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JB NEWS
Filiado à ABIM sob nr. 007/JV
Editoria: Ir Jeronimo Borges
Loja Templários da Nova Era nr. 91(Florianópolis) - Obreiro
Loja Alferes Tiradentes nr. 20 (Florianópolis) - Membro Honorário
Loja Harmonia nr. 26 (B. Horizonte) - Membro Honorário
Loja Fraternidade Brazileira de Estudos e Pesquisas (J. de Fora) -Correspondente
Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas (P. Alegre) - Correspondente
Academia Catarinense Maçônica de Letras
Academia Maçônica de Letras do Brasil – Arcádia de B. Horizonte
O JB News saúda os Irmãos leitores de Pindamonhangaba (SP) – A Princesa do Norte
Saudações, Prezado Irmão!
Índice do JB News nr. 2.206 – Florianópolis (SC) – domingo, 16de outubro de 2016
Bloco 1-Almanaque
Bloco 2-IrNewton Agrella – Fraternidade por si só
Bloco 3-IrJoão Ivo Girardi – A Pátria (Coluna do Irmão João Gira)
Bloco 4-IrJosé Ronaldo Viega Alves – Sobre as Purificações e sobre a Pureza. Os Significados...
Bloco 5-IrHercule Spoladore – A Prancheta
Bloco 6-IrJoão Anatalino Rodrigues – A Maçonaria e o Passo da Reflexão
Bloco 7-Destaques JB – Breviário Maçônico p/o dia 16 de outubro. Versos do Irmão e Poeta Sinval
Santos da Silveira
Zotovici
JB News – Informativo nr. 2.206– Florianópolis (SC) – domingo, 16 de outubro de 2016 Pág. 2/33
Este Informativo está sendo transmitido durante a realização do XXIII
Encontro de Estudos e Pesquisas Maçônicas da Loja Fraternidade Brazileira
www.trolha.com.br
Nesta edição:
Pesquisas – Arquivos e artigos próprios e de colaboradores e da Internet
– Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias, de colaboradores e
www.google.com.br
Os artigos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião deste
informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores.
1 – ALMANAQUE
Hoje é o 290 dia do Calendário Gregoriano do ano de 2016– (Lua Cheia à 1h23)
Faltam 76 dias para terminar este ano bissexto
Dia da Ciência e Tecnologia, dia Mundial da Alimentação, dia Mundial do Pão,
dia do Anestesiologista e dia do Instrutor de Trânsito
Se o Irmão não deseja receber mais o informativo ou alterou o seu endereço eletrônico,
POR FAVOR, comunique-nos pelo mesmo e-mail que recebeu a presente mensagem, para evitar
atropelos em nossas remesssas diárias. Obrigado.
Colabore conosco para evitar problemas na emissão de nossas mala direta diária.
Neste domingo começa o horário brasileiro de verão
LIVROS
JB News – Informativo nr. 2.206– Florianópolis (SC) – domingo, 16 de outubro de 2016 Pág. 3/33
16 de outubro
S. GALL — Nascido na Irlanda, monge, com S. Columbano ajudou a fundar em
França as abadias de Annegray e de Luxeuil, que acompanhou à Suíça, quando
aquele se recusou a abençoar os filhos ilegítimos do rei dos francos. Gall recusou
ser bspo, preferindo a condição de eremita e de pregador. Há uma lenda em que
um dia lhe pediram para exorcizar uma filha do duque de Gunzo, por estar
possuída por espíritos malignos, bem sucedido, os espíritos voaram boca fora, sob
a forma dum corvo. Faleceu em 630 em Bregenz, Suíça. Padroeiro dos pássaros,
gansos e aves de capoeira.
1311 — Extinta em Portugal a Ordem dos Templários que tomou a designação de
Ordem de Cristo.
1544 — O cientista português Pedro Nunes introduziu a disciplina de
matemática na Univ. de Coimbra.
1646 — Iniciado maçon em Warrington, Lancashire, Elias Ashmole (23/5/1641), alquimista e
rosacruciano, numa loja presidida por Richard Penketh, considerada a mais antiga de que há
documentação, a seguir à iniciação (19/5/1641) de Robert Moray. A primeira iniciação conhecida
de um Maçon não Operativo na Inglaterra, foi um dos maçons mais importantes no período na qual
a Maçonaria especulativa começou a ser organizada, embora ainda não tivesse este nome, foi
quem escreveu o Ritual do Grau de Mestre, até então só haviam os graus de Aprendiz e
Companheiro, envolvendo conceitos de Alquimia e Transmutação. No seu diário consta ”Fui feito
Franco-Maçon em Warrenton, no Lancashire, em companhia de Henry Maínwanng", ainda
acrescentou o nome de sete membros da Loja, os documentos desta Loja estão desaparecidos.
