SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  13
Télécharger pour lire hors ligne
Instalação e configuração de Sistemas Operacionais de Redes




 Operadores de
 Redirecionamento


                                         Profª Ivani Nascimento
Apresentação


    Um shell Linux, como bash, recebe entrada e envia saída como
sequências ou fluxos de caracteres. Cada caractere é independente
do que vem antes e do que vem depois dele. Os caracteres não são
organizados em registros estruturados ou blocos de tamanho fixo.
    Fluxos são acessados utilizando técnicas de E/S (Entrada/Saída)
de arquivo, não importa se o fluxo de caracteres real vem de ou vai
para um arquivo, um teclado, uma janela em um monitor ou outro
dispositivo de E/S.
Apresentação
Shells Linux usam três fluxos de E/S padrão, cada um dos quais é
  associado com um descritor de arquivo:
• Entrada padrão (stdin) – Entrada de um fluxo de dados, podendo
  ser destacado o teclado. Todos eles alimentam o computador com
  informações. O descritor é representado pelo número 0.
• Saída padrão (stdout) – Saída de um fluxo de dados em condições
  normais. Exemplos: monitor, impressora, arquivos, etc. O descritor
  é representado pelo número 1.
• Saída de erro (stderr) – Saída de um fluxo de dados em condições
  de erro ou insucesso em um determinado processamento, que
  poderá ser direcionada para o monitor ou arquivo de LOG. O
  descritor é representado pelo número 2.
Apresentação

•   Fluxos de entrada fornecem entrada para programas, normalmente
    de digitações em um terminal.
•   Fluxos de saída imprimem caracteres de texto, normalmente para o
    terminal.
•   O terminal era originalmente uma máquina de escrever ASCII ou
    terminal de exibição, mas agora é mais frequentemente uma janela
    de texto em uma área de trabalho gráfica.
> (Redirecionamento simples)
•   Redireciona a saída padrão de um programa/comando/script para
    algum dispositivo ou arquivo ao invés do dispositivo de saída
    padrão (tela).
•   Quando é usado com arquivos, este redirecionamento cria ou
    substitui o conteúdo do arquivo.
•   Por exemplo:
     o O comando ls é utilizado para listar arquivos. Para enviar a saída
       para um arquivo, utilizar:
         # ls > listagem.txt
     o Para visualizar o conteúdo do arquivo listagem.txt:
         # cat listagem.txt
> (Redirecionamento simples)
•   O mesmo comando pode ser redirecionado para o segundo console
    /dev/tty2 usando:
        # ls >/dev/tty2
•   Dessa forma, o resultado do comando ls será mostrado no segundo
    console (em modo texto, pressionar ALT e F2 para mudar para o
    segundo console e ALT e F1 para retornar ao primeiro).
•   Outro exemplo:
        # ls 1>/dev/tty2
•   Assim, o número 1 indica que será capturada a saída padrão do
    comando. Para redirecionar para um arquivo somente a saída de
    erros do comando ls:
        # ls 2>/tmp/erros-do-ls
>> (Redirecionamento duplo)
•   Redireciona a saída padrão de um programa/comando/script para
    algum dispositivo ou adiciona as linhas ao final de arquivo ao invés
    do dispositivo de saída padrão (tela).
•   A diferença entre este redirecionamento duplo e o simples, é se
    caso for usado com arquivos, adiciona a saída do comando ao final
    do arquivo existente ao invés de substituir seu conteúdo.
•   Por exemplo, é possível acrescentar a saída do comando ls ao
    arquivo listagem.txt do exemplo anterior usando:
         # ls / >> listagem.txt.
•   Para visualizar o conteúdo do arquivo listagem.txt:
         # cat listagem.txt
<
•   Direciona a entrada padrão de arquivo/dispositivo para um
    comando. Este comando faz o contrário do anterior, ele envia
    dados ao comando.
•   Por exemplo, é possível usar o comando cat < teste.txt para enviar
    o conteúdo do arquivo teste.txt ao comando cat que mostrará seu
    conteúdo (é claro que o mesmo resultado pode ser obtido com cat
    teste.txt mas este exemplo serviu para mostrar a funcionalidade do
    <).
<<
•   Este redirecionamento serve principalmente para marcar o fim de
    exibição de um bloco. É especialmente usado em conjunto com o
    comando cat, mas também tem outras aplicações. Por exemplo:
         # cat << final
         > este arquivo sera exibido
         > ate que a palavra final
         > comece a linha
         > final
         este arquivo sera exibido
         ate que a palavra final
         comece a linha
| (pipe)
•   Envia a saída de um comando para a entrada do próximo comando
    para continuidade do processamento. Os dados enviados são
    processados pelo próximo comando que mostrará o resultado do
    processamento.
•   Exemplos:
        # ls -la | more


