Ressonância magnética do sistema nervoso central fetal pdf
1. Monitora: Isadora Cristina Olesiak Cordenonsi
Professor: Dr Carlos Jesus Pereira Haigert
Ressonância Magnética do Sistema
Nervoso Central Fetal
2. O método
Desenvolvimento cerebral fetal normal
Ventriculomegalia
Disgenesia de corpo caloso
Anormalidades no desenvolvimento do tubo neural ventral
Anormalidades no desenvolvimento do tubo neural dorsal
Anomalias da fossa posterior
Distúrbios na proliferação, migração e organização cortical
Lesões encefaloclásticas
Anormalidades da coluna vertebral
3. O método
Anormalidades estruturais como malformações congênitas
ou lesões destrutivas cerebrais podem ser ocultas
ultrassonograficamente, porém detectadas pela RMF;
RMF: estudo complementar à US pré-natal;
US continua principal método de screening para as doenças
encefálicas fetais;
4. O método
Limitações do método vem sendo superadas devido às
bobinas de superfície e advento de sequências rápidas (ex:
HASTE);
RMF tem sido utilizada para confirmar, caracterizar e/ou
complementar os achados ultrassonográficos pré-natais;
5. O método
Apesar de não existir malefício comprovado para o
desenvolvimento fetal é prudente esperar após a 22° semana
para a realização do exame;
Sequência:T2 (SSFE: single shot fast echo; HASTE: half-
fourier single shot turbo spin echo)
Sem contraste;
6. O método
T1: útil após 28° semana;
Sequência gradiente-eco: (artefatos) mas útil da detecção de
hemorragias e calcificações;
Difusão
Supino ou decúbito lateral esquerdo;
7.
8.
9.
10. Método
Suspeita ultrassonográfica de disgenesia de corpo caloso e
lesões císticas em fossa posterior;
US normal mas gestação com alto potencial de lesão cerebral
destrutiva ou infecções maternas ou história familiar de
malformação indicada RMF
11.
12. Método
Limitações:
Gestação precoce: dificuldade de visualização de pequenas
estruturas;
Distância feto-bobina;
Movimentação fetal;
Vantagem: visualização de ambos os lados do corpo fetal;
13. Método
Limitações do US:
Sombra acústica produzida pela ossificação do calvário;
Dificuldades técnicas devido ao posicionamento fetal;
14. Desenvolvimento cerebral fetal normal
Sulcos marcadores;
Matriz germinativa / migração de neuroblastos;
Corpo caloso;
Ventrículos;
25. Padrão de sulcação nem sempre é simétrico;
Gestação gemelar, ventriculomegalia e mal formações
cerebrais podem atrasar o surgimento dos sulcos cerebrais;
Fissura sylvianas: identificadas antes mesmo da 18° semana (
rasas profundas)
26. Matriz germinativa/migração de
neuroblastos
Cérebro fetal é caracterizado por múltiplas camadas que
desaparecem posteriormente com o surgimento dos sulcos e
com o amadurecimento do SNC;
1° camada: matriz germinativa: mais profunda, alta
celularidade, circunda os ventrículos laterais;
Produz neuroblastos e glioblastos entre 10° e 26° semanas;
27.
28. Matriz germinativa/migração de
neuroblastos
Matriz germinativa
A partir do 3° trimestre tende a involuir, restando no teto do
corno temporal e na parede lateral do corno occipital até a
33° semana;
Após 33° semana: permanece só na zona caudotalâmica
(vários meses após nascimento);
29.
30. Matriz germinativa / migração de
neuroblastos
Migração de neuroblastos: sinal intermediário em relação à
MG;
Matriz germinativa (MG)
Zona periventricular
Zona subventricular
Zona marginal
Baixo sinal
Isossinal em relação a MG
Baixo sinal
Alto sinal
31. Corpo caloso
Maior das comissuras inter-hemisféricas;
Baixo sinal emT2;
Desenvolve-se entre 8 e 20 semanas;
32. Sistema ventricular
Diâmetro reduz conforme avança a idade;
Grandes entre 20 e 24 semanas;
Colpocefalia (a partir de 24 semanas);
Medida axial: porção superior dos tálamos: máximo 10mm;
Valores 2mm a menos que os ultrassonográficos;
33.
34. Medida coronal: paralela ao assoalho do quarto ventrículo;
Espaço subaracnoideo proeminente antes da 30° semana;
38. Ventriculomegalia
Anormalidade mais comum identificada no US pré-natal;
Diâmetro do átrio dos ventrículos>10mm;
LEVE: até 15mm
MODERADA: maior que 15mm (córtex residual >3mm);
GRAVE: maior que 15mm (córtex residual <2mm);
39. Ventriculomegalia
40% achado isolado;
60% associado a: estenose de aqueduto, agenesia de corpo
caloso, defeitos de tubo neural, distúrbios da formação
cortical e hemorragia cerebral;
Assimetria pode corresponder apenas a uma variação
anatômica;
44. Anormalidades de corpo caloso
Disgenesia de comissuras;
Situação comum na USG;
Uma das principais indicações de RMF;
USG normal/alterado RMF normal/alterada;
45. Anormalidades de corpo caloso
Alta incidência de associação com outras anomalias do SNC
(Chiari 2, DW, holoprosencefalias, heterotopias,
esquizencefalias...)
