Este documento é um informativo maçônico que resume:
1) Um discurso sobre a história do estado do Acre e da maçonaria acreana.
2) A fundação das primeiras lojas maçônicas no Acre no século 19 para apoiar o movimento de independência em relação à Bolívia.
3) O papel da maçonaria no desenvolvimento do Acre e na luta pela autonomia e posterior incorporação ao Brasil.
1. JB NEWS
Filiado à ABIM sob nr. 007/JV
Editoria: Ir Jeronimo Borges
Academia Catarinense Maçônica de Letras
Academia Maçônica de Letras do Brasil – Arcádia de B. Horizonte
Loja Templários da Nova Era nr. 91(Florianópolis) - Obreiro
Loja Alferes Tiradentes nr. 20 (Florianópolis) - Membro Honorário
Loja Harmonia nr. 26 (B. Horizonte) - Membro Honorário
Loja Fraternidade Brazileira de Estudos e Pesquisas (J. de Fora) -Correspondente
Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas (P. Alegre) - Correspondente
Saudações, Prezado Irmão!
Índice do JB News nr. 2.114 – Florianópolis (SC) – sábado, 16 de julho de 2016
Bloco 1-Almanaque
Bloco 2-IrBarbosa Nunes (artigo nr. 238) – A História do Acre e da Maçonaria Acreana – Osmir
D’Albuquerque Lima Filho
Bloco 3-IrMario López Rico – Estudio del Ser Humano (4 de 4) – La Monada
Bloco 4-IrPaulo Roberto – A Maçonaria e seus Segredos
Bloco 5-IrAildo Virgino Carolino – A Escolha do Venerável Mestre
Bloco 6-IrWalter Celso de Lima – Instrução Maçônica, Educação Maçônica e Informação Maçônica
Bloco 7-Destaques JB – Breviário Maçônico para o dia 16 de julho e versos do Ir. e Poeta Adilson Zotovici
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RESENHA
Livro: “Diálogos entre o Esquadro e o Compasso”
Nesta edição:
Pesquisas – Arquivos e artigos próprios e de colaboradores e da Internet
– Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias, de colaboradores e
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Os artigos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião deste
informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores.
1 – ALMANAQUE
Hoje é o 198º dia do Calendário Gregoriano do ano de 2016– (Lua Quarto Crescente)
Faltam 168 para terminar este ano bissexto
Dia do Comerciante; dia Mundial de Alimentação; dia da Terceira
Constituição do Brasil (1934) e dia do Estado de Minas Gerais
Se o Irmão não deseja receber mais o informativo ou alterou o seu endereço eletrônico,
POR FAVOR, comunique-nos pelo mesmo e-mail que recebeu a presente mensagem, para evitar
atropelos em nossas remesssas diárias. Obrigado.
Colabore conosco para evitar problemas na emissão de nossas mala direta diária.
LIVROS
3. JB News – Informativo nr. 2.114 – Florianópolis (SC) - sábado, 16 de julho de 2016 Pág. 3/33
Autor: Walter Celso de Lima
Editora: Londrina: A Trolha, 2015
232 páginas
ISBN 978-85-7252-341-7
Trata-se de 12 ensaios, escritos em 2014, sobre instrução, cultura e história da Maçonaria. Os
temas são bastante diversos, estanques e demarcados: há ensaios sobre rituais – a razão de sua
existência e suas origens; sobre autoridade e liderança; sobre mérito, merecimento e virtude;
sobre caridade – caridade não religiosa, caridade cristã, judaica, islâmica e caridade maçônica.
Contém ensaios sobre símbolos: águia bicéfala – no mundo leigo e na Maçonaria; o bom pastor –
símbolo religioso e não religioso maçônico; rosa-cruz; Kadosh – sentido religioso (a santidade) e
sentido maçônico não religioso (virtuosidade). Há um ensaio sobre O Corão e cultura islâmica; outro
sobre a mais antiga Loja de Pesquisas maçônicas no mundo, Loja na qual o Autor é afiliado. O título:
“Diálogos entre o Esquadro e o Compasso” tem um importante significado simbólico. Todos os
ensaios são ilustrados e têm a apresentação de referências bibliográficas onde o leitor pode se
aprofundar no tema. Esse é o quinto livro publicado pelo Autor sobre filosofia, história e cultura
maçônica.
O preço de capa para venda é de R$ 54,oo e para associados de A Trolha tem um desconto.
Compras: www.atrolha.com.br
1228: canonização de São Francisco
622 - Começo do Calendário islâmico, com a fuga do profeta Maomé para Medina, na Arábia Saudita.
1212 - Batalha de Navas de Tolosa entre as forças dos reinos cristãos ibéricos e as tropas do califado
almóada.
1228 - São Francisco de Assis foi canonizado pelo Papa Gregório IX na Basílica de São Francisco de
Assis em Assis.
1377 - Ricardo II é coroado Rei de Inglaterra, sucedendo ao avô Eduardo III
1696 - Fundação da cidade de Mariana, primeira em Minas Gerais.
1790 - A assinatura do Residence Act dá ao então presidente americano, George Washington, o poder de
escolher o local onde seria construída a nova capital americana.
1828 - Fundação da cidade de Jaboticabal, interior de São Paulo.
EVENTOS HISTÓRICOS (fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki)
Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas
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1861 - Guerra de Secessão: Na ordem do presidente Abraham Lincoln, as tropas da União chegaram a
25 milhas de Virgínia para começar a Primeira Batalha de Bull Run, a primeira grande batalha da
guerra.
1917 - Os bolcheviques iniciam as ações para tomar o poder na Rússia, que culminam na Revolução
Russa.
1918 - Revolução Russa: Em Iekaterimburgo, bolcheviques executam o czar Nicolau II da Rússia e sua
família.
1926 - A revista National Geographic publica as primeiras fotos coloridas do fundo do mar.
1934 - A Assembléia Constituinte promulga a constituição e elege Getúlio Vargas presidente da
República do Brasil.
1945 - Segunda Guerra Mundial - Projecto Manhattan: os americanos detonam a primeira bomba
atômica (nome de código "Trinity") no deserto de Alamogordo, Novo México.
1950 - A Seleção Brasileira de Futebol perde a Copa do Mundo para o Uruguai em pleno Maracanã.
1951 - O rei da Bélgica, Leopoldo III, abdica em favor de seu filho Balduíno, que seria o chefe de estado
por 40 anos.
1969 - Lançamento da missão espacial norte americana Apollo 11 no Complexo de Lançamento 39,
do Centro Espacial Kennedy, (Flórida) que seria a primeira missão tripulada a chegar à Lua.
1988 - Michael Jackson performa ao vivo em Londres um show da Bad World Tour que seria lançado
em DVD no ano de 2012, como parte do álbum Bad 25.
1990 - Rede Record passa a ser administrada pela Igreja Universal do Reino de Deus.
2005 - É lançado o sexto livro da série Harry Potter: Harry Potter and the Half-Blood Prince.
1854 Morre, em Itajaí, o coronel da Guarda Nacional e deputado provincial Agostinho Alves Ramos,
considerado um dos fundadores daquela cidade.
1890 Inaugurada, nesta data, a estação telegráfica de Blumenau.
1893 Circula, em Blumenau, o primeiro número do jornal em idioma alemão, “Der Urwaldsbote”, sob a
direção do pastor Hermann Faulhaber.
1774 Fundação da Grande Loja Nacional da Alemanha
1782 No famoso Congresso de Whilhelmsbad, próximo a cidade da cidade de Hanau, em Hesse-Cassel,
foi iniciado Ferdinando Duque de Brunswik, Grande Mestre da Observância Rigida.
1902 Fundação da Loja Benso di Cavour em São Paulo
1968 Fundação da Loja Maçônica 16 de Julho, na Fazenda Estrela do Norte, Itabebí, Bahia.
Fatos maçônicos do dia
Fonte: O Livro dos Dias (Ir João Guilherme) e acervo pessoal
históricos de santa catarina
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INFORMATIVO BARBOSA NUNES
Artigo nr. 283 do IrBarbosa Nunes
A HISTÓRIA DO ACRE E DA MAÇONARIA ACREANA –
OSMIR D’ALBUQUERQUE LIMA FILHO
O estado do Acre, localizado na Região Norte onde estive nos dias 3 e 4 de junho em
missão maçônica, participando do Programa IRMANAR, da Assembleia Federal do Grande
Oriente do Brasil, presidida por Múcio Bonifácio Guimarães, faz fronteira com a Bolívia e
o Peru . Na minha curta permanência senti a vibração de um povo maçônico que tem na
liderança o Grão-Mestre Estadual José Rodrigues Teles. Tive a oportunidade de ouvir na
abertura do evento, um vibrante orador, com um texto de alto conteúdo histórico alvo de
aplausos intensos.
Osmir D’Albuquerque Lima Filho, iniciado em 1968 na Loja Fraternidade Acreana.
Maçom culto, de boa conversa e com uma história de vida permanente em defesa do Acre, o
que ele muito demonstrou quando representante do seu povo no parlamento brasileiro, em
exercício como deputado federal. Foi um dos que assinaram a Constituição de 1988, junto
com Ulysses Guimarães.
Registro aqui em sua homenagem a aos maçons do GOB-Acre, trechos do seu
discurso, com interpretação teatral, que a todos os presentes emocionou.
“Inicialmente agradecemos a presença tão honrada de nossos líderes do Grande
Oriente do Brasil em nossa terra.