•   O comando acima faz a listagem longa de arquivos que é enviado
    ao comando more (que tem a função de efetuar uma pausa a cada
    25 linhas do arquivo).
| (pipe)
        # locate find | grep "bin/"
        /sbin/findfs
        /usr/bin/find
        /usr/bin/find2perl
•   No exemplo acima, todos os caminhos/arquivos que contém find
    na listagem serão mostrados (inclusive man pages, bibliotecas,
    etc.).
•   Dessa forma, para realizar um filtro, é utilizado o comando "bin/"
    para mostrar somente os diretórios que contém binários. E ainda
    que a listagem ocupe mais de uma tela, é possível acrescentar o
    comando more:
        # locate find | grep "bin/" | more
Referências


MORIMOTO, Carlos E.. Linux, guia prático. Porto
  Alegre: Sul Editores, 2009.
FERREIRA, Rubem E.. Linux: guia do administrador
  do sistema. São Paulo: Novatec, 2008.
MOTA FILHO, João Eriberto. Descobrindo o Linux:
  entenda o sistema operacional GNU/linux. São
  Paulo: Novatec, 2007.
Referências


• RIBEIRO, Uirá, Certificação Linux, 1ª Ed, Rio de
    Janeiro, Axcel Books, 2004.
•   Certificação Linux LPI- Nível 1 Exames 101 e 102.
    Vários, 1ª Ed, São Paulo, Alta Books.
•   NORTON, Peter; GRIFFITH, Arthur. Guia
    Completo do Linux. Tradução Sérgio Facchim –
    Complete Guide to Linux. São Paulo, Berkeley,
    2000.

Contenu connexe

Tendances

Comandos Linux
Comandos LinuxComandos Linux
Comandos Linuxlol
 
Sistemas operacionais de redes particionamento de discos ii
Sistemas operacionais de redes   particionamento de discos iiSistemas operacionais de redes   particionamento de discos ii
Sistemas operacionais de redes particionamento de discos iiCarlos Melo
 
Complemento rodrigo f ormatado
Complemento rodrigo f ormatadoComplemento rodrigo f ormatado
Complemento rodrigo f ormatadoNeon Online
 
Sor filesystem-particionamento
Sor filesystem-particionamentoSor filesystem-particionamento
Sor filesystem-particionamentoCarlos Melo
 
Linux x Windowns
Linux x WindownsLinux x Windowns
Linux x WindownsSENAC RIO
 
Linux Ubuntu 14.04 Desktop - Particoes
Linux Ubuntu 14.04 Desktop - ParticoesLinux Ubuntu 14.04 Desktop - Particoes
Linux Ubuntu 14.04 Desktop - ParticoesRui Lopes
 
Cap1 exercicios comandos linux resolucao part i
Cap1 exercicios comandos linux   resolucao part iCap1 exercicios comandos linux   resolucao part i
Cap1 exercicios comandos linux resolucao part iportal_Do_estudante
 
Comandos, Permissões e Partições Linux
Comandos, Permissões e Partições LinuxComandos, Permissões e Partições Linux
Comandos, Permissões e Partições LinuxVirgínia
 
AIX - Gerência de Memória
AIX - Gerência de MemóriaAIX - Gerência de Memória
AIX - Gerência de MemóriaJean Pimentel
 
Programação em bat
Programação em batProgramação em bat
Programação em bathackernoob
 
AIX - Sistemas de Arquivos
AIX - Sistemas de ArquivosAIX - Sistemas de Arquivos
AIX - Sistemas de ArquivosJean Pimentel
 

Tendances (20)

