Desafios da pedagogia diante da tecnologia digital2
1. Um Convite à Interatividade
e à Complexidade
Marcos Silva
Aluna: Isabel Cristina Berlandi Peregrina
2. Pareceres dos críticos sobre
Interatividade
O Diálogo x Comunicação
O Ideologia, Publicidade e Estratégia de Marketing
O Homem x Computador
Modismo, Markenting e o domínio da Técnica
3. Modalidade Comunicacional
Massiva
Comunicação de
massa. O mesmo
paradigma que separa
a emissão da
recepção.
4. Modalidade da Comunicação
Interativa
Fenômeno de uma Sociedade da Informação
e manifesta-se nas esferas:
Tecnológica, Mercadológica e social
Porém não se trata simplesmente de modismo de argumento de
venda ou dominação da máquina sobre o ser humano.
5. Interatividade uma nova
modalidade comunicacional
o Interatividade uma nova modalidade
comunicacional num contexto complexo de
múltiplas interferências, de múltiplas
causalidades.
o Tendência geral em nosso tempo, ela não é
apenas um fruto de uma tecnicidade de
informática, mas um processo em curso de
reconfiguração das comunicações humanas
em toda sua amplitude.
o Novas tecnologias interativas renovam a
relação do usuário com a imagem, com o
texto, com o conhecimento.
6. Papel do Mudança significativa da
mensagem-emissor e receptor.
receptador na
o A mensagem torna-se modificável na
comunicação medida em que responde às solicitações
interativa daquele que a consulta, que a explora, que
a manipula.
o Emissor- constrói uma rede e defini um
conjunto de territórios a explorar, um
conjunto de territórios abertos a navegações
e dispostos a interferências e modificações,
vindas da parte do receptor. Enfim, este
torna-se um “utilizador”, “usuário” que
manipula a mensagem como coautor,
cocriador, verdadeiro conceptor.
7. Concluem que a melhor estratégia não é, simplesmente, aquela que faz
distribuir produtos em massa, mas sim a que gera comunicação aberta entre
cliente, produto e produtor. Gerar comunicação aberta significa permitir ao
cliente-consumidor-usuário atuar como coautor, como cocriador
personalizado na relação com o produto. As tecnologias permitem essa
comunicação aberta e os investidores apostam nela.
8. Pensar pela própria cabeça implica o enfrentamento dos
dogmas Gustavo Bernardo
As escolas têm, pela frente, um desafio. O desafio de formular um projeto pedagógico que contemple as
inovações tecnológicas e promova a interatividade dos alunos. E deixar para trás um modelo de ensino
que se tornou ultrapassado no século XXI, e que com certeza o grande responsável por essa mudança é o
aluno dessa nova geração. Eles crescem totalmente envolvidos pelas novas tecnologias e precisam que a
escola possam dialogar com eles. Mas não só pelo comunicação unilateral, pelo contrario é preciso que
os professores se aproprie dessas novas tecnologia e promova a interatividade utilizando esses recursos e
compartilhando com os alunos. O professor de nova geração precisa ser ousado, destemido e procure
vencer todos os dogmas que muitas vezes os tornam resistentes as mudanças.
9. Hipertexto e o novo
Expectador
o O hipertexto se apresenta então como
novo paradigma tecnológico que liberta
o usuário da lógica unívoca, da lógica da
distribuição, próprias do sistema mass
mediático predominante no século XX.
o Pode-se dizer, então, que o hipertexto é
o grande divisor de águas entre a
comunicação massiva e comunicação
interativa. “O hipertexto é
essencialmente um sistema interativo” e
que materializado no chip, ele faz deste
o “ícone por excelência da
complexidade em nosso tempo”.
10. o A convivência com as novas tecnologias
hipertextuais coloca o usuário em contato
direto com a experiência da complexidade no
âmbito da comunicação. Ou seja, ele
experimenta a multiplicidade e a junção da
emissão e recepção como bidirecionalidade,
como hibridação.
o A medida que faz uso das tecnologias
hipertextuais, ele tende a tornar-se menos passivo
diante da separação da produção e o consumo, da
separação da distribuição e comunicação.
o Diante da informação, da mensagem, pode
interferir, modificar, produzir e compartilhar.