2 – A História do Acre e da Maçonaria Acreana – Osmir
D’Albuquerque Lima Filho -Artigo nr. 283 do Informativo Barbosa Nunes
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Vamos começar mostrando o Acre que pouca gente conhece. Esta é uma terra de
bravos, pois pertence à Federação brasileira por opção de sua gente que se rebelou contra a
orientação do poder central brasileiro e conquistou pelas armas sua independência em
relação à Bolívia.
Nós fomos um país independente por duas vezes: a primeira vez com a “República de
Galvez”, em 14 de julho de 1899, cuja lembrança é a bandeira que nos serve de símbolo,
mas de efêmera duração, dissolvida em 15 de março de 1900, por intervenção militar
brasileira, que devolveu o território à Bolívia; e a segunda vez com o “Estado Independente
do Acre”, fundado em 27 de janeiro de 1903, que teve seu término com a incorporação ao
Brasil através do Tratado de Petrópolis, firmado em 17 de novembro de 1903, pelo Brasil e
a Bolívia”.
Na sequência do seu pronunciamento, enfatizou que: “Naquela época a enorme
quantidade de borracha produzida pelo Estado insurreto teria como contrapartida a imensa
arrecadação de impostos, fator sobremodo determinante do interesse brasileiro pela região.
Quando incorporado o território passou a ser a terceira economia da federação
brasileira, pagando em pouco tempo, com a renda da seringa, a pesada indenização de dois
milhões de libras esterlinas exigidas pela república boliviana.
Por conseguinte, vê-se que o Estado do Acre não deve ao Brasil sua independência,
conquistada por mérito de seu povo, seja pelas armas, seja pela indenização paga com o
esforço do látex”.
Sobre a maçonaria na história do Acre afirmou que: “por isso é que começaram os
primeiros movimentos autonomistas, e com eles, a própria história da Maçonaria Acreana.
Maçons vindo de diversos lugares, atraídos pela riqueza da borracha, mas cultos e
formadores de opinião, abraçaram a causa acreana em encontros que antecedem a fundação
da primeira loja em nosso território.
E foi precisamente no município acreano de Xapuri, berço histórico de nossas lutas
libertárias, que foi fundada a primeira loja maçônica, denominada “União Acreana”, em 02
de junho de 1904, dentro de uma lancha, talvez um fato inédito na história da maçonaria no
Brasil. Depois foram fundadas as lojas “Igualdade Acreana”, em Rio Branco, em 1906;
“Fraternidade Acreana”, em 1907, em Cruzeiro do Sul; “Libertadora Acreana”, em
Tarauacá, em 1913; “Fraternidade Trabalho”, em Sena Madureira, em 1923; e “Tereza
Cristina”, em Brasiléia, também em 1923, todas jurisdicionadas ao Grande Oriente do
Brasil”.
Com a crise de 1927: “das seis antigas lojas a única que continuou pertencendo ao
GOB foi a “Fraternidade Acreana”, por isso denominada de “A Fidelíssima” pelo GOB, e
que hoje conta com 108 anos de existência, fundada em 19 de dezembro de 1907. É minha
loja-mãe, e tenho a honra de representá-la na Soberana Assembleia Federal Legislativa
Maçônica”.
“Esta centenária loja participou ativamente da história acreana, assim como as cinco
antigas lojas que pertenceram ao GOB. A “Fraternidade Acreana”, através de seus líderes,
deflagrou o primeiro grande movimento autonomista do Acre, em 1910, cuja aspiração
maior era transformar o departamento do alto Juruá em Estado membro da Federação
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Brasileira. Um grande sonho dos juruaenses. E foi dentro do templo da “Fraternidade
Acreana” que o Venerável Mestre João Craveiro Costa, professor e escritor, com apoio de
outros membros, redigiu o “manifesto autonomista”, que contou com mais de oito mil
assinaturas, encaminhado ao presidente da República, num protesto formal pelo abandono
em que se encontrava a região”.
No decorrer de toda a nossa história vários protestos e movimentos libertários foram
feitos, sempre com a presença ou por iniciativas de verdadeiros maçons. O último deles, o
movimento autonomista que transformou o Acre em Estado membro da federação brasileira,
no ano de 1962, do qual, por registro oficial, sou o único remanescente. Teve, também, a
participação decisiva de vários maçons acreanos, todos do GOB, única potência maçônica
existente em nosso Estado à época.
No momento, o projeto maior que está sendo conduzido pelo Grão-Mestre José
Rodrigues Teles, com o apoio de todos os nossos filiados, é a construção de nosso Palácio
Maçônico.
Para concluir, veneráveis irmãos, faço uma exortação a todos os membros vinculados
ao Grande Oriente do Estado do Acre, na qualidade de maçom mais antigo em atividade no
nosso Oriente, usando uma frase de Albert Camus: “Não caminhe na minha frente, eu não
posso seguir. Não caminhe atrás de mim, eu não posso conduzir, apenas caminhe ao meu
lado e seja meu amigo” e meu irmão.
Osmir D’Albuquerque Lima Filho, um dos grandes oradores que ouvi.
(Barbosa Nunes, advogado, ex-radialista, membro da AGI,
delegado de polícia aposentado, professor
e maçom do Grande Oriente do
Brasil – – barbosanunes@terra.com.br
8. JB News – Informativo nr. 2.114 – Florianópolis (SC) - sábado, 16 de julho de 2016 Pág. 8/33
O Irmão Mario López Rico
é de La Coruña – Espanha.
Escreve aos sábados.
Responsável pela publicação espanhola
Retales de Masononeria
mario.lopezrico@yahoo.es - retalesdemasoneria.blogspot.com.es
Estudio del Ser Humano (4 de 4)
La Monada
“Ser o No Ser, he ahí la cuestión“
Shakespeare
NOTA: Esta serie de trabajos se basan en lo expresado en la obra de Francisco
Redondo Segura “La Luz Diamantina”. Libro gratuito y que pueden descargar desde
https://hermandadblanca.org/libro-la-luz-diamantina-de-francisco-redondo-segura/
La conocida cita de Shakespeare nos lleva a
reflexionar sobre lo que somos en realidad.
La Ciencia hermética afirma que somos
Espíritus encarnados. Nuestro origen, nuestra
esencia, es un Espíritu puro, una chispa del
Creador. Dado que somos únicos, algunas
escuelas le han dado el nombre de monada1
;
pero también se le conoce como Espíritu, Ser,
esencia, Yo Divino2
….
Cuando se dice que somos como Dioses o que hemos sido hechos a imagen de Dios
nos referimos siempre al Espíritu y no al cuerpo físico. La verdadera esencia del
hombre y de todo Ser vivo de la creación es el Espíritu porque es una parte de Él, del
1
Usar el término monada puede dar lugar a equivocaciones porque en muchos sistemas gnósticos (y heresiológicos), al Ser
Supremo se le conoce como la Mónada, el Uno, el Absoluto Teleos Aion, Bythos (la Profundidad o la Gran Profundidad),
Proarchē (Antes del Inicio ) y Hē Archē (el Comienzo) y el Padre Inefable. El Uno es la fuente primordial del pleroma, la
región de la luz. Las diversas emanaciones de "el Uno" se llaman eones.
En determinadas variaciones del gnosticismo, especialmente las inspiradas por Monoimo, la mónada era el dios supremo que
creó dioses menores o elementos (similares a eones).
En algunas versiones del antiguo gnosticismo, especialmente las derivadas de Valentín el Gnóstico, una deidad menor
conocido como el Demiurgo tuvo un papel en la creación del mundo material, adicionalmente a la función de la Mónada. En
estas formas de gnosticismo, el Dios del Antiguo Testamento a menudo se considera que fue el Demiurgo, no la Mónada o,
a veces, diferentes pasajes se interpretan referidas a una o a otro.
Asi pues, la Monada no podría asociarse al Espíritu pues no es Dios sino una parte del mismo. Sin embargo, con las
matizaciones adecuadas podemos entender que una cosa es la monada Divina – Dios – y otra la monada humana – la chispa
divina deDios que mora en nosotros – el Espíritu
2
No confunda este Yo Divino con el denominado Yo Superior que sería el Alma Divina, como ya hemos dicho, una cosa es el
Espíritu y otra el Alma.
3 – Estudio del Ser Humano (4 de 4) – La Monada
Mario López Rico
9. JB News – Informativo nr. 2.114 – Florianópolis (SC) - sábado, 16 de julho de 2016 Pág. 9/33
Creador. Hasta que comprendamos que Él está en nosotros y nosotros en El no iremos
por el buen camino. La cosa se torna clara y diáfana ahora: Ser o No Ser.
El lugar natural de la monada – Espíritu - es el plano monádico. Es el plano más
elevado de todos, solo por debajo del plano Divino3
. El Espíritu es puro. Entonces nos
preguntamos ¿Por qué se integra con la materia y desciende hasta lo más bajo, hasta
el Plano Físico o Material?
Simplemente porque es puro; pero no perfecto. El Espíritu – la monada – es
omnisciente en su Plano; pero desconoce por completo los otros Planos hasta que los
experimenta y, para ello, debe “materializarse” cada vez más. De esta manera se
diviniza la materia y se materializa el Espíritu en toda la Creación.
En cierto modo el Espíritu debe involucionar, descender a su particular VITRIOL,
para comenzar de nuevo el ascenso. Del Espíritu a la forma y de la forma al Espíritu:
ese es el camino. En el descenso y el ascenso atraviesa – vive – en todos los planos
tomando consciencia de ellos, aprendiendo y comprendiendo la verdadera magnitud
de la Creación.