Introdução Linux
Introdução LinuxIntrodução Linux
Introdução Linux
 
Comandos Linux
Comandos LinuxComandos Linux
Comandos Linux
 
Aula 06 comandos linux
Aula 06   comandos linuxAula 06   comandos linux
Aula 06 comandos linux
 
Sistemas operacionais de redes particionamento de discos ii
Sistemas operacionais de redes   particionamento de discos iiSistemas operacionais de redes   particionamento de discos ii
Sistemas operacionais de redes particionamento de discos ii
 
Curso Linux
Curso LinuxCurso Linux
Curso Linux
 
725
725725
725
 
Complemento rodrigo f ormatado
Complemento rodrigo f ormatadoComplemento rodrigo f ormatado
Complemento rodrigo f ormatado
 
Sor filesystem-particionamento
Sor filesystem-particionamentoSor filesystem-particionamento
Sor filesystem-particionamento
 
Linux x Windowns
Linux x WindownsLinux x Windowns
Linux x Windowns
 
Linux Ubuntu 14.04 Desktop - Particoes
Linux Ubuntu 14.04 Desktop - ParticoesLinux Ubuntu 14.04 Desktop - Particoes
Linux Ubuntu 14.04 Desktop - Particoes
 
Cap1 exercicios comandos linux resolucao part i
Cap1 exercicios comandos linux   resolucao part iCap1 exercicios comandos linux   resolucao part i
Cap1 exercicios comandos linux resolucao part i
 
Aula 11 semana
Aula 11 semanaAula 11 semana
Aula 11 semana
 
Comandos Linux Parte 1
Comandos Linux Parte 1Comandos Linux Parte 1
Comandos Linux Parte 1
 
Comandos, Permissões e Partições Linux
Comandos, Permissões e Partições LinuxComandos, Permissões e Partições Linux
Comandos, Permissões e Partições Linux
 
Cap1 exercicios comandos linux
Cap1 exercicios comandos linuxCap1 exercicios comandos linux
Cap1 exercicios comandos linux
 
Aula 10 semana
Aula 10 semanaAula 10 semana
Aula 10 semana
 
Sistemas de arquivos
Sistemas de arquivosSistemas de arquivos
Sistemas de arquivos
 
AIX - Gerência de Memória
AIX - Gerência de MemóriaAIX - Gerência de Memória
AIX - Gerência de Memória
 
Programação em bat
Programação em batProgramação em bat
Programação em bat
 
AIX - Sistemas de Arquivos
AIX - Sistemas de ArquivosAIX - Sistemas de Arquivos
AIX - Sistemas de Arquivos
 

En vedette

Comandos Linux Parte 1
Comandos Linux Parte 1Comandos Linux Parte 1
Comandos Linux Parte 1Leo Amorim
 
Plataformas Gráficas do Linux
Plataformas Gráficas do LinuxPlataformas Gráficas do Linux
Plataformas Gráficas do LinuxRanieri Trecha
 
Tópicos em Gestão da Informação II - Aula 01 - Desafios atuais da Gestão da I...
Tópicos em Gestão da Informação II - Aula 01 - Desafios atuais da Gestão da I...Tópicos em Gestão da Informação II - Aula 01 - Desafios atuais da Gestão da I...
Tópicos em Gestão da Informação II - Aula 01 - Desafios atuais da Gestão da I...Dalton Martins
 
Mini curso de Linux
Mini curso de LinuxMini curso de Linux
Mini curso de LinuxDiego Almada
 
Beaud, michel. historia do capitalismo de 1500 a nossos dias
Beaud, michel. historia do capitalismo de 1500 a nossos diasBeaud, michel. historia do capitalismo de 1500 a nossos dias
Beaud, michel. historia do capitalismo de 1500 a nossos diasVictor Dias
 
A era das revoluções - Eric Hobsbawm
A era das revoluções - Eric HobsbawmA era das revoluções - Eric Hobsbawm
A era das revoluções - Eric HobsbawmIsah Lopes
 
Curso básico de Algoritmos com Python
Curso básico de Algoritmos com PythonCurso básico de Algoritmos com Python
Curso básico de Algoritmos com PythonGiancarlo Silva
 
periféricos de entrada, saída e mistos
periféricos de entrada, saída e mistosperiféricos de entrada, saída e mistos
periféricos de entrada, saída e mistosRaquel Guimaraes
 

En vedette (15)

Comandos Linux Parte 1
Comandos Linux Parte 1Comandos Linux Parte 1
Comandos Linux Parte 1
 
Aprendi Python, e agora?
Aprendi Python, e agora?Aprendi Python, e agora?
Aprendi Python, e agora?
 
Galileu o julgamento de judas
Galileu o julgamento de judasGalileu o julgamento de judas
Galileu o julgamento de judas
 
Plataformas Gráficas do Linux
Plataformas Gráficas do LinuxPlataformas Gráficas do Linux
Plataformas Gráficas do Linux
 
Mapa mental linux
Mapa mental linuxMapa mental linux
Mapa mental linux
 
Gerenciamento E/S
Gerenciamento E/SGerenciamento E/S
Gerenciamento E/S
 
Tópicos em Gestão da Informação II - Aula 01 - Desafios atuais da Gestão da I...
Tópicos em Gestão da Informação II - Aula 01 - Desafios atuais da Gestão da I...Tópicos em Gestão da Informação II - Aula 01 - Desafios atuais da Gestão da I...
Tópicos em Gestão da Informação II - Aula 01 - Desafios atuais da Gestão da I...
 
Mini curso de Linux
Mini curso de LinuxMini curso de Linux
Mini curso de Linux
 
Deus existe! Antony Flew
Deus existe! Antony FlewDeus existe! Antony Flew
Deus existe! Antony Flew
 
Beaud, michel. historia do capitalismo de 1500 a nossos dias
Beaud, michel. historia do capitalismo de 1500 a nossos diasBeaud, michel. historia do capitalismo de 1500 a nossos dias
Beaud, michel. historia do capitalismo de 1500 a nossos dias
 
A era das revoluções - Eric Hobsbawm
A era das revoluções - Eric HobsbawmA era das revoluções - Eric Hobsbawm
A era das revoluções - Eric Hobsbawm
 
Curso básico de Algoritmos com Python
Curso básico de Algoritmos com PythonCurso básico de Algoritmos com Python
Curso básico de Algoritmos com Python
 
Dispositivos de entrada e saída
Dispositivos de entrada e saídaDispositivos de entrada e saída
Dispositivos de entrada e saída
 
A Era das Revoluções
A Era das RevoluçõesA Era das Revoluções
A Era das Revoluções
 
periféricos de entrada, saída e mistos
periféricos de entrada, saída e mistosperiféricos de entrada, saída e mistos
periféricos de entrada, saída e mistos
 

Similaire à Operadores de redirecionamento

Manual comandos
Manual comandosManual comandos
Manual comandosPaulo Rijo
 
Shell script ii direcionadores
Shell script ii  direcionadoresShell script ii  direcionadores
Shell script ii direcionadoresCarlos Melo
 
Manual UFCD 0839.pptx
Manual UFCD 0839.pptxManual UFCD 0839.pptx
Manual UFCD 0839.pptxFormador2
 
Comandos básicos linux
Comandos básicos linuxComandos básicos linux
Comandos básicos linuxLuciano Souto
 
Introdução à Shellscript
Introdução à ShellscriptIntrodução à Shellscript
Introdução à ShellscriptVinícius Hax
 
Introdução à Shell Script - Vinícius Alves Hax
Introdução à Shell Script - Vinícius Alves HaxIntrodução à Shell Script - Vinícius Alves Hax
Introdução à Shell Script - Vinícius Alves HaxTchelinux
 
Aula - Comandos Linux - Parte 1
Aula - Comandos Linux - Parte 1Aula - Comandos Linux - Parte 1
Aula - Comandos Linux - Parte 1Leo Amorim
 
Linux-formatado.pdf
Linux-formatado.pdfLinux-formatado.pdf
Linux-formatado.pdfssuserf964b1
 
Comandos Básicos do Linux.pptx
Comandos Básicos do Linux.pptxComandos Básicos do Linux.pptx
Comandos Básicos do Linux.pptxLucasASantos1
 
44087090 tutorial-programacao-batch
44087090 tutorial-programacao-batch44087090 tutorial-programacao-batch
44087090 tutorial-programacao-batchMarcio Pereira
 