Sinais indiretos:
Alargamento dos átrios dos ventrículos
Paralelismo dos ventrículos laterais
Não caracterização do septo pelúcido
Posicionamento alto do 3° ventrículo
46.
47.
48. Anormalidades no desenvolvimento do
prosencéfalo ventral (ou tubo neural ventral)
Holoprosencefalia: falha completa ou parcial na divisão do
cérebro;
ALOBAR fissura interhemisférica e foice ausentes, ventrículo
único e tálamos fusionados (hipotelorismo, fenda palatina,
ciclopia são comuns)
LOBAR mais leve; fusão da região anterior do giro do
cíngulo e corno frontal dos ventrículos laterais (na USG esses
sinais de fusão podem ser discretos);
49.
50. Anormalidades no tubo neural dorsal
Anencefalia, cefalocele, meningoencefalocele e mal-formação
de Chiari 2;
51. Anormalidades no tubo neural dorsal
Cefalocele: protrusão de conteúdo intracraniano por um
defeito ósseo; RMF mais acurácia para identificar conteúdo
do saco herniário;
52.
53. Anomalias de fossa posterior
Megacisterna magna
Cisto aracnoide
Malformação DandyWalker
54. Anomalias de fossa posterior
Megacisterna magna: variação anatômica comum, fossa
posterior, verme e tentório preservados;
55. Anomalias de fossa posterior
Cistos aracnoideos: isointensos ao liquor;
56.
57. Anomalias de fossa posterior
Malformação DW
Agenesia ou hipoplasia do vermis do cerebelo
Dilatação cística do 4° ventrículo
Elevação do tentório
Fossa posterior alargada
USG boa acurácia nas formas severas
RMF auxilia nas anormalidades supratentoriais associadas
58.
59. Anomalias de fossa posterior
Malformação Chiari 2
Fossa posterior de pequenas dimensões
Deslocamento caudal das tonsilas cerebelares
Mielomeningocele
61. Distúrbios de proliferação, migração e
organização cortical
Lisencefalia
Polimicrogiria
Esquizencefalia
Heterotopias
Diagnóstico difícil pela USG RMF
62. Distúrbios de proliferação, migração e
organização cortical
Semelhante aos achados encontrados em crianças;
Heterotopias nodulares periventriculares: pequenas imagens
nodulares com isossinal na matriz germinativa;
63.
64. Distúrbios de proliferação, migração e
organização cortical
Polimicrogiria: muitos sulcos para uma idade gestacional
precoce;
Lisencefalia: fissura sylvinianas lisas e rasas, redução dos
sulcos esperados para a idade gestacional;
65. Distúrbios de proliferação, migração e
organização cortical
Esquizencefalia; fenda epitelizada por substância cinzenta
preenchida por liquor se estendendo do ventrículo até a pia-
máter
Lábios abertos: paredes separadas
Lábios fechados: paredes em aposição
72. Lesões encefaloclásticas
Não hemorrágicas: áreas periventriculares de alto sinal em
T2, irregularidade na matriz germinativa (regiões corticais,
substância branca...);
Geralmente insulto isquêmico;
Hipersinal emT2
73. Lesões encefaloclásticas
RMF é útil na identificação de possíveis injúrias
parenquimatosas hemorrágicas ou isquêmicas em gestações
gemelares monocoriônicas ou em casos de xipófagos;
74.
75.
76. Anormalidades de coluna vertebral
Acurácia de 100% (USG também)
RMF pode trazer com maior nitidez conteúdo da
mielomeningocele e correlação com medula espinhal;
77. Anormalidades de coluna vertebral
Mielomeningocele: ausência de elementos posteriores dos
corpos vertebrais lombares afetados com extensão dos espaço
subaracoideo posteriormente através da espinha bífida;
(associação com Chiari 2) Correção cirúrgica intraútero do
disrrafismo espinhal estimulando desenvolvimento da fossa
posterior;
Importante mencionar as dimensões;
78.
79. Anormalidades de coluna vertebral
Teratoma coccigeo: tumor congênito mais comum 1/40mil
Benigno, altamente vascularizado, composto pelas 3 camadas
de células germinativas;
Sinal mais precoce pode ser o aumento uterino maior que o
esperado para a idade gestacional
Sólida-cística
DD: mielocistocele (RMF)