11. o Com o hipertexto ele aprende a nova gramática¨
dos meios audiovisuais _ a multimídia, a
hipermídia. Aprende novos parâmetros de leitura
e de conhecimento. A leitura é ¨de tipo
cinestésico, atenta ao mesmo ao que é dito, ao
que é mostrado nos vários quadros simultâneos
e ao que é comentado por meio dos inúmeros
textos que correm paralelamente sobre as
imagens.
o Deixa, portanto, de submeter-se ao modelo
reducionista e disjuntivo do pensamento
simplificador que separa emissão e recepção,
e abre-se à perspectiva do pensamento
complexo.
12. Epistemologia da Complexidade e
Interatividade
Emerge a percepção da compatibilidade
entre o conhecimento da complexidade e a
modalidade comunicacional disponibilizada
pelas tecnologias hipertextuais ou novas
tecnologias informáticas.
A interatividade que vislumbra a
possibilidade de uma conjunção complexa
operando entre usuário e a tecnologia
hipertextual. Conjunção entendida como
“diálogo” e como “multiplicidade”.
13. Edgar Morin
Fundamentos do Pensamento da Complexidade
Luta contra a fragmentação do conhecimento
Interatividade no Pensamento Complexo
14. O pensamento complexo é aquele que busca aprender tais
interações a partir da ótica da diversidade, da incorporação
do acaso, da incerteza e, portanto, como superação da
casualidade linear, do determinismo simplificador.
15. Para Morin, quando as certezas
estão em ruínas, ele se sente livre
para buscar as interações em tudo
o que o pensamento simplificador,
sustentado por imperativos
categóricos, costuma separar,
dissociar. Essa opção pela
complexidade supõe uma razão
aberta que não lamenta as perdas,
mas que se revigora, se fortalece na
liberdade da insegurança, na
instabilidade da ausência de
fundamentos¨.
16. Princípios da Interatividade
o A condição do novo espectador que se encontra num ambiente polifônico
e polissêmico que se abriu para ele com o enfraquecimento dos grandes
referentes unidimensionais de significação; aí ele faz por si mesmo uma vez
que não mais se submete às emissões separadas da sua participação, e tem a
seu favor as tecnologias hipertextos principalmente. Ratifico fundamentar-
me na ausência de fundamentos em implicar abertura para mais interações,
para o mais comunicacional.
o O segundo princípio remete ao conceito de pensamento complexo: atentar
para as interações em sua dialógica , multiplicidade e recursividade É
condição sine qua non para o posicionamento crítico da interatividade e de
sua análise. Ou seja, é na perspectiva do pensamento complexo que me
posiciono diante das interações e da interatividade.
17. Perspectivas para a Educação
O Articulação entre a comunicação interativa e
educação com foco na sala de aula.
O Revitalização da prática pedagógica.
O Autoria do professor, a partir do
redimensionamento da pragmática comunicacional
que classicamente vem separando a emissão e a
recepção.
18. Emergência histórica da
Interatividade
Esfera tecnológica
A tela do computador espaço de manipulação, de cocriação,
com janelas “moveis” e abertas a múltiplas conexões.
20. Esfera Social
O jovem estudante é o novo espectador menos
passivo, mais intuitivo, que tende a “uma aprendizagem
fundada menos na dependência dos adultos que na própria
exploração que os habitantes do novo mundo tecnocultural
fazem da imagem e do som, do tato e da velocidade”.
21. Apontar perspectivas que possam
contribuir para “inventar um novo
modelo de educação” capaz disseminar
um outro modo de pensamento”. Isto
pode parecer muito abstrato-sonhador,
no entanto, encontro no tratamento
complexo da comunicação interativa
uma fonte muito fecunda de sugestões
para a pesquisa que busca revigorar a
sala de aula a partir da modificação da
pragmática comunicacional que se faz
tradicionalmente de “A” para “B” ou de
“B” para “A”.
