SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  41
HEMOTERAPIA
Marcos Chaves
Hospital das Clínicas
TERAPÊUTICA TRANSFUSIONAL
 Hemocomponentes x Hemoderivados
O uso do sangue e seus produtos tem
diminuído desde o surgimento da AIDS,
embora a prática de prescrição de sangue
pelos médicos ainda tenha se mostrado
muitas vezes inadequada.
A decisão terapêutica deve estar baseada
na relação entre os benefícios e os riscos
potenciais da terapêutica proposta.
SANGUE TOTAL
Indicações
- Sangramento ativo com perda de mais
de 25% da volemia
- Exsangüíneo-transfusão em RN
Não usar em pacientes normovolêmicos
(risco de sobrecarga de volume)
CONCENTRADO DE HEMÁCIAS
É o componente obtido pela remoção de cerca
de 2/3 do plasma de uma unidade de sangue
total. A preparação resultante deverá ter um
hematócrito entre 70 a 80%. Se estocados com
solução aditiva, entre 52 a 60%.
Indicações ?
CONCENTRADO DE HEMÁCIAS
De maneira geral, a decisão da transfusão
deve ser baseada em uma constelação de
fatores clínicos, tais como:
• Idade do paciente
• Velocidade de instalação da anemia
• História natural da anemia
• Volume intravascular
• Presença de co-morbidades
Em seres humanos, a capacidade de transporte de oxigênio
é aproximadamente 4 vezes maior que as necessidades de
oxigênio, existindo portanto uma grande reserva fisiológica.
CONCENTRADO DE HEMÁCIAS
Indicações
 Anemia aguda com evidência de oxigenação
tissular inadequada.
 Em anemia crônica para aliviar sintomas
relacionados com a diminuição da massa
eritrocitária, quando outras intervenções
terapêuticas, tais como a reposição de ferro
e/ou eritropoetina, foram insuficientes.
 Insuficiência de medula óssea decorrente de
aplasia, infiltração maligna ou quimioterapia.
CONCENTRADO DE HEMÁCIAS
Indicações
 Em anemias hemolíticas, recomenda-se que a
transfusão seja orientada pelo hemoterapeuta.
 Em cirurgias aceita-se o nível mínimo de 8g/dl,
nos casos de anemia normovolêmica em
pacientes assintomáticos. Esse valor não é
aplicável a pacientes com baixa reserva
funcional (patologia cardiovascular, pulmonar,
cerebrovascular) ou com qualquer outro fator
complicante.
A indicação transfusional não se deve basear
só em níveis de Ht/Hb, mas principalmente
em sinais e sintomas. É o paciente, e não o
nível de hemoglobina, que precisa ser tratado.
O paciente está normovolêmico ?
O paciente é deficiente em: ferro,
folato ou Vitamina B12 ?
O paciente tem insuficiência renal ?
O paciente apresenta critérios para
resposta a Eritropoetina ?
O paciente está sintomático ?
Não transfundir, observar nível de
hemoglobina.
Repor volume com cristalóides.
Repor ferro, folato ou Vitamina B12.
Terapia com Eritropoetina.
Transfundir concentrado de hemácias.
Sim
Não
Não
Não
Não
Não
Sim
Sim
Sim
Sim
Se baseie principalmente em dados clínicos
ao indicar uma hemotransfusão.
Examine seu paciente.
CONCENTRADO DE HEMÁCIAS
 Uma unidade de CH eleva o nível de Hb
em aproximadamente 1g/dl ou Ht em 3%
 Idealmente deve ser ABO e Rh específicos
 A velocidade de infusão deve ser inferior a
4 h pelo risco de contaminação bacteriana
 Infusão mais lenta nos primeiros 15 min
 Nenhuma medicação ou solução deve ser
adicionada à bolsa de CH (exceto S.F.0,9%)
CONCENTRADO DE HEMÁCIASCONCENTRADO DE HEMÁCIAS
PERÍODO DE ESTOCAGEM:
CPD = 21 DIAS
CPDA 1 = 35 DIAS
SAG-M = 42 DIAS
TEMPERATURA DE ESTOCAGEM: 02 - 06o
C
VOLUME : 270-350 ml
HEMATÓCRITO : 70-80%
52-60% - Solucões aditivas
EFEITO DE DOSAGEM : AUM Hct 3% - Hb 1g
CONCENTRADO DE HEMÁCIASCONCENTRADO DE HEMÁCIAS
PERÍODO DE ESTOCAGEM:
CPD = 21 DIAS
CPDA 1 = 35 DIAS
SAG-M = 42 DIAS
TEMPERATURA DE ESTOCAGEM: 02 - 06o
C
VOLUME : 270-350 ml
HEMATÓCRITO : 70-80%
52-60% - Solucões aditivas
EFEITO DE DOSAGEM : AUM Hct 3% - Hb 1g
CONCENTRADO DE HEMÁCIAS
Em cirurgias eletivas,
estimular uso de sangue autólogo.
CONCENTRADO DE HEMÁCIAS LAVADAS
Constitui o concentrado de hemácias ao qual
se adicionou solução fisiológica de cloreto de
sódio e que em seguida é centrifugado e retirado o
sobrenadante, operação esta repetida cerca de três
vezes. Este procedimento remove quase todo o
plasma (98%), reduz a concentração de
leucócitos e remove plaquetas e restos celulares.
Uma vez preparado, sua validade é de 24 horas
CONCENTRADO DE HEMÁCIAS LAVADAS
Indicações
 Pacientes com reações alérgicas graves
(nos quais o uso de pré-medicação não é
suficiente para evitar tais reações).
 História de reação anafilática a componentes
do plasma (deficientes de IgA)
 Hemoglobinúria Paroxística Noturna
(controverso)
O CHL não deve ser usado como
componente pobre em leucócitos
CONCENTRADO DE HEMÁCIAS LEUCODEPLETADO
É o concentrado de hemácias em que a
maioria dos leucócitos foi removida através de
filtros especialmente desenvolvidos para este
fim, restando um n° de leucócitos < 5 x 10 6
Pré-estocagem
Pós-estocagem
TIPOS DE FILTRAÇÃO
CONCENTRADO DE HEMÁCIAS LEUCODEPLETADO
Indicações
• Prevenir reação febril não-hemolítica
• Prevenir transmissão de CMV por transfusão
• Prevenir aloimunização HLA em pacientes
com doenças hematológicas que se tornarão
dependentes de transfusões
• Pacientes que realizarão TMO ou transplante
renal para prevenir aloimunização HLA
• Transfusão intra-uterina
Se um paciente tem indicação de ser
transfundido com concentrado de
hemácias leucodepletado, deverá
receber somente hemocomponentes
leucodepletados.
CONCENTRADO DE HEMÁCIAS IRRADIADO
É o concentrado de hemácias submetido à
irradiação gama, a fim de prevenir que linfócitos
T viáveis do doador proliferem no receptor e
desencadeiem doença do enxerto contra o
hospedeiro transfusional (DECH-T)
DECH-T Alta Mortalidade (90%)
 Devido ao acúmulo de potássio após a
irradiação, recomenda-se que componentes
irradiados não sejam estocados.
CONCENTRADO DE HEMÁCIAS IRRADIADO
Indicações
 Recém-nascido de baixo peso (<1200 g)
 Transfusão intra-uterina
 Transfusão entre familiares de 1º grau
 Receptor de componente HLA matched
 Receptores de TMO
 Síndrome de imunodeficiência congênita
 Doença de Hodgkin
CONCENTRADO DE PLAQUETAS
Os concentrados de
plaquetas são obtidos
de unidades individuais
de sangue total através
de centrifugação. Podem
também ser obtidos por
técnica de aférese.
Concentrado de
hemácias
Crio
Sangue total
PFC Plaquetas
Plasma
rico em
plaquetas
Plasma pobre
em Crio
XIII VIII FVW/VIIIAlb Ig IX VII CP
CONCENTRADO DE PLAQUETASCONCENTRADO DE PLAQUETAS
PERÍODO DE ESTOCAGEM:
03 DIAS
05 DIAS
TEMPERATURA DE ESTOCAGEM: 20 - 24o
C
Sob agitação suave e constante
VOLUME : 50-70 ml
200-400 ml (AFÉRESE)
DOSE: 1 UNIDADE/10 KG PESO ou 1 AFÉRESE
COMPATIBILIDADE ABO E RH
