Após expulsar os franceses do Maranhão em 1615, os portugueses iniciaram a conquista da região amazônica, entrando em conflito com os povos indígenas. Ao longo dos anos, expedições de guerra e caça humana empurraram os indígenas para o interior e escravizaram grande parte da população, estimada em 500 mil índios mortos ou capturados. A resistência indígena incluiu grupos como os Tupinambás, Nheengaíbas e Tapajós, porém
2. Invasores versus Invasores
Após expulsar os franceses do Maranhão, em1615, Por t ugal
cr i a um apar el ho admi ni st r at i vo par a t er r as que
est avamsendo conqui st adas ao nor t e do Br asi l .
Em 1616, com a constituição do Forte Presépio, começa o
esforço lusitano para a conquista da região amazônica nos
domínios ibéricos.
A viagem de Pedro Teixeira a São Luís (mandada por
Castelo Branco) marca o início dos conflitos entre índios e
portugueses na Amazônia. A viagem por terra visava assegurar
a ligação terrestre entre a Capitania do Pará e a do Maranhão.
3. Expansão da Conquista
O esgotamento gradativo de índios da costa do Maranhão,
boca do Amazonas, ilha do Marajó e região do baixo
Amazonas, motivou a irradiação lusitana rumo ao oeste da
Amazônia.
As expedições de guerra e as caçadas humanas fizeram com
que os portugueses empurrassem o marco de Tordesilhas até
as f r ont ei r as at uai s.
A obra de irradiação sertanista desencadeou entre os indígenas
um verdadeiro estado de guerra contra o domínio de suas
terras e a escravização de sua força de t r abal ho.
4. Os Tupinambás
Em 1612, a ilha de São Luís e as terras circunvizinhas foram
ocupadas pelos franceses, com o objetivo de fundar ali a
França Equi noci al .
Os Tupinambás aj udar am os f r anceses a const r ui r o
f or t e de St . Loui s e t or nar am-se seus al i ados.
Com a derrota dos franceses para os portugueses, os
Tupinambás f or am vi ol ent ament e r epr i mi dos pel as ar mas
dos l usos.
6. Al guns grupos de Tupinambás fizeram aliança com os
portugueses. Porém, o negócio dos lusos era o de
escravizá-los. Esses índios não se submeteram à nova
condição, o que r esul t ou no pr i mei r o conf l i t o, em
1617.
A rebelião foi liderada por um índio chamado Amaro, que
viu, através das cartas mandadas por Castelo Branco, que o
interesse dos portugueses era de escravizá-l os.
Autorizado pelo Governo-geral do Brasil, o capitão Bento
Maciel Parente fez guerra aos Tupinambás e os exterminou.
Estima-se que ao todo teriam sido massacrado e levado ao
cativeiro mais de 500 mil índios.
7. Os Nheengaíbas
Grupos indígenas que foram chamados assim pelos
Tupinambás.
Nheengaíbas quer dizer: povo que fala mal ou povo
de língua t r avada.
Resistiram belicosamente a presença lusitana na
região.
8. Os Tapajós
A atitude dos tapajós com os lusitanos era de pura amizade,
porém os lusitanos, movidos pela cobiça, passaram a tratá-
l os como r ebel des.
Foi reunida uma tropa de guerra que invadiu a aldeia dos
Tapajós. Diante da alternativa de extermínio e submissão,
os Tapajós optaram pela última.
Os Tapajós, querendo evitar a sua própria escravidão,
t or nar am-se escr avi zador es.
9. Penetração Sertanista do Rio Negro
Foi autorizada uma expedição par a o Ri o Negr o com o
obj et i vo de descobr i r o r i o do Our o ou l ago Dour ado.
O verdadeiro objetivo da expedição era a caça ao índio, pois
o governador acreditava mais na riqueza do descimento de
índios que na do l ago Dour ado.
Foi fundada e missão dos Tarumãs, que servia de base e de
apoio logístico para as realizações dos negócios dos r esgat es
e dos desci ment os.
10. Massacre no Rio Urubu
Os índios desse rio reagiram belicosamente aos
caçadores de índios, mataram o comandante da
expedição e quase t odos os sol dados.
A represália lusitana foi cruenta: foi formado um
exército, que invadiu o rio Urubu. A maioria dos
índios foi massacrada e os sobreviventes foram
levados como escravos para Belém.
11. Fortaleza da Barra do Rio Negro
Neste contexto de caça ao índio se erigiu a Fortaleza de São
José da Bar r a do Ri o Negr o, sendo f undada segundo as
pesqui sas no ano de 1669.
A fortaleza foi construída para ser um entreposto para servir de
centro político e bélico na região muito embora indicou-se que
não cumpriu seu papel de forma eficiente uma que não se er a
obr i gado a passar pel a f or t al eza par a cr uza o r i o.
A f or t al eza com os anos f oi abandonada dei xando como
l egado o povo que se al oj ou nas suas pr oxi mi dades, sendo
povoada posteriormente nas suas redondezas por índios
Baníunas, Barés e Passés, dando or i gempar a o que que cer ca
de 200 anos se t or nar i a a ci dade de Manaós.
12.
13. Conclusão
A conquista da Amazônia pel os por t ugueses
r epr esent ou mai s do que um simples fato histórico,
r epr esent ou t oda uma mudança econômica e cultural
nos padrões de vi da dos habi t ant es l ocai s.
Povos indígenas f or am compl et ament e di zi mados ou
escr avi zados e muito da cultura, costumes e tradições
dest es f or am per di dos nas campanhas empr egadas
pel os l usi t anos pel a conqui st a do sol o amazônico.