Não se sabe quando a F.M. entrou na Irlanda, provavelmente foi após a formação da G.L. de
Inglaterra que iniciou a existência oficial da maçonaria na Irlanda, sem dúvida alguma, havia
conhecimento de Maçonaria, pelo menos nos primórdios de 1688.
— Data inscrita no primeiro dos três Manuscritos de Sloane 3329, atestados como sendo de
cerca de 1700, está no British Museum, descreve palavras, símbolos, sinais de reconhecimento,
três graus simbólicos, ritual e catecismo maçónico.
1685 – O rei Luís XIV de França revogou o édito de Nantes, que garantia
liberdade religiosa aos franceses, obrigados a converter-se, muitos protestantes
emigraram entre eles a família de J. T. Désaguiliers, influente membro da
primeira Grande Loja e da Royal Society.
1708 — Nasceu em Berna, Albrecht von Haller, médico e
botânico suíço, considerado o fundador da neurologia, identificou
que ao estimular um nervo, contraía-se e transmitia a contração
a outro músculo contíguo, especulou sobre o sistema nervoso, as
sensações calóricas, definiu que o cérebro comandava o
organismo humano (12/12/1777).
1723 – Anderson elaborou a primeira constituição maçónica, criando um sistema de
regularidade para a maçonaria e só quem fosse reconhecido pela G.L. de Inglaterra pudesse ser
considerado maçon regular, para tanto era preciso ter como princípio, dentre outros, a
tolerância religiosa.
1735 — Um conjunto de maçons vindos de Inglaterra, reunidos em Amesterdão no
centro de Stil-Steel, viram invadidas e destruídas as suas instalações, tendo
conseguido a 3/11 instalar uma loja sob a presidência do príncipe de Orange.
EFEMÉRIDES DO DIA -Ir Daniel Madeira de Castro (Lisboa)
(Fonte: Livro das Efemérides - Históricas, Políticas, Maçônicas e Sociais - 2016)
JB News – Informativo nr. 2.206– Florianópolis (SC) – domingo, 16 de outubro de 2016 Pág. 4/33
1798 – Hipólito José da Costa embarcou para os E.U.A. com a tarefa de conhecer as novas
técnicas industriais aplicadas pelos norte-americanos e levá-las para Portugal.
1824 — Uma circular do ministro da guerra de Espanha, declarou todos os maçons fora de lei.
Lojas inteiras foram cercadas, os dignitários enforcados e os restantes membros condenados às
galés.
1832 — Faleceu em Elvas, Manuel Inácio Martins Pamplona Corte Real, conde de Subserra,
maçon, na prisão e devido aos maus tratos sofridos (3/6/1760).
1834 — Fogo quase destruiu as casas do parlamento inglês.
1854 — Nasceu em Dublin, Oscar Fingall O'Flaherli Wills Wilde, dramaturgo e
comerciante, palestrante nos E.U.A. sobre o movimento estético, acusado de ser
homossexual, crime à época, gerou um grande escândalo social, pois era casado e
pai de duas filhas, foi condenado a dois anos de prisão, partindo depois para
França, até à sua morte. Dramaturgo e poeta, escreveu O Retrato de Dorian Gray
e A Balada do Cárcere de Readin, iniciado maçon em 23/2/1871 na Loja Apolo
University, em Oxford, foi excluído em 22/9/1883 por ser homossexual (30/11/1900).
1890 — Nasceu em West Cork, Michael Patrick Collins, militar, revolucionário e
político irlandês, símbolo do estado livre, dirigente e líder do Sinn Fein, organizou o
Dail Eireann, a assembleia revolucionária e a rebelião do I.R.A. Contra os ingleses,
durante a qual destruiu os serviços secretos ingleses. No domingo sangrento
(21/11/1920), foram assassinados catorze oficiais. Ministro da informação do
governo revolucionário, um dos negociadores do fatídico tratado de independência
em 1921, que dividiu a Irlanda em duas partes, provocando uma cisão nas suas
hostes (22/8/1922).
