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Conquista Lusitana na
Amazônia e a Resistência
Indígena
Invasores versus Invasores
Após expulsar os franceses do Maranhão, em1615, Por t ugal
cr i a um apar el ho admi ni st r at i vo par a t er r as que
est avamsendo conqui st adas ao nor t e do Br asi l .
Em 1616, com a constituição do Forte Presépio, começa o
esforço lusitano para a conquista da região amazônica nos
domínios ibéricos.
A viagem de Pedro Teixeira a São Luís (mandada por
Castelo Branco) marca o início dos conflitos entre índios e
portugueses na Amazônia. A viagem por terra visava assegurar
a ligação terrestre entre a Capitania do Pará e a do Maranhão.
Expansão da Conquista
O esgotamento gradativo de índios da costa do Maranhão,
boca do Amazonas, ilha do Marajó e região do baixo
Amazonas, motivou a irradiação lusitana rumo ao oeste da
Amazônia.
As expedições de guerra e as caçadas humanas fizeram com
que os portugueses empurrassem o marco de Tordesilhas até
as f r ont ei r as at uai s.
A obra de irradiação sertanista desencadeou entre os indígenas
um verdadeiro estado de guerra contra o domínio de suas
terras e a escravização de sua força de t r abal ho.
Os Tupinambás
Em 1612, a ilha de São Luís e as terras circunvizinhas foram
ocupadas pelos franceses, com o objetivo de fundar ali a
França Equi noci al .
Os Tupinambás aj udar am os f r anceses a const r ui r o
f or t e de St . Loui s e t or nar am-se seus al i ados.
Com a derrota dos franceses para os portugueses, os
Tupinambás f or am vi ol ent ament e r epr i mi dos pel as ar mas
dos l usos.
Antropofagia: canibalismo
Al guns grupos de Tupinambás fizeram aliança com os
portugueses. Porém, o negócio dos lusos era o de
escravizá-los. Esses índios não se submeteram à nova
condição, o que r esul t ou no pr i mei r o conf l i t o, em
1617.
A rebelião foi liderada por um índio chamado Amaro, que
viu, através das cartas mandadas por Castelo Branco, que o
interesse dos portugueses era de escravizá-l os.
Autorizado pelo Governo-geral do Brasil, o capitão Bento
Maciel Parente fez guerra aos Tupinambás e os exterminou.
Estima-se que ao todo teriam sido massacrado e levado ao
cativeiro mais de 500 mil índios.
Os Nheengaíbas
Grupos indígenas que foram chamados assim pelos
Tupinambás.
Nheengaíbas quer dizer: povo que fala mal ou povo
de língua t r avada.
Resistiram belicosamente a presença lusitana na
região.
Os Tapajós
A atitude dos tapajós com os lusitanos era de pura amizade,
porém os lusitanos, movidos pela cobiça, passaram a tratá-
l os como r ebel des.
Foi reunida uma tropa de guerra que invadiu a aldeia dos
Tapajós. Diante da alternativa de extermínio e submissão,
os Tapajós optaram pela última.
Os Tapajós, querendo evitar a sua própria escravidão,
t or nar am-se escr avi zador es.
Penetração Sertanista do Rio Negro
Foi autorizada uma expedição par a o Ri o Negr o com o
obj et i vo de descobr i r o r i o do Our o ou l ago Dour ado.
O verdadeiro objetivo da expedição era a caça ao índio, pois
o governador acreditava mais na riqueza do descimento de
índios que na do l ago Dour ado.
Foi fundada e missão dos Tarumãs, que servia de base e de
apoio logístico para as realizações dos negócios dos r esgat es
e dos desci ment os.
Massacre no Rio Urubu
Os índios desse rio reagiram belicosamente aos
caçadores de índios, mataram o comandante da
expedição e quase t odos os sol dados.
A represália lusitana foi cruenta: foi formado um
exército, que invadiu o rio Urubu. A maioria dos
índios foi massacrada e os sobreviventes foram
levados como escravos para Belém.
Fortaleza da Barra do Rio Negro
Neste contexto de caça ao índio se erigiu a Fortaleza de São
José da Bar r a do Ri o Negr o, sendo f undada segundo as
pesqui sas no ano de 1669.
A fortaleza foi construída para ser um entreposto para servir de
centro político e bélico na região muito embora indicou-se que
não cumpriu seu papel de forma eficiente uma que não se er a
obr i gado a passar pel a f or t al eza par a cr uza o r i o.
A f or t al eza com os anos f oi abandonada dei xando como
l egado o povo que se al oj ou nas suas pr oxi mi dades, sendo
povoada posteriormente nas suas redondezas por índios
Baníunas, Barés e Passés, dando or i gempar a o que que cer ca
de 200 anos se t or nar i a a ci dade de Manaós.
Conclusão
A conquista da Amazônia pel os por t ugueses
r epr esent ou mai s do que um simples fato histórico,
r epr esent ou t oda uma mudança econômica e cultural
nos padrões de vi da dos habi t ant es l ocai s.
Povos indígenas f or am compl et ament e di zi mados ou
escr avi zados e muito da cultura, costumes e tradições
dest es f or am per di dos nas campanhas empr egadas
pel os l usi t anos pel a conqui st a do sol o amazônico.
Referências
SANTOS, Francisco Jorge. História Geral da Amazônia. Rio de
Janeiro: MemVavMem, 2007.