Estamos ahora en condiciones de saber lo que es el hombre. El hombre – el Ser
Humano – es cuerpo, Alma y Espíritu. Pero maticemos más. El Espíritu es lo que en
realidad somos y es a través del Alma que anima al Cuerpo que le permite
autoconocerse y experimentar el mundo físico. La muerte del cuerpo se produce a
causa del abandono del mismo por parte del Alma y el Espíritu. Abandonamos
aquello que ya no precisamos, aquello que no es útil; por tanto, si se abandona el
Cuerpo es porque ha dejado de ser necesario lo cual demuestra que no somos el
Cuerpo, pues uno no puede ser aquello que abandona.
La analogía del huevo empleada en muchas escuelas de misterios explica cómo se
mantiene la vida física y lo que somos en realidad. El huevo posee una cáscara, una
clara y una yema donde se encuentra el germen. Si todo se mantiene junto la vida
puede surgir pero si se rompe el huevo todo se desparrama y la vida no aparece. La
cáscara sería el cuerpo físico, si se rompe, si desaparece el cuerpo, la vida no es
posible en el mundo material. El desparrame de la clara y la yema puede verse como
el abandono del Alma y el Espíritu.
La clara – el Alma – puede verse como la portadora de todo lo necesario para la vida
pero el germen de la vida está en la yema, en el Espíritu. De este modo, la verdadera
vida se encuentra en el Espíritu y el Alma la sostiene y alimenta haciendo circular la
vida a través de la materia.
3
Todas las escuelas hablan de diferentes planos de existencia, que no es más que una manera de sintetizar y poder
explicar lo que es el mundo. Una escuela nos habla de plano mental, Astral, Monadico, Budico.etc de modo que cada plano
sería el mundo “normal” de cada uno de los cuerpos correspondientes. De ese modo, el cuerpo Astral “viviría” normalmente
en el plano Astral y la monada en el Plano monádico.
10. JB News – Informativo nr. 2.114 – Florianópolis (SC) - sábado, 16 de julho de 2016 Pág. 10/33
Vemos por lo tanto que somos Espíritus, pero no olvidemos que también somos Alma
y Cuerpo. En esta vida somos el conjunto, somos el huevo. Si se rompe dejamos este
mundo. Pero nuestras tres partes son parte de la misma esencia. Las tres fueron
creadas por el Creador. Todo ha salido de El. Los alquimistas antiguos lo expresaban
diciendo que “el cuerpo es el Espíritu condensado; el Espíritu es cuerpo sutilizado y
el Alma es el intermedario necesario”; por todo ello solo existe una “Materia única”
que se condensa, sublima, diluye…para crear y formar todo lo conocido por el
hombre.
Terminemos con unas palabras de Hermes Trimegistro4
grabadas en su conocida
“Tabla Esmeralda5
”
“Y puesto que todas las cosas son Uno y provienen del Uno, por mediación del Uno.
Así todas las cosas han nacido del Uno por adaptación”.
Sobre el autor
Mario López Rico es maestro masón y trabaja actualmente su logia madre
Renacimiento 54 – La Coruña – España, bajo la Obediencia de la Gran Logia
de España, donde fue iniciado el 20 de Noviembre de 2007 y fue reconocido
como maestro el 22 de Abril de 2010.
A partir del año 2011 comienza a subir la escalera masónica filosófica del
REAA siendo también, en la actualidad, Maestro de la Marca – Nauta del Arco Real, Compañero
del Arco Real de Jerusalén y Super excelent master (grado cuarto y último de los Royal & Select
Master – Rito york)
Miembro Fundador Capitulo Semper Fidelis nº 36 de Masones del Arco Real el 18 – Oct – 2014
Miembro Fundador Consejo Mesa de Salomón nº 324 de Maestros Reales y Selectos (Masonería
Criptica) el 20 – Feb – 2016
4
Hermes Trismegisto es el nombre griego de un personaje mítico que se asoció a un sincretismo del dios egipcio Dyehuty
(Tot en griego) y el dios heleno Hermes. Hermes Trismegisto significa en griego 'Hermes, el tres veces grande'
Hermes Trismegisto es mencionado primordialmente en la literatura ocultista como el sabio egipcio, paralelo al dios Tot,
también egipcio, que creó la alquimia y desarrolló un sistema de creencias metafísicas que hoy es conocido como
hermetismo. Para algunos pensadores medievales, Hermes Trismegisto fue un profeta pagano que anunció el advenimiento
del cristianismo. Se le han atribuido estudios de alquimia como la Tabla de esmeralda —que fue traducida del latín al inglés
por Isaac Newton— y de filosofía, como el Corpus hermeticum. No obstante, debido a la carencia de evidencias concluyentes
sobre su existencia, el personaje histórico se ha ido construyendo ficticiamente desde la Edad Media hasta la actualidad,
sobre todo a partir del resurgimiento del esoterismo.
5
La Tabla de Esmeralda es un texto breve, de carácter críptico, atribuido al mítico Hermes Trismegisto, cuyo propósito es
revelar el secreto de la sustancia primordial y sus transmutaciones. Hasta el siglo XX las fuentes más antiguas conocidas
eran manuscritos medievales, pero investigaciones posteriores han hallado predecesores arábigos en Kitab Sirr al-Khaliqa wa
Sanat al-Tabia (c. 650 d.C.), Kitab Sirr al-Asar (c. 800 d.C.), Kitab Ustuqus al-Uss al-Thani (siglo XII) y Secretum Secretorum
(c. 1140).
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Ir. Paulo Roberto -
MI da Loja Pitágoras nr. 15
Membro da Academia Catarinense Maçônica de Letras e
Grande Secretário Adjunto Guarda-Selos da GLSC.
Escreve aos sábados neste espaço.
prp.ephraim58@terra.com.br
Paulo Roberto
A MAÇONARIA E SEUS SEGREDOS
Hoje em dia pode-se dizer que a Maçonaria não sendo mais secreta, nem tampouco discreta, ainda
se deve guardar seus segredos para que ela continue sua existência através dos tempos. E, nesses
“tempos”, estaremos todos inseridos a prestar contas de nossos atos e aprendizagens nela
adquiridos, participados e convividos...
Logo, convém dizer, que atualmente o “Segredo Maçônico” tornou-se um “Segredo Coletivo”;
praticamente, ele segue os parâmetros de todos os segredos de origem compartilhada. De repente
poderemos considerá-lo até, de pouca importância, pois todos já vimos alguns grupos sociais,
terem a pretensão de conservar segredos considerados insignificantes e dos quais fazem um
grande mistério. Não existindo nenhum interesse em possuí-lo fora do grupo, no qual exerce suas
ilusórias fascinações, quando então para nada deverá ser utilizado.
Ou ele deverá ser deveras importante, e por mais que o grupo faça para manter o referido segredo,
acabará por transparecer e ser conhecido fora, onde se generalizará e não mais será, a partir de
então, um verdadeiro segredo.
Em conformidade com algumas pesquisas, embora não existam maiores segredos (fala-se que
desde o século XIX, pelo menos, nem um Grande Segredo maçônico, existe) e, nem tampouco um
determinado número de pequenos Segredos. Enfim, são da ordem dos que são guardados ou que
imaginam ser guardados por todos os segmentos religiosos doutrinários, sendo que sua
importância é puramente fictícia.
Pesquisando em paralelo o que registraram os exegetas (aquele que faz exegese; intérprete de
textos diversos, obra de arte, etc) maçônicos mais qualificados e os indignados com a Maçonaria
(que quiseram ter pretensões de realizarem revelações), nos tornaram todos sabedores de alguns
Segredos maçônicos. Trata-se de itens perfeitamente insignificantes, quer reais, quer
supostamente existentes, que são envolvidos por uma espécie de mistério; ou então de coisas tão
4 – A Maçonaria e seus Segredos
Paulo Roberto
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inefáveis, admiráveis e mesmo bastante perigosas de se conhecer, sendo melhor, portanto, não
tentar conviver com as mesmas.
Nesse momento, estaremos então, em face de um fenômeno de pura religiosidade, que os
etnólogos (profissionais que estudam a ciência que mostra os fatos e documentos levantados pela
etnografia no âmbito da antropologia cultural e social, buscando uma apreciação analítica e
comparativa das culturas) compreenderam com perfeição, pois se é difícil localizá-lo
perfeitamente é porque ele é considerado extensivo e tido como: mana, tabu, proibido, inatingível,
absoluto, transcendente, etc.
Eis algumas de suas formas. Naturalmente o que é tido como Simbólica pode permitir a todos nós
uma aproximação das referidas formas; mas, embora ela se preste a qualquer mutação, nunca
chegou a ter atos precisos que possamos conhecer.
A “Palavra Semestral” nos é apresentada a todos como fazendo parte de um mistério; contudo,
não passa de uma ritualística banal. Já a forma e os atributos do Grande Arquiteto do Universo,
considerado como sucessor irrefutável do Deus hebraico-cristão, podem ser considerados como
um admirável Segredo. Sua representação, seja por um “G” resplandecente inserido em uma
estrela, seja pela sarça ardente mosaística, não deixam de ser considerados como figuras
circunstanciais; entretanto, atribuindo uma total evidência ao seu caráter simbólico.
Entre esses itens usuais e essas transcendências, existe local para tudo o que se quiser incluir; e na
Maçonaria isso quer dizer quase tudo: remanescências de segredos operários, sobre os quais, aliás,
se deixa planar a dúvida, não sendo possível esclarecê-los. Verbalizações de abstrações ou de
conhecimentos particulares: algumas partes da tradição esotérica, da alquimia rosa-cruciana, da
hierarquia antiga ou moderna, a presença e a localização dos supostos superiores secretos;
algumas palavras de ordem de ação coletiva que devem intervir de repente, a uma ordem dos
gestores, e surpreender os profanos, para vencer imediatamente o adversário (uma tática que, ao
que parece, foi de origem templária, e que veio se voltar contra eles próprios).