1906 — Nasceu em Milhunos, Penafiel, António Ferreira Gomes, teólogo e prof.
de filosofia, defensor dos Direitos do Homem, bispo de Portalegre e em 13/7/1952
bispo do Porto. Notabilizou-se pelo combate à miséria, criticou o Estado Novo e
apoiou Humberto Delgado. Escreveu uma carta a Salazar em 13/7/1958 Pró-
Memória, seguiu-se uma segunda por indicação do cardeal Costa Nunes, Patriarca
das Índias. Proibido de regressar ao país após umas férias, vigiado e perseguido pela P.I.D.E., com
o conluio do cardeal Cerejeira. Nomeado pelo papa João XXIII para a organização do II concílio do
Vaticano, autorizado a regressar em 2/7/1969, por Marcelo Caetano, por exigência do Vaticano,
proclamado cidadão do Porto pela C. M. do Porto e distinguido com a Ordem da Liberdade
(13/4/1989).
1907 — Inaugurado o serviço radiotelegráfico regular entre os E.U.A. e a Europa, por Marconi.
1916 — Inaugurada em Nova Iorque a primeira clínica de apoio a grávidas, por Margaret
Stranger.
1921 – Publicado em Lisboa o quinzenário O Comunista, o primeiro órgão do P.C.P. ativo até
6/11/1926, tendo sido publicados 55 números, teve como ministrador Nascimento Cunha e redator
principal Manuel Ribeiro, nele colaboraram na primeira fase, Carlos Rates, Salvaterra Júnior e
Vieira da Cruz e muitos outros sob pseudónimos.
1934 — Mao Tsé Tung à frente de 90.000 soldados iniciou, na China, a longa marcha, terminou
em 19/10/1935.
1945 — Criada em Montreal, Canadá, no âmbito da O.N.U., a F.A.O., com sede
em Roma, para defesa dos valores da nutrição, melhoria da produção agrícola,
florestal e pesqueira.
1959 — Faleceu em Washington, George Catlett Marshall, maçon norte-
americano (31/12/1880).
JB News – Informativo nr. 2.206– Florianópolis (SC) – domingo, 16 de outubro de 2016 Pág. 5/33
1961 — Realizou-se em Belgrado, a I Conferência dos Países Não-Alinhados.
1965 – Gregório Ortega Pardo (fevereiro de 1983), instalador da Opus Dei em Portugal, fez
um desfalque de fundos próprios, fugindo para Caracas, localizado pela polícia no Hotel Tamanaco,
foi preso e catalogado pelo jornal espanhol de direita Abc, como comunista subversivo. A secção
portuguesa da Opus Dei acabou por recuperar o dinheiro roubado e Ortega Pardo acabou numa
clínica psiquiátrica em Madrid, mudou de identidade, foi viver para a Argentina, onde faleceu.
1976 – Fundação do Sup. Cons. do R.E.A.A. do Luxemburgo.
1978 – O cardeal Karol Josef Wojtyla (18/5/1920), arcebispo de Cracóvia, tornou-se no primeiro
Papa polaco e no primeiro papa não italiano desde 1522, o papa João Paulo II, o 265º.
1982 – Morreu em Avintes, Adriano Maria Correia Gomes de Oliveira, de cirrose e de
hemorragia esofágica, nos braços de sua mãe (9/4/1942).
1988 – Faleceu em Lisboa, Emídio Santana (4/7/1906).
2002 – Inaugurada a nova biblioteca de Alexandria, no Egito.
1646
Iniciação de Elias Ashmole, a primeira conhecida de um Maçom não Operativo na
Inglaterra.
Elias Ashmole foi um dos maçons mais importantes no período na qual a Maçonaria
especulativa começou a ser organizada, embora ainda não tivesse este nome. Foi ele quem
escreveu o Ritual do Grau de Mestre (até então haviam apenas os graus de Aprendiz e Companheiro)
envolvendo conceitos de Alquimia e Transmutação.Iniciação de Elias Ashmole, a primeira conhecida
de um Maçom não operativo na Inglaterra, em 16 de outubro de 1646, conforme consta em seu diário:
'Fui feito Franco-Maçom em Warrenton, no Lancashire, em companhia de Heniy Maínwanng" Ele
ainda acrescentou o nome de sete membros da Loja. Os documentos desta Loja estão desaparecidos.
Outrossim, não sabemos exatamente quando a Franco-Maçonaria ingressou na Irlanda. Provavelmente
foi após a formação da Grande Loja da Inglaterra que iniciou a existência oficial da Maçonaria na
Irlanda. Sem dúvida alguma, havia conhecimento de Maçonaria, pelo menos nos primórdios de 1688.