DEVERÁ CONTER NO MÍNIMO 5,5 x 10 10 plaquetas
OU 3,0 x 10 11 plaquetas NO CASO DE AFÉRESE
CONCENTRADO DE PLAQUETASCONCENTRADO DE PLAQUETAS
PERÍODO DE ESTOCAGEM:
03 DIAS
05 DIAS
TEMPERATURA DE ESTOCAGEM: 20 - 24o
C
Sob agitação suave e constante
VOLUME : 50-70 ml
200-400 ml (AFÉRESE)
DOSE: 1 UNIDADE/10 KG PESO ou 1 AFÉRESE
COMPATIBILIDADE ABO E RH
DEVERÁ CONTER NO MÍNIMO 5,5 x 10 10 plaquetas
OU 3,0 x 10 11 plaquetas NO CASO DE AFÉRESE
CONCENTRADO DE PLAQUETAS
Menor custo Maior incremento
pós-transfusão
Menor exposição
antigênica
Maior exposição
antigênica
Maior risco de
reações
Maior tempo
para coleta
Custo elevado
CONCENTRADO DE PLAQUETAS
TRANSFUSÕES PROFILÁTICAS
E
TRANSFUSÕES TERAPÊUTICAS
Indicações
TRANSFUSÕES PROFILÁTICAS
 Pacientes com produção insuficiente (falência medular),
transfundir se PLT < 10.000 (controverso)
- Avaliar fatores de risco adicionais
 Contagem plaquetária < 50.000 em pacientes submetidos
a procedimentos cirúrgicos ou invasivos.
 No pré-operatório de cirurgia cardíaca e neurológica em
pacientes com contagem plaquetária < 100.000
 Recém-nascidos prematuros estáveis têm indicação de
transfusão profilática com níveis de 50.000, e os RN com
risco associado, com níveis ainda mais elevados.
 Controverso em pacientes cardíacos em uso de drogas
que inibem a função plaquetária e que irão ser submetidos
a cirurgia cardíaca.
Como profilaxia contra sangramentos nos seguintes casos:
TRANSFUSÕES TERAPÊUTICAS
Estão indicadas no controle de sangramento associado a:
• Trombocitopenia, geralmente com contagem
plaquetária < 50.000/mm3
• Trombopatia, independente do nº de plaquetas.
• Coagulação intravascular disseminada, em
pacientes com sangramento ativo.
• Púrpura trombocitopênica imune, em casos de
sangramentos graves e intensos.
CONCENTRADO DE PLAQUETAS
Contra-indicações
• Púrpura trombocitopênica trombótica (PTT)
• Síndrome hemolítico-urêmica (SHU)
• Plaquetopenia induzida pela heparina
A transfusão de plaquetas pode piorar as complicações
trombóticas associadas a esses eventos
Causas mais comuns de refratariedade
1. Mecanismos não imunológicos
Septicemia
Febre
CIVD
Drogas
Hiperesplenismo
Hemorragias
2. Aloanticorpos plaquetários não específicos
anti-HLA
anti-ABO
3. Aloanticorpos plaquetários específicos
4. Auto-Anticorpos plaquetários
REFRATARIEDADE ÀS PLAQUETAS
Medidas Preventivas
• Limitar exposição antigênica
- Doador único por aférese
- HLA e ABO compatíveis
• Remoção dos leucócitos alogênicos
- Uso de filtros
REFRATARIEDADE ÀS PLAQUETAS
Medidas alternativas para tratar refratariedade
• Corticosteróides
• Gamaglobulina Endovenosa
• Plasmaférese
• Agentes Antifibrinolíticos
• Esplenectomia
• Transfusão maciça ou fracionada
REFRATARIEDADE ÀS PLAQUETAS
Em situações de emergência, em que
plaquetas Rh-negativo não estiverem
disponíveis, pode-se transfundir PLT
Rh-positivo em pacientes Rh-negativo,
não se esquecendo de proceder uma
imunização passiva contra o antígeno D
( imunoglobulina anti-D – Matergam )
até 72 horas após essa transfusão.
PLASMA FRESCO CONGELADO
O plasma é um componente sangüíneo
obtido a partir do fracionamento do sangue
total ou através de plasmaférese.
Deve ser congelado a temperaturas iguais
ou inferiores a -20ºC, dentro de no máximo
8 horas após a coleta do sangue total.
Contém fatores da coagulação (II, V, VII, VIII
IX, X, XI, XII, XIII, fator vW, fibrinogênio) e
fatores anticoagulantes (antitrombina III,
proteína C e proteína S).
PLASMA FRESCO CONGELADO
Plasma Fresco Congelado x Plasma Simples
 O plasma simples difere do PFC por não
possuir os fatores lábeis da coagulação
(fator V e fator VIII)
 Para fins transfusionais, atualmente
somente o PFC é utilizado
 O plasma simples é usado para a produção
de hemoderivados (albumina, Ig, outros
concentrados)
PLASMA FRESCO CONGELADO
Pelos riscos que a transfusão de PFC
apresenta, esse hemocomponente só
deve ser usado quando não houver
alternativa mais segura.
A maioria das requisições de transfusão
de PFC não tem uma indicação formal.
PLASMA FRESCO CONGELADO
Indicações
 Sangramento por deficiência de um ou mais fatores
da coagulação quando não se dispõe do concentrado
específico ou não se conhece o fator deficiente.
 Púrpura trombocitopência trombótica (PTT)
 Síndrome hemolítico-urêmica (SHU)
 Sangramento ativo por deficiência de vitamina K ou
por utilização de anticoagulante oral
 CIVD grave com sangramento ativo
 Hepatopata com hemorragia ou em preparação para
procedimentos invasivos (RNI>1,5 e/ou rel TTPA>1,5)
 Coagulopatia dilucional resultante de transfusão maciça
de sangue ou de volume, com sangramento.
PLASMA FRESCO CONGELADO
Contra-indicações
• Não deve ser utilizado como expansor de volume
• Não utilizar em sangramentos sem coagulopatia
• Não utilizar como fonte protéica (albumina)
• Não administrar para acelerar cicatrização
• É contra-indicado para neutralizar os efeitos da
heparina
PLASMA FRESCO CONGELADOPLASMA FRESCO CONGELADO
PERÍODO DE ESTOCAGEM: 01 ANO (-20°C)
02 ANOS (-30°C)
VOLUME : > 180 ml
DOSE : 10 – 20 ml/kg
COMPATIBILIDADE ABO
DEVE SER DESCONGELADO EM 37ºC
E TRANSFUNDIDO ASSIM QUE POSSÍVEL
PLASMA FRESCO CONGELADOPLASMA FRESCO CONGELADO
PERÍODO DE ESTOCAGEM: 01 ANO (-20°C)
02 ANOS (-30°C)
VOLUME : > 180 ml
DOSE : 10 – 20 ml/kg
COMPATIBILIDADE ABO
DEVE SER DESCONGELADO EM 37ºC
E TRANSFUNDIDO ASSIM QUE POSSÍVEL
PLASMA FRESCO CONGELADO
CRIOPRECIPITADO
É a fração protéica do PFC precipitada
pelo frio, quando o PFC é descongelado
entre 1 e 6ºC.
É constituído de fator VIII, fibrinogênio,
fator vW e fator XIII
Ter cuidado ao se administrar grande
quantidade devido ao risco trombótico
decorrente do aumento do fibrinogênio.
CRIOPRECIPITADOCRIOPRECIPITADO
PERÍODO DE ESTOCAGEM: 01ANO (-20°C)
02 ANOS (-30°C)
VOLUME : 10-20 ml ( 80-100 UI )
DOSE: 1 UNIDADE / 5-10 kg PESO
SEMPRE QUE POSSÍVEL DEVERÁ SER ABO
COMPATÍVEL (PRINCIPALMENTE EM CRIANÇAS)
DEVE SER DESCONGELADO EM 37ºC
E TRANSFUNDIDO ASSIM QUE POSSÍVEL
CRIOPRECIPITADOCRIOPRECIPITADO
PERÍODO DE ESTOCAGEM: 01ANO (-20°C)
02 ANOS (-30°C)
VOLUME : 10-20 ml ( 80-100 UI )
DOSE: 1 UNIDADE / 5-10 kg PESO
SEMPRE QUE POSSÍVEL DEVERÁ SER ABO
COMPATÍVEL (PRINCIPALMENTE EM CRIANÇAS)
DEVE SER DESCONGELADO EM 37ºC
E TRANSFUNDIDO ASSIM QUE POSSÍVEL
CRIOPRECIPITADO
CRIOPRECIPITADO
Indicações
 Hipofibrinogenemia e disfibrinogenemia
 Repor fibrinogênio (dosagem <80mg/dl) em
pacientes com CIVD
 Deficiência de fator XIII em pacientes com
hemorragias por déficit deste fator, só quando
não se dispuser do concentrado específico.
 Hemofilia A e doença de von Willebrand
quando não houver disponibilidade de
concentrados inativados para vírus

Contenu connexe

Tendances

Aula sobre segurança transfusional
Aula sobre segurança transfusionalAula sobre segurança transfusional
Aula sobre segurança transfusionalProqualis
 
Hemocomponentes e os cuidados de enfermagem
Hemocomponentes e os cuidados de enfermagemHemocomponentes e os cuidados de enfermagem
Hemocomponentes e os cuidados de enfermagemRui Lopes
 
Administração segura do sangue
Administração segura do sangueAdministração segura do sangue
Administração segura do sangueProqualis
 
Unidade de Terapia Intensiva (parte 1)
Unidade de Terapia Intensiva (parte 1)Unidade de Terapia Intensiva (parte 1)
Unidade de Terapia Intensiva (parte 1)Will Nunes
 
Slide 1 Aula 1 Hematologia
Slide 1   Aula 1 HematologiaSlide 1   Aula 1 Hematologia
Slide 1 Aula 1 Hematologiasamir12
 
Aula de Instrumentação Biomédica sobre Coleta e Amostras
Aula de Instrumentação Biomédica sobre Coleta e AmostrasAula de Instrumentação Biomédica sobre Coleta e Amostras
Aula de Instrumentação Biomédica sobre Coleta e AmostrasJaqueline Almeida
 
Instruções de coleta para exames laboratoriais
Instruções de coleta para exames laboratoriaisInstruções de coleta para exames laboratoriais
Instruções de coleta para exames laboratoriaisclinicansl
 
Sondagem gastrointestinal
Sondagem gastrointestinalSondagem gastrointestinal
Sondagem gastrointestinalRodrigo Abreu
 
Processo de Enfermagem na hemoterapia - No Caminho da Enfermagem - Lucas Fontes.
Processo de Enfermagem na hemoterapia - No Caminho da Enfermagem - Lucas Fontes.Processo de Enfermagem na hemoterapia - No Caminho da Enfermagem - Lucas Fontes.
Processo de Enfermagem na hemoterapia - No Caminho da Enfermagem - Lucas Fontes.Lucas Fontes
 
Interpretação do hemograma
Interpretação do hemogramaInterpretação do hemograma
Interpretação do hemogramaJoziane Brunelli
 
Assistencia de enfermagem ao cliente renal 04.2012
Assistencia de enfermagem ao cliente renal 04.2012Assistencia de enfermagem ao cliente renal 04.2012
Assistencia de enfermagem ao cliente renal 04.2012Andressa Santos
 
Hemodiálise e diálise peritoneal
Hemodiálise e diálise peritonealHemodiálise e diálise peritoneal
Hemodiálise e diálise peritonealSonara Pereira
 

Tendances (20)

Aula sobre segurança transfusional
Aula sobre segurança transfusionalAula sobre segurança transfusional
Aula sobre segurança transfusional
 
1. coleta de sangue
1. coleta de sangue1. coleta de sangue
1. coleta de sangue
 
Hemocomponentes e os cuidados de enfermagem
Hemocomponentes e os cuidados de enfermagemHemocomponentes e os cuidados de enfermagem
Hemocomponentes e os cuidados de enfermagem
 
Choque
Choque Choque
Choque
 
Aula acessos venosos
Aula acessos venososAula acessos venosos
Aula acessos venosos
 
Administração segura do sangue
Administração segura do sangueAdministração segura do sangue
Administração segura do sangue
 
Unidade de Terapia Intensiva (parte 1)
Unidade de Terapia Intensiva (parte 1)Unidade de Terapia Intensiva (parte 1)
Unidade de Terapia Intensiva (parte 1)
 
Slide 1 Aula 1 Hematologia
Slide 1   Aula 1 HematologiaSlide 1   Aula 1 Hematologia
Slide 1 Aula 1 Hematologia
 
Aula de Instrumentação Biomédica sobre Coleta e Amostras
Aula de Instrumentação Biomédica sobre Coleta e AmostrasAula de Instrumentação Biomédica sobre Coleta e Amostras
Aula de Instrumentação Biomédica sobre Coleta e Amostras
 
Balanço Hidrico.pdf
Balanço Hidrico.pdfBalanço Hidrico.pdf
Balanço Hidrico.pdf
 
Instruções de coleta para exames laboratoriais
Instruções de coleta para exames laboratoriaisInstruções de coleta para exames laboratoriais
Instruções de coleta para exames laboratoriais
 
Sondagem gastrointestinal
Sondagem gastrointestinalSondagem gastrointestinal
Sondagem gastrointestinal
 
Coleta de sangue venoso
Coleta de sangue venosoColeta de sangue venoso
Coleta de sangue venoso
 
Processo de Enfermagem na hemoterapia - No Caminho da Enfermagem - Lucas Fontes.
Processo de Enfermagem na hemoterapia - No Caminho da Enfermagem - Lucas Fontes.Processo de Enfermagem na hemoterapia - No Caminho da Enfermagem - Lucas Fontes.
Processo de Enfermagem na hemoterapia - No Caminho da Enfermagem - Lucas Fontes.
 
Interpretação do hemograma
Interpretação do hemogramaInterpretação do hemograma
Interpretação do hemograma
 
Hemodiálise
HemodiáliseHemodiálise
Hemodiálise
 
Assistencia de enfermagem ao cliente renal 04.2012
Assistencia de enfermagem ao cliente renal 04.2012Assistencia de enfermagem ao cliente renal 04.2012
Assistencia de enfermagem ao cliente renal 04.2012
 
Choque
Choque   Choque
Choque
 
Hemodiálise e diálise peritoneal
Hemodiálise e diálise peritonealHemodiálise e diálise peritoneal
Hemodiálise e diálise peritoneal
 
Choques
ChoquesChoques
Choques
 

En vedette

Edema completo
Edema completoEdema completo
Edema completojaninemaga
 
Derrame pleural
Derrame pleuralDerrame pleural
Derrame pleuraljaninemaga
 
Coagulopatia na doença hepática crônica
Coagulopatia na doença hepática crônicaCoagulopatia na doença hepática crônica
Coagulopatia na doença hepática crônicajaninemagalhaes
 
Aula fraqueza muscular
Aula fraqueza muscularAula fraqueza muscular
Aula fraqueza muscularjaninemaga
 
Insuficiência Hepática
Insuficiência HepáticaInsuficiência Hepática
Insuficiência Hepáticajaninemaga
 
Sessão camila 22 1.07.13
Sessão camila 22 1.07.13Sessão camila 22 1.07.13
Sessão camila 22 1.07.13janinemagalhaes
 
Linfadenopatias
LinfadenopatiasLinfadenopatias
Linfadenopatiasjaninemaga
 
Ressucitação volêmica
Ressucitação volêmicaRessucitação volêmica
Ressucitação volêmicajaninemagalhaes
 
Foi febre de_origem_indeterminada
Foi febre de_origem_indeterminadaFoi febre de_origem_indeterminada
Foi febre de_origem_indeterminadajaninemaga
 

En vedette (15)

Edema completo
Edema completoEdema completo
Edema completo
 
Enxaqueca
Enxaqueca Enxaqueca
Enxaqueca
 
Derrame pleural
Derrame pleuralDerrame pleural
Derrame pleural
 
Sessao clinica
Sessao clinicaSessao clinica
Sessao clinica
 
Coagulopatia na doença hepática crônica
Coagulopatia na doença hepática crônicaCoagulopatia na doença hepática crônica
Coagulopatia na doença hepática crônica
 
Aula fraqueza muscular
Aula fraqueza muscularAula fraqueza muscular
Aula fraqueza muscular
 
Insuficiência Hepática
Insuficiência HepáticaInsuficiência Hepática
Insuficiência Hepática
 
Sessão camila 22 1.07.13
Sessão camila 22 1.07.13Sessão camila 22 1.07.13
Sessão camila 22 1.07.13
 
Linfadenopatias
LinfadenopatiasLinfadenopatias
Linfadenopatias
 
Ressucitação volêmica
Ressucitação volêmicaRessucitação volêmica
Ressucitação volêmica
 
Tosse 1
Tosse 1 Tosse 1
Tosse 1
 
Sessão de artigo
Sessão de artigoSessão de artigo
Sessão de artigo
 
Foi febre de_origem_indeterminada
Foi febre de_origem_indeterminadaFoi febre de_origem_indeterminada
Foi febre de_origem_indeterminada
 
Colagenoses
ColagenosesColagenoses
Colagenoses
 
Caso clínico nefro 3
Caso clínico nefro 3Caso clínico nefro 3
Caso clínico nefro 3
 

Similaire à HEMOTERAPIA: componentes e indicações

Manual transfusao 2012
Manual transfusao 2012Manual transfusao 2012
Manual transfusao 2012heroilma
 
Transfusao de hemocomponentes_e_hemoderivados
Transfusao de hemocomponentes_e_hemoderivadosTransfusao de hemocomponentes_e_hemoderivados
Transfusao de hemocomponentes_e_hemoderivadosEliane Kopchinski
 
preparo e complicaçãoes dos hemocomponentes
preparo e complicaçãoes dos hemocomponentespreparo e complicaçãoes dos hemocomponentes
preparo e complicaçãoes dos hemocomponentesJosé Renato Franco Alves
 
Dist. hemorrágicos do rn
Dist. hemorrágicos do rnDist. hemorrágicos do rn
Dist. hemorrágicos do rnMariane Souza
 
Anticoagulante e Antiagregante
Anticoagulante e AntiagreganteAnticoagulante e Antiagregante
Anticoagulante e Antiagreganteresenfe2013
 
Purpura Trombocitopênica Idiopática
Purpura Trombocitopênica IdiopáticaPurpura Trombocitopênica Idiopática
Purpura Trombocitopênica IdiopáticaMaycon Silva
 
Anemia aplástica grave tratamento, 2008
Anemia aplástica grave   tratamento, 2008Anemia aplástica grave   tratamento, 2008
Anemia aplástica grave tratamento, 2008Arquivo-FClinico
 
Hemorragias digestivas 2008
Hemorragias digestivas 2008Hemorragias digestivas 2008
Hemorragias digestivas 2008Arquivo-FClinico
 
Hemotransfusão Em Pediatria
Hemotransfusão Em PediatriaHemotransfusão Em Pediatria
Hemotransfusão Em PediatriaRenato Bach
 
01.-Interpretação-do-Hemograma.pdf
01.-Interpretação-do-Hemograma.pdf01.-Interpretação-do-Hemograma.pdf
01.-Interpretação-do-Hemograma.pdfAnaOrtiz731600
 

Similaire à HEMOTERAPIA: componentes e indicações (20)

Lucas
LucasLucas
Lucas
 
Manual transfusao 2012
Manual transfusao 2012Manual transfusao 2012
Manual transfusao 2012
 
Aula hemoterapia
Aula hemoterapiaAula hemoterapia
Aula hemoterapia
 
Transfusao de hemocomponentes_e_hemoderivados
Transfusao de hemocomponentes_e_hemoderivadosTransfusao de hemocomponentes_e_hemoderivados
Transfusao de hemocomponentes_e_hemoderivados
 
preparo e complicaçãoes dos hemocomponentes
preparo e complicaçãoes dos hemocomponentespreparo e complicaçãoes dos hemocomponentes
preparo e complicaçãoes dos hemocomponentes
 
Dist. hemorrágicos do rn
Dist. hemorrágicos do rnDist. hemorrágicos do rn
Dist. hemorrágicos do rn
 
Trab. farmaco (1)
Trab. farmaco (1)Trab. farmaco (1)
Trab. farmaco (1)
 
Anticoagulante e Antiagregante
Anticoagulante e AntiagreganteAnticoagulante e Antiagregante
Anticoagulante e Antiagregante
 
Hemograma2
Hemograma2Hemograma2
Hemograma2
 
Hemograma2
Hemograma2Hemograma2
Hemograma2
 
Hemograma2
Hemograma2Hemograma2
Hemograma2
 
Hemograma2
Hemograma2Hemograma2
Hemograma2
 
Hemorragia digestiva alta
Hemorragia digestiva altaHemorragia digestiva alta
Hemorragia digestiva alta
 
Purpura Trombocitopênica Idiopática
Purpura Trombocitopênica IdiopáticaPurpura Trombocitopênica Idiopática
Purpura Trombocitopênica Idiopática
 
Anemia aplástica grave tratamento, 2008
Anemia aplástica grave   tratamento, 2008Anemia aplástica grave   tratamento, 2008
Anemia aplástica grave tratamento, 2008
 
Hemorragias digestivas 2008
Hemorragias digestivas 2008Hemorragias digestivas 2008
Hemorragias digestivas 2008
 
Cirurgia Odontológica - apostila
Cirurgia Odontológica - apostilaCirurgia Odontológica - apostila
Cirurgia Odontológica - apostila
 
Hemotransfusão Em Pediatria
Hemotransfusão Em PediatriaHemotransfusão Em Pediatria
Hemotransfusão Em Pediatria
 
null.ppt
null.ppt null.ppt
null.ppt
 
01.-Interpretação-do-Hemograma.pdf
01.-Interpretação-do-Hemograma.pdf01.-Interpretação-do-Hemograma.pdf
01.-Interpretação-do-Hemograma.pdf
 

Plus de janinemagalhaes

Sessao de raciocinio clinico
Sessao de raciocinio clinicoSessao de raciocinio clinico
Sessao de raciocinio clinicojaninemagalhaes
 
Sessao de raciocinio clinico
Sessao de raciocinio clinicoSessao de raciocinio clinico
Sessao de raciocinio clinicojaninemagalhaes
 
Sessão camila 22 1.07.13
Sessão camila 22 1.07.13Sessão camila 22 1.07.13
Sessão camila 22 1.07.13janinemagalhaes
 
Amiloidose power point 2007
Amiloidose   power point 2007Amiloidose   power point 2007
Amiloidose power point 2007janinemagalhaes
 
Sindrome uremica trabalho.corrigido
Sindrome uremica trabalho.corrigidoSindrome uremica trabalho.corrigido
Sindrome uremica trabalho.corrigidojaninemagalhaes
 
Apresentação sessao magna
Apresentação sessao magnaApresentação sessao magna
Apresentação sessao magnajaninemagalhaes
 
Síndrome nefrótica iuri usêda - mr1 hgrs
Síndrome nefrótica   iuri usêda - mr1 hgrsSíndrome nefrótica   iuri usêda - mr1 hgrs
Síndrome nefrótica iuri usêda - mr1 hgrsjaninemagalhaes
 
Síndrome nefrótica iuri usêda - mr1 hgrs
Síndrome nefrótica   iuri usêda - mr1 hgrsSíndrome nefrótica   iuri usêda - mr1 hgrs
Síndrome nefrótica iuri usêda - mr1 hgrsjaninemagalhaes
 
Apresentação raciocionio clínico
Apresentação raciocionio clínicoApresentação raciocionio clínico
Apresentação raciocionio clínicojaninemagalhaes
 
Sessão de raciocínio clínico 03.12.12.2
Sessão de raciocínio clínico 03.12.12.2Sessão de raciocínio clínico 03.12.12.2
Sessão de raciocínio clínico 03.12.12.2janinemagalhaes
 
Encefalopatia de wernicke
Encefalopatia de wernickeEncefalopatia de wernicke
Encefalopatia de wernickejaninemagalhaes
 
Sessão de raciocínio clínico
Sessão de raciocínio clínicoSessão de raciocínio clínico
Sessão de raciocínio clínicojaninemagalhaes
 

Plus de janinemagalhaes (20)

2 histp
2 histp2 histp
2 histp
 
Choque (1) 1
Choque (1) 1Choque (1) 1
Choque (1) 1
 
Choque (1) 1
Choque (1) 1Choque (1) 1
Choque (1) 1
 
Enxaqueca
Enxaqueca Enxaqueca
Enxaqueca
 
Sessao clinica
Sessao clinicaSessao clinica
Sessao clinica
 
Sessao de raciocinio clinico
Sessao de raciocinio clinicoSessao de raciocinio clinico
Sessao de raciocinio clinico
 
Sessao de raciocinio clinico
Sessao de raciocinio clinicoSessao de raciocinio clinico
Sessao de raciocinio clinico
 
Sessão camila 22 1.07.13
Sessão camila 22 1.07.13Sessão camila 22 1.07.13
Sessão camila 22 1.07.13
 
Amiloidose power point 2007
Amiloidose   power point 2007Amiloidose   power point 2007
Amiloidose power point 2007
 
Sindrome uremica trabalho.corrigido
Sindrome uremica trabalho.corrigidoSindrome uremica trabalho.corrigido
Sindrome uremica trabalho.corrigido
 
Caso clínico cg 5
Caso clínico cg 5Caso clínico cg 5
Caso clínico cg 5
 
Apresentação sessao magna
Apresentação sessao magnaApresentação sessao magna
Apresentação sessao magna
 
Síndrome nefrótica iuri usêda - mr1 hgrs
Síndrome nefrótica   iuri usêda - mr1 hgrsSíndrome nefrótica   iuri usêda - mr1 hgrs
Síndrome nefrótica iuri usêda - mr1 hgrs
 
Síndrome nefrótica iuri usêda - mr1 hgrs
Síndrome nefrótica   iuri usêda - mr1 hgrsSíndrome nefrótica   iuri usêda - mr1 hgrs
Síndrome nefrótica iuri usêda - mr1 hgrs
 
Delirium em idosos
Delirium em idososDelirium em idosos
Delirium em idosos
 
Apresentação raciocionio clínico
Apresentação raciocionio clínicoApresentação raciocionio clínico
Apresentação raciocionio clínico
 
Sessão de raciocínio clínico 03.12.12.2
Sessão de raciocínio clínico 03.12.12.2Sessão de raciocínio clínico 03.12.12.2
Sessão de raciocínio clínico 03.12.12.2
 
Sessao clinica 2
Sessao clinica 2Sessao clinica 2
Sessao clinica 2
 
Encefalopatia de wernicke
Encefalopatia de wernickeEncefalopatia de wernicke
Encefalopatia de wernicke
 
Sessão de raciocínio clínico
Sessão de raciocínio clínicoSessão de raciocínio clínico
Sessão de raciocínio clínico
 