As conhecidas “sociedades secretas” o aplicam naturalmente a tudo que visa entendê-las. Existem
algumas (as chinesas e as hindus, em particular) que se dedicam a uma ação bem definida: mesmo
sendo de caráter revolucionário ou até mesmo criminoso...
Entretanto, bem mais próximo de todos nós, os grupos que lembram uma ação política (aqui,
pode-se até pensar, na expressão – “lobbies”) também possuem seus segredos. Até mesmo as
“sociedades secretas infantojuvenis”, possuidoras de no máximo cinco ou seis integrantes (o que
não as impede de possuírem complicados ritos iniciáticos) têm os seus segredos.
Logo, devido a tudo isso, pode-se constatar que a Franco-Maçonaria os possuem, e que ela
terminantemente se recusa a comunicar alguns deles aos pequenos seguidores considerados
comuns, embora prometendo que os mesmos poderão alcançá-los, se porventura ultrapassarem
obstáculos mais do que sucessivos, dificultosos e muito bem protegidos por alguns de uma
pequeníssima totalidade.
verba volant, scripta manent
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Irmão Aildo Virgino Carolino -
Secretário Estadual de Gabinete –
GOB-RJ
A Escolha do Venerável Mestre
A escolha do Venerável Mestre para presidir e dirigir os destinos de uma Loja Maçônica
deve recair, sempre que possível sobre um Irmão com experiência, adquirida e demonstrada
através do exercício de, no mínimo, três cargos, preferencialmente: Mestre de Cerimônia,
Secretário e Vigilante.
A Legislação Maçônica atual não faz essa exigência, mas a aceitação da recomendação
acima é imprescindível para que a Loja alcance o sucesso desejado e os Irmãos, o progresso
harmonioso na Maçonaria.
O Venerável Mestre de uma Loja Maçônica não precisa ser perfeito, mas, não pode ser
medíocre.
Ele não precisa ser Grau 33, basta ser Mestre Maçom. Não precisa ser diferente, mas é
muito importante que ele seja um líder nato, sem jamais tentar impor sua vontade.
Não precisa ter grande cultura profana, mas que seja tolerante e que tenha a clara noção do
seu limite.
Precisa gostar de aprender e ter imensa vocação para ensinar, principalmente através de
seus bons exemplos.
Não precisa ser eloquente tribuno, mas deve falar calar e agir corretamente e nos momentos
certos.
Precisa saber sorrir e não ter pudor de chorar pela infelicidade e a dor alheia. Deve conhecer
e reconhecer suas limitações e fazer de tudo para superá-las.
Um Venerável Mestre não pode ser infiel, vazio e muito menos libertino, porém, deve
prezar a liberdade com responsabilidade. Deve gozar a vida com moderação e sem ostentações.
Deve ter infinita crença no Grande Arquiteto do Universo, que é Deus, devotamento à pátria
e imenso amor à família, aos Irmãos e à humanidade.
O Venerável Mestre precisa ter disposição indomável para combater sem tréguas o vício, a
corrupção, o crime, a intolerância e suas próprias ambições pessoais.
Ele deve ser, sempre que necessário encontrado ao lado dos enfermos, fracos e famintos de
pão e de justiça. Deve respeitar seu próximo independentemente de cor, posição social, credo ou
idealismo político, bem como à natureza e aos animais. Precisamos de um Venerável Mestre que
saiba amparar e ouvir seus Irmãos, guardando como segredo de confissão suas fraquezas e
enaltecendo, para todos, suas virtudes.
Ele precisa gostar da filosofia maçônica, conhecer profundamente sua liturgia e Ritualística,
combatendo o obscurantismo, a intolerância, o fanatismo, as superstições, os preconceitos, os
erros, as más lendas e invencionices maçônicas.
Precisamos de um Venerável Mestre que faça pompas Fúnebres para os Irmãos que
partirem para o Oriente Eterno, que faça adoção de Lowtons, Consagração de casamento e
Sessões Magnas Cívicas com a presença de profanos a fim de difundir o ideal maçônico.
Um Venerável Mestre deve respeitar a soberana decisão da Loja, bem como a dos Altos Corpos
Maçônicos.
5 – A Escolha do Venerável Mestre
Aildo Virgino Carolino
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Precisamos de um Venerável Mestre que esteja despido de todas as vaidades. Que seja uma
ponte de união entre as Lojas, um verdadeiro maçom e nunca um espinho de discórdia. Pode já ter
sido enganado, mas, não pode nunca ter enganado. Deve saber perdoar e saber pedir perdão.
Um Venerável Mestre não precisa ser financeiramente rico, mas, não pode ser
espiritualmente pobre. Precisa ser puro de sentimentos e deve ter como grande ideal de vida os
Princípios da Maçonaria.
Deve prestar auxílio e socorro aos Irmãos de sua Loja que o procurar, bem como tratar com
o mesmo zelo e atenção aos Irmãos visitantes que a si se dirigirem, a fim de que estes se sintam
como se estivessem em suas próprias Lojas.
Precisamos de um Venerável Mestre que incentive a presença e o trabalho beneficente/
filantrópico das Cunhadas e Sobrinhas, sempre que possível, através da Fraternidade Feminina.
Que se preocupe com a educação Profana e Maçônica dos Sobrinhos de hoje que deverão ser os
Maçons de amanhã.
Procuramos um Venerável Mestre que não dê valor a paramentos luxuosos. Que goste mais
de encargos do que de cargos e pompas a ele impostos; que desempenhe com abnegação e
fidelidade todos os encargos, pois todos são nobres. Que ao término do seu mandato prefira ser
um simples colaborador em vez de Venerável de Honra. Que eleito pela primeira vez, se admita
sua reeleição, porém, que não tenha a sede de se perpetuar no poder.
Precisamos de um Venerável que, imitando o apóstolo Pedro, seja e ensine a seus Irmãos
serem pescadores de homens de bem no mundo Profano, isto é, homens livres e de bons costumes.
Precisamos de um Venerável que, goste de ser chamado de Irmão e que realmente sinta em
seu coração toda a vibração e plenitude do que é ser um verdadeiro Maçom, líder e justo em toda
sua dimensão.
Precisamos de um Venerável que não viva preso somente ao passado, aos Landmarks e a
História da Maçonaria, mas, que escreva as mais belas páginas da Maçonaria no presente, que é a
porta aberta para o nosso futuro, posto que estejam em uma Nova Era.
Finalmente, precisamos de um Venerável que seja verdadeiro exemplo de conduta na Loja e
fora dela, que nos abrace fraternalmente por Três Vezes Três, sorrindo ou enxugando nossas
lágrimas para termos a inabalável certeza de que a Maçonaria é realmente fraterna e iluminada,
que eleva o homem da Pedra Bruta à presença do Grande Arquiteto do Universo.
Não nos esqueçamos que, sempre há tempo para mudar.
www.artedaleitura.com
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Instrução maçônica,
educação maçônica e
informação maçônica
(Foto JB News)
Walter Celso de Lima
ARLS Alvorada da Sabedoria nº 4285, Florianópolis
Membro da Academia Catarinense Maçônica de Letras
“Vale a pena livrar-se dos problemas do presente,
que envenenam a vida mas são conhecidos,
em troca dos problemas do futuro,
que nos salvam das misérias de hoje mas ninguém sabe quais são?”
William Shakespeare, em “Hamlet”6
1. Introdução:
Há, por vezes, um grande equívoco sobre a prática e os conceitos
sobre instrução, educação e informação maçônica em Lojas. Este ensaio tenta desfazer as
incertezas sobre o tema. No decorrer do trabalho, apresentam-se exemplos e em que fase de uma
sessão em Loja, devem ser desenvolvidas as instruções, a educação e as informações maçônicas. No
final, explana-se como funciona o sistema de instrução maçônica nas Lojas britânicas, as Lojas de
Instrução. Explana-se, também, sobre as Steward’s Lodges. Termina-se expondo, na opinião do
Autor, como adaptar este sistema à realidade brasileira.
6
William Shakespeare, poeta, dramaturgo e ator inglês, nasceu em 1564, em Stratford-upon-Avon e faleceu em 1616,
em Stratford-upon-Avon. A tragédia “Hamlet” foi escrita entre 1599 e 1601.
6 – Instrução Maçônica, Educação Maçônica e Informação
Maçônica – Walter Celso de Lima
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Instrução é a formação de determinada habilidade. É o treinamento, é o adestramento.
Instrução maçônica é o treinamento de como se deve comportar em Loja aberta, ou seja, é o
adestramento do uso dos rituais, da liturgia maçônica. Isto é, como se habilitar nos procedimentos
ritualísticos.
Educação é a aplicação de métodos próprios para assegurar a formação e o desenvolvimento
intelectual e moral de um ser humano. É a pedagogia. Educação maçônica é o conjunto de métodos
que repassam conhecimentos sobre a cultura, sobre a história, sobre a filosofia e sobre a moral
maçônica. O objetivo da educação maçônica é formar integralmente o Mestre Maçom.
Informação é a notícia. É a exposição de um fato de interesse geral a que se dá publicidade.
Informação maçônica é, portanto, a apresentação de notícias de interesse dos membros da Loja
maçônica.
2. Instrução maçônica:
“Um dos problemas que mais afligem a Maçonaria atual é a
prática ritualística pobre. Isto não se refere à dificuldade de
ler os rituais, mas também à maneira como são praticados, de
forma monótona e sem inspiração, o que implica em o candidato não ser atingido pela
mensagem das cerimônias das quais participa. A prática ritualística é muitas vezes
medíocre, e ela não precisa ser! Uma prática ritualística mais atenta nos oferece a
oportunidade de observar melhor os nossos símbolos e as nossas tradições
proporcionando assim um entendimento melhor sobre a Ordem Maçônica”, palavras do
Ir. Joselito Romualdo Hencotte (Ramos & Souza Prado, 2011).