O Que é Shell (bash)
O Que é Shell (bash)O Que é Shell (bash)
O Que é Shell (bash)Sérgio Silva
 

Similaire à Operadores de redirecionamento (20)

Aula 10 semana
Aula 10 semanaAula 10 semana
Aula 10 semana
 
Manual comandos
Manual comandosManual comandos
Manual comandos
 
Shell script ii direcionadores
Shell script ii  direcionadoresShell script ii  direcionadores
Shell script ii direcionadores
 
Manual UFCD 0839.pptx
Manual UFCD 0839.pptxManual UFCD 0839.pptx
Manual UFCD 0839.pptx
 
Linux shell
Linux shellLinux shell
Linux shell
 
Comandos básicos linux
Comandos básicos linuxComandos básicos linux
Comandos básicos linux
 
Comandos linux
Comandos linuxComandos linux
Comandos linux
 
Comandos do linux
Comandos do linuxComandos do linux
Comandos do linux
 
Aulas linux
Aulas linuxAulas linux
Aulas linux
 
Apostila(1)
Apostila(1)Apostila(1)
Apostila(1)
 
Introdução à Shellscript
Introdução à ShellscriptIntrodução à Shellscript
Introdução à Shellscript
 
Introdução à Shell Script - Vinícius Alves Hax
Introdução à Shell Script - Vinícius Alves HaxIntrodução à Shell Script - Vinícius Alves Hax
Introdução à Shell Script - Vinícius Alves Hax
 
Aprendendo linux
Aprendendo linuxAprendendo linux
Aprendendo linux
 
Comandos linux
Comandos linuxComandos linux
Comandos linux
 
Aula - Comandos Linux - Parte 1
Aula - Comandos Linux - Parte 1Aula - Comandos Linux - Parte 1
Aula - Comandos Linux - Parte 1
 
Linux-formatado.pdf
Linux-formatado.pdfLinux-formatado.pdf
Linux-formatado.pdf
 
Comandos Básicos do Linux.pptx
Comandos Básicos do Linux.pptxComandos Básicos do Linux.pptx
Comandos Básicos do Linux.pptx
 
44087090 tutorial-programacao-batch
44087090 tutorial-programacao-batch44087090 tutorial-programacao-batch
44087090 tutorial-programacao-batch
 
O Que é Shell (bash)
O Que é Shell (bash)O Que é Shell (bash)
O Que é Shell (bash)
 