HEMOTERAPIA: componentes e indicações

  • 2. TERAPÊUTICA TRANSFUSIONAL  Hemocomponentes x Hemoderivados O uso do sangue e seus produtos tem diminuído desde o surgimento da AIDS, embora a prática de prescrição de sangue pelos médicos ainda tenha se mostrado muitas vezes inadequada. A decisão terapêutica deve estar baseada na relação entre os benefícios e os riscos potenciais da terapêutica proposta.
  • 3. SANGUE TOTAL Indicações - Sangramento ativo com perda de mais de 25% da volemia - Exsangüíneo-transfusão em RN Não usar em pacientes normovolêmicos (risco de sobrecarga de volume)
  • 4. CONCENTRADO DE HEMÁCIAS É o componente obtido pela remoção de cerca de 2/3 do plasma de uma unidade de sangue total. A preparação resultante deverá ter um hematócrito entre 70 a 80%. Se estocados com solução aditiva, entre 52 a 60%. Indicações ?
  • 5. CONCENTRADO DE HEMÁCIAS De maneira geral, a decisão da transfusão deve ser baseada em uma constelação de fatores clínicos, tais como: • Idade do paciente • Velocidade de instalação da anemia • História natural da anemia • Volume intravascular • Presença de co-morbidades Em seres humanos, a capacidade de transporte de oxigênio é aproximadamente 4 vezes maior que as necessidades de oxigênio, existindo portanto uma grande reserva fisiológica.
  • 6. CONCENTRADO DE HEMÁCIAS Indicações  Anemia aguda com evidência de oxigenação tissular inadequada.  Em anemia crônica para aliviar sintomas relacionados com a diminuição da massa eritrocitária, quando outras intervenções terapêuticas, tais como a reposição de ferro e/ou eritropoetina, foram insuficientes.  Insuficiência de medula óssea decorrente de aplasia, infiltração maligna ou quimioterapia.
  • 7. CONCENTRADO DE HEMÁCIAS Indicações  Em anemias hemolíticas, recomenda-se que a transfusão seja orientada pelo hemoterapeuta.  Em cirurgias aceita-se o nível mínimo de 8g/dl, nos casos de anemia normovolêmica em pacientes assintomáticos. Esse valor não é aplicável a pacientes com baixa reserva funcional (patologia cardiovascular, pulmonar, cerebrovascular) ou com qualquer outro fator complicante.
  • 8. A indicação transfusional não se deve basear só em níveis de Ht/Hb, mas principalmente em sinais e sintomas. É o paciente, e não o nível de hemoglobina, que precisa ser tratado.
  • 9. O paciente está normovolêmico ? O paciente é deficiente em: ferro, folato ou Vitamina B12 ? O paciente tem insuficiência renal ? O paciente apresenta critérios para resposta a Eritropoetina ? O paciente está sintomático ? Não transfundir, observar nível de hemoglobina. Repor volume com cristalóides. Repor ferro, folato ou Vitamina B12. Terapia com Eritropoetina. Transfundir concentrado de hemácias. Sim Não Não Não Não Não Sim Sim Sim Sim
  • 10. Se baseie principalmente em dados clínicos ao indicar uma hemotransfusão. Examine seu paciente.
  • 11. CONCENTRADO DE HEMÁCIAS  Uma unidade de CH eleva o nível de Hb em aproximadamente 1g/dl ou Ht em 3%  Idealmente deve ser ABO e Rh específicos  A velocidade de infusão deve ser inferior a 4 h pelo risco de contaminação bacteriana  Infusão mais lenta nos primeiros 15 min  Nenhuma medicação ou solução deve ser adicionada à bolsa de CH (exceto S.F.0,9%)
  • 12. CONCENTRADO DE HEMÁCIASCONCENTRADO DE HEMÁCIAS PERÍODO DE ESTOCAGEM: CPD = 21 DIAS CPDA 1 = 35 DIAS SAG-M = 42 DIAS TEMPERATURA DE ESTOCAGEM: 02 - 06o C VOLUME : 270-350 ml HEMATÓCRITO : 70-80% 52-60% - Solucões aditivas EFEITO DE DOSAGEM : AUM Hct 3% - Hb 1g CONCENTRADO DE HEMÁCIASCONCENTRADO DE HEMÁCIAS PERÍODO DE ESTOCAGEM: CPD = 21 DIAS CPDA 1 = 35 DIAS SAG-M = 42 DIAS TEMPERATURA DE ESTOCAGEM: 02 - 06o C VOLUME : 270-350 ml HEMATÓCRITO : 70-80% 52-60% - Solucões aditivas EFEITO DE DOSAGEM : AUM Hct 3% - Hb 1g CONCENTRADO DE HEMÁCIAS
  • 13. Em cirurgias eletivas, estimular uso de sangue autólogo.
  • 14. CONCENTRADO DE HEMÁCIAS LAVADAS Constitui o concentrado de hemácias ao qual se adicionou solução fisiológica de cloreto de sódio e que em seguida é centrifugado e retirado o sobrenadante, operação esta repetida cerca de três vezes. Este procedimento remove quase todo o plasma (98%), reduz a concentração de leucócitos e remove plaquetas e restos celulares. Uma vez preparado, sua validade é de 24 horas
  • 15. CONCENTRADO DE HEMÁCIAS LAVADAS Indicações  Pacientes com reações alérgicas graves (nos quais o uso de pré-medicação não é suficiente para evitar tais reações).  História de reação anafilática a componentes do plasma (deficientes de IgA)  Hemoglobinúria Paroxística Noturna (controverso) O CHL não deve ser usado como componente pobre em leucócitos
  • 16. CONCENTRADO DE HEMÁCIAS LEUCODEPLETADO É o concentrado de hemácias em que a maioria dos leucócitos foi removida através de filtros especialmente desenvolvidos para este fim, restando um n° de leucócitos < 5 x 10 6 Pré-estocagem Pós-estocagem TIPOS DE FILTRAÇÃO
  • 17. CONCENTRADO DE HEMÁCIAS LEUCODEPLETADO Indicações • Prevenir reação febril não-hemolítica • Prevenir transmissão de CMV por transfusão • Prevenir aloimunização HLA em pacientes com doenças hematológicas que se tornarão dependentes de transfusões • Pacientes que realizarão TMO ou transplante renal para prevenir aloimunização HLA • Transfusão intra-uterina
  • 18. Se um paciente tem indicação de ser transfundido com concentrado de hemácias leucodepletado, deverá receber somente hemocomponentes leucodepletados.
  • 19. CONCENTRADO DE HEMÁCIAS IRRADIADO É o concentrado de hemácias submetido à irradiação gama, a fim de prevenir que linfócitos T viáveis do doador proliferem no receptor e desencadeiem doença do enxerto contra o hospedeiro transfusional (DECH-T) DECH-T Alta Mortalidade (90%)  Devido ao acúmulo de potássio após a irradiação, recomenda-se que componentes irradiados não sejam estocados.
  • 20. CONCENTRADO DE HEMÁCIAS IRRADIADO Indicações  Recém-nascido de baixo peso (<1200 g)  Transfusão intra-uterina  Transfusão entre familiares de 1º grau  Receptor de componente HLA matched  Receptores de TMO  Síndrome de imunodeficiência congênita  Doença de Hodgkin
  • 21. CONCENTRADO DE PLAQUETAS Os concentrados de plaquetas são obtidos de unidades individuais de sangue total através de centrifugação. Podem também ser obtidos por técnica de aférese.
  • 22. Concentrado de hemácias Crio Sangue total PFC Plaquetas Plasma rico em plaquetas Plasma pobre em Crio XIII VIII FVW/VIIIAlb Ig IX VII CP