22. Dedico-me então ao tratamento da comunicação
interativa, buscando nesta fonte de sugestões para
materialização da aprendizagem à maneira do “A” com
“B” mediatizados pelo mundo”, possibilidades de
reinvenção da sala de aula e contribuições para o
dimensionamento do que seja educar em nosso tempo.
23. O modus operandi que adoto é o adentra mento
dialógico pela floresta intrincada de ideias sobre o
que seja comunicação interativa em suas múltiplas
repercussões na teoria da comunicação, nas novas
tecnologias informáticas, na mídia, no social, na arte e
no mercado.
24. Fundamentos do Pensamento da
Complexidade
• O primeiro buraco negro
O conhecimento é sempre uma tradução, seguida de
uma reconstrução.
• O segundo buraco negro é que não ensinamos as
condições de um conhecimento pertinente.
Isto é um conhecimento que não mutila o seu objeto.
• O terceiro buraco é a identidade humana
A nossa identidade é completamente ignorada pelos
programas de instrução.
25. • O quarto aspecto é sobre a compreensão humana.
Nunca se ensina sobre compreender uns aos outros,
como compreender nossos vizinhos, nossos parentes,
nossos pais.
•O quinto aspecto é a incerteza
Apesar de ensinar-se só as certezas: a gravitação de
Newton, o eletromagnetismo.
• O sexto aspecto é a condição planetária
Aspecto é a condição planetária, sobretudo na era da
globalização no século XX.
• O último aspecto é o que vou chamar de
antropo-ético
Porque os problemas da moral e da ética diferem
entre culturas e na natureza humana.
26. “O conhecimento é sempre uma tradução, seguida de
uma reconstrução”.
“Portanto, o ensino por disciplina, fragmentado e
dividido, impede a capacidade natural que o espírito tem de
contextualizar, é essa capacidade que deve ser estimulada e deve
ser desenvolvida pelo ensino de ligar as partes ao todo e o todo às
partes”.
“Edgar Morin, vê o mundo como um todo indissociável e propõe
uma abordagem multidisciplinar e multirreferenciada para a
construção do conhecimento”.
Edgar Morin
A Interatividade diante das novas tecnologias para uma real
interação é necessário haver uma conscientização da importância
da interligação dos conteúdos, levando o receptor a ser o coautor
dos novos conhecimentos.
Isabel Cristina
27. “(...) Vi todas as coisas e
maravilhei-me de tudo,
Mas tudo ou sobrou ou foi
pouco, não sei qual, e eu sofri.
Eu vivi todas as emoções, todos os
pensamentos, todos os gestos.
E fiquei tão triste como se tivesse querido
vivê-los e não conseguisse (...)”
“Um contrabandista dos saberes” por transitar nas diversas áreas
promovendo o diálogo entre as ciências e a busca das relações entre
todos os tipos de pensamento.
“Este é um princípio da epistemologia da complexidade que entende,
que a parte está no todo assim como o todo está na parte. Cada
parte, por um lado, conserva suas qualidades próprias e individuais,
mas, por outro, contém a totalidade do real”.
28. “Na minha opinião não temos que destruir
disciplinas, mas temos que integrá-las, reuni-las uma
as outras em uma ciência como as ciências estão
reunidas, como, por exemplo, as ciências da terra, a
sismologia, a vulcanologia, a meteorologia, todas
elas, articuladas em uma concepção sistêmica da
terra”.
“A ciência do passado pensou ter encontrado uma
verdade simples,
uma verdade determinista, uma verdade que reduz o
Universo a algumas fórmulas.
Hoje, nós sabemos que o desafio do mundo e da
realidade é a complexidade.
E, a meu ver, a ciência que vai se desenvolver no futuro
é a ciência da complexidade.”
Edgar Morin
29. “Com o desenvolvimento das novas
tecnologias, o nosso planeta deixa ser
partes isoladas com seus continentes, para
torna-se um todo, através da comunicação
global e interativa. O pensamento deve
sempre estar voltados para as novas
formas de pensar, refletindo diante das
informações recebidas para serem
incorporados os novos conhecimentos,
levando a novas práticas de construção de
seu próprio pensamento, sendo então
coautor dos novos conhecimentos”.
Isabel Cristina
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