo online porque considera que este alterou a conjuntura existente até então.
“O jornalismo online tem muita importância porque mudou as estruturas da produção
dos media e também é o responsável das reestruturações empresariais em muitas
empresas de comunicação. Em Espanha e em Valência as empresas estão a cortar o
número de trabalhadores para os seus jornais impressos. O aceso gratuito à
informação na Internet é uma das principais razões destas mudanças.”



Bernardo Marím, chefe da secção do EL PAÍS, disse que no seu jornal já começaram as
reestruturações entre a redação do impresso e do online, talvez por questoes
financeiras. “Exclusivamente no EL PAÍS online trabalham desde há três meses atrás
umas 65 pessoas: jornalistas, documentalistas, criativos, desenhadores, e experts em
video. O jornal criou um processo de integração e agora as redacções de papel e digital
estão fundidas. Pretende-se que todo o mundo trabalhe para ambos os suportes, mas
neste momento estamos neste período de mudança.” Sobre a importância deste meio
de comunicação furtivo, o editor do EL PAÍS é claro e referiu ter uma importância
básica, porque “as pessoas ja não esperam comprar o jornal no dia seguinte para
saberem as noticias, querem sabê-las já e tê-las actualizadas permanentemente. As
edições digitais dos grandes jornais já estão a superar dos jornais impressos. Ainda por
cima, com um mundo cada vez mais globalizado, as edições digitais chegam a todos os
pontos do planeta e os jornais impressos só chegam aos pontos de venda.”




Inês de Sousa – 20061856                                                      Página 26
Com o mesmo orçamento (que tem o jornal neste
momento), o que é que se poderia mudar no
SEMANÁRIO online?

É certo que o jornal não vive os melhores dias a nível financeiro. Mas também é certo
que tem muito a mudar. O online encontra-se neste momento atrasado quase 15 anos
em relação à maioria dos sites informativos portugueses49. São muitas as lacunas deste
jornal e têm de ser preenchidas para que se torne num jornal online de referência.


Neste momento o orçamento dedicado ao online é de zero euros. O jornal utiliza
apenas uma pessoa para colocar as notícias - a secretária do SEMANÁRIO - Anabela,
que é somente paga pelas suas funções como secretária.
Hoje em dia são muitos os jovens que terminam o curso em jornalismo e que
necessitam de um estágio. A grande maioria dos estágios não são remunerados, logo,
o SEMANÁRIO poderia contratar alguns estagiários que pudessem trabalhar no online.
Para além de ser útil e necessário ao jornal, ainda servia de escola para os estagiários.
Era necessário alguém que produzisse informação mais actualizada, três ou quatro
estagiários que estivessem na redacção a fazer este trabalho de pesquisa, confirmação
e produção de noticias “ao minuto”. Depois de conseguir ter uma equipa sólida e
concisa na parte online - cerca de três ou quatro pessoas que colocassem online as
noticias e que tivessem tempo para as fabricarem - atribuía também funções aos
jornalistas da redacção. Cada secção ficaria responsável pela elaboração de notícias
importantes e com destaque para a edição online. Não quer dizer que não houvesse
noticias iguais às publicadas na edição em papel, mas mudava o modo de actualização
conferido no jornal até aos dias de hoje.
Neste momento não há uma estrutura que consolide o trabalho do site. Com poucas
pessoas se pode construir uma base nesse aspecto. Três/quatro pessoas (ou mais se
possível) conseguiriam, com a ajuda dos jornalistas das várias secções, produzir
informação diária suficiente para colocar no site.
Depois da mudança nas bases do site, começava por fazer-lhe alterações.
Outro dos aspectos que deveria ser modificado é o do grafismo, que actualmente, é
bastante enfadonho e seria possível com poucos rendimentos arranjar alguém que o
transformasse num online mais apelativo.
O site tem um ar “velho” que rapidamente e com poucos custos e com uma renovação
de sucesso lhe conferiria um ar alegre e inovador.
49
     - Informação baseada na entrevista de Bernardo Marím do EL PAÍS, e de António Granado do PúBLICO


Inês de Sousa – 20061856                                                                  Página 27
O tipo de notícias publicadas no site não são adequadas ao estilo online, por isso
colocaria somente textos curtos, feitos dentro das características que este gênero tem.
A facilidade de leitura iria proporcionar ao público uma maior leveza e percepção de
conteúdos. A actualidade era sem duvida imprescindível na elaboração do
SEMANÁRIO. Sem actualidade não faz sentido que o jornal seja um online, só com
actualidade se consegue cativar público – porque é isto que as pessoas procuram -
informação na hora.


O chefe do ELPAÍS.ES, Bernardo Marím referiu sobre o factor da actualidade que “ a
actualidade é básica, pois incidir só na edição impressa é perder as muitas opções que
a internet ofereçe – em Espanha, os grandes meios de comunicação já superaram esse
modelo tradicional há 12 anos.”


Angel Castaños, do SUPERDEPORT de Valência disse que a actualidade era
fundamental em jornalismo online. “Ter notícias actualizadas ao minuto num jornal
online é fundamental, ainda no outro dia comentava com um subdirector de Levante-
emy que se uma empresa tem um produto online, este deve ter competência directa da
sua versão impressa.”



Outra das minhas apostas seria um jornalismo mais “light”50, em que estivessem
incluídas imagens, áudios, vídeos, animações. Se podemos utilizar todas estas
ferramentas em jornalismo online, porque não fazê-lo? Este tipo de meios ajudam e
cativam o leitor.
 A dinamização do site é sem duvida algo extremamente necessário. A interactividade
entre o jornalismo e o público é possível na internet e é também fundamental – é uma
das características mãe deste género jornalístico. Fazer sondagens, lançar perguntas,
pedir a participação do leitor, ter um fórum a funcionar regularmente, trocar emails
com os leitores: são medidas importantes que não custariam monetariamente nem um
euro ao jornal. É necessário deixar o público entrar na vida do jornal. Quanto mais vida
tiver o jornal, mais público adere. Ter diversos links, fóruns, blogs, aderir às redes
sociais, para expandir e dar a conhecer o site. A dinâmica de um site é muito
importante.

Tornaria os conteúdos do jornal mais apelativos, com infografias animadas, animações
em flash, numa boa divisão. Bons destaques, bons títulos, artigos inovadores, com

50
     Expressão “light” referente a um jornalismo mais leve com as características do jornalismo online


Inês de Sousa – 20061856                                                                       Página 28
temas inovadores que chamem a atenção. Fazer um pouco de jornalismo de
investigação, também fundamental para o interesse do cidadão. Faria com que
houvesse publicidade no online, Com um site novo e renovado era possível oferecer
aos clientes de publicidade uma garantia de visibilidade que neste momento o jornal
não oferece.


Esta pergunta – O que mudaria no Jornal SEMANÁRIO online? - foi feita a quatro
jornalistas do SEMANÁRIO, de forma a poder observar as opiniões daqueles que mais
lidam com o site.


Duarte Albuquerque Carreira, jornalista de Política do SEMANÁRIO disse que “aquele
que não apanhe o comboio da internet e de uma boa comunicação fica para trás e o
site do SEMANARIO corre esse perigo, porque é um site anacrónico.”
O jornalista descreveu o site como um jornal que “ não tem um estilo nem um grafismo
apelativo para quem está a ver; não tem dinamismo, não é um site actualizado com a
frequência que deveria; é um site com poucos conteúdos, não tráz nada de novo nem
acrescenta muito ao público, não há razões que levem os cidadãos a se informarem no
site.” As suas opiniões sobre o que mudaria são inovadoras “ deveria-se tentar trazer
novos conteúdos, promover perguntas, dossiers, noticias específicas, lançar
campanhas, fazer com que seja apelativo; fazer com que as pessoas de manhã, à tarde
ou à noite tenham razões para consultar o nosso site e infelizmente isso não acontece.“
Duarte Carreira falou as vantagens que um site renovado poderiam trazer para o
jornal. “Com o disseminar cada vez mais crescente de informação, com jornais
gratuitos, e já que falamos de informação, temos muitos sites de informação na
internet, não só jornais, mas também blogs e outras plataformas onde os cidadãos se
podem informar - só quem apresentar uma informação de qualidade é que vai ter
sucesso - esse deveria ser um dos desígnios. Para além das noticias curtas do dia-a-dia,
deveriamos ter exclusivamente no site um dossier com qualidade. Ao nível da
complementaridade o site deveria servir como complemento à edição papel - por
exemplo, temos uma reportagem em papel que poderiam ser complementada com
vídeo, imagens e entrevistas filmadas. Precisamos de um site mais moderno, e não de
um site com um layout dos anos 80. Precisamos também de mais notícias e com mais
qualidade. Se tivermos um site melhor, atrairemos mais publicidade que seria mais
uma fonte de riqueza.”

José Pedro Pires , editor do SEMANÁRIO impresso, não aponta tantas crÍticas como o
colega, mas ainda concorda que é necessário mudar. “Alteraria as cores, para que
fossem semelhantes ao jornal impresso, mudaria as hiperligações e todo o esquema da
página; mantinhas as sondagens e os principais destaques e incluiria alguma

Inês de Sousa – 20061856                                                      Página 29
publicidade .”

Pedro Gonçalves, jornalista responsável pela secção de Internacional também tece
duras críticas ao jornal que representa. “Faria algumas modificações nas cores, dando-
lhe um toque mais azulado, cor predominante nas páginas impressas do jornal.
Tornava-o menos pesado e maçudo; as notícias não teriam o mesmo comprimento;
colocava links mais interactivos; fazia uma actualização mais regular do dossier, que é
um dos pontos mais baixos do site, neste momento tem o título “Terrorismo e Guerra”
há cerca de dois anos.Tentaria que houvesse mais imagens, cada notícia devia ter uma
imagem; devia ter um actualização regular, não digo de minuto a minuto como
acontece em alguns jornais de tiragem diária mas uma actualização diária, o que não
seria muito difícil, bastava ter um ou dois estagiários a colocar algumas notícias de
cada secção que o jornal abrange diariamente. Colocava perguntas no que toca às
sondagens, e estas deveriam mudar todas as semanas. Assim, acho que conseguíamos
uma melhoria e uma maior de facilidade de adesão ao site, o que possibilitaria
também uma maior possibilidade de haver publicidade.”



João Pinheiro da Costa, é também jornalista e é responsável pela secção de Sociedade
no jornal. João é também formado em informática e a sua resposta sobre o que
mudaria no jornal, está mais relacionada com termos e especificidades mais técnicas.
“Começava por uma reestruturação do design e do layout do site, criava um layout
mais atrativo com mais cor, mais imagem, onde as páginas podessem ser dinâmicas e
utilizadas em flash. O site do SEMANÁRIO padece de colaboradores, seriam eles os
primeiros fazedores de noticias porque é preciso know how e recursos humanos e esses
recursos seriam importantes para que de hora a hora, minuto a minuto, tivéssemos um
site actualizado. Uma maior interacção com os leitores, com sugestões, vox-pop
alargado. E, por último, colocaria uma coluna de opiniões que seriam, posteriormente,
transformados em blogs”.




Inês de Sousa – 20061856                                                      Página 30
A análise feita ao SEMANÁRIO online mostra que o jornal padece de tudo aquilo que é
fundamental no “novo” jornalismo51.
Todas as ferramentas que deviam de ser exploradas estão neste momento aniquiladas
e o site neste momento tem pouca utilidade como veículo de informação. Falta quase
tudo para que este jornal se torne num jornal dito de referência, ou até para que
reúna as condições necessárias para se poder chamar jornal online. Porque o que
existe neste momento não é um jornal. Ainda falta muitas mudanças para que se torne
num jornal online e, com novas propostas, consegue-se contornar todos os contras e
transformá-los em benefícios.

O jornal também carece de financiamento para dar uma nova vida a este site. Mas a
problemática que aqui se coloca foi descortinada a modo de arranjar soluções para
resolver os problemas do site, gastando pouco dinheiro.
São muitas as mudanças que conseguiriam ser feitas no jornal caso o jornal quisesse.
Com essas transformações o jornal conseguiria angariar um maior número de leitores
interessados e isso, com certeza, trás benefícios, até financeiros. Se o leitor gostar do
que está a ler no online poderá até começar a comprar o jornal impresso. Outro
beneficio financeiro é o da publicidade, com o uso de publicidade no online e
impresso, o jornal conseguiria arranjar mais algum dinheiro para investir no seu site.

É fundamental que um órgão de comunicação social tenha um bom site, bem dirigido,
com cabeça, tronco e membros e isso não está a acontecer. Se nada for feito, o jornal
não se salva sozinho, só se irá afundar mais. Pegar no online e puxá-lo para cima só vai
trazer benefícios, tanto para o impresso como até para os jornalistas que vêem mais
do seu trabalho reconhecido. E a motivação do jornalista no seu trabalho é o ponto de
partida para o sucesso.

Não há duvida que a tendência do futuro vai ser ler cada vez mais jornais online. A
leitura dos jornais online tem crescido e muito nos últimos anos. A Sondagem52 abaixo
indicada, tem um rácio pequeno, mas mostra um pouco das preferências dos cidadãos
no jornalismo online. É por aí que o SEMANÁRIO se deve guiar, e perceber aquilo que o
público gosta, e alterar a sua versão online para uma que seja do agrado do público em
geral.




51
     WIKIPÉDIA: Informação sobre Jornalismo online
52
     Site da Sondagem


Inês de Sousa – 20061856                                                        Página 31
53




53
     Imagem14: Sondagem sobre o Jornal online mais visitado


Inês de Sousa – 20061856                                      Página 32
Anexos Entrevistas na Integra:

1 - J.B. César - SEMANÁRIO TRANSMONTANO


1- Quantas pessoas trabalham na execução do Jornal SEMANÁRIO
TRANSMONTANO Online?

Duas pessoas na edição. Mais os jornalistas (dois) da edição em papel.

2-   Qual é a importância do jornalismo on-line hoje em dia?

Podermos dar notícias quando acontecem, sem termos de esperar pelo dia da edição
em papel.

3-   Que vantagens/ desvantagem vêm adjacentes ao jornalismo on-line?

As vantagens: Possibilidade de chegar a todo o mundo rapidamente e sem custos
acrescidos;

As desvantagens: Perder assinantes da edição tradicional. A edição "on line" permite
aos leitores residentes no estrangeiro ler o jornal um minuto depois de publicado. Pelo
que deixa de fazer sentido ficarem vários dias à espera da edição em papel. Além de
que esta acarreta despesas.

Outra desvantagem: Cada notícia colocada na edição "on line" ao princípio ou ao meio
da semana deixa de ser exclusiva, depois, na edição em papel. Isto porque os jornais
da concorrência também ficam a saber, com antecedência, quais as nossas "caixas". E
ficaríamos, assim, sem o exclusivo.

Por isso, muitas vezes, não actualizamos a edição "on line".

4- O jornalismo on-line requer um trabalho “ao minuto”, vivo, actual considera
isso fundamental? (faço esta pergunta porque já analisei jornais semanários on-line
que colocam apenas as noticias que saem no jornal impresso, ou seja, são colocada
noticias semanalmente o que não faz muito sentido num jornal on-line)

Os jornais regionais não têm meios para colocarem notícias "ao minuto". O mercado é
diminuto e as tecnologias da Internet ainda não chegam a muita gente (por não saber
usá-las). Pelo que temos de nos limitar a actualizar apenas os factos mais relevantes.




Inês de Sousa – 20061856                                                     Página 33
2- Paulo Castro – SEMANÁRIO EXPRESSO


1- Quantas pessoas trabalham na execução do Jornal EXPRESSO On-line?
Directamente, somos 8.

2- Qual é a importância do jornalismo on-line hoje em dia?
Nos últimos anos, é dos livros, tem-se verificado uma crescente perda de leitores das
edições de papel, que estarão a migrar para os sites desses mesmos jornais e/ou
outras publicações. Para o Expresso, a edição online torna-se também importante e
fundamental para marcar e reforçar a presença da marca Expresso. Ainda por cima,
enquanto semanário, é necessário manter uma permanente ligação com o mercado e,
sobretudo, com quem nos compra a cada sábado.

3- Que vantagens/ desvantagem vêm adjacentes ao jornalismo on-line? Vantagens
(inúmeras, mas citarei apenas as mais importantes, em meu entender): 1-
disponibilidade e actualidade a qualquer hora, já que há refreshs permanentes; 2-
possibilidade de remeter o leitor para links que tenham a ver com o tema que está a
consumir; 3- possibilidade de abrir a discussão, quase em tempo real, com os leitores,
através de fóruns lançados a propósito de uma qualquer notícia. Desvantagens
(inúmeras, mas citarei apenas as mais importantes, em meu entender); 1-
obrigatoriedade de uso de um computador, o que limita a mobilidade, mesmo com um
portátil…; 2- notícias de consumo rápido e quase imediato – as notícias online devem
ter textos curtos e incisivos, pelo que é raro (e até desmobilizador) o uso de longos
textos de análise e enquadramento sobre um qualquer tema; 3- enormes limitações do
ponto de vista gráfico, que dificultam a leitura de notícias um pouco mais trabalhadas
e elaboradas.

No jornalismo online há ainda, para mim, uma desvantagem enorme, embora admita
que esta seja uma visão muito pessoal e que nem todos, sobretudo os mais novos,
pensem como eu: a falta do cheiro a papel... Pessoalmente, num sábado de manhã, se
me derem à escolha a leitura do Expresso em papel ou online, numa qualquer
esplanada, prefiro claramente a primeira hipótese! O cheiro a papel e as pontas dos
dedos sujas com tinta são um prazer enorme…

4- O jornalismo on-line requer um trabalho “ao minuto”, vivo, actual. Considera
isso fundamental para um boa execução de um jornal? (faço esta pergunta porque já
analisei jornais semanários on-line que colocam apenas as noticias que saem no
jornal impresso, ou seja, são colocada noticias semanalmente o que não faz muito
sentido num jornal on-line.)
O jornalismo online exige um trabalho de grande intensidade, sujeito a situações de

Inês de Sousa – 20061856                                                    Página 34
muito stresse, perante a necessidade de estarmos sempre à frente dos nossos
concorrentes directos. Também por isso, às vezes, é um jornalismo mais sujeito a
falhas, embora eu creia que os leitores de sites de jornais estejam mais ou menos a par
dessa pressão. Mas os princípios do jornalismo online são os mesmos do jornalismo
das edições impressas. As pessoas querem notícias e querem verdade. Seja no formato
papel ou com computador.



3 – Bernardo Marím – EL PAÍS


1- Cuantas personas trabajan en EL PAIS ONLINE?
2- Cual es la importancia del periodismo on-line hoy?
3- Que ventajees/ desventajas tiene el periodismo on-line?
4- Tengo estudiado algunas periódicos semanales que solamente publican lo que sale
en el periódico impreso, o sea, lo on-line solo tiene información a cada semana.
Crees que eso está bien? O la actualidad es fundamental para cualquiera periódico
on-line?



1. Exclusivamente en EL PAÍS on line trabajaban hasta hace tres meses unas 65
personas: periodistas, documentalistas, desarrolladores, diseñadores, expertos en
vídeo.... El periódico EL PAÍS emprendió entonces un proceso de integración y ahora
las redacciones de papel y digital están fusionadas. Se pretende que todo el mundo
trabaje ya para ambos soportes, pero de momento estamos en ese periodo de cambio.



2. Es básico. La gente ya no espera comprar el periódico al día siguiente para enterarse
de las noticias, quiere saberlas ya y tenerlas actualizadas permanentemente. Las
ediciones digitales de los grandes periódicos ya está superando en audiencia a la de
sus hermanos los periódicos de papel. Además, con un mundo cada vez más
globalizado, las ediciones digitales llegan a todos los puntos del planeta; los periódicos
sólo a los puntos de venta.



3. Ventajas: la inmediatez, te ofrece la información al minuto y actualizada. Permite
incorporar elementos de todos los tipos de periodismo: texto, audio, vídeo, infografía
animada... Y también permite la participación de los lectores. Además, llega a todos los
puntos del planeta donde haya conexión a internet: ahorra muchos costes de
Inês de Sousa – 20061856                                                        Página 35
distribución e incluso de papel, con el consiguiente ahorro ecológico. Inconvenientes:
la excesiva rapidez puede llevarnos a errores y equivocaciones fácilmente. De
momento los medios invierten todavía poco en sus medios on line, aunque eso está
cambiando: eso hace que su calidad está aún por debajo de la de sus medios impresos.
Otro problema: la red está saturada de información y es difícil distinguir lo bueno de lo
malo.



4. La actualidad es básica. Volcar sólo la edición impresa es perder muchísimas
opciones que te ofrece internet. Así trabajábamos hace 12 años aquí, pero al menos en
España y entre los grandes medios ese modelo está superado.



4 – Angel J. Castaños – SUPERDEPORTE

1- Para usted, cual es la importancia del periodismo on-line hoy en día?
2- Que ventajees/ desventajas tiene el periodismo on-line?
3- Tengo estudiado algunas periódicos semanales que solamente publican lo que sale
en el periódico impreso, o sea, lo on-line solo tiene información a cada semana.
Crees que eso está bien? O la actualidad es fundamental para cualquiera periódico
on-line?

1. El periodismo on line es de gran importancia porque ha mudado las estructuras de
producción de los medios y también es el responsable de las reestructuraciones empresariales
en muchas compañías. En España y aquí en Valencia las empresas están recortando el número
de trabajadores para sus periódicos impresos. El acceso gratuito a la información en Internet
es una de las razones de estos cambios.

2. Ventajas para el usuario muchas: gratuidad, posibilidad de feedback, y sobre todo acceso a
información muy concreta sobre tus intereses con herramientas como los agregadores de
noticias RSS. Desventajas para aquellos profesionales que pierden su puesto de trabajo.

3. Lo que está claro, y lo comentaba con un subdirector de Levante-emv es que si una empresa
tiene un producto on line, éste no debe ser competencia directa de su versión impresa.




Inês de Sousa – 20061856                                                            Página 36
Bibliografia:

Internet:

Jornalismo Online:

- http://www.ipv.pt/forumedia/5/13.htm - Obra de Jorge Pedro Sousa

- http://pt.wikipedia.org/wiki/Jornalismo_online - Wikipédia

- http://www.fafich.ufmg.br/~espcom/revista/numero1/ArtigoNiviaPereira.html - Obra
“A Prática profissional do webjornalismo e o jornal laboratório on-line” de Nívia
Rodrigues Pereira

- http://online.blogspot.com/ - Blog de Raquel Recuero sobre Jornalismo online

- http://www.jornalistasdaweb.com.br/index.php?pag=home&idConteudoTipo=1 – Jornalista
da web

- http://pauloquerido.pt/tag/jornalismo-online/ - Site “Certamente”, de Paulo Querido

- http://mediascopio.wordpress.com/2009/05/27/jornalismo-online-trabalho-forcado/ -
“Jornalismo e Comunicação” – Obra de consulta

- http://www.internetandmedia.org/2008/06/06/analise-a-25-jornais-on-line/ - Internet and
midia

- http://www.bocc.ubi.pt/pag/barbosa-elisabete-interactividade.pdf -“Interactividade -
A grande promessa do jornalismo online”, Obra de Elizabete Barbosa

- http://www.ipv.pt/forumedia/5/13.htm - Jornalismo online

- http://pt.wikipedia.org/wiki/Jornalismo_online - “Novo jornalismo online”

- http://bocc.ubi.pt/pag/_texto.php3?html2=canavilhas-joao-webjornal.html -
“Webjornalismo”, obra de João Canavilhas



Trabalhos baseados na análise de Jornais online:


- http://webcom-simaocc.blogspot.com/2006/05/webjornalismo-nos-jornais-on-
line_16.html - “Webjornalismo nos jornais online portugueses – Análise” Obra de João
Simão

Inês de Sousa – 20061856                                                          Página 37
- http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos.asp?cod=395AZL004 – Análise a jornais
online

http://acnmwiki.wikispaces.com/An%C3%A1lise+do+di%C3%A1rio+Jornal+de+Not%C3
%ADcias+-+vers%C3%A3o+papel+e+on-line - Análise do diário Jornal de Notícias -
versão papel e on-line

- http://www.ainda.info/el_pais_evaluacion.html -"ElPaís.es". Avaliação do seu novo
design "pay per view"



Noticias e estudos sobre os Jornais online:

- http://www.marktest.com/wap/a/n/id~2a6.aspx - estudo da Markest sobre a navegação dos
portugueses a partir da internet

- http://www.gildot.org/pollBooth.pl?qid=jornaldodia&aid=2 – Sondagem sobre
preferencia do público sobre os jornais online portugueses

- http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1382989 - Relatório da consultora
Nielsen Online

- http://opiniaoenoticia.com.br/economia/midia/jornais-online-nao-podem-ser-pagos-
nem-gratuitos/ - “Jornais online não podem ser pagos, nem gratuitos”

- http://memoriavirtual.net/2008/03/media-e-comunicacao/principais-jornais-
portugueses-vendem-cada-vez-menos/ - “Principais jornais portugueses vendem cada
vez menos”

http://www.observatoriodoalgarve.com/cna/noticias_ver.asp?noticia=3074 – “Jornais
online cada vez mais lidos”



Conceitos:

Web:
- http://pt.wikipedia.org/wiki/World_Wide_Web

Internet:

- http://osmandachuva.blogs.sapo.pt/16308.html - O que é a internet


Inês de Sousa – 20061856                                                          Página 38
História dos Meios de Comunicação:

- http://telefonia.no.sapo.pt/ - História da radio em Portugal.

- http://www.notapositiva.com/pt/trbestprof/sistinform/10histtelev.htm#vermais –
História da Televisao

- http://pt.wikipedia.org/wiki/Imprensa Imprensa wikipedia



Jornais:



- www.semanario.pt – Jornal SEMANÁRIO

- www.expresso.pt - Jornal Expresso

- http://www.publico.clix.pt – Jornal Público

- http://www.semanariotransmontano.com - Semanário Transmontano

- http://www.elpais.com - EL PAÍS
- http://www.elpais.com/comunes/2005/quetzal/enviado_a.html - Bernardo Marin, Jornalista
EL PAÍS

- http://www.superdeporte.es – SUPERDEPORTE
- http://blog.superdeporte.es/mi-formula1 - Blog de opinião de Angel Castaños, Jornalista do
SUPERDEPORTE




Outros Sites consultados:

- http://www.d2d.pt - d2d

- http://www.uch.ceu.es/principal/inicio.asp?menusuperior - Universidade Cardenal
Herrena, Valência




Inês de Sousa – 20061856                                                           Página 39
Imagens:

- Sondagem - http://www.gildot.org/pollBooth.pl?qid=jornaldodia&aid=2

- SEMANÁRIO – www.semanario.pt


Entrevistas:

- António Granado – PUBLICO online – por telefone.

- Paulo Castro – EXPRESSO online – por email.

- J.B. César – SEMANÁRIO TRANSMONTANO – por email.

- Bernardo Marím – EL PAÍS – por telefone e email.

- Angel J. Castaños – SUPERDEPORTE – por email.

- Duarte Alburquerque Carreira – SEMANARIO – presencial.

- José Pedro Pires – SEMANARIO – presencial.

- Pedro Gonçalves – SEMANARIO – presencial.

- João Pinheiro da Costa- SEMANARIO – presencial.

- Anabela Pereira – SEMANARIO – por telefone e presencial.




Inês de Sousa – 20061856                                                Página 40

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Análise do jornal online Semanal

  • 1. Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologia Disciplina de Ciberjornalismo Feito por: Inês de Sousa Rodrigues -20061856 Inês de Sousa – 20061856 Página 1
  • 2. Índice: Página - Introdução --------------------------------------------- 4 --------------------------------------------- 5 --------------------------------------------- 6 --------------------------------------------- 7 -------------------------------------------- 8 - Análise SEMANÁRIO impresso ------------------- 9 - Análise SEMANÁRIO online ----------------------- 10 ----------------------- 11 ----------------------- 12 ----------------------- 13 - Acontecimento ----------------------------------------- 14 - Automovél ----------------------------------------------- 15 - Cultura ---------------------------------------------------- 16 - Desporto ------------------------------------------------- 17 - Economia ------------------------------------------------ 18 - Internacional -------------------------------------------- 19 - Opinião --------------------------------------------------- 20 - Política ---------------------------------------------------- 21 ---------------------------------------------------- 22 - Sociedade ----------------------------------------------- 23 - Sondagem ----------------------------------------------- 24 Inês de Sousa – 20061856 Página 2
  • 3. - Conclusão da análise SEMANÁRIO online ----- 25 ----- 26 - Problemática - Com o mesmo orçamento----------------- 27 que tem o jornal neste momento, -------------- 28 o que é que se poderia mudar no- ----------- 29 SEMANÁRIO online? ------------- 30 - Conclusão ------------------------------------------------ 31 - Imagem apoio Sondagem ----------------------------- 32 - Anexos Entrevistas: - 1 ------------------------------------------------------------ 33 - 2 ------------------------------------------------------------- 34 - 3 ----------------------------------------------------------- 35 ------------------------------------------------------------ 36 - Bibliografia --------------------------------------------- 37 --------------------------------------------- 38 ---------------------------------------------- 39 ---------------------------------------------- 40 Inês de Sousa – 20061856 Página 3
  • 4. A Web 1é um Mundo cada vez maior onde não se conhecem limites. Hoje em dia é possível fazer quase tudo a partir da internet2, e conhecer informação a partir de um computador mudou a história do jornalismo. Quando se fala em jornalismo on-line3, tem que se falar nas transformações que a internet e a tecnologia provocaram no jornalismo. Com a evolução tecnológica, os vários meios de comunicação, tentaram seguir esse progresso e criar dentro do seu próprio espaço uma mais-valia inovadora. O que é certo é que a evolução dos meios de comunicação não aniquilou nenhum meio mais antigo, o que aconteceu foi que esses meios tentaram modernizar-se com o passar do tempo. O online é neste momento o meio de comunicação mais “completo”, pois permite que áudio, vídeo e texto estejam compilados num só. Consegue também juntar a interactividade4 imediata do público e o imediatismo da informação. Foi no final dos anos oitenta que começaram a surgir os primeiros jornais online aliados a meios de comunicação já existentes. Mas foi com o eclodir da década de noventa que este novo espaço da Web se começou a desenvolver. Muitos meios de comunicação de vários géneros: radiofónico5, televisivo6 e imprensa7 começaram a transportar as suas informações e trabalhos para um espaço online a fim de converter este espaço num complemento oferecido ao público. Os jornais foram os primeiros a identificarem-se com este novo meio e a passarem as suas páginas para o online, talvez também por medo da ameaça que este novo meio lhes poderia trazer. Inicialmente, os jornais em papel tinham as suas páginas online muito rudimentares. Disponibilizavam nas suas páginas cópias das edições impressas, com o objectivo de alargar a audiência, aumentar o prestígio e de ampliar o alcance do jornal. Por vezes, as cópias disponibilizadas eram do dia anterior, pois havia receio de que versões actualizadas pudessem afastar os leitores das edições em papel. 8 Porém, os jornais constataram que não bastava estar na rede para terem vantagens competitivas, era preciso fabricarem um produto específico para a Internet. Assim, numa segunda fase, os jornais começaram a incluir conteúdos e serviços exclusivamente online e a inserirem hiper-ligações para o aprofundamento da informação noutras páginas e sites para acesso a registos sonoros e audiovisuais. Posteriormente, começaram a fazer a actualização permanente do noticiário. E assim, nasceu um novo tipo de jornalismo como o conhecemos hoje – o ONLINE – 1 Wikipéia: WEB 2 Blog – Os manda Chuva: Internet 3 Texto de Jorge Pedro Sousa – Universidade Fernando Pessoa 4 Texto de Elizabete Barbosa – Universidade do Minho 5 História da Rádio em Portugal 6 História da Televisão 7 Wikipédia: Imprensa 8 Ideia Retirada da Obra de Jorge Pedro Sousa Inês de Sousa – 20061856 Página 4
  • 5. com características próprias e diferentes daquelas que já existiam. O jornalismo online requer uma escrita diferente, um método de trabalho diferente e uma apropriação daquilo que é um texto, vídeo ou som ao online. Este mais recente género jornalístico tem as suas vantagens e desvantagens. Os jornais online conseguem oferecer ao seu público algo mais inovador do que aquilo que existia até agora. Para além de conciliar texto, vídeo e áudio confere ainda uma das maiores vantagens deste género que é a interactividade com o público. Esta inovação é vista pelo leitor como uma atracção, o público passa a poder participar na vida jornalística, dando a sua opinião, comentando as noticias, participando. Uma das ferramentas utilizadas pelo online são as sondagens de opinião disponíveis em diversos sites de jornais. Aí o jornalista consegue ter uma percepção das opiniões do publico, saber os temas que o público gosta, ou os assuntos que gostariam de ver tratados e desse modo conseguir agradar a um maior número de pessoas. Esta grande interactividade distingue este género de qualquer um dos outros. Este meio permite que haja uma comunicação bidireccional entre o jornalista e o público, permitindo que comuniquem e interajam em tempo real. A interactividade presente é vista como uma ferramenta fundamental na criação de novos públicos, nomeadamente os mais jovens. O leitor deixa de ser apenas expectador e passa a ser participante no processo de formação de notícias. Outra vantagem conferida a este género é o facto de estar em mutação constante e sempre actual. A actualidade é uma das suas grandes virtudes. Assim conseguem-se notícias produzidas ao minuto, actuais. É na internet que se pode ver os últimos acontecimentos, e já não se tem que esperar pelo jornal do dia seguinte. Outra vantagem é a elevada quantidade de notícias publicadas. O online não tem limites de páginas como as edições impressas, nem tempo de antena como a rádio e televisão. A globalidade é outra vantagem: de qualquer parte do mundo, a qualquer hora, se pode consultar um jornal online, algo que com as edições impressas é impossível. Uma última vantagem é o facto de ser grátis, de não se pagar para obter informação. Como sabemos os meios tecnológicos necessários para que tal aconteça não são de acesso a todo o Mundo, mas a grande parte dele, e o facto de não ser pago é uma vantagem para o serviço que acaba por ter um grande numero de leitores. Se o leitor gostar do que lê online, o jornal impresso pode angariar compradores. Mas nem tudo são vantagens e este género também tem algumas desvantagens. A produção rápida e a necessidade de produção ao minuto pode não conferir toda a qualidade e verificações necessárias. O jornalista muitas vezes preocupa-se em dar a notícia em primeira-mão e acaba por não verificar nem confirmar, nem apurar factos devidamente. “A pressa é inimiga da qualidade”. 9Outra desvantagem é ser lido em 9 Ditado popular português Inês de Sousa – 20061856 Página 5
  • 6. computador, o que não confere muita capacidade de concentração10 e de poder ao leitor. Um jornal online, para contornar esta situação, não pode fazer notícias muito longas e maçudas, tem que adaptar o estilo jornalístico tradicional para a escrita online. Paulo Castro, coordenador do EXPRESSO online11 refere algumas vantagens deste género jornalístico. “Com o online há uma disponibilidade e actualidade a qualquer hora, já que há refreshs permanentes, também há a possibilidade de remeter o leitor para links que tenham que ver com o tema que está a consumir e a possibilidade de abrir a discussão, quase em tempo real, com os leitores, através de fóruns lançados a propósito de uma qualquer notícia.” O jornalista considera que também existem desvantagens relacionadas com o uso da ferramenta - computador. “Um dos problemas que se põe com o uso do online é a obrigatoriedade de uso de um computador, o que limita a mobilidade, mesmo com um portátil. A informação assume o formato de notícias de consumo rápido e quase imediato – as notícias online devem ter textos curtos e incisivos, pelo que é raro (e até desmobilizador) o uso de longos textos de análise e enquadramento sobre um qualquer tema. As enormes limitações do ponto de vista gráfico, também dificultam a leitura de notícias um pouco mais trabalhadas e elaboradas. “ O coordenador foi mais longe e falou de uma desvantagem, da qual muitas pessoas concordam, a falta de sentir o cheiro e o toque do papel. “No jornalismo online há ainda, para mim, uma desvantagem enorme, embora admita que esta seja uma visão muito pessoal e que nem todos, sobretudo os mais novos, pensem como eu: a falta do cheiro a papel. Pessoalmente, num sábado de manhã, se me derem à escolha a leitura do Expresso em papel ou online, numa qualquer esplanada, prefiro claramente a primeira hipótese! O cheiro a papel e as pontas dos dedos sujas com tinta são um prazer enorme" Já o editor do online do SEMÁNARIO TRANSMONTANO12, J. B. César, abordou o tema vantagens/desvantagens do jornalismo online de maneira diferente. Este jornal é o que mais se assemelha com o jornal em análise – SEMANÁRIO, mas com uma particularidade, é um jornal regional com muito menos impacto que o último referido. “Uma das vantagens é a possibilidade de chegar a todo o mundo rapidamente e sem custos acrescidos”. Como desvantagens, este jornal de visão local, tem outras preocupações. “Uma das desvantagens é perder assinantes da edição tradicional. A edição online permite aos leitores residentes no estrangeiro ler o jornal um minuto 10 Ideia reforçada na Obra de João Messias Canavilhas – Universidade da Beira Interior 11 Site do Jornal Expresso 12 Site do Jornal Semanário Transmontano Inês de Sousa – 20061856 Página 6
  • 7. depois de publicado. Pelo que deixa de fazer sentido ficarem vários dias à espera da edição em papel. Além de que esta acarreta despesas. Outra das desvantagens é o facto de que cada notícia colocada na edição online ao princípio ou ao meio da semana deixa de ser exclusiva, depois, na edição em papel. Isto porque os jornais da concorrência também ficam a saber, com antecedência, quais as nossas "caixas". E ficaríamos, assim, sem o exclusivo. E é por isso, muitas vezes, não actualizamos a edição online.” Angel J. Castaños é professor de Redacção Jornalística na Universidade Cardenal Herrera13 em Valência e é colaborador de um jornal online desportivo da mesma cidade, o SUPERDEPORTE14. A sua visão é também um pouco diferente do que a do jornalista português do jornal transmontano. “São muitas as vantagens para o público, o facto de ser gratuito, possibilidade de feedback e sobretudo acesso a informação muito concreta sobre os seus interesses.” A crise económica faz-se sentir em todo o Mundo e Angel revelou que ultimamente tem havido muitos despedimentos nos jornais online porque cada vez mais os jornalistas da edição impressa são também os do online, e que “uma das desvantagens do jornalismo online é principalmente para os profissionais que perdem o seu posto de trabalho.” Bernardo Marím, chefe da sessão do Jornal El PAÍS15, jornal de referência em Espanha, tanto na edição online como na impressa, vê ainda uma vantagem que nenhum dos anteriores entrevistados referiu: a vantagem do online beneficiar o ambiente. “O imediatismo é uma vantagem, oferecer informação ao minuto e actualizada. Permite incorporar elementos de todos os tipos de jornalismo: texto, áudio, vídeo e infografia. Também permite a participação dos leitores. Além disso, chega a qualquer parte do mundo, basta existir ligação à internet. Poupa muito custos de distribuição e de papel, favorecendo o ambiente.” No que toca a desvantagens, temos ouvido muitas delas a uma só voz, pois os jornalistas têm dado aspectos negativos semelhantes. “A excessiva rapidez pode levar os jornalistas a erros e a equívocos facilmente. Neste momento os media investem pouco nas suas plataformas online, mas isso ainda está a mudar: o que faz com que a sua qualidade esteja ainda abaixo dos meios impressos. Outro problema: é a saturação da rede de informação e a dificuldade em distinguir o bom do mau.” Cada vez mais a indústria de jornais online tem crescido e tem angariado público. A 13 Site da Universidade 14 Site do Jornal SUPERDEPORT 15 Site do Jornal El PAÍS Inês de Sousa – 20061856 Página 7
  • 8. facilidade de ver uma notícia “ao minuto” confere alguma notoriedade a este género, que nasceu não há muito tempo mas que tem um longo futuro pela frente. Os Jornais Online têm tido um grande desenvolvimento nos últimos tempos e ultrapassam, em termos de quantidade de trabalho e inovações os ditos jornais impressos. A análise que se segue é sobre a página online do Jornal SEMANÁRIO. Será que o online deste jornal é legítimo nos dias de hoje? Que mudanças se poderiam efectuar para que o jornal se transformasse num jornal online de qualidade? SEMANÁRIO IMPRESSO Inês de Sousa – 20061856 Página 8
  • 9. O Jornal Semanário 16nasceu há mais de 20 anos. O projecto editorial foi liderado por várias figuras marcantes da sociedade nacional, entre as quais Marcelo Rebelo de Sousa, Daniel Proença de Carvalho, José Miguel Júdice, João Lencastre, Victor Cunha Rego, João Amaral, entre outros e, actualmente, Rui Teixeira Santos. Este jornal que em tempos foi tido como referência, deixou morrer esses tempos e agora vive num turbilhão de altos e baixos. A edição em papel viveu em tempos uma vigorosa aclamação do público, mas agora vive com poucas tiragens e vendas. 17 SEMANÁRIO ONLINE18 16 História do Jornal SEMANÁRIO, disponivél no site 17 Imagem1: Capa do Jornal SEMANÁRIO edição de dia 10 de Junho de 2009 Inês de Sousa – 20061856 Página 9
  • 10. A parte online do jornal, e da qual se centra este estudo, nasceu em 2002. Dez anos depois do eclodir do desenvolvimento dos jornais on-line no mundo. O site foi construído pela empresa d2d 19que se dedica à construção de Web sites. O jornal impresso é semanal, e o on-line está no mesmo registo, também as suas notícias são actualizadas de semana a semana. As notícias publicadas na edição impressa semanal são depois escolhidas pela sua importância e publicadas no jornal online. Como se pode ver no anexo abaixo, a página inicial do site tem apenas oito notícias mais recentes. Por ordem temporal aparecem oito notícias referentes ao dia 10 de Junho. Seguindo-se mais oito notícias de dia 5 de Junho, oito de dia 29 de Maio e seis de dia 22 de Maio. Estas notícias que aparecem na parte inicial do site são as notícias de destaque da semana. Como é que um jornal semanal tem apenas tão poucas notícias a destacar? As notícias mais actuais, três das oito presentes fazem capa do jornal e as restantes podem ler-se nas secções de cultura, desporto, internacional, saúde, economia e política. Que legitimidade tem um jornal onlineque não apresenta actualidade, novidade, inovação, qualidade? Estas deveriam ser as características primordiais do jornalismo online. Um jornal online não é uma reprodução mais pequena de um jornal impresso. Um jornal online requer a elaboração de algo novo, e como concede a possibilidade de fazer coisas actuais, ao minuto, não faz sentido que a actualidade seja semanal. Porque é que um leitor do SEMANÁRIO impresso procuraria ver e informar-se no on- line, se esta página não passa de uma pequena copia do jornal impresso? 18 Site do Jornal SEMANÁRIO 19 Site do empresa que contruiu o site do Jornal SEMANÁRIO Inês de Sousa – 20061856 Página 10
  • 11. 20 20 Imagem2: Print Sreen da página inicial do Jornal SEMANÁRIO online Inês de Sousa – 20061856 Página 11
  • 12. Esta é uma das maiores problemáticas presentes no jornal online – a falta de actualidade e de novidade. O editor do Jornal PÚBLICO21 online, António Granado referiu que “ as notícias ganham vida e forma no jornalismo online” . Questionado sobre a falta de inovação no jornal SEMANÁRIO, o editor explicou que “em 1995, os primeiros sites de jornais limitavam-se a copiar o seu jornal impresso para o online” e que “ essa era uma fase muito atrasada da Web”. António Granado concordou que com a evolução da Web não fazia sentido existirem sites assim “catorze anos depois não faz sentido que ainda existam jornais online assim, o jornal confia que é possível convencer os leitores só com o papel e isso não é certo”. O editor referiu ainda que “ mesmo os jornais semanários têm a obrigação de actualizar os sites, senão só vendem a edição em papel para um nicho muito pequeno de pessoas.” No PÚBLICO online, por exemplo, todos os jornalistas que trabalham na redacção, nas diferentes secções, são depois responsáveis pela parte correspondente no online. São 21 Site do Jornal PÚBLICO Inês de Sousa – 20061856 Página 12
  • 13. eles que elaboram as notícias e as publicam. No SEMANÁRIO online as coisas são um bocado diferentes. Os jornalistas e estagiários elaboram as notícias para o jornal impresso, estas depois são escolhidas pela secretaria do Jornal, Anabela Pereira, que tem também a função de as colocar online e só o faz quando pode, “às sextas-feiras, saio do curso, ainda vou para a margem sul, janto e só depois tenho tempo de colocar as notícias na internet, isto só acontece por volta da meia-noite, uma da manhã.” Anabela é a única pessoa que trabalha com o jornal online “sou a única que trabalha na edição online, inicialmente, não tinha muitas noções nem ferramentas de trabalho, mas com o passar do tempo fui aprendendo algumas coisas, mas só sei o básico”. Também há uma pessoa que coloca a capa do jornal impresso na internet, Paulo Martins que todas as sextas-feiras de manhã tem essa função visto que Anabela não consegue executar a tarefa. Para contextualizar, apresento uma resumida análise que recai nas diferentes secções do jornal online, onde percebemos que apenas uma parte do jornal impresso é publicado. Só as aberturas de cada secção merecem destaque na página on-line. Inês de Sousa – 20061856 Página 13
  • 14. Acontecimento 22 O acontecimento, é feito todas as semanas por jornalistas diferentes, é publicado semanalmente na edição impressa e no online acontece o mesmo. Esta é uma das secções em que até faz sentido que a publicação online assim o seja. O acontecimento é feito sobre um assunto que está em cima da mesa durante a semana, um grande acontecimento que é escrutinado pelo jornalista. Esta secção é aquela que menos recebe críticas dado que era complicado escolher um acontecimento de mais importância diariamente. Como é um trabalho que requer tempo, investigação só pode ser produzido semanalmente. 23 22 Secção “Acontecimento” do Jornal SEMANÁRIO 23 Imagem3 : Print Screen da secção de “Acontecimento” do Jornal SEMANÁRIO Inês de Sousa – 20061856 Página 14
  • 15. Automovél 24 A secção Automóvel é uma das que está menos actualizada. Aqui podemos encontrar noticias de 2003 até 2005. Não há actividade regular desde há quatro anos atrás. Será isto funcional e credível num jornal online? 25 24 Secção “Automovél” do Jornal SEMANÁRIO 25 Imagem4: Print Screen da secção de “Automovél” do Jornal SEMANÁRIO Inês de Sousa – 20061856 Página 15
  • 16. Cultura 26 A secção de cultura, tem apenas um artigo por semana, quando no jornal lhe são dedicadas várias páginas. Esta secção, assim como muitas das outras, até é daquelas que requer uma actualização de informação. A sessão de cultura para além de fazer um apanhado semanal do que se passou no País e no Mundo em termos culturais ainda oferece uma agenda, muitas vezes em formato notícia dos acontecimentos mais importantes da semana seguinte. Não faz sentido que essa agenda não seja publicada e dada a conhecer, pois conferia alguma preocupação para com o público. 27 26 Secção “Cultura” do Jornal SEMANÁRIO 27 Imagem5: Print Screen da secção de “Cultura” do Jornal SEMANÁRIO Inês de Sousa – 20061856 Página 16
  • 17. Desporto 28 A secção desportiva, outra área em que há acontecimentos importantes todos os dias, não tem a mínima actualidade. Esta secção também só apresenta uma noticia por semana. Este tipo de noticias, até faz sentido serem publicadas na edição impressa, mas não faz qualquer sentido estarem no online. Com a rapidez com que as coisas acontecem no Mundo, uma noticia que é escrita hoje, amanhã, já está desatualizada. Qualquer pessoa que queira consultar algo sobre desporto, com actualidade, não recorre a este site. 29 28 Secção de “Desporto” do Jornal SEMANÁRIO 29 Imagem6: Print Screen da secção de “Desporto” do Jornal SEMANÁRIO Inês de Sousa – 20061856 Página 17
  • 18. Economia 30 Na secção online de economia,as notícias publicadas, passo a repetição, são também de uma por semana. Esta é outra área em que a actualização permanente é fundamental. Uma coisa são artigos de opinião sobre política que se mantêm algum tempo actuais, outra são notícias de economia que sofrem actualizacões constantes. Ora, de todas as formas, não se compreende que numa semana se destaque apenas uma noticia de economia. Quando neste momento, a actualidade é marcada pela grande interferência do estado económico do País na sociedade. 31 30 Secção de “Economia” do Jornal SEMANÁRIO 31 Imagem7: Print Screen da secção de “Economia” do Jornal SEMANÁRIO Inês de Sousa – 20061856 Página 18
  • 19. Internacional 32 Hoje em dia, o que acontece no Mundo marca a história e a actualidade de um País. Mais uma vez a secção de internacional do jornal online apenas publica uma notícia por semana dedicada a esta temática. O Mundo neste momento passa ao lado da edição online do SEMANÁRIO. 33 32 Secção de “Internacional” do Jornal SEMANÁRIO 33 Imagem8: Print Screen da secção de “Internacional” do Jornal SEMANÁRIO Inês de Sousa – 20061856 Página 19
  • 20. Opinião 34 Esta secção, tal como a do Acontecimento, é das que mais justifica o modelo apresentado. A opinião de um jornalista ou do proprietário do jornal, neste caso, não é notícia e não precisa de actualização permanente. Esta secção até faz algum sentido que seja de publicação semanal, porque os jornalistas que as fazem no SEMANÁRIO, também só o fazem semanalmente. 35 34 Secção de “Opinião” do Jornal SEMANÁRIO 35 Imagem9: Print Screen da secção de “Opinião” do Jornal SEMANÁRIO Inês de Sousa – 20061856 Página 20
  • 21. Política 36 Este jornal é tipicamente um jornal político, muita da sua informação é sobre esta temática. A importância conferida na edição impressa a este género é grande. Mas no online as coisas mudam um pouco de figura. O jornal tem todas as semanas grandes entrevistas a conceituados políticos que nem sempre são colocadas no online. Já é difícil definir e fazer uma agenda política de todos os acontecimentos que marcaram uma semana. É fundamental que um online corresponda com actualidade à área de política. É uma área que interessa ao País e que move uma sociedade. Não faz sentido que também a política tenha uma edição online tão pobre. Mesmo assim é aquela que apresenta maior número de notícias publicadas por semana: entre uma a duas noticias são publicadas semanalmente. 37 36 Secção de “Política” do Jornal SEMANÁRIO 37 Imagem10: Print Screen da secção de “Política” do Jornal SEMANÁRIO Inês de Sousa – 20061856 Página 21
  • 22. Já no que toca à individualização dos partidos – BE38, CDS/PP39, PCP40, PS41, PSD42 - divisão presente no online, o caso não se repete. Notícias sobre os partidos não têm qualquer tipo de actualização desde o ano passado. A última notícia publicada sobre cada um dos partidos remete a 2008. Faz parecer que não ha actividade política deste então. Ninguém, a não ser para arquivo ou trabalhos, vai procurar informação numa área que têm um ano de atraso. Será que isto é jornalismo online? É que hoje em dia, com a quantidade de jornalistas cidadãos, o número de blogs informativos aumentou. Os de referência e mais procurados têm que ter uma actualização diária para serem procurados. Até o jornalismo cidadão já ultrapassou o site jornalístico de um jornal, como é que depois um público possivelmente interessado nestas noticias pode creditar no que está disponível? 43 38 Notícias do Bloco de Esquerda no Jornal SEMANÁRIO 39 Notícias do CDS/PP no Jornal SEMANÁRIO 40 Notícias do PCP no Jornal SEMANÁRIO 41 Noticias do Partido Socialista no Jornal SEMANÁRIO 42 Notícias do Partido Social Democrata no Jornal SEMANÁRIO 43 Imagem11: Print Screen da secção de “Política – Partidos” do Jornal SEMANÁRIO Inês de Sousa – 20061856 Página 22
  • 23. Sociedade 44 A última secção do jornal não é exepção à regra. Apenas a abertura de sociedade que aparece no jornal impresso é colocada no online. Sociedade também requer temas actuais, pertinentes para a sociedade. O interesse do leitor neste tipo de notícias até pode ser elevado, mas com tão pouca actualização perde muita da sua importância. 45 44 Secção de “Sociedade” do Jornal SEMANÁRIO 45 Imagem12: Print Screen da secção de “Sociedade” do Jornal SEMANÁRIO Inês de Sousa – 20061856 Página 23
  • 24. Sondagem 46 Este é o único rasgo de interação entre o leitor e o público. Embora a pergunta já não seja muito actual47 e já esteja colocada no site desde que rebentou o caso Freeport, esta inovação até mostra que o jornal tenta minimamente agradar e interagir com o seu público. Será que consegue? 48 46 Página inicial do Jornal SEMANÁRIO online, onde é apresentada a sondagem. 47 Durante a elaboração do trabalho a pergunta foi a mesma – Caso Freeport . No entanto no final do trabalho reparei que a pergunta já tinha sido alterada para : “Concorda com a decisão do Governo de adiar o projecto do TGV para a próxima legislatura?”, e já conta com 180 votações. 48 Imagem13: Print Screen da pergunta que estava publicada no Jornal SEMANÁRIO durante a elaboração da analise. Inês de Sousa – 20061856 Página 24
  • 25. Este género de site desmotiva o leitor. Primeiro não há nada de novo e de diferente entre a edição impressa e o online - uma é a reprodução barata e incompleta da outra. O público do online não procura este tipo de sites nem este género de noticias, desactualizadas, pouco inovadoras e ultrapassadas. O conceito de jornalismo online é completamente deturpado por este site. O que se quer é algo diferente, inovador, que traga novidade e actualidade. Neste caso do SEMANÁRIO online não é isso que se passa, o público é despersuadido a ler o que aqui é contado. O desinteresse mostrado na execução do site é também o desinteresse que o público vai mostrar ao lê-lo. António Granado, editor do PÚBLICO online falou da importância do jornalismo online, caracterizando-a como “um meio que promove a visita de muito mais pessoas e a possibilidade de se fazer um jornalismo muito mais actual”. No Jornal EXPRESSO online, por exemplo, trabalham oito pessoas que estão responsabilizadas por criar, e cuidar de todo o jornal. Paulo Castro, coordenador do EXPRESSO, falou sobre a importância do jornalismo online e referiu que “nos últimos anos tem-se verificado uma crescente perda de leitores das edições de papel, que estarão a migrar para os sites desses mesmos jornais e/ou outras publicações.” Para o Expresso, a edição online torna-se também “importante e fundamental para marcar e reforçar a presença da marca Expresso, que enquanto semanário, é necessário manter uma permanente ligação com o mercado e, sobretudo, com quem nos compram a cada sábado.” O SEMANÁRIO coloca um trecho de notícias que saem na edição em papel, e fá-lo semanalmente. Será que isto tem algum sentido, haver um jornal online que não mostra nada novo? Paulo Castro, do Expresso considera que o factor notícia é o mais importante porque é disso que as pessoas precisam. “O jornalismo online exige um trabalho de grande intensidade, sujeito a situações de muito stresse, perante a necessidade de estarmos sempre à frente dos nossos concorrentes directos. Também por isso, às vezes, é um jornalismo mais sujeito a falhas, embora eu creia que os leitores de sites de jornais estejam mais ou menos a par dessa pressão. Mas os princípios do jornalismo online são os mesmos do jornalismo das edições impressas. As pessoas querem notícias e querem verdade. Seja no formato papel ou com computador.” O SEMANÁRIO TRANSMONTANO é o jornal que mais se assemelha ao jornal em análise, em comum têm a pouca produção no jornal online. Aqui trabalham duas pessoas na edição online, mais dois jornalistas da edição em papel. A importância do jornalismo online é vista pelo responsável por J.B. César, responsável pelo site do SEMANÁRIO TRANSMONTANO como um veículo em que se tenta dar as Inês de Sousa – 20061856 Página 25
  • 26. notícias em primeira mão. “ É importante porque podemos dar notícias quando acontecem, sem termos de esperar pelo dia da edição em papel.” Quanto à necessidade de dar notícias actuais o jornal transmontano põe alguns entraves. “Os jornais regionais não têm meios para colocarem notícias "ao minuto". O mercado é diminuto e as tecnologias da Internet ainda não chegam a muita gente (por não saberem usá-las). Pelo que temos de nos limitar a actualizar apenas os factos mais relevantes.” Angel Castaños, do jornal online SUPERDEPORTE avalia bem a importância do jornalismo online porque considera que este alterou a conjuntura existente até então. “O jornalismo online tem muita importância porque mudou as estruturas da produção dos media e também é o responsável das reestruturações empresariais em muitas empresas de comunicação. Em Espanha e em Valência as empresas estão a cortar o número de trabalhadores para os seus jornais impressos. O aceso gratuito à informação na Internet é uma das principais razões destas mudanças.” Bernardo Marím, chefe da secção do EL PAÍS, disse que no seu jornal já começaram as reestruturações entre a redação do impresso e do online, talvez por questoes financeiras. “Exclusivamente no EL PAÍS online trabalham desde há três meses atrás umas 65 pessoas: jornalistas, documentalistas, criativos, desenhadores, e experts em video. O jornal criou um processo de integração e agora as redacções de papel e digital estão fundidas. Pretende-se que todo o mundo trabalhe para ambos os suportes, mas neste momento estamos neste período de mudança.” Sobre a importância deste meio de comunicação furtivo, o editor do EL PAÍS é claro e referiu ter uma importância básica, porque “as pessoas ja não esperam comprar o jornal no dia seguinte para saberem as noticias, querem sabê-las já e tê-las actualizadas permanentemente. As edições digitais dos grandes jornais já estão a superar dos jornais impressos. Ainda por cima, com um mundo cada vez mais globalizado, as edições digitais chegam a todos os pontos do planeta e os jornais impressos só chegam aos pontos de venda.” Inês de Sousa – 20061856 Página 26
  • 27. Com o mesmo orçamento (que tem o jornal neste momento), o que é que se poderia mudar no SEMANÁRIO online? É certo que o jornal não vive os melhores dias a nível financeiro. Mas também é certo que tem muito a mudar. O online encontra-se neste momento atrasado quase 15 anos em relação à maioria dos sites informativos portugueses49. São muitas as lacunas deste jornal e têm de ser preenchidas para que se torne num jornal online de referência. Neste momento o orçamento dedicado ao online é de zero euros. O jornal utiliza apenas uma pessoa para colocar as notícias - a secretária do SEMANÁRIO - Anabela, que é somente paga pelas suas funções como secretária. Hoje em dia são muitos os jovens que terminam o curso em jornalismo e que necessitam de um estágio. A grande maioria dos estágios não são remunerados, logo, o SEMANÁRIO poderia contratar alguns estagiários que pudessem trabalhar no online. Para além de ser útil e necessário ao jornal, ainda servia de escola para os estagiários. Era necessário alguém que produzisse informação mais actualizada, três ou quatro estagiários que estivessem na redacção a fazer este trabalho de pesquisa, confirmação e produção de noticias “ao minuto”. Depois de conseguir ter uma equipa sólida e concisa na parte online - cerca de três ou quatro pessoas que colocassem online as noticias e que tivessem tempo para as fabricarem - atribuía também funções aos jornalistas da redacção. Cada secção ficaria responsável pela elaboração de notícias importantes e com destaque para a edição online. Não quer dizer que não houvesse noticias iguais às publicadas na edição em papel, mas mudava o modo de actualização conferido no jornal até aos dias de hoje. Neste momento não há uma estrutura que consolide o trabalho do site. Com poucas pessoas se pode construir uma base nesse aspecto. Três/quatro pessoas (ou mais se possível) conseguiriam, com a ajuda dos jornalistas das várias secções, produzir informação diária suficiente para colocar no site. Depois da mudança nas bases do site, começava por fazer-lhe alterações. Outro dos aspectos que deveria ser modificado é o do grafismo, que actualmente, é bastante enfadonho e seria possível com poucos rendimentos arranjar alguém que o transformasse num online mais apelativo. O site tem um ar “velho” que rapidamente e com poucos custos e com uma renovação de sucesso lhe conferiria um ar alegre e inovador. 49 - Informação baseada na entrevista de Bernardo Marím do EL PAÍS, e de António Granado do PúBLICO Inês de Sousa – 20061856 Página 27
  • 28. O tipo de notícias publicadas no site não são adequadas ao estilo online, por isso colocaria somente textos curtos, feitos dentro das características que este gênero tem. A facilidade de leitura iria proporcionar ao público uma maior leveza e percepção de conteúdos. A actualidade era sem duvida imprescindível na elaboração do SEMANÁRIO. Sem actualidade não faz sentido que o jornal seja um online, só com actualidade se consegue cativar público – porque é isto que as pessoas procuram - informação na hora. O chefe do ELPAÍS.ES, Bernardo Marím referiu sobre o factor da actualidade que “ a actualidade é básica, pois incidir só na edição impressa é perder as muitas opções que a internet ofereçe – em Espanha, os grandes meios de comunicação já superaram esse modelo tradicional há 12 anos.” Angel Castaños, do SUPERDEPORT de Valência disse que a actualidade era fundamental em jornalismo online. “Ter notícias actualizadas ao minuto num jornal online é fundamental, ainda no outro dia comentava com um subdirector de Levante- emy que se uma empresa tem um produto online, este deve ter competência directa da sua versão impressa.” Outra das minhas apostas seria um jornalismo mais “light”50, em que estivessem incluídas imagens, áudios, vídeos, animações. Se podemos utilizar todas estas ferramentas em jornalismo online, porque não fazê-lo? Este tipo de meios ajudam e cativam o leitor. A dinamização do site é sem duvida algo extremamente necessário. A interactividade entre o jornalismo e o público é possível na internet e é também fundamental – é uma das características mãe deste género jornalístico. Fazer sondagens, lançar perguntas, pedir a participação do leitor, ter um fórum a funcionar regularmente, trocar emails com os leitores: são medidas importantes que não custariam monetariamente nem um euro ao jornal. É necessário deixar o público entrar na vida do jornal. Quanto mais vida tiver o jornal, mais público adere. Ter diversos links, fóruns, blogs, aderir às redes sociais, para expandir e dar a conhecer o site. A dinâmica de um site é muito importante. Tornaria os conteúdos do jornal mais apelativos, com infografias animadas, animações em flash, numa boa divisão. Bons destaques, bons títulos, artigos inovadores, com 50 Expressão “light” referente a um jornalismo mais leve com as características do jornalismo online Inês de Sousa – 20061856 Página 28
  • 29. temas inovadores que chamem a atenção. Fazer um pouco de jornalismo de investigação, também fundamental para o interesse do cidadão. Faria com que houvesse publicidade no online, Com um site novo e renovado era possível oferecer aos clientes de publicidade uma garantia de visibilidade que neste momento o jornal não oferece. Esta pergunta – O que mudaria no Jornal SEMANÁRIO online? - foi feita a quatro jornalistas do SEMANÁRIO, de forma a poder observar as opiniões daqueles que mais lidam com o site. Duarte Albuquerque Carreira, jornalista de Política do SEMANÁRIO disse que “aquele que não apanhe o comboio da internet e de uma boa comunicação fica para trás e o site do SEMANARIO corre esse perigo, porque é um site anacrónico.” O jornalista descreveu o site como um jornal que “ não tem um estilo nem um grafismo apelativo para quem está a ver; não tem dinamismo, não é um site actualizado com a frequência que deveria; é um site com poucos conteúdos, não tráz nada de novo nem acrescenta muito ao público, não há razões que levem os cidadãos a se informarem no site.” As suas opiniões sobre o que mudaria são inovadoras “ deveria-se tentar trazer novos conteúdos, promover perguntas, dossiers, noticias específicas, lançar campanhas, fazer com que seja apelativo; fazer com que as pessoas de manhã, à tarde ou à noite tenham razões para consultar o nosso site e infelizmente isso não acontece.“ Duarte Carreira falou as vantagens que um site renovado poderiam trazer para o jornal. “Com o disseminar cada vez mais crescente de informação, com jornais gratuitos, e já que falamos de informação, temos muitos sites de informação na internet, não só jornais, mas também blogs e outras plataformas onde os cidadãos se podem informar - só quem apresentar uma informação de qualidade é que vai ter sucesso - esse deveria ser um dos desígnios. Para além das noticias curtas do dia-a-dia, deveriamos ter exclusivamente no site um dossier com qualidade. Ao nível da complementaridade o site deveria servir como complemento à edição papel - por exemplo, temos uma reportagem em papel que poderiam ser complementada com vídeo, imagens e entrevistas filmadas. Precisamos de um site mais moderno, e não de um site com um layout dos anos 80. Precisamos também de mais notícias e com mais qualidade. Se tivermos um site melhor, atrairemos mais publicidade que seria mais uma fonte de riqueza.” José Pedro Pires , editor do SEMANÁRIO impresso, não aponta tantas crÍticas como o colega, mas ainda concorda que é necessário mudar. “Alteraria as cores, para que fossem semelhantes ao jornal impresso, mudaria as hiperligações e todo o esquema da página; mantinhas as sondagens e os principais destaques e incluiria alguma Inês de Sousa – 20061856 Página 29
  • 30. publicidade .” Pedro Gonçalves, jornalista responsável pela secção de Internacional também tece duras críticas ao jornal que representa. “Faria algumas modificações nas cores, dando- lhe um toque mais azulado, cor predominante nas páginas impressas do jornal. Tornava-o menos pesado e maçudo; as notícias não teriam o mesmo comprimento; colocava links mais interactivos; fazia uma actualização mais regular do dossier, que é um dos pontos mais baixos do site, neste momento tem o título “Terrorismo e Guerra” há cerca de dois anos.Tentaria que houvesse mais imagens, cada notícia devia ter uma imagem; devia ter um actualização regular, não digo de minuto a minuto como acontece em alguns jornais de tiragem diária mas uma actualização diária, o que não seria muito difícil, bastava ter um ou dois estagiários a colocar algumas notícias de cada secção que o jornal abrange diariamente. Colocava perguntas no que toca às sondagens, e estas deveriam mudar todas as semanas. Assim, acho que conseguíamos uma melhoria e uma maior de facilidade de adesão ao site, o que possibilitaria também uma maior possibilidade de haver publicidade.” João Pinheiro da Costa, é também jornalista e é responsável pela secção de Sociedade no jornal. João é também formado em informática e a sua resposta sobre o que mudaria no jornal, está mais relacionada com termos e especificidades mais técnicas. “Começava por uma reestruturação do design e do layout do site, criava um layout mais atrativo com mais cor, mais imagem, onde as páginas podessem ser dinâmicas e utilizadas em flash. O site do SEMANÁRIO padece de colaboradores, seriam eles os primeiros fazedores de noticias porque é preciso know how e recursos humanos e esses recursos seriam importantes para que de hora a hora, minuto a minuto, tivéssemos um site actualizado. Uma maior interacção com os leitores, com sugestões, vox-pop alargado. E, por último, colocaria uma coluna de opiniões que seriam, posteriormente, transformados em blogs”. Inês de Sousa – 20061856 Página 30
  • 31. A análise feita ao SEMANÁRIO online mostra que o jornal padece de tudo aquilo que é fundamental no “novo” jornalismo51. Todas as ferramentas que deviam de ser exploradas estão neste momento aniquiladas e o site neste momento tem pouca utilidade como veículo de informação. Falta quase tudo para que este jornal se torne num jornal dito de referência, ou até para que reúna as condições necessárias para se poder chamar jornal online. Porque o que existe neste momento não é um jornal. Ainda falta muitas mudanças para que se torne num jornal online e, com novas propostas, consegue-se contornar todos os contras e transformá-los em benefícios. O jornal também carece de financiamento para dar uma nova vida a este site. Mas a problemática que aqui se coloca foi descortinada a modo de arranjar soluções para resolver os problemas do site, gastando pouco dinheiro. São muitas as mudanças que conseguiriam ser feitas no jornal caso o jornal quisesse. Com essas transformações o jornal conseguiria angariar um maior número de leitores interessados e isso, com certeza, trás benefícios, até financeiros. Se o leitor gostar do que está a ler no online poderá até começar a comprar o jornal impresso. Outro beneficio financeiro é o da publicidade, com o uso de publicidade no online e impresso, o jornal conseguiria arranjar mais algum dinheiro para investir no seu site. É fundamental que um órgão de comunicação social tenha um bom site, bem dirigido, com cabeça, tronco e membros e isso não está a acontecer. Se nada for feito, o jornal não se salva sozinho, só se irá afundar mais. Pegar no online e puxá-lo para cima só vai trazer benefícios, tanto para o impresso como até para os jornalistas que vêem mais do seu trabalho reconhecido. E a motivação do jornalista no seu trabalho é o ponto de partida para o sucesso. Não há duvida que a tendência do futuro vai ser ler cada vez mais jornais online. A leitura dos jornais online tem crescido e muito nos últimos anos. A Sondagem52 abaixo indicada, tem um rácio pequeno, mas mostra um pouco das preferências dos cidadãos no jornalismo online. É por aí que o SEMANÁRIO se deve guiar, e perceber aquilo que o público gosta, e alterar a sua versão online para uma que seja do agrado do público em geral. 51 WIKIPÉDIA: Informação sobre Jornalismo online 52 Site da Sondagem Inês de Sousa – 20061856 Página 31
  • 32. 53 53 Imagem14: Sondagem sobre o Jornal online mais visitado Inês de Sousa – 20061856 Página 32
  • 33. Anexos Entrevistas na Integra: 1 - J.B. César - SEMANÁRIO TRANSMONTANO 1- Quantas pessoas trabalham na execução do Jornal SEMANÁRIO TRANSMONTANO Online? Duas pessoas na edição. Mais os jornalistas (dois) da edição em papel. 2- Qual é a importância do jornalismo on-line hoje em dia? Podermos dar notícias quando acontecem, sem termos de esperar pelo dia da edição em papel. 3- Que vantagens/ desvantagem vêm adjacentes ao jornalismo on-line? As vantagens: Possibilidade de chegar a todo o mundo rapidamente e sem custos acrescidos; As desvantagens: Perder assinantes da edição tradicional. A edição "on line" permite aos leitores residentes no estrangeiro ler o jornal um minuto depois de publicado. Pelo que deixa de fazer sentido ficarem vários dias à espera da edição em papel. Além de que esta acarreta despesas. Outra desvantagem: Cada notícia colocada na edição "on line" ao princípio ou ao meio da semana deixa de ser exclusiva, depois, na edição em papel. Isto porque os jornais da concorrência também ficam a saber, com antecedência, quais as nossas "caixas". E ficaríamos, assim, sem o exclusivo. Por isso, muitas vezes, não actualizamos a edição "on line". 4- O jornalismo on-line requer um trabalho “ao minuto”, vivo, actual considera isso fundamental? (faço esta pergunta porque já analisei jornais semanários on-line que colocam apenas as noticias que saem no jornal impresso, ou seja, são colocada noticias semanalmente o que não faz muito sentido num jornal on-line) Os jornais regionais não têm meios para colocarem notícias "ao minuto". O mercado é diminuto e as tecnologias da Internet ainda não chegam a muita gente (por não saber usá-las). Pelo que temos de nos limitar a actualizar apenas os factos mais relevantes. Inês de Sousa – 20061856 Página 33
  • 34. 2- Paulo Castro – SEMANÁRIO EXPRESSO 1- Quantas pessoas trabalham na execução do Jornal EXPRESSO On-line? Directamente, somos 8. 2- Qual é a importância do jornalismo on-line hoje em dia? Nos últimos anos, é dos livros, tem-se verificado uma crescente perda de leitores das edições de papel, que estarão a migrar para os sites desses mesmos jornais e/ou outras publicações. Para o Expresso, a edição online torna-se também importante e fundamental para marcar e reforçar a presença da marca Expresso. Ainda por cima, enquanto semanário, é necessário manter uma permanente ligação com o mercado e, sobretudo, com quem nos compra a cada sábado. 3- Que vantagens/ desvantagem vêm adjacentes ao jornalismo on-line? Vantagens (inúmeras, mas citarei apenas as mais importantes, em meu entender): 1- disponibilidade e actualidade a qualquer hora, já que há refreshs permanentes; 2- possibilidade de remeter o leitor para links que tenham a ver com o tema que está a consumir; 3- possibilidade de abrir a discussão, quase em tempo real, com os leitores, através de fóruns lançados a propósito de uma qualquer notícia. Desvantagens (inúmeras, mas citarei apenas as mais importantes, em meu entender); 1- obrigatoriedade de uso de um computador, o que limita a mobilidade, mesmo com um portátil…; 2- notícias de consumo rápido e quase imediato – as notícias online devem ter textos curtos e incisivos, pelo que é raro (e até desmobilizador) o uso de longos textos de análise e enquadramento sobre um qualquer tema; 3- enormes limitações do ponto de vista gráfico, que dificultam a leitura de notícias um pouco mais trabalhadas e elaboradas. No jornalismo online há ainda, para mim, uma desvantagem enorme, embora admita que esta seja uma visão muito pessoal e que nem todos, sobretudo os mais novos, pensem como eu: a falta do cheiro a papel... Pessoalmente, num sábado de manhã, se me derem à escolha a leitura do Expresso em papel ou online, numa qualquer esplanada, prefiro claramente a primeira hipótese! O cheiro a papel e as pontas dos dedos sujas com tinta são um prazer enorme… 4- O jornalismo on-line requer um trabalho “ao minuto”, vivo, actual. Considera isso fundamental para um boa execução de um jornal? (faço esta pergunta porque já analisei jornais semanários on-line que colocam apenas as noticias que saem no jornal impresso, ou seja, são colocada noticias semanalmente o que não faz muito sentido num jornal on-line.) O jornalismo online exige um trabalho de grande intensidade, sujeito a situações de Inês de Sousa – 20061856 Página 34
  • 35. muito stresse, perante a necessidade de estarmos sempre à frente dos nossos concorrentes directos. Também por isso, às vezes, é um jornalismo mais sujeito a falhas, embora eu creia que os leitores de sites de jornais estejam mais ou menos a par dessa pressão. Mas os princípios do jornalismo online são os mesmos do jornalismo das edições impressas. As pessoas querem notícias e querem verdade. Seja no formato papel ou com computador. 3 – Bernardo Marím – EL PAÍS 1- Cuantas personas trabajan en EL PAIS ONLINE? 2- Cual es la importancia del periodismo on-line hoy? 3- Que ventajees/ desventajas tiene el periodismo on-line? 4- Tengo estudiado algunas periódicos semanales que solamente publican lo que sale en el periódico impreso, o sea, lo on-line solo tiene información a cada semana. Crees que eso está bien? O la actualidad es fundamental para cualquiera periódico on-line? 1. Exclusivamente en EL PAÍS on line trabajaban hasta hace tres meses unas 65 personas: periodistas, documentalistas, desarrolladores, diseñadores, expertos en vídeo.... El periódico EL PAÍS emprendió entonces un proceso de integración y ahora las redacciones de papel y digital están fusionadas. Se pretende que todo el mundo trabaje ya para ambos soportes, pero de momento estamos en ese periodo de cambio. 2. Es básico. La gente ya no espera comprar el periódico al día siguiente para enterarse de las noticias, quiere saberlas ya y tenerlas actualizadas permanentemente. Las ediciones digitales de los grandes periódicos ya está superando en audiencia a la de sus hermanos los periódicos de papel. Además, con un mundo cada vez más globalizado, las ediciones digitales llegan a todos los puntos del planeta; los periódicos sólo a los puntos de venta. 3. Ventajas: la inmediatez, te ofrece la información al minuto y actualizada. Permite incorporar elementos de todos los tipos de periodismo: texto, audio, vídeo, infografía animada... Y también permite la participación de los lectores. Además, llega a todos los puntos del planeta donde haya conexión a internet: ahorra muchos costes de Inês de Sousa – 20061856 Página 35
  • 36. distribución e incluso de papel, con el consiguiente ahorro ecológico. Inconvenientes: la excesiva rapidez puede llevarnos a errores y equivocaciones fácilmente. De momento los medios invierten todavía poco en sus medios on line, aunque eso está cambiando: eso hace que su calidad está aún por debajo de la de sus medios impresos. Otro problema: la red está saturada de información y es difícil distinguir lo bueno de lo malo. 4. La actualidad es básica. Volcar sólo la edición impresa es perder muchísimas opciones que te ofrece internet. Así trabajábamos hace 12 años aquí, pero al menos en España y entre los grandes medios ese modelo está superado. 4 – Angel J. Castaños – SUPERDEPORTE 1- Para usted, cual es la importancia del periodismo on-line hoy en día? 2- Que ventajees/ desventajas tiene el periodismo on-line? 3- Tengo estudiado algunas periódicos semanales que solamente publican lo que sale en el periódico impreso, o sea, lo on-line solo tiene información a cada semana. Crees que eso está bien? O la actualidad es fundamental para cualquiera periódico on-line? 1. El periodismo on line es de gran importancia porque ha mudado las estructuras de producción de los medios y también es el responsable de las reestructuraciones empresariales en muchas compañías. En España y aquí en Valencia las empresas están recortando el número de trabajadores para sus periódicos impresos. El acceso gratuito a la información en Internet es una de las razones de estos cambios. 2. Ventajas para el usuario muchas: gratuidad, posibilidad de feedback, y sobre todo acceso a información muy concreta sobre tus intereses con herramientas como los agregadores de noticias RSS. Desventajas para aquellos profesionales que pierden su puesto de trabajo. 3. Lo que está claro, y lo comentaba con un subdirector de Levante-emv es que si una empresa tiene un producto on line, éste no debe ser competencia directa de su versión impresa. Inês de Sousa – 20061856 Página 36
  • 37. Bibliografia: Internet: Jornalismo Online: - http://www.ipv.pt/forumedia/5/13.htm - Obra de Jorge Pedro Sousa - http://pt.wikipedia.org/wiki/Jornalismo_online - Wikipédia - http://www.fafich.ufmg.br/~espcom/revista/numero1/ArtigoNiviaPereira.html - Obra “A Prática profissional do webjornalismo e o jornal laboratório on-line” de Nívia Rodrigues Pereira - http://online.blogspot.com/ - Blog de Raquel Recuero sobre Jornalismo online - http://www.jornalistasdaweb.com.br/index.php?pag=home&idConteudoTipo=1 – Jornalista da web - http://pauloquerido.pt/tag/jornalismo-online/ - Site “Certamente”, de Paulo Querido - http://mediascopio.wordpress.com/2009/05/27/jornalismo-online-trabalho-forcado/ - “Jornalismo e Comunicação” – Obra de consulta - http://www.internetandmedia.org/2008/06/06/analise-a-25-jornais-on-line/ - Internet and midia - http://www.bocc.ubi.pt/pag/barbosa-elisabete-interactividade.pdf -“Interactividade - A grande promessa do jornalismo online”, Obra de Elizabete Barbosa - http://www.ipv.pt/forumedia/5/13.htm - Jornalismo online - http://pt.wikipedia.org/wiki/Jornalismo_online - “Novo jornalismo online” - http://bocc.ubi.pt/pag/_texto.php3?html2=canavilhas-joao-webjornal.html - “Webjornalismo”, obra de João Canavilhas Trabalhos baseados na análise de Jornais online: - http://webcom-simaocc.blogspot.com/2006/05/webjornalismo-nos-jornais-on- line_16.html - “Webjornalismo nos jornais online portugueses – Análise” Obra de João Simão Inês de Sousa – 20061856 Página 37
  • 38. - http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos.asp?cod=395AZL004 – Análise a jornais online http://acnmwiki.wikispaces.com/An%C3%A1lise+do+di%C3%A1rio+Jornal+de+Not%C3 %ADcias+-+vers%C3%A3o+papel+e+on-line - Análise do diário Jornal de Notícias - versão papel e on-line - http://www.ainda.info/el_pais_evaluacion.html -"ElPaís.es". Avaliação do seu novo design "pay per view" Noticias e estudos sobre os Jornais online: - http://www.marktest.com/wap/a/n/id~2a6.aspx - estudo da Markest sobre a navegação dos portugueses a partir da internet - http://www.gildot.org/pollBooth.pl?qid=jornaldodia&aid=2 – Sondagem sobre preferencia do público sobre os jornais online portugueses - http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1382989 - Relatório da consultora Nielsen Online - http://opiniaoenoticia.com.br/economia/midia/jornais-online-nao-podem-ser-pagos- nem-gratuitos/ - “Jornais online não podem ser pagos, nem gratuitos” - http://memoriavirtual.net/2008/03/media-e-comunicacao/principais-jornais- portugueses-vendem-cada-vez-menos/ - “Principais jornais portugueses vendem cada vez menos” http://www.observatoriodoalgarve.com/cna/noticias_ver.asp?noticia=3074 – “Jornais online cada vez mais lidos” Conceitos: Web: - http://pt.wikipedia.org/wiki/World_Wide_Web Internet: - http://osmandachuva.blogs.sapo.pt/16308.html - O que é a internet Inês de Sousa – 20061856 Página 38
  • 39. História dos Meios de Comunicação: - http://telefonia.no.sapo.pt/ - História da radio em Portugal. - http://www.notapositiva.com/pt/trbestprof/sistinform/10histtelev.htm#vermais – História da Televisao - http://pt.wikipedia.org/wiki/Imprensa Imprensa wikipedia Jornais: - www.semanario.pt – Jornal SEMANÁRIO - www.expresso.pt - Jornal Expresso - http://www.publico.clix.pt – Jornal Público - http://www.semanariotransmontano.com - Semanário Transmontano - http://www.elpais.com - EL PAÍS - http://www.elpais.com/comunes/2005/quetzal/enviado_a.html - Bernardo Marin, Jornalista EL PAÍS - http://www.superdeporte.es – SUPERDEPORTE - http://blog.superdeporte.es/mi-formula1 - Blog de opinião de Angel Castaños, Jornalista do SUPERDEPORTE Outros Sites consultados: - http://www.d2d.pt - d2d - http://www.uch.ceu.es/principal/inicio.asp?menusuperior - Universidade Cardenal Herrena, Valência Inês de Sousa – 20061856 Página 39
  • 40. Imagens: - Sondagem - http://www.gildot.org/pollBooth.pl?qid=jornaldodia&aid=2 - SEMANÁRIO – www.semanario.pt Entrevistas: - António Granado – PUBLICO online – por telefone. - Paulo Castro – EXPRESSO online – por email. - J.B. César – SEMANÁRIO TRANSMONTANO – por email. - Bernardo Marím – EL PAÍS – por telefone e email. - Angel J. Castaños – SUPERDEPORTE – por email. - Duarte Alburquerque Carreira – SEMANARIO – presencial. - José Pedro Pires – SEMANARIO – presencial. - Pedro Gonçalves – SEMANARIO – presencial. - João Pinheiro da Costa- SEMANARIO – presencial. - Anabela Pereira – SEMANARIO – por telefone e presencial. Inês de Sousa – 20061856 Página 40