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Conquista lusitana na amazônia e a resistência indígena

  • 1. Conquista Lusitana na Amazônia e a Resistência Indígena
  • 2. Invasores versus Invasores Após expulsar os franceses do Maranhão, em1615, Por t ugal cr i a um apar el ho admi ni st r at i vo par a t er r as que est avamsendo conqui st adas ao nor t e do Br asi l . Em 1616, com a constituição do Forte Presépio, começa o esforço lusitano para a conquista da região amazônica nos domínios ibéricos. A viagem de Pedro Teixeira a São Luís (mandada por Castelo Branco) marca o início dos conflitos entre índios e portugueses na Amazônia. A viagem por terra visava assegurar a ligação terrestre entre a Capitania do Pará e a do Maranhão.
  • 3. Expansão da Conquista O esgotamento gradativo de índios da costa do Maranhão, boca do Amazonas, ilha do Marajó e região do baixo Amazonas, motivou a irradiação lusitana rumo ao oeste da Amazônia. As expedições de guerra e as caçadas humanas fizeram com que os portugueses empurrassem o marco de Tordesilhas até as f r ont ei r as at uai s. A obra de irradiação sertanista desencadeou entre os indígenas um verdadeiro estado de guerra contra o domínio de suas terras e a escravização de sua força de t r abal ho.
  • 4. Os Tupinambás Em 1612, a ilha de São Luís e as terras circunvizinhas foram ocupadas pelos franceses, com o objetivo de fundar ali a França Equi noci al . Os Tupinambás aj udar am os f r anceses a const r ui r o f or t e de St . Loui s e t or nar am-se seus al i ados. Com a derrota dos franceses para os portugueses, os Tupinambás f or am vi ol ent ament e r epr i mi dos pel as ar mas dos l usos.
  • 6. Al guns grupos de Tupinambás fizeram aliança com os portugueses. Porém, o negócio dos lusos era o de escravizá-los. Esses índios não se submeteram à nova condição, o que r esul t ou no pr i mei r o conf l i t o, em 1617. A rebelião foi liderada por um índio chamado Amaro, que viu, através das cartas mandadas por Castelo Branco, que o interesse dos portugueses era de escravizá-l os. Autorizado pelo Governo-geral do Brasil, o capitão Bento Maciel Parente fez guerra aos Tupinambás e os exterminou. Estima-se que ao todo teriam sido massacrado e levado ao cativeiro mais de 500 mil índios.
  • 7. Os Nheengaíbas Grupos indígenas que foram chamados assim pelos Tupinambás. Nheengaíbas quer dizer: povo que fala mal ou povo de língua t r avada. Resistiram belicosamente a presença lusitana na região.
  • 8. Os Tapajós A atitude dos tapajós com os lusitanos era de pura amizade, porém os lusitanos, movidos pela cobiça, passaram a tratá- l os como r ebel des. Foi reunida uma tropa de guerra que invadiu a aldeia dos Tapajós. Diante da alternativa de extermínio e submissão, os Tapajós optaram pela última. Os Tapajós, querendo evitar a sua própria escravidão, t or nar am-se escr avi zador es.
  • 9. Penetração Sertanista do Rio Negro Foi autorizada uma expedição par a o Ri o Negr o com o obj et i vo de descobr i r o r i o do Our o ou l ago Dour ado. O verdadeiro objetivo da expedição era a caça ao índio, pois o governador acreditava mais na riqueza do descimento de índios que na do l ago Dour ado. Foi fundada e missão dos Tarumãs, que servia de base e de apoio logístico para as realizações dos negócios dos r esgat es e dos desci ment os.
  • 10. Massacre no Rio Urubu Os índios desse rio reagiram belicosamente aos caçadores de índios, mataram o comandante da expedição e quase t odos os sol dados. A represália lusitana foi cruenta: foi formado um exército, que invadiu o rio Urubu. A maioria dos índios foi massacrada e os sobreviventes foram levados como escravos para Belém.
  • 11. Fortaleza da Barra do Rio Negro Neste contexto de caça ao índio se erigiu a Fortaleza de São José da Bar r a do Ri o Negr o, sendo f undada segundo as pesqui sas no ano de 1669. A fortaleza foi construída para ser um entreposto para servir de centro político e bélico na região muito embora indicou-se que não cumpriu seu papel de forma eficiente uma que não se er a obr i gado a passar pel a f or t al eza par a cr uza o r i o. A f or t al eza com os anos f oi abandonada dei xando como l egado o povo que se al oj ou nas suas pr oxi mi dades, sendo povoada posteriormente nas suas redondezas por índios Baníunas, Barés e Passés, dando or i gempar a o que que cer ca de 200 anos se t or nar i a a ci dade de Manaós.
  • 12.
  • 13. Conclusão A conquista da Amazônia pel os por t ugueses r epr esent ou mai s do que um simples fato histórico, r epr esent ou t oda uma mudança econômica e cultural nos padrões de vi da dos habi t ant es l ocai s. Povos indígenas f or am compl et ament e di zi mados ou escr avi zados e muito da cultura, costumes e tradições dest es f or am per di dos nas campanhas empr egadas pel os l usi t anos pel a conqui st a do sol o amazônico.
  • 14. Referências SANTOS, Francisco Jorge. História Geral da Amazônia. Rio de Janeiro: MemVavMem, 2007.