  • 23. CONCENTRADO DE PLAQUETASCONCENTRADO DE PLAQUETAS PERÍODO DE ESTOCAGEM: 03 DIAS 05 DIAS TEMPERATURA DE ESTOCAGEM: 20 - 24o C Sob agitação suave e constante VOLUME : 50-70 ml 200-400 ml (AFÉRESE) DOSE: 1 UNIDADE/10 KG PESO ou 1 AFÉRESE COMPATIBILIDADE ABO E RH DEVERÁ CONTER NO MÍNIMO 5,5 x 10 10 plaquetas OU 3,0 x 10 11 plaquetas NO CASO DE AFÉRESE CONCENTRADO DE PLAQUETASCONCENTRADO DE PLAQUETAS PERÍODO DE ESTOCAGEM: 03 DIAS 05 DIAS TEMPERATURA DE ESTOCAGEM: 20 - 24o C Sob agitação suave e constante VOLUME : 50-70 ml 200-400 ml (AFÉRESE) DOSE: 1 UNIDADE/10 KG PESO ou 1 AFÉRESE COMPATIBILIDADE ABO E RH DEVERÁ CONTER NO MÍNIMO 5,5 x 10 10 plaquetas OU 3,0 x 10 11 plaquetas NO CASO DE AFÉRESE CONCENTRADO DE PLAQUETAS
  • 24. Menor custo Maior incremento pós-transfusão Menor exposição antigênica Maior exposição antigênica Maior risco de reações Maior tempo para coleta Custo elevado
  • 25. CONCENTRADO DE PLAQUETAS TRANSFUSÕES PROFILÁTICAS E TRANSFUSÕES TERAPÊUTICAS Indicações
  • 26. TRANSFUSÕES PROFILÁTICAS  Pacientes com produção insuficiente (falência medular), transfundir se PLT < 10.000 (controverso) - Avaliar fatores de risco adicionais  Contagem plaquetária < 50.000 em pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos ou invasivos.  No pré-operatório de cirurgia cardíaca e neurológica em pacientes com contagem plaquetária < 100.000  Recém-nascidos prematuros estáveis têm indicação de transfusão profilática com níveis de 50.000, e os RN com risco associado, com níveis ainda mais elevados.  Controverso em pacientes cardíacos em uso de drogas que inibem a função plaquetária e que irão ser submetidos a cirurgia cardíaca. Como profilaxia contra sangramentos nos seguintes casos:
  • 27. TRANSFUSÕES TERAPÊUTICAS Estão indicadas no controle de sangramento associado a: • Trombocitopenia, geralmente com contagem plaquetária < 50.000/mm3 • Trombopatia, independente do nº de plaquetas. • Coagulação intravascular disseminada, em pacientes com sangramento ativo. • Púrpura trombocitopênica imune, em casos de sangramentos graves e intensos.
  • 28. CONCENTRADO DE PLAQUETAS Contra-indicações • Púrpura trombocitopênica trombótica (PTT) • Síndrome hemolítico-urêmica (SHU) • Plaquetopenia induzida pela heparina A transfusão de plaquetas pode piorar as complicações trombóticas associadas a esses eventos
  • 29. Causas mais comuns de refratariedade 1. Mecanismos não imunológicos Septicemia Febre CIVD Drogas Hiperesplenismo Hemorragias 2. Aloanticorpos plaquetários não específicos anti-HLA anti-ABO 3. Aloanticorpos plaquetários específicos 4. Auto-Anticorpos plaquetários REFRATARIEDADE ÀS PLAQUETAS
  • 30. Medidas Preventivas • Limitar exposição antigênica - Doador único por aférese - HLA e ABO compatíveis • Remoção dos leucócitos alogênicos - Uso de filtros REFRATARIEDADE ÀS PLAQUETAS
  • 31. Medidas alternativas para tratar refratariedade • Corticosteróides • Gamaglobulina Endovenosa • Plasmaférese • Agentes Antifibrinolíticos • Esplenectomia • Transfusão maciça ou fracionada REFRATARIEDADE ÀS PLAQUETAS
  • 32. Em situações de emergência, em que plaquetas Rh-negativo não estiverem disponíveis, pode-se transfundir PLT Rh-positivo em pacientes Rh-negativo, não se esquecendo de proceder uma imunização passiva contra o antígeno D ( imunoglobulina anti-D – Matergam ) até 72 horas após essa transfusão.
  • 33. PLASMA FRESCO CONGELADO O plasma é um componente sangüíneo obtido a partir do fracionamento do sangue total ou através de plasmaférese. Deve ser congelado a temperaturas iguais ou inferiores a -20ºC, dentro de no máximo 8 horas após a coleta do sangue total. Contém fatores da coagulação (II, V, VII, VIII IX, X, XI, XII, XIII, fator vW, fibrinogênio) e fatores anticoagulantes (antitrombina III, proteína C e proteína S).
  • 34. PLASMA FRESCO CONGELADO Plasma Fresco Congelado x Plasma Simples  O plasma simples difere do PFC por não possuir os fatores lábeis da coagulação (fator V e fator VIII)  Para fins transfusionais, atualmente somente o PFC é utilizado  O plasma simples é usado para a produção de hemoderivados (albumina, Ig, outros concentrados)
  • 35. PLASMA FRESCO CONGELADO Pelos riscos que a transfusão de PFC apresenta, esse hemocomponente só deve ser usado quando não houver alternativa mais segura. A maioria das requisições de transfusão de PFC não tem uma indicação formal.
  • 36. PLASMA FRESCO CONGELADO Indicações  Sangramento por deficiência de um ou mais fatores da coagulação quando não se dispõe do concentrado específico ou não se conhece o fator deficiente.  Púrpura trombocitopência trombótica (PTT)  Síndrome hemolítico-urêmica (SHU)  Sangramento ativo por deficiência de vitamina K ou por utilização de anticoagulante oral  CIVD grave com sangramento ativo  Hepatopata com hemorragia ou em preparação para procedimentos invasivos (RNI>1,5 e/ou rel TTPA>1,5)  Coagulopatia dilucional resultante de transfusão maciça de sangue ou de volume, com sangramento.
  • 37. PLASMA FRESCO CONGELADO Contra-indicações • Não deve ser utilizado como expansor de volume • Não utilizar em sangramentos sem coagulopatia • Não utilizar como fonte protéica (albumina) • Não administrar para acelerar cicatrização • É contra-indicado para neutralizar os efeitos da heparina
  • 38. PLASMA FRESCO CONGELADOPLASMA FRESCO CONGELADO PERÍODO DE ESTOCAGEM: 01 ANO (-20°C) 02 ANOS (-30°C) VOLUME : > 180 ml DOSE : 10 – 20 ml/kg COMPATIBILIDADE ABO DEVE SER DESCONGELADO EM 37ºC E TRANSFUNDIDO ASSIM QUE POSSÍVEL PLASMA FRESCO CONGELADOPLASMA FRESCO CONGELADO PERÍODO DE ESTOCAGEM: 01 ANO (-20°C) 02 ANOS (-30°C) VOLUME : > 180 ml DOSE : 10 – 20 ml/kg COMPATIBILIDADE ABO DEVE SER DESCONGELADO EM 37ºC E TRANSFUNDIDO ASSIM QUE POSSÍVEL PLASMA FRESCO CONGELADO
  • 39. CRIOPRECIPITADO É a fração protéica do PFC precipitada pelo frio, quando o PFC é descongelado entre 1 e 6ºC. É constituído de fator VIII, fibrinogênio, fator vW e fator XIII Ter cuidado ao se administrar grande quantidade devido ao risco trombótico decorrente do aumento do fibrinogênio.
  • 40. CRIOPRECIPITADOCRIOPRECIPITADO PERÍODO DE ESTOCAGEM: 01ANO (-20°C) 02 ANOS (-30°C) VOLUME : 10-20 ml ( 80-100 UI ) DOSE: 1 UNIDADE / 5-10 kg PESO SEMPRE QUE POSSÍVEL DEVERÁ SER ABO COMPATÍVEL (PRINCIPALMENTE EM CRIANÇAS) DEVE SER DESCONGELADO EM 37ºC E TRANSFUNDIDO ASSIM QUE POSSÍVEL CRIOPRECIPITADOCRIOPRECIPITADO PERÍODO DE ESTOCAGEM: 01ANO (-20°C) 02 ANOS (-30°C) VOLUME : 10-20 ml ( 80-100 UI ) DOSE: 1 UNIDADE / 5-10 kg PESO SEMPRE QUE POSSÍVEL DEVERÁ SER ABO COMPATÍVEL (PRINCIPALMENTE EM CRIANÇAS) DEVE SER DESCONGELADO EM 37ºC E TRANSFUNDIDO ASSIM QUE POSSÍVEL CRIOPRECIPITADO
  • 41. CRIOPRECIPITADO Indicações  Hipofibrinogenemia e disfibrinogenemia  Repor fibrinogênio (dosagem <80mg/dl) em pacientes com CIVD  Deficiência de fator XIII em pacientes com hemorragias por déficit deste fator, só quando não se dispuser do concentrado específico.  Hemofilia A e doença de von Willebrand quando não houver disponibilidade de concentrados inativados para vírus