1685 Luiz XIV de França, revoga o Edito de Nantes, que garantia liberdade religiosa aos franceses.
Obrigados a converter-se, muitos protestantes emigraram, entre eles a família de J. T. Désaguliers,
influente membro da Primeira Grande Loja e da Royal Society.
1723 Anderson elabora a primeira Constituição maçônica. Criava-se um sistema de regularidade para a
Maçonaria e só quem fosse reconhecido pela Grande Loja da Inglaterra pudesse ser considerado
maçom regular. Para tanto era preciso ter como princípio, dentre outros, a tolerância religiosa.
1800 Fundação da Grande Loja de Kentucky, dos Maçons Antigos, Livres & Aceitos.
1882 O barão de S. Félix, sucessor de Saldanha Marinho no Grande Oriente Unido, anuncia sua
dissolução e fusão com o Grande Oriente do Brasil.
1976 Fundação do Supremo Conselho de Luxemburgo.
1980 Fundação da Loja Vale do Apodi.- Apodi - RN
1985 Fundação da Loja Lealdade, Ação e Vigilância nr. 39 (GOSC) em Florianópolis (15.10.1985)
1985 Fundação da Loja Cidade Azul (GOB/SC) em Tubarão (15.10.1985)
1986 Fundação do Grande Oriente Estadual de Minas Gerais, federado ao GOB.
Fatos maçônicos do dia
Fonte: O Livro dos Dias (Ir João Guilherme) e acervo pessoal
JB News – Informativo nr. 2.206– Florianópolis (SC) – domingo, 16 de outubro de 2016 Pág. 6/33
O Ir Newton Agrella -
M I Gr 33 escreve aos domingos.
É membro ativo da Loja Luiz Gama Nr. 0464
e Loja Estrela do Brasil nr. 3214
REAA - GOSP - GOB
newagrella@gmail.com
" FRATERNIDADE POR SI SÓ "
É inquietante o conceito de fraternidade tão propalado pelo homem e a sua prática
como exercício inquestionável das relações humanas para o convívio civilizado.
Trata-se de um valor universal e é uma apaixonante aspiração da sociedade.
Há atitudes que falseiam o conteúdo de Fraternidade.
A atitude pessimista considera o Homem como uma obstáculo, uma resistência
que é preciso remover ou deslocar.
A atitude separatista cava distâncias e oposições entre classes, raças, nações e
grupos humanos favorecendo o desentendimento e impossibilitando o diálogo.
Árabes e Judeus são irmãos em toda a sua magnitude, são semiticamente irmãos,
são sagrados pela mesma origem, pela mesma história, porém suas atitudes
rivalistas revelam entre si, eternos concorrentes.
Atitudes belicistas arruínam a Fraternidade.
São posições radicais exacerbadas pelo ódio aberto ou latente, e jamais inspiradas
pela energia do Amor e da Compreensão.
Fraternidade não se constitui num simples belo projeto ou uma reta de intenção.
Não se trata de uma mera reação emocional, ou compaixão superficial, perante
sofrimentos humanos.
2 – Fraternidade por si só
Newton Agrella
JB News – Informativo nr. 2.206– Florianópolis (SC) – domingo, 16 de outubro de 2016 Pág. 7/33
Tampouco se reduz a uma tese fria, a uma categoria abstrata ou uma pura
demonstração lógica.
Ela é sim antes de tudo uma "atitude". Não é uma teoria.
É na verdade, um modo de ser, de existir, de situar-se e de viver o mundo e não
apenas de viver no mundo.
Sua essência é antes de tudo dinâmica, criadora, é esforço permanente, é
exercício incansável de doação, de aquiescência, de entendimento, de proposta e
de aceitação.
Na qualidade de uma das três colunas que sustentam a Maçonaria a Fraternidade
deve ser entendida como um fenômeno vital, e não como uma relíquia. posto que
ela deve acompanhar o movimento de nossos trabalhos, o ritmo de nossa
Aspiração, a Angústia de nossa consciência e a inquietação de nosso Amor.
Ela exige a supressão das Injustiças, implica radicamente a extinção das
Violências que dilaceram a humanidade.
Se no mundo existem situações que colocam os Homens em conflito permanente,
de nada vale fazer estéticas proclamações sobre a mesma.
O nosso futuro é uma integração cada mais intensa de espírito e trabalho.
É necessário que sintamos o mundo com um só laboratório, um só movimento de
construção, uma única e imensa Oficina cósmica, em que trabalhamos unidos,
mesclