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Tópicos em Educação 2: Educação e Cultura
Cultura, culturas e educação
Alfredo Veiga-Neto
Assiste-se hoje a uma verdadeira virada cultural, que pode ser resumida
como o entendimento de que a cultura é central não porque ocupe um
centro, uma posição única e privilegiada, mas porque perpassa tudo o que
acontece nas nossas vidas e todas as representações que fazemos desses
acontecimentos (Hall, 1997).
A Cultura foi durante muito tempo pensada como única e universal. Única
porque se referia àquilo que de melhor havia sido produzido; universal
porque se referia à humanidade, um conceito totalizante, sem
exterioridade.
Assim, a Modernidade esteve por longo tempo mergulhada numa
epistemologia monocultural. E, para dizer de uma forma bastante sintética,
a educação era entendida como o caminho para o atingimento das formas
mais elevadas da Cultura, tendo por modelo as conquistas já realizadas
pelos grupos sociais mais educados e, por isso, mais cultos.
Tópicos em Educação 2: Educação e Cultura
Veio daí, por exemplo, a diferenciação entre alta cultura e baixa cultura.
Simplificando, a alta cultura passou a funcionar como um modelo – como a
cultura daqueles homens cultivados que “já tinham chegado lá”, ao
contrário da “baixa cultura” – a cultura daqueles menos cultivados e que,
por isso, “ainda não tinham chegado lá”.
De tal diferenciação ocuparam-se muitos pedagogos, uma vez que a
educação foi – e ainda é – vista por muitos como o caminho natural para a
“elevação cultural” de um povo.
Veio também daí o cunho elitista conferido a expressões do tipo “fulano é
culto”, “esse grupo tem uma cultura superior àquele outro”, ou “o nosso
problema é a falta de cultura”. Em qualquer desses casos é evidente o
recurso ao conceito de cultura como um elemento de diferenciação
assimétrica e de justificação para a dominação e a exploração. Boa parte do
pensamento pedagógico moderno alimentou-se desse – ao mesmo tempo
que alimentou esse entendimento de Cultura.
Tópicos em Educação 2: Educação e Cultura
Qualquer pedagogia multicultural não pode pretender dizer, aos que estão
entrando no mundo, o que é o mundo; o que no máximo ela pode fazer é
mostrar como o mundo é constituído nos jogos de poder/saber por aqueles
que falam nele e dele, e como se pode criar outras formas de estar nele.
Tópicos em Educação 2: Educação e Cultura
Educação escolar e cultura(s): construindo caminhos
Antonio Flavio Barbosa Moreira / Vera Maria Candau
Estamos ainda distante do que Connell (1993) denomina de justiça
curricular, pautada, a seu ver, por três princípios: (a) os interesses dos
menos favorecidos, (b) participação e escolarização comum e (c) a produção
histórica da igualdade.
Para o autor, o critério da justiça curricular é o grau em que uma estratégia
pedagógica produz menos desigualdade no conjunto de relações sociais ao
qual o sistema educacional está ligado.
Apoiando-nos em Sousa Santos (2001, 2003), insistimos na necessidade de
uma orientação multicultural, nas escolas e nos currículos, que se assente na
tensão dinâmica e complexa entre políticas da igualdade e políticas da
diferença.
Tópicos em Educação 2: Educação e Cultura
“As versões emancipatórias do multiculturalismo baseiam-se no
reconhecimento da diferença e do direito à diferença e da coexistência ou
construção de uma vida em comum além de diferenças de vários tipos”
(Santos, 2003, p. 33).
Construir o currículo com base nessa tensão não é tarefa fácil e irá
certamente requerer do professor nova postura, novos saberes, novos
objetivos, novos conteúdos, novas estratégias e novas formas de avaliação.
Será necessário que o docente se disponha e se capacite a reformular o
currículo e a prática docente com base nas perspectivas, necessidades e
identidades de classes e grupos subalternizados.
Tópicos em Educação 2: Educação e Cultura
No âmbito do pensamento pós-moderno, a cultura adquire cada vez mais
um papel mais significativo na vida social: hoje, tudo chega mesmo a ser
visto como cultural (Baudrillard, apud Featherstone, 1997).
A cultura estaria, assim, além do social, descentralizando-se, livrando-se de
seus determinismos tradicionais na vida econômica, nas classes sociais, no
gênero, na etnicidade e na religião.
Segundo Featherstone, no entanto, trata-se, na verdade, de uma
recentralização da cultura, expressa no aumento da importância atribuída
ao estudo da cultura no âmbito da vida acadêmica.
As transformações culturais desenvolvem-se também de forma bastante
aguda no nível do microcosmo. A expressão “centralidade da cultura”, tal
como empregada por Hall, refere-se exatamente à forma como a cultura
penetra em cada recanto da vida social contemporânea, tornando-se
elemento-chave no modo como o cotidiano é configurado e modificado.
Tópicos em Educação 2: Educação e Cultura
O que de fato Hall argumenta é que toda prática social depende do
significado e com ele tem relação. A cultura é uma das condições
constitutivas de existência dessa prática, o que faz com que toda prática
social tenha uma dimensão cultural. Aceitando-se esse ponto de vista, não
há como se negar a estreita relação entre as práticas escolares e a(s)
cultura(s.
A problemática das relações entre escola e cultura é inerente a todo
processo educativo. Não há educação que não esteja imersa na cultura da
humanidade e, particularmente, do momento histórico em que se situa.
A reflexão sobre esta temática é co-extensiva ao próprio desenvolvimento
do pensamento pedagógico. Não se pode conceber uma experiência
pedagógica “desculturizada”, em que a referência cultural não esteja
presente.
Tópicos em Educação 2: Educação e Cultura
A escola é, sem dúvida, uma instituição cultural. Portanto, as relações entre
escola e cultura não podem ser concebidas como entre dois pólos
independentes, mas sim como universos entrelaçados, como uma teia
tecida no cotidiano e com fios e nós profundamente articulados.
A escola é uma instituição construída historicamente no contexto da
modernidade, considerada como mediação privilegiada para desenvolver
uma função social fundamental: transmitir cultura, oferecer às novas
gerações o que de mais significativo culturalmente produziu a humanidade.
Pérez Gómez (1998) propõe que entendamos hoje a escola como um espaço
de “cruzamento de culturas”. Tal perspectiva exige que desenvolvamos um
novo olhar, uma nova postura, e que sejamos capazes de identificar as
diferentes culturas que se entrelaçam no universo escolar, bem como de
reinventar a escola, reconhecendo o que a especifica, identifica e distingue
de outros espaços de socialização: a “mediação reflexiva” que realiza sobre
as interações e o Educação escolar e cultura(s) Revista Brasileira de
Educação 161 impacto que as diferentes culturas exercem continuamente
em seu universo e seus atores.
Tópicos em Educação 2: Educação e Cultura
RELAÇÕES ÉTNICO - RACIAIS NA EDUCAÇÃO INFANTIL: IMPLEMENTAÇÃO
DA LEI 10.639/2003
A luta pela superação do racismo e da discriminação racial é, pois, tarefa de
todo educador, independente do seu pertencimento étnico-racial, crença
religiosa ou posição política.
Em um país como o Brasil, que ainda conserva uma herança escravocrata
enorme, as desigualdades enraizadas pelas políticas econômicas e públicas,
principalmente na área social, revestem-se de uma importância que não podem
ser desconsideradas.
Nesse sentido, é com certeza um desafio desenvolver na escola, novos espaços
pedagógicos que propiciem a valorização das múltiplas identidades que
integram a identidade do povo brasileiro (MOURA, 2005)
É primordial, portanto, que na primeira etapa da educação básica, definida pela
Lei de Diretrizes e Bases (LDB n. 9.394/96), que os educadores proporcionem as
crianças atividades que desenvolvam suas potencialidades no aspecto cognitivo,
afetivo, psicomotor e social.
Tópicos em Educação 2: Educação e Cultura
Vale destacar nesse processo a necessidade emergente e urgente de
diretrizes para uma sólida formação do profissional da educação tendo
como enfoque, as relações étnico-raciais.
Segundo Ortiz (2003), só através de uma releitura dos elementos que
compõem as culturas negras no Brasil é que poderemos tentar um meio, um
aprofundamento pedagógico, que nos encaminhe para uma pedagogia
genuinamente brasileira, capaz de resgatar para todos os brasileiros uma
cultura nossa, considerada até agora marginal, mas que responde pela
identidade cultural do país, estando presente em todos os setores da
sociedade.
Tópicos em Educação 2: Educação e Cultura
INTERCULTURALIDADE E EDUCAÇÃO: DESAFIOS PARA A REINVENÇÃO DA
ESCOLA (Susana Sacavino).
Ansión (2000:44), especialista peruano com significativa produção bibliográfica,
destaca que a interculturalidade não se limita a valorizar a diversidade cultural, nem
a respeitar o direito de cada um a manter sua própria identidade. Busca ativamente
construir relações entre grupos sócio-culturais.
Implica uma disposição a aprender e a mudar no contato com o outro. Não coloca o
fortalecimento de identidades como condição para o diálogo, mas assume que as
identidades se constroem na própria tensão dinâmica do encontro, que se dá
também muitas vezes no conflito, mas que se reconhece como fonte de
desenvolvimento para todos.
Neste sentido, a interculturalidade crítica é prática política alternativa à geopolítica
hegemônica, monocultural e mono-racional de construção do conhecimento, de
distribuição do poder e de caráter social. Trata-se de uma ferramenta, uma
estratégia e uma manifestação de uma maneira “outra” de pensar e agir. Um
projeto de pensar e agir que se constrói de baixo para cima, que exige articulação
em suas propostas dos direitos de igualdade com os direitos da diferença.
Tópicos em Educação 2: Educação e Cultura
A interculturalidade fortalece a construção de identidades dinâmicas,
abertas e plurais, assim como questiona uma visão essencializada de sua
constituição.
Potencia os processos de empoderamento, principalmente de sujeitos e
atores inferiorizados e subalternizados e estimula os processos de
construção da autonomia num horizonte de emancipação social, de
construção de sociedades onde sejam possíveis relações igualitárias entre
diferentes sujeitos e atores socioculturais.
A categoria práticas socioeducativas referida à interculturalidade, exige
colocar em questão as dinâmicas habituais dos processos educativos, muitas
vezes padronizadores e uniformes, desvinculados dos contextos
socioculturais dos sujeitos que delem participam e baseados no modelo
frontal de ensino-aprendizagem.
Favorece dinâmicas participativas, processos de diferenciação pedagógica, a
utilização de múltiplas linguagens e estimulam a construção coletiva.
Tópicos em Educação 2: Educação e Cultura
Para a promoção de uma educação intercultural nesta perspectiva é
necessário penetrar no universo de preconceitos e discriminações que
impregna – muitas vezes com caráter difuso, fluido e sutil – todas as
relações sociais que configuram os contextos em que vivemos, entre os
quais a escola.
A ‘naturalização’ é um componente que faz em grande parte invisível e
especialmente complexa essa problemática. Promover processos de
desnaturalização e explicitação da rede de estereótipos e pré-conceitos que
povoam nossos imaginários individuais e sociais de educadores, como de
nossos alunos, é um elemento fundamental sem o qual é impossível
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TÓPICOS EM EDUCAÇÃO II: Resumo do 2º bimestre multicuralismo

  • 1. Tópicos em Educação 2: Educação e Cultura Cultura, culturas e educação Alfredo Veiga-Neto Assiste-se hoje a uma verdadeira virada cultural, que pode ser resumida como o entendimento de que a cultura é central não porque ocupe um centro, uma posição única e privilegiada, mas porque perpassa tudo o que acontece nas nossas vidas e todas as representações que fazemos desses acontecimentos (Hall, 1997). A Cultura foi durante muito tempo pensada como única e universal. Única porque se referia àquilo que de melhor havia sido produzido; universal porque se referia à humanidade, um conceito totalizante, sem exterioridade. Assim, a Modernidade esteve por longo tempo mergulhada numa epistemologia monocultural. E, para dizer de uma forma bastante sintética, a educação era entendida como o caminho para o atingimento das formas mais elevadas da Cultura, tendo por modelo as conquistas já realizadas pelos grupos sociais mais educados e, por isso, mais cultos.
  • 2. Tópicos em Educação 2: Educação e Cultura Veio daí, por exemplo, a diferenciação entre alta cultura e baixa cultura. Simplificando, a alta cultura passou a funcionar como um modelo – como a cultura daqueles homens cultivados que “já tinham chegado lá”, ao contrário da “baixa cultura” – a cultura daqueles menos cultivados e que, por isso, “ainda não tinham chegado lá”. De tal diferenciação ocuparam-se muitos pedagogos, uma vez que a educação foi – e ainda é – vista por muitos como o caminho natural para a “elevação cultural” de um povo. Veio também daí o cunho elitista conferido a expressões do tipo “fulano é culto”, “esse grupo tem uma cultura superior àquele outro”, ou “o nosso problema é a falta de cultura”. Em qualquer desses casos é evidente o recurso ao conceito de cultura como um elemento de diferenciação assimétrica e de justificação para a dominação e a exploração. Boa parte do pensamento pedagógico moderno alimentou-se desse – ao mesmo tempo que alimentou esse entendimento de Cultura.