As instruções maçônicas no Brasil são, em geral, realizadas em Lojas abertas. São feitas com
pouco tempo de trabalho, o “tempo de estudos”, muito limitado, em geral sem discussões e,
consequentemente, falhas. As instruções constam, genericamente, da apresentação de 2 ou 3
trabalhos, da leitura das preleções, mas tudo sem debates mais profundos. Muitas dúvidas
persistem, por parte dos que recebem instruções. Os trabalhos apresentados, em geral, são cópias
e muito poucas vezes o Irmão em instrução, coloca suas próprias opiniões sobre o tema copiado.
Raramente há discussão sobre a ritualística. Tudo o que se faz num ritual, as palavras, os atos, o
silêncio, os passos, tudo tem um significado simbólico. Poucos conhecem esses significados e, o mais
insensato, não estão despertos ou interessados em saber o porquê desses atos. Ou seja, não
“vestem a camisa” do ritual, lendo-o como um autômato. Instrução maçônica é o adestramento
sobre ritualística e isso é pouco explorado no Brasil.
Fig. 1 – Aprendiz desbastando a pedra bruta (in www.filosofiahoje.com).
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Os Irs. aprendizes perguntam muito. A resposta, em geral, é do tipo “isso eu não posso
responder” ou “tenha paciência que você vai saber nos graus superiores”. Isto é um erro, pois o que
não se pode dizer ao aprendiz são apenas palavras, sinais e toques dos graus superiores.
As instruções para Mestres Maçons são, ainda, mais deficientes e, muitas vezes, nulas, não
existem. Certos homens, depois de iniciados e exaltados, continuam profanos por falta de
instrução. Em consequência dessas falhas, tem-se o chamado “efeito sanfona” (o entra e sai da
Maçonaria), as cisões (de Obediências ou de Lojas), os diversos atritos e problemas existentes na
Maçonaria brasileira.
Muitas dos questionamentos afloram sem respostas. Um exemplo pontual: (em qualquer Rito)
porque não se deve fazer qualquer sinal, de qualquer grau, com o ritual na mão? No Brasil muitos
fazem sinais com ritual na mão esquerda. Na verdade, não se pode fazer qualquer sinal com nada na
mão. Exceções (dependendo do Rito) dos diáconos, dos expertos e dos Mestres de Cerimônias (ou
Diretores de Cerimônias), que seguram seus bastões (cajados), varas ou espadas e fazem sinais.
Outras questões, por vezes provocam muitas discussões estéreis, sem base simbólica e
apenas com “achismos”, ou teorizações fundamentadas no subjetivismo pessoal. Outro exemplo
pontual: porque nas Pompas Fúnebres seus participantes, incluindo Grão-Mestres, usam aventais de
aprendiz, em deferência, respeito e consideração ao falecido? Isto ocorre em todo mundo, menos
no Brasil.
As instruções maçônicas no Brasil são de responsabilidade de cada Loja. Tem-se cerca de
3.000 Lojas (no GOB), acrescidas das Lojas da CMSB (cerca de 2.900 Lojas) e da COMAB (cerca
de 1000 Lojas) e não se tem 300 instrutores eficientes para instruir AM, CM e MM. Têm-se, em
verdade, cerca de 90.000 mestres (no GOB), 102.000 mestres (CMSB) e 35.000 mestres
(COMAB), mas muitos deles sequer tiveram instruções de Mestre Maçom. Como fazer? Como
mudar esta situação?
As instruções maçônicas deveriam ser mais regulares e frequentes. Deveriam ser feitas em
Loja fechada, quando é possível debates, réplicas e tréplicas e questionamentos diversos. Deveriam
ser feitas por instrutores que se preparassem para tal, com planejamento prévio, sem
improvisações. Muita coisa que estão nos rituais não estão em forma explícita, mas demanda
estudos mais aprofundados. Quando não se sabe a resposta a um questionamento, é preferível
dizer: “Não sei responder. Vamos estudar”. Nos trabalhos escritos, além de referências
bibliográficas, deve haver como considerações finais, a opinião original e pessoal sobre o tema, pelo
Irmão que está sendo instruído. E as cópias de textos já existentes devem vir entre aspas e
referenciadas.
Algumas Obediências têm cursos de instruções programados para AM, CM e MM. Mas, na
opinião do Autor, esses cursos não são eficientes, alguns são à distância e outros não são
obrigatórios. Entretanto, cursos obrigatórios limitam e prejudicam a autonomia das Lojas. A Mui
Respeitosa Grande Loja de Maçons do Estado do Rio Grande do Sul tem (em alguns ritos)
eficientes manuais de instrução para os 3 graus simbólicos.
Algumas críticas sobre a necessidade de instrução ritualística são expostas a seguir. É muito
comum, no Brasil, enxertos e invenções nos rituais, “por ser mais bonito”. Quando há dúvidas,
muitos Irmãos não tendo conhecimento da solução, criam uma teorização fundada no subjetivismo
pessoal, ou seja, um “achismo”. Cabe ao Secretário de Ritualística da Obediência manter severa
vigilância na execução do ritual. Ele é o responsável pela liturgia do rito e pelo ritual.
Uma grande parte dos maçons brasileiros acreditam que a instrução vai bem. Acham
suficientes os trabalhos copiados dos AM e CM. Não sentem falta da instrução de MM e de seus
trabalhos. São Irmãos simples ainda que bem intencionados. Para eles todos são bons e todos são
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Irmãos e isso basta. Neste caso, falta aos seus Irmãos de Loja tentarem abrir suas mentes para a
beleza do ritual, do simbolismo e da Maçonaria.
Num item abaixo, o Autor apresenta a situação do Reino Unido, onde as instruções não são
feitas em Loja simbólica, mas em Lojas de Instrução. Propõe, também, uma adaptação deste
sistema a realidade brasileira.
3. Educação Maçônica:
A educação maçônica é feita, em geral, por palestras sobre cultura, história, filosofia e
moral maçônica. As Lojas (das 3 Obediências) promovem esporadicamente palestras, convidando um
conferencista versado no tema a ser exposto. Algumas Lojas fazem isso uma vez ao mês. Algumas
Obediências aproveitam encontros maçônicos para promoverem palestras.
O sistema brasileiro de ensino (não instrução) maçônico é razoável, embora isso seja feito
sem um planejamento objetivando uma meta determinada.
Algumas Obediências organizam um cadastro de palestrantes disponíveis, com seus temas, e
o coloca à disposição de suas Lojas.
As palestras deveriam, sempre, serem realizadas no intervalo (descanso ou recreio,
dependendo do Rito) pois com isso facilita debates, réplicas e tréplicas.
Muitas Lojas ao promoverem palestras, as distribuem xerografadas incluindo referências
bibliográficas para consultas extensivas.
Fig. 2 – O Autor proferindo palestra em Loja nos EUA sobre Educação Maçônica (foto de
2012).
O mais importante palestrante do século XVIII, na Grã-Bretanha, foi o Ir. William Preston.
Preston, autor, editor e palestrante escocês, nasceu em 1742 em Edinburgh e faleceu em 1818 em
Londres. De espírito reconciliador, Preston se coloca na posição de instrutor e educador maçônico.
Dedicou-se ao estudo da história da Maçonaria e, especialmente, dos símbolos maçônicos. Publicou
em 1772 o livro “Illustrations of Masonry”. (Este livro poderá ser lido pela internet sua 9ª edição,
em Preston, 1796). Preston divulgou através de conferências e trabalhos, a simbologia e a história
da Maçonaria. Organizou, também, rituais. Preston fazia reuniões comentando rituais; algo como
uma sessão comentada. Elaborou as preleções. Seu livro teve, no século XVIII, 20 edições na
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Inglaterra, seis na América do Norte e inúmeras traduções por toda Europa. Depois de sua morte,
a Grande Loja Unida da Inglaterra organizou as Prestonian Lectures que perduraram até 1862,
verdadeiro ensino fundamental e extensivo sobre Maçonaria. (Algumas das Prestonian Lectures
podem ser lidas pela internet em Preston, 2007).
O trabalho de Preston facilitou o acesso de todo mundo à educação maçônica. Isto perdura
até hoje.
Fig. 3 – William Preston – from 12th
(1812) edition of his book “Illustrations of Masonry”
4. Informações maçônicas:
As informações maçônicas e notícias são fornecidas por qualquer
Irmão quando da palavra a bem da Ordem. Com o advento da internet, as notícias de interesse da
Loja se tornaram facilmente disponíveis.
Uma notícia essencial que deve ser divulgada é o calendário da Loja cujo desenvolvimento
deve ser planejado em detalhes pelas autoridades da Loja. Não deve ser mutável, improvisado. No
Reino Unido há, também, o planejamento do tempo disponível para cada item da sessão, inclusive
dos pronunciamentos, permitindo que o final da sessão seja determinado precisamente, pois tudo é
cronometrado.
Deve-se colocar, como fonte de notícias, os diversos periódicos maçônicos existentes no
Brasil, a grande maioria filiados ao ABIM (Associação Brasileira de Imprensa Maçônica).
JB NEWSRede Catarinense de Comunicação da Maçonaria Universal
www.jbnews33.com.br
Informativo
Filiado à ABIM sob nr. 007/JV
Editoria: Ir.’. Jeronimo Borges – JP-2307-MT/SC
Florianópolis(SC)
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Fig. 3 - Frontispício parcial do JB News.
Dentre os informativos brasileiros, destaca-se o JB News, o único informativo maçônico diário, em
todo mundo. O JB News além de importante fonte educadora, pois publica trabalhos maçônicos de
Irmãos de todo Brasil e do exterior é, também, importante fonte de notícias de todo país.
5. Lojas de Instrução na Inglaterra:
Na Inglaterra, todas as Lojas têm 4 (as vezes 5, podendo algumas ter
até 8) sessões ritualísticas por ano. As instruções não são feitas em Lojas simbólicas, mas feitas
em Lojas de Instrução. Lojas de Instrução são lojas formadas por um número significativo de Lojas
simbólicas; não têm Carta Constitutiva, não são abertas ritualisticamente e seus membros (AM,
CM, MM e os instrutores) não usam paramentos. Funcionam semanal ou quinzenalmente. As reuniões
(não são sessões) de AM, CM ou MM são realizadas em horários distintos, em geral no mesmo dia,
ou realizadas em dias diferentes.
Depois de iniciado o AM deve frequentar uma Loja de Instrução, em seu grau, com
frequência controlada pelo seu padrinho (chamado Mentor ou Mistagogo7
; em inglês: Mentor or
Mystagogue) que é o responsável pelo iniciado (responsável pela frequência na Loja de Instrução e
na Loja Simbólica e pelos metais do AM) até o AM se “formar” MM, em geral um ano despois de
exaltado (os ingleses chamam de “elevado”). Os instrutores das Lojas de Instrução são, em geral,
professores, preceptores ou pedagogos (full professor, lecturer, prelector, teacher,
schoolteacher, instructor, educationalist) portanto preparados e maçons antigos.
As instruções constam em decorar o ritual, discutir o ritual e seus significados simbólicos
em detalhes, discutir e decorar as preleções, elaborar e discutir trabalhos, etc. Como a Loja não é
aberta, há muitos debates, discussões e questionamentos; as interrupções para questões são
frequentes. O AM só passa a ser CM se for “aprovado” pela Comissão de Graus da Loja. Ibidem do
CM para MM. O MM depois de elevado a Mestre não recebe sua medalha e certificado antes de
frequentar a Loja de Instrução de MM e, depois de instruído e “aprovado” pela Comissão de Graus.
Na Inglaterra, o AM só passa ser CM depois de ter decorado todo o ritual, inclusive a iniciação.
Ibidem com CM e com MM. Na Inglaterra, AM, CM e MM não “diplomados” não podem ter rituais
impressos. Só os têm, depois de decorados os textos. Com isso, as instruções maçônicas, a
formação de um MM é infinitamente melhor do que ocorre no Brasil. Observa-se que um AM, CM e
MM aplicado, diligente e esforçado, frequenta a Loja de Instrução no mínimo dois e meio anos,
semana ou quinzenalmente. Além, evidentemente, de sua Loja simbólica. Isso permite uma
formação sobre ritualística eficiente o que torna o MM “diplomado” muito competente sobre
liturgia maçônica. Esses MM britânicos “vestem a camisa” e são excelentes Irmãos.
Como teve origem as Lojas de Instrução? O mais antigo registro de instrução maçônica é de
1725, quando a Ancient Society of Masons of York convocava Irmãos para instruções maçônicas. É
provável que esse sistema seja mais antigo, pois Maçons especulativo devem especular (estudar
com atenção, pesquisar, refletir, teorizar) – Beresiner, 2008.
Depois da unificação entre a Loja dos Modernos e a dos Antigos, em 1813, a Grande Loja
Unida da Inglaterra preocupou-se em unificar, também, os rituais. A United Lodge of
Perseverance, dentre as mais proeminentes Lojas daquele período, fundada em 1818, teve em seu
quadro vários dos Maçons mais cultos de então, sendo que nove destes ilustres conhecedores da
Arte foram fundadores da mais célebre de todas as Lojas de Instrução ainda em atividade: a
Emulation Lodge of Improvement for Master Masons. A Loja de Emulação e Aperfeiçoamento foi
fundada em outubro de 1823, sob a sanção da Lodge of Hope, nº 7 e ensinava o ritual através das
7
Mistagogo era o sacerdote, na Grécia antiga, que iniciava alguém nos mistérios eleusinos (de Elêusis).
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preleções, segundo o sistema da Grand Stewards’ Lodge (item 6). Hoje, a ELoI é uma Loja de
Instrução da Lodge of Unions, nº 256, não tem carta constitutiva e seu foco é a demonstração da
prática do Trabalho de Emulação. Tornou-se a curadora oficial, em todo mundo, do Trabalho de
Emulação. Curadora é a instituição que cuida dos interesses e defende a pureza do Ritual de
Emulação. Ao contrário de outros ritos que são admitidos pelo GOB, o Ritual de Emulação é
monitorado, interpretado e explicitado, para todo mundo, exclusivamente, pela Emulation Lodge of
Improvement. Esta Loja já esteve no Brasil, em Curitiba, por duas vezes, em 2015 e 2016,
divulgando instruções para as Lojas brasileiras que trabalham em Emulação.
As Lojas de Instrução são, na Inglaterra, uma experiência prática da liturgia maçônica com
um propósito óbvio – instrução – mas possui uma consequência importante: a convergência de
Irmãos de diversas Lojas, proporcionando relações pessoais e sociais.
6. The Grand Stewards’ Lodge:
Desde sempre, cada sessão maçônica envolvia um ágape fraternal.
Neste ágape sempre há muitos brindes. Uma destas reuniões festivas, a mais importante,
tradicionalmente realizada uma vez ao ano, denominou-se Feast (festa ou comezaina) que logo se
transformou em “banquete”. Esta é a origem do Royal Festive Board que assim foi denominado
quando da participação do Rei da Inglaterra. Até hoje, no dia 24 de junho, realiza-se em Londres o
Royal Festive Board (Loja de Mesa britânico) com a participação da Rainha Elizabeth II. Nos
primeiros anos quem organizava a Feast eram os Grandes Vigilantes da Grande Loja. Os Vigilantes
necessitaram de muita ajuda e, então, foram nomeados Stewards para esta função.
Um parêntesis sobre o significado da palavra steward. Pode-se traduzir steward (no mundo
profano) como: mordomo (mór - maior domus – casa); comissário de bordo (na aviação); camareiro;
camarista; criado (de mesa); empregado para administrar outra propriedade, como uma grande
residência, herança, patrimônio, fazenda, bens, acervo, etc,; oficial que supervisiona e ordena um
grande evento público, etc. Na Maçonaria inglesa steward tem um significado mais amplo: pessoa
que serve para tudo, trabalhador esforçado e assíduo ao serviço (“pau-para-toda-obra”, “pé-de-
boi”), curinga, maçom versátil que presta múltiplas e diferentes funções, maçom que participa dos
eventos da Loja, auxiliando em tudo o que se fizer necessário. Na falta de um termo melhor, em
português, para o significado maçônico de steward utiliza-se o termo em inglês steward.
Importante é não confundir o conceito de steward acima, com o cargo em Loja steward
(mordomo) que existe em algumas Lojas que trabalham em Emulação. Mordomo, cargo optativo em
Loja, é nomeado pelo Mestre da Loja e recai ao AM ou CM como sendo o primeiro cargo em Loja ou
recai, em outras Lojas, ao mais experiente MM, em geral um PM. Cabe ao mordomo substituir o
diácono em sua ausência, servir vinho ou whisky em qualquer ágape (o vinho em Loja de Mesa),
orientar corretamente os Irmãos nos assentos no ágape ou Loja de Mesa e auxiliar os Irmãos
visitantes. Em algumas Lojas o mordomo é confundido com o Mestre de Banquetes. O mordomo tem
assento em Loja aberta entre o 2º diácono e o 2º Vigilante. A joia do mordomo é uma cornucópia
envolvida por um compasso aberto. Cornucópia, também chamado de Chifre da Abundância, é um
vaso em forma de chifre repleto de frutas e flores. Símbolo da riqueza e abundância. O seu
significado provém da cabra Amalteia que na mitologia greco-romana amamentou Zeus/Júpiter
enquanto criança.
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Fig. 4 – Cornucópia.
Fechando o parêntesis e retornando ao tema The Grand Steward’s Lodge. Com o crescimento
da Festa anual da Grande Loja, redundou-se mais complexo e difícil o trabalho de organizar a
Festa. Em 1727, foi então escolhido um certo número de stewards com a incumbência total de
organizar, financiar e realizar a Festa anual. Para que Irmãos aceitassem serem stewards nessas
condições foram dadas algumas regalias a esses Irmãos. Foi formada, em 1735, a Steward’s Lodge
cujos membros passaram a usar aventais e colares vermelhos (embora pertencendo às “Lojas
Azuis”) – chamada Loja de Aventais Vermelhos (“Red Apron Lodges”), Loja que não poderia (e não
pode) iniciar, realizar passagens e elevar Irmãos. Mais uma regalia importante: os stewards
passaram a nomear seus próprios sucessores dentre os Mestres Maçons das demais “Lojas Azuis”.
Com a união, a Grande Loja Unida da Inglaterra determinou que a Grand Steward’s Lodge zelasse
pela perfeição das cerimônias e das preleções (daí surgiu o nome “Cerimônias Exatas”).
As Grand Steward’s Lodges tem a finalidade de demonstrar a pratica ritualística que é
praticada por uma Província ou Distrito, isto inclui procedimentos não descritos no Ritual como
cortejo de entrada e saída e até os brindes no festive board, também, em assuntos
administrativos: como fazer uma ata, como proceder nas eleições da Loja, etc. Hoje as Grandes
Lojas Provinciais têm sua Grand Steward’s Lodge com a função de auxiliar na organização de
eventos e atender as Lojas de sua jurisdição na instrução e educação maçônica, inclusive atender
às Lojas de Instrução, colocando à disposição bons instrutores e excelentes palestrantes.
Fig. 5 – Ir Joselito Romualdo Hencotte e W. Bro. Peter Jackson (Transvaal District Grand
Stewards Lodge, nº 8192, Johannesburg, S.A.).
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Importante não confundir a ação das Steward’s Lodges com o trabalho da Emulation Lodge
of Improvement. A Loja de Emulação e Aperfeiçoamento é a curadora do Trabalho de Emulação em
todo mundo, incluindo, obviamente, o Brasil. É a mais importante Loja de Instrução. As Lojas
Steward são Lojas de auxilio e educação que servem às Lojas de Instrução (exceto, naturalmente,
a Emulation Lodge of Improvement).
Fig. 6 – Oficiais da Middlesex Provincial Stewards Lodge, 2016 (condado de Middlesex, Greater
London).
Fig. 7 – Selo da Middlesex Provincial Stewards Lodge (observe a cornucópia envolvida por
um compasso aberto).
7. Como adaptar o sistema de Lojas de Instruções à realidade
brasileira:
O que se expõe a seguir é pensamento de responsabilidade do Autor. A adaptação do sistema
inglês para a realidade brasileira é muito simples. Têm-se reuniões administrativas que podem se
transformar em Lojas de Instrução do modelo britânico. As instruções de AM, CM e MM poderão
ser feitas em horários diferentes, no mesmo dia da reunião administrativa. Esta forma passa
apenas por resoluções da própria Loja simbólica, podendo as reuniões administrativas de instrução
serem feitas, a convite, com a participação de várias Lojas simbólicas. Mas, extremamente
importante, os instrutores devem estar preparados; devem estudar, com antecedência e em grupo,
o assunto a ser debatido. Devem evitar “achismos”; portanto, se não souberem uma questão, a
fórmula correta será: “vamos estudar e depois explicaremos”. Essas Lojas de Instrução/reuniões
administrativas podem ser mensais e atender, exclusivamente instruções, conforme definição
neste ensaio, ou seja, ritualística maçônica, o porquê de cada ato, palavra ou símbolo que se faz em
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Loja aberta além das preleções. Ritualística e preleções, amplamente debatidas, discutidas e
comentadas com o objetivo de envolver me maneira profunda, aquele que está sendo instruído, os
instrutores e a Loja. Quanto mais organizada for a Loja, mais curtas serão as reuniões que
tratarão efetivamente da administração da Loja, sobrando mais tempo para instrução. Muitas
Lojas infelizmente “perdem tempo” nas reuniões destinadas a administração da Loja, discutindo o
cardápio dos ágapes. Isto pode ser de responsabilidade do Mestre de Banquetes que pode
consultar os Mestres entendidos em gastronomia fora das sessões e reuniões administrativas.
Algumas críticas sobre a necessidade de instrução ritualística são expostas a seguir. É muito
comum, no Brasil, enxertos e invenções nos rituais, “por ser mais bonito”. Quando há dúvidas,
muitos Irmãos não tendo conhecimento da solução, criam uma teorização fundada no subjetivismo
pessoal, ou seja, um “achismo”. Cabe ao Secretário de Ritualística da Obediência manter severa
vigilância na execução do ritual. Ele é o responsável pela liturgia do rito e pelo ritual.
Uma grande parte dos maçons brasileiros acreditam que a instrução vai bem. Acham
suficientes os trabalhos copiados dos AM e CM. Não sentem falta da instrução de MM e de seus
trabalhos. São Irmãos simples ainda que bem intencionados. Para eles todos são bons e todos são
Irmãos e isso basta. Neste caso, falta aos seus Irmãos de Loja tentarem abrir suas mentes para a
beleza do ritual, do simbolismo e da Maçonaria.
8. Considerações Finais:
Repetindo as palavras dos Irs. Edson José Ramos e Cezar José Souza
Prado (Ramos & Souza Prado, 2011):
“as referências que aqui se apresentam relacionadas às Lojas
de Instrução cabem, muito naturalmente, a todos os Ritos que hoje são praticados no
nosso país. Não são, portanto, exclusividades da Maçonaria Inglesa, pois se configuram
como um modus pedagógico, fornecendo caminhos de aprendizagem no que se refere
às práticas ritualísticas e como colocá-las o mais possível em nível de excelência. E
para que este modo peculiar de instruir-se se torne um costume entre nós, Maçons
brasileiros, nenhuma ação monumental faz-se necessária. Ao contrário, basta que aos
textos de nossos Rituais seja dada a importância que eles merecem, buscando-se neles
os reais significados de ali estarem e, por consequência, tornando-os íntimos de nossa
melhor expressão ao pronunciá-los, evitando assim o palavreado mecanicamente
repetitivo, e oferecendo a cada palavra, a cada sinal, a reverência devida e esperada
para tornar viva a simbólica da Arte Maçônica”.
Termina-se este trabalho a respeito da importância do estudo e da especulação, com uma
frase do escritor, matemático e filósofo francês Bernard le Bovier de Fontenelle (1657–1757):
“É verdade que não podemos encontrar a pedra filosofal, mas é bom que ela seja
procurada. Procurando-a, encontramos muitos segredos que não procurávamos”.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
- Arte Real. “A Importância do Tempo de Estudo para o Maçom Especulativo”. Arte
Real, Trabalhos Maçônicos, 2015.
https://focoartereal.blogspot.com.br/2015/02/a-importancia-do-tempo-de-estudo-para-o.html
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Freemasonry, 2008.
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- Boller, C.E. “Instrução Maçônica”. Liberdade e amor cassia, mvu, 2014.
http://liberdadeeamorcassia.mvu.com.br/site/instrucao-maconica/vgFiMokViTA-3/nta.aspx
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- Cavalca Medeiros, M. “Imagem Pública não é Divulgação”. Revista Rotary Brasil, 91:
(1127), Maio, 2016.
- Haywood, H.L. “Capítulos da História da Maçonaria”. Bibliot3ca.
https://bibliot3ca.wordpress.com/capitulos-de-historia-maconica-haywood/
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http://www.freemasons-freemasonry.com/builder.html
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- Henderson, K. “Masonic Education Course”. ”. Pietre-Stones Review of Freemasonry,
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http://www.pedroneves.recantodasletras.com.br/visualizar.php?idt=4753672
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editon, 1796.
http://freemasonry.bcy.ca/ritual/preston.pdf
Acessado em 30.jun.2016.
- “Preston, William”. Masonic Service Association of North America. Short Talk Bulletin,
vol I, nº 2, Feb. 1923.
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http://www.masonicdictionary.com/preston.html
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- Preston, W. “The Collected Prestonian Lectures.” Scanned at Phoenixmasonry by Ralph
W. Omholt, 2007.
http://www.phoenixmasonry.org/prestonian_lectures_volume_1.htm
Acessado em 30.jun.2016.
- Ramos, E.J. & Souza Prado, C.J. “Lojas de Instrução e “Stewards’ Lodges”. A.R.L.S.
Lyceum Paranaensis – nº 4046, GOB. Curitiba: ERAC, GOB-PR, 2011.
- Smith, R. “Learning Masonic Ritual”. London: Rick Smith Ed., 2013.
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- Stamato, J. E. “Instrução da Instrução”. Maconaria.net, 2016.
http://www.maconaria.net/portal/index.php/artigos/250-instrucao-da instrucao.html
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- Steward’s. “Grand Steward’s Lodge”, 2016.
http://grandstewards.org/
Acessado em 6.jul.2016.
- Steward’s. “Fotos Steward’s Lodge”, Grand Steward’s lodge, 2016.
https://www.google.com.br/search?q=Grand+Stewards+Lodge&biw=1366&bih=599&tbm=isc
h&imgil=3YrdTpsuLoK0aM%253A%253B1xKBicj-
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9gPimYR9VtO5Jeh6SEqEgkmmrKdsYlSRhFdEtBm6BNX4yoSCYfQn3wPUGR8EbyZbV7Q
GfJy&q=Grand%20Stewards%20Lodge&imgrc=XClkabJSo6IosM%3A
Acessado em 6.jul.2016.
- Taylor, P. “Membership Problem”. Pietre-Stones Review of Freemasonry, 2009.
http://www.freemasons-freemasonry.com/taylor.html
Acessado em 2.jul.2016.
-VanSlyck, S.B. “Fifteen Points for Masonic Education”. Pietre-Stones Review of
Freemasonry, 2008.
http://www.freemasons-freemasonry.com/VanSlyck.html
Acessado em 2.jul.2016.
