O documento descreve as etiologias e sintomas de várias doenças de plantas, incluindo a mancha-de-Ramulária no algodão causada pelo fungo Ramularia areola, a murcha-de-Verticillium no tomate causada pelo fungo Verticillium dahliae, e a podridão bacteriana do colmo no milho causada pela bactéria Erwinia chrysanthemi pv. Zeae. Também discute a podridão pós-colheita da banana causada pelo fungo Lasiodiplodia theobromae e o mosá
4. ETIOLOGIA
• PATÓGENO: Causada pelo fungo Ramularia aréola (Atk.) (sinônimos:
Ramularia gossypii Speg. Ciferi, Cercosporella gossypii Speg.), forma
anamórfica de Mycosphaerella aréola Ehrlich e Wolf;
• Sobrevive no solo, em restos de cultura;
• Comum o fungo sobreviver em plantas nativas de algodão perene;
• Produz esporos, constituindo o inóculo inicial;
• Conídios do fungo germinam em água livre em temperaturas que
variam de 16°C a 34°C, com temperatura ótima entre 25°C e 30°C;
• A penetração, via estômatos, é maior em ciclos de noites úmidas e dias
secos do que em ciclos de umidade contínua;
• Algumas infecções ocorrem após dois ciclos de noites úmidas com
infecção máxima após quatro ciclos (Rathaiah, 1977);
• Dispersão: Vento, chuva e a movimentação de implementos agrícolas
promovem a disseminação dos esporos dentro da lavoura (Kimati et al.,
2005);
5. • Os sintomas são manchas brancas, poligonais, de aspecto
pulverulento em ambas as superfícies das folhas;
• As características de uma epidemia severa são coalescência de
lesões e toda a folha tomada por uma massa branca (esporos). A
folha, então, fica amarela e cai;
7. ETIOLOGIA
• PATÓGENO: Fungo Verticillium dahliae
• Em meio de cultura, hifa inicialmente hialina, septada e
ramificada, conidióforos com ramificações verticiladas em cujas
extremidades são produzidos conídeos unicelulares, hialinos e
ovóides;
• A medida que a cultura envelhece, forma-se clamidósporos em
grande número que aglutinam-se, constituindo microescleródios
de cor preta;
• A formação de microescleródios é favorecida por temperaturas
na faixa de 10 a 20°C;
• A doença encontra melhores condições na faixa de 22 a 25°C,
em solos levemente ácidos a neutros;
• O ótimo de umidade para a cultura favorece o fungo, pois
penetra na planta pelas raízes;
• O fungo coloniza os vasos lenhosos de forma ascendente;
8. • Ocorre em todas as regiões onde se cultiva tomateiros;
• A severidade dos sintomas e redução da produtividade varia
muito com o local e época do ano;
• É um patógeno polifágo, que parasita cerca de 200 especies
de plantas;
• Pode sobreviver no solo em forma de microescleródios por
vários anos;
• A velocidade da colonização pode ser inluenciada pelo nível
de resistência genética, estado nutricional e temperatura
ambiente;
• Estudos mostram que no Brasil, existem pelo menos 2 raças
fisiológicas do fungo e possívelmente uma terceira;
• Os sintomas podem variar de acordo com variedades, estado
nutricional, temperatura e umidade do ar e solo;
• Sintoma típico são manchas localizadas no ápice ou
lateralmente aos folíolos, com o contorno externo em forma
de V;
9. • As áreas amareladas tendem a necrosar num estádio mais avançado
da doença;
• Em geral, as plantas não morrem, mas apresentam menor
desenvolvimento e redução no tamanho dos frutos;
• Embora seja uma doença vascular, não é comum ocorrer alteração
na cor do sistema vascular;
11. ETIOLOGIA
• PATÓGENO: Bactéria Erwinia chrysanthemi pv. Zeae
• Associada a condições de alta umidade do solo;
• É gram-negativa, possuindo flagelo;
• O aparecimento súbito de plantas tombadas é um dos sintomas
caracteristicos da doença;
• A podridão de colmo pode ocorrer em um ou em vários
internódios acima da superfície do solo;
• Os internódios ficam com tecidos encharcados perdendo a
firmeza ou rigidez;
• O patógeno pode atingir as espigas, causando podridão mole;
• O tecido afetado exalam odor desagradável característico;
14. ETIOLOGIA
• Pleno desenvolvimento do fungo em temperaturas entre 12°C e 25 ºC;
• Patógeno típico das regiões tropicais e subtropicais, onde causa sérios
prejuízos a numerosas espécies;
• Em cultura pura de BDA, as colônias são acinzentadas a negras, com
abundante micélio aéreo e ao reverso da cultura em placa de Petri são
foscas ou negras;
• Formam picnídios simples ou compostos, freqüentemente agregados,
estromáticos, ostiolados, subovóides para elipsóides – oblongos, com
parede espessa e base truncada;
• Os conídios maduros tornam-se uniseptados e de coloração castanho –
amarelados, sendo longitudinalmente estriados;
• As paráfises quando presentes são hialinas, cilíndricas, algumas vezes
septadas;
• Nas folhas, caules e frutos de plantas infectadas por
este fungo, os picnídios são imersos, tornando-se erumpentes;
15. • Podem ocorrer isoladamente ou agrupados, apresentando 2 a 4 mm
de largura. São ostiolados e freqüentemente pilosos e podem
apresentar extrusão de conídios com aspecto de uma massa preta;
• Em sua fase sexuada o referido fungo foi identificado como
Physalospora rhodinaBerk e Curt. Apud. Cooke;
• Existem 19 sinonímias para Botryodiplodia theobromae(Pat.),
incluindo Diplodia gossypinaCooke e Lasiodiplodia
theobromae(Pat.) Griffon & Maubl. (Punithalingan, 1976;
• Para Sutton (1980), Lasiodiplodia é o nome genérico a ser adotado
para este patógeno em substituição a Botryodiplodia
theobromae(Pat.);
18. • Pertence ao genêno Potyvirus, família Potyviridae;
• Possui particulas alongadas, flexuosas;
• Seu ácido nucléico é do tipo RNA de fita simples;
• Existem vários estirpes de BCMV que diferenciam-se de
acordo com o tipo da reação induzidas em cultivares de
feijoeiro diferenciadores;
• É transmitido pela semente, o que constitui um importante meio
de introdução do vírus na lavoura;
• A percentagem de transmissão pela semente pode varia de 3% a
95%;
• A transmissão entre plantas pode ser por inoculação mecânica e
por insetos;
ETIOLOGIA
19. Dentre os sintomas estão:
• Mosáico foliar acompanhando as nervuras;
• Formação de bolhas nas áreas verde-escuras, enrolamento,
retorcimento, e diminuição do tamanho dos folíolos;
• Brotações com folhas pequenas e internódios curtos;
• Em algumas cultivares ocorre amarelecimento generalizado e
folhas grossas curvadas para baixo;
20. REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
KIMATI, H.;AMORIM, L.; REZENDE, J. A. M.; FILHO, A. B.;
CAMARGO, L. E. A. Manual de Fitopatologia. 4 ed.
Piracicaba:ESALQ. 1997.
FIALLOS, F. R. G. Doenças Causadas por Vírus na Cultura do
Feijoeiro (Phaseolus vulgaris L.) Publicado como Artículo de Revision
en Ciencia y Tecnología 3(2):
1-6. 2010
SARTORATO, A; DE FARIA, J. C. Resistência de Cultivares de
Feijoeiro ao Vírus do Mosáico Comum Necrótico. Summa
Phytopathologica, v.30, p.394-397, 2004.