Comando CMD
Comando CMDComando CMD
Comando CMD
 

Operadores de redirecionamento

  • 1. Instalação e configuração de Sistemas Operacionais de Redes Operadores de Redirecionamento Profª Ivani Nascimento
  • 2. Apresentação Um shell Linux, como bash, recebe entrada e envia saída como sequências ou fluxos de caracteres. Cada caractere é independente do que vem antes e do que vem depois dele. Os caracteres não são organizados em registros estruturados ou blocos de tamanho fixo. Fluxos são acessados utilizando técnicas de E/S (Entrada/Saída) de arquivo, não importa se o fluxo de caracteres real vem de ou vai para um arquivo, um teclado, uma janela em um monitor ou outro dispositivo de E/S.
  • 3. Apresentação Shells Linux usam três fluxos de E/S padrão, cada um dos quais é associado com um descritor de arquivo: • Entrada padrão (stdin) – Entrada de um fluxo de dados, podendo ser destacado o teclado. Todos eles alimentam o computador com informações. O descritor é representado pelo número 0. • Saída padrão (stdout) – Saída de um fluxo de dados em condições normais. Exemplos: monitor, impressora, arquivos, etc. O descritor é representado pelo número 1. • Saída de erro (stderr) – Saída de um fluxo de dados em condições de erro ou insucesso em um determinado processamento, que poderá ser direcionada para o monitor ou arquivo de LOG. O descritor é representado pelo número 2.
  • 4. Apresentação • Fluxos de entrada fornecem entrada para programas, normalmente de digitações em um terminal. • Fluxos de saída imprimem caracteres de texto, normalmente para o terminal. • O terminal era originalmente uma máquina de escrever ASCII ou terminal de exibição, mas agora é mais frequentemente uma janela de texto em uma área de trabalho gráfica.
  • 5. > (Redirecionamento simples) • Redireciona a saída padrão de um programa/comando/script para algum dispositivo ou arquivo ao invés do dispositivo de saída padrão (tela). • Quando é usado com arquivos, este redirecionamento cria ou substitui o conteúdo do arquivo. • Por exemplo: o O comando ls é utilizado para listar arquivos. Para enviar a saída para um arquivo, utilizar: # ls > listagem.txt o Para visualizar o conteúdo do arquivo listagem.txt: # cat listagem.txt
  • 6. > (Redirecionamento simples) • O mesmo comando pode ser redirecionado para o segundo console /dev/tty2 usando: # ls >/dev/tty2 • Dessa forma, o resultado do comando ls será mostrado no segundo console (em modo texto, pressionar ALT e F2 para mudar para o segundo console e ALT e F1 para retornar ao primeiro). • Outro exemplo: # ls 1>/dev/tty2 • Assim, o número 1 indica que será capturada a saída padrão do comando. Para redirecionar para um arquivo somente a saída de erros do comando ls: # ls 2>/tmp/erros-do-ls
  • 7. >> (Redirecionamento duplo) • Redireciona a saída padrão de um programa/comando/script para algum dispositivo ou adiciona as linhas ao final de arquivo ao invés do dispositivo de saída padrão (tela). • A diferença entre este redirecionamento duplo e o simples, é se caso for usado com arquivos, adiciona a saída do comando ao final do arquivo existente ao invés de substituir seu conteúdo. • Por exemplo, é possível acrescentar a saída do comando ls ao arquivo listagem.txt do exemplo anterior usando: # ls / >> listagem.txt. • Para visualizar o conteúdo do arquivo listagem.txt: # cat listagem.txt
  • 8. < • Direciona a entrada padrão de arquivo/dispositivo para um comando. Este comando faz o contrário do anterior, ele envia dados ao comando. • Por exemplo, é possível usar o comando cat < teste.txt para enviar o conteúdo do arquivo teste.txt ao comando cat que mostrará seu conteúdo (é claro que o mesmo resultado pode ser obtido com cat teste.txt mas este exemplo serviu para mostrar a funcionalidade do <).
  • 9. << • Este redirecionamento serve principalmente para marcar o fim de exibição de um bloco. É especialmente usado em conjunto com o comando cat, mas também tem outras aplicações. Por exemplo: # cat << final > este arquivo sera exibido > ate que a palavra final > comece a linha > final este arquivo sera exibido ate que a palavra final comece a linha
  • 10. | (pipe) • Envia a saída de um comando para a entrada do próximo comando para continuidade do processamento. Os dados enviados são processados pelo próximo comando que mostrará o resultado do processamento. • Exemplos: # ls -la | more • O comando acima faz a listagem longa de arquivos que é enviado ao comando more (que tem a função de efetuar uma pausa a cada 25 linhas do arquivo).
  • 11. | (pipe) # locate find | grep "bin/" /sbin/findfs /usr/bin/find /usr/bin/find2perl • No exemplo acima, todos os caminhos/arquivos que contém find na listagem serão mostrados (inclusive man pages, bibliotecas, etc.). • Dessa forma, para realizar um filtro, é utilizado o comando "bin/" para mostrar somente os diretórios que contém binários. E ainda que a listagem ocupe mais de uma tela, é possível acrescentar o comando more: # locate find | grep "bin/" | more
  • 12. Referências MORIMOTO, Carlos E.. Linux, guia prático. Porto Alegre: Sul Editores, 2009. FERREIRA, Rubem E.. Linux: guia do administrador do sistema. São Paulo: Novatec, 2008. MOTA FILHO, João Eriberto. Descobrindo o Linux: entenda o sistema operacional GNU/linux. São Paulo: Novatec, 2007.
  • 13. Referências • RIBEIRO, Uirá, Certificação Linux, 1ª Ed, Rio de Janeiro, Axcel Books, 2004. • Certificação Linux LPI- Nível 1 Exames 101 e 102. Vários, 1ª Ed, São Paulo, Alta Books. • NORTON, Peter; GRIFFITH, Arthur. Guia Completo do Linux. Tradução Sérgio Facchim – Complete Guide to Linux. São Paulo, Berkeley, 2000.