26. JB News – Informativo nr. 2.114 – Florianópolis (SC) - sábado, 16 de julho de 2016 Pág. 26/33
(as letras em vermelho significam que a Loja completou
ou está completando aniversário)
GLSC -
http://www.mrglsc.org.br
Data Nome Oriente
01.07.1977 Alferes Tiradentes, nr. 20 Florianópolis
07.07.1999 Solidariedade Içarense, nr. 73 Içara
07.07.2005 Templários da Nova Era, nr. 91 Florianópolis
10.07.2007 Obreiros da Maravilha, nr. 96 Maravilha
12.07.1980 XV de Novembro, nr. 25 Imbituba
21.07.1993 Liberdade Criciumense, nr. 55 Criciuma
28.07.2006 Anhatomirim, nr. 94 Florianópolis
27.07.2012 Aliança, Verdade e Justiça nr. 106 Florianópolis
31.07.1975 Obreiros de Hiram, nr. 18 Xanxerê
31.07.2007 Acácia Palhocense, nr. 97 Palhoça
GOB/SC –
http://www.gob-sc.org.br/gobsc
Data Loja Oriente
02.07.01 Renovação - 3387 Florianópolis
03.07.78 Flor da Acácia - 2025 Itajaí
08.07.10 Lealdade - 3058 Florianópolis
13.07.01 Frat. Alcantarense - 3393 Biguaçú
14.07.2006 Acadêmica Razão e Virtude nr. 3786 Brusque - SC
17.07.02 Colunas da Serra - 3461 Joinville
17.02.02 Mestres da Fraternidade-3454 Florianópolis
17.07.97 Compasso das Águas -3070 São Carlos
23.07.1875 Luz e Caridade - 327 São Francisco do Sul
26.07.05 Frat. Acad. Ciência e Artes - 3685 Jaraguá do Sul
29.07.96 Estrela Matutina - 2965 Florianópolis
7 – Destaques (Resenha Final)
Lojas Aniversariantes de Santa Catarina
Mês de julho
27. JB News – Informativo nr. 2.114 – Florianópolis (SC) - sábado, 16 de julho de 2016 Pág. 27/33
GOSC
https://www.gosc.org.br
Visite o novo Site da Loja Templários da Nova Era
http://www.templarios91.com.br
Data Nome da Loja Oriente
04/07/1999 Giuseppe Garibaldi Florianópolis
04/07/2002 Léo Martins São José
11/07/2009 Universitária Luz de Moriah Chapecó
11/07/2009 Passos dos Fortes Xaxim
12/07/2006 Colunas Da Concórdia Concórdia
18/07/2003 Ardósia do Vale Rio do Sul
21/07/1973 Silêncio de Elêusis Chapecó
22/07/1981 Acácia da Ilha Florianópolis
24/07/2013 Triângulo Força e União Cocal do Sul
25/07/1995 Gitahy Ribeiro Borges Florianópolis
26/07/1980 União da Fronteira São Miguel do Oeste
27/07/1981 Arquitetos do Oriente Xanxerê
27/07/2009 Luz da Acácia Capivari de Baixo
28. JB News – Informativo nr. 2.114 – Florianópolis (SC) - sábado, 16 de julho de 2016 Pág. 28/33
Do Irmão Templário Ronald Ventura:
O Irmão Ronald Ventura, Mestre de Harmonia da Loja Templários da Nova Era, encontra-se
atualmente na Itália e envia algumas informações sobre Érice uma comuna italiana da região da
Sicília, província de Trapani, com cerca de 25 mil habitantes.
A Igreja San Agostino foi uma antiga capela dos Cavaleiros Templários e dedicada a São João
Batista. Durante a Segunda Guerra Mundial a igreja foi danificada e o convento demolido. Passou
por uma restauração que manteve seu estilo gótico e a rosácea, mas há mais de um século não é
usada para cultos sendo usada como sala de exposições.
Giuseppe Garibaldi passou por Érice, onde teria proferido discurso sobre discurso pela luta da
redenção patriótica.
Veja alguns registros fotográficos sobre Tapani:
http://descobrindoasicilia.com/2014/05/erice-uma-cidadezinha-medieval/
29. JB News – Informativo nr. 2.114 – Florianópolis (SC) - sábado, 16 de julho de 2016 Pág. 29/33
CONVOCAÇÃO e CONVITE
O Secretário da Loja, que subscreve,
convoca todos os Irmãos do quadro,
com base no inciso V do Artº 116 do Regulamento Geral da Federação e
convida todos os demais Irmãos,
para a 44ª Sessão da A.R.L.S. “Alvorada da Sabedoria” nº 4.285 em conjunto com a A.R.L.S.
Cavaleiros da Luz, nº 3657, dia 26 de JULHO, TERÇA-FEIRA, quando teremos uma Loja de
Mesa (Jantar Ritualístico) no ritual britânico (Royal Festive Board). Será realizado em
comemoração ao solstício de verão (no hemisfério norte) ocorrido em 20 de junho e comemoração
dos 299 anos de fundação (em 24 de junho) da Grande Loja de Londres e Westminster. Cardápio:
ovelha/carneiro, pão ázimo, vinho tinto e água. A Loja de Mesa será no Salão da Epagri, sede social
da Associação dos Funcionários da Epagri, situado na Servidão Caminho do Porto, Itacorubi
(entrada da Cidasc, seguindo a Servidão, segunda entrada à direita).
Programação: 20:00 h: início do evento.
Traje: maçônico completo.
Convites a R$ 100,oo. Não serão vendidos convites após dia 24 de julho. Os convites poderão ser
adquiridos com os Irs.:
Marcos de Oliveira: tel. 9111 0090; Paulo Velloso: tel. 8408 2446;
Lima: tels. 9911 0343 ou 9155 0343; Marcos Vinicius: tel. 9980 9355
Ruben Luz da Costa: tel. 9972 5934;
Ir.’. João F.R. Baggio, Secretário
Wisdom Dawn Lodge
30. JB News – Informativo nr. 2.114 – Florianópolis (SC) - sábado, 16 de julho de 2016 Pág. 30/33
Vem aí a XXI Jornada Maçônica
do Estado de São Paulo
Em 25 de Setembro de 2.016, na Uni Sant´Anna, situada à R. Voluntários da Pátria,
257 Bloco I - 6º Andar, estaremos realizando a XXI Jornada Maçônica do Estado
de São Paulo.
O objetivo da tradicional Jornada Maçônica é o de oferecer um espaço para a
integração sócio cultural de Maçons, oriundos de várias Lojas da Capital e do Interior
de São Paulo e de diversas cidades do país, através de quatro Conferências e 29
Palestras, realizadas por doutores, pesquisadores, historiadores, doutrinadores e
formadores de opinião, os quais abordam uma variedade de assuntos relevantes. Aos
que possuem a saudável sede de conhecimento e estudo.
O programa abrange uma apurada análise da conjuntura brasileira atual com ênfase
para os temas litúrgicos, doutrinários e ritualísticos da Ordem. Mais um evento
promovido pela Associação Cultural e Assistencial Obreiros do Leste
ENTRE NO SITE:jornadamaconica.com.br
INSCREVA-SE
Jose Renato dos Santos
PAST GRÃO MESTRE ADJUNTO DA GLESP tel 011 29411621
Edson Sales Junior
SECRETARIO EXECUTIVO
31. JB News – Informativo nr. 2.114 – Florianópolis (SC) - sábado, 16 de julho de 2016 Pág. 31/33
Ir Marcelo Angelo de Macedo, 33∴
MI da Loja Razão e Lealdade nº 21
Or de Cuiabá/MT, GOEMT-COMAB-CMI
Tel: (65) 3052-6721 divulga diariamente no
JB News o Breviário Maçônico, Obra de autoria do saudoso IrRIZZARDO DA CAMINO,
cuja referência bibliográfica é: Camino, Rizzardo da, 1918-2007 - Breviário Maçônico /
Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014 - ISBN 978-85.370.0292-6)
BREVIÁRIO MAÇÔNICO – 16 de julho
A LEALDADE
Atributo maçônico virtuoso exigido pelo grupo. Da tolerância decorre a lealdade. A
origem da palavra é latina, legalis, cuja raiz é lex, ou seja, lei.
Será leal o observador dos preceitos maçônicos.
Os juramentos maçônicos nada mais são que incentivos à lealdade, tanto para com os
coirmãos como para si mesmo, para com o Criador, para com a Natureza, para com a
Pátria e para com os semelhantes.
É um ponto básico da Maçonaria.
Por se tratar de uma palavra tão preciosa, inúmeras Lojas maçônicas portam esse
nome.
A lealdade arrasta muitas outras virtudes, desperta-as e fortalece, como a sinceridade,
a fidelidade, o amor, o carinho, a piedade. Enfim, enfeixa um universo de bons
propósitos e o homem se torna um ser útil à humanidade, à sociedade e à família.
Entre concidadãos, a lealdade é atributo patriótico.
Entre amigos, a lealdade é um princípio de estabilidade.
Ente Irmãos, é uma obrigação, mais que uma virtude, é um dever, uma vez que a
lealdade gera confiança e amor.
O maçom deve ser leal para consigo mesmo e, sobretudo, para com seus Irmãos.
Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014, p. 215.
32. JB News – Informativo nr. 2.114 – Florianópolis (SC) - sábado, 16 de julho de 2016 Pág. 32/33
O Irmão Adilson Zotovici,
Loja Chequer Nassif-169
de São Bernardo do Campo – GLESP
escreve aos sábados neste espaço.
adilsonzotovici@gmail.com
V I A G E M I N F I N I T A
Meia noite já beirando
Num magnífico astral
O coração forte pulsando
Ansiedade na paz sem igual !
Percorro tudo em visual
Zodíaco, dossel no oriente
Mosaico, abóboda celestial
O Olho da vigia permanente......
Ambiente calmo, silente,
Seleta gente a me guardar
Com boa egrégora evidente...
Mas não conseguia falar !
Foi num momento sem par
Que emergi da escuridão
Pude então contemplar
A grata surpresa, a razão !
33. JB News – Informativo nr. 2.114 – Florianópolis (SC) - sábado, 16 de julho de 2016 Pág. 33/33
Era a luz da iniciação !
Que recebi naquele instante
Clareando a compreensão
De cada viagem eletrizante !
Que deveria seguir doravante
Despido de toda vaidade
Numa senda edificante
Ver mais feliz a humanidade !
Dia de grande felicidade !
De uma nova vida bendita
Inesquecível marco em verdade
De uma viagem...infinita !
Adilson Zotovici
ARLS Chequer Nassif-169