  • 3. Tópicos em Educação 2: Educação e Cultura Qualquer pedagogia multicultural não pode pretender dizer, aos que estão entrando no mundo, o que é o mundo; o que no máximo ela pode fazer é mostrar como o mundo é constituído nos jogos de poder/saber por aqueles que falam nele e dele, e como se pode criar outras formas de estar nele.
  • 4. Tópicos em Educação 2: Educação e Cultura Educação escolar e cultura(s): construindo caminhos Antonio Flavio Barbosa Moreira / Vera Maria Candau Estamos ainda distante do que Connell (1993) denomina de justiça curricular, pautada, a seu ver, por três princípios: (a) os interesses dos menos favorecidos, (b) participação e escolarização comum e (c) a produção histórica da igualdade. Para o autor, o critério da justiça curricular é o grau em que uma estratégia pedagógica produz menos desigualdade no conjunto de relações sociais ao qual o sistema educacional está ligado. Apoiando-nos em Sousa Santos (2001, 2003), insistimos na necessidade de uma orientação multicultural, nas escolas e nos currículos, que se assente na tensão dinâmica e complexa entre políticas da igualdade e políticas da diferença.
  • 5. Tópicos em Educação 2: Educação e Cultura “As versões emancipatórias do multiculturalismo baseiam-se no reconhecimento da diferença e do direito à diferença e da coexistência ou construção de uma vida em comum além de diferenças de vários tipos” (Santos, 2003, p. 33). Construir o currículo com base nessa tensão não é tarefa fácil e irá certamente requerer do professor nova postura, novos saberes, novos objetivos, novos conteúdos, novas estratégias e novas formas de avaliação. Será necessário que o docente se disponha e se capacite a reformular o currículo e a prática docente com base nas perspectivas, necessidades e identidades de classes e grupos subalternizados.
  • 6. Tópicos em Educação 2: Educação e Cultura No âmbito do pensamento pós-moderno, a cultura adquire cada vez mais um papel mais significativo na vida social: hoje, tudo chega mesmo a ser visto como cultural (Baudrillard, apud Featherstone, 1997). A cultura estaria, assim, além do social, descentralizando-se, livrando-se de seus determinismos tradicionais na vida econômica, nas classes sociais, no gênero, na etnicidade e na religião. Segundo Featherstone, no entanto, trata-se, na verdade, de uma recentralização da cultura, expressa no aumento da importância atribuída ao estudo da cultura no âmbito da vida acadêmica. As transformações culturais desenvolvem-se também de forma bastante aguda no nível do microcosmo. A expressão “centralidade da cultura”, tal como empregada por Hall, refere-se exatamente à forma como a cultura penetra em cada recanto da vida social contemporânea, tornando-se elemento-chave no modo como o cotidiano é configurado e modificado.
  • 7. Tópicos em Educação 2: Educação e Cultura O que de fato Hall argumenta é que toda prática social depende do significado e com ele tem relação. A cultura é uma das condições constitutivas de existência dessa prática, o que faz com que toda prática social tenha uma dimensão cultural. Aceitando-se esse ponto de vista, não há como se negar a estreita relação entre as práticas escolares e a(s) cultura(s. A problemática das relações entre escola e cultura é inerente a todo processo educativo. Não há educação que não esteja imersa na cultura da humanidade e, particularmente, do momento histórico em que se situa. A reflexão sobre esta temática é co-extensiva ao próprio desenvolvimento do pensamento pedagógico. Não se pode conceber uma experiência pedagógica “desculturizada”, em que a referência cultural não esteja presente.
  • 8. Tópicos em Educação 2: Educação e Cultura A escola é, sem dúvida, uma instituição cultural. Portanto, as relações entre escola e cultura não podem ser concebidas como entre dois pólos independentes, mas sim como universos entrelaçados, como uma teia tecida no cotidiano e com fios e nós profundamente articulados. A escola é uma instituição construída historicamente no contexto da modernidade, considerada como mediação privilegiada para desenvolver uma função social fundamental: transmitir cultura, oferecer às novas gerações o que de mais significativo culturalmente produziu a humanidade. Pérez Gómez (1998) propõe que entendamos hoje a escola como um espaço de “cruzamento de culturas”. Tal perspectiva exige que desenvolvamos um novo olhar, uma nova postura, e que sejamos capazes de identificar as diferentes culturas que se entrelaçam no universo escolar, bem como de reinventar a escola, reconhecendo o que a especifica, identifica e distingue de outros espaços de socialização: a “mediação reflexiva” que realiza sobre as interações e o Educação escolar e cultura(s) Revista Brasileira de Educação 161 impacto que as diferentes culturas exercem continuamente em seu universo e seus atores.
  • 9. Tópicos em Educação 2: Educação e Cultura RELAÇÕES ÉTNICO - RACIAIS NA EDUCAÇÃO INFANTIL: IMPLEMENTAÇÃO DA LEI 10.639/2003 A luta pela superação do racismo e da discriminação racial é, pois, tarefa de todo educador, independente do seu pertencimento étnico-racial, crença religiosa ou posição política. Em um país como o Brasil, que ainda conserva uma herança escravocrata enorme, as desigualdades enraizadas pelas políticas econômicas e públicas, principalmente na área social, revestem-se de uma importância que não podem ser desconsideradas. Nesse sentido, é com certeza um desafio desenvolver na escola, novos espaços pedagógicos que propiciem a valorização das múltiplas identidades que integram a identidade do povo brasileiro (MOURA, 2005) É primordial, portanto, que na primeira etapa da educação básica, definida pela Lei de Diretrizes e Bases (LDB n. 9.394/96), que os educadores proporcionem as crianças atividades que desenvolvam suas potencialidades no aspecto cognitivo, afetivo, psicomotor e social.
  • 10. Tópicos em Educação 2: Educação e Cultura Vale destacar nesse processo a necessidade emergente e urgente de diretrizes para uma sólida formação do profissional da educação tendo como enfoque, as relações étnico-raciais. Segundo Ortiz (2003), só através de uma releitura dos elementos que compõem as culturas negras no Brasil é que poderemos tentar um meio, um aprofundamento pedagógico, que nos encaminhe para uma pedagogia genuinamente brasileira, capaz de resgatar para todos os brasileiros uma cultura nossa, considerada até agora marginal, mas que responde pela identidade cultural do país, estando presente em todos os setores da sociedade.
  • 11. Tópicos em Educação 2: Educação e Cultura INTERCULTURALIDADE E EDUCAÇÃO: DESAFIOS PARA A REINVENÇÃO DA ESCOLA (Susana Sacavino). Ansión (2000:44), especialista peruano com significativa produção bibliográfica, destaca que a interculturalidade não se limita a valorizar a diversidade cultural, nem a respeitar o direito de cada um a manter sua própria identidade. Busca ativamente construir relações entre grupos sócio-culturais. Implica uma disposição a aprender e a mudar no contato com o outro. Não coloca o fortalecimento de identidades como condição para o diálogo, mas assume que as identidades se constroem na própria tensão dinâmica do encontro, que se dá também muitas vezes no conflito, mas que se reconhece como fonte de desenvolvimento para todos. Neste sentido, a interculturalidade crítica é prática política alternativa à geopolítica hegemônica, monocultural e mono-racional de construção do conhecimento, de distribuição do poder e de caráter social. Trata-se de uma ferramenta, uma estratégia e uma manifestação de uma maneira “outra” de pensar e agir. Um projeto de pensar e agir que se constrói de baixo para cima, que exige articulação em suas propostas dos direitos de igualdade com os direitos da diferença.
  • 12. Tópicos em Educação 2: Educação e Cultura A interculturalidade fortalece a construção de identidades dinâmicas, abertas e plurais, assim como questiona uma visão essencializada de sua constituição. Potencia os processos de empoderamento, principalmente de sujeitos e atores inferiorizados e subalternizados e estimula os processos de construção da autonomia num horizonte de emancipação social, de construção de sociedades onde sejam possíveis relações igualitárias entre diferentes sujeitos e atores socioculturais. A categoria práticas socioeducativas referida à interculturalidade, exige colocar em questão as dinâmicas habituais dos processos educativos, muitas vezes padronizadores e uniformes, desvinculados dos contextos socioculturais dos sujeitos que delem participam e baseados no modelo frontal de ensino-aprendizagem. Favorece dinâmicas participativas, processos de diferenciação pedagógica, a utilização de múltiplas linguagens e estimulam a construção coletiva.
  • 13. Tópicos em Educação 2: Educação e Cultura Para a promoção de uma educação intercultural nesta perspectiva é necessário penetrar no universo de preconceitos e discriminações que impregna – muitas vezes com caráter difuso, fluido e sutil – todas as relações sociais que configuram os contextos em que vivemos, entre os quais a escola. A ‘naturalização’ é um componente que faz em grande parte invisível e especialmente complexa essa problemática. Promover processos de desnaturalização e explicitação da rede de estereótipos e pré-conceitos que povoam nossos imaginários individuais e sociais de educadores, como de nossos alunos, é um elemento fundamental sem o qual é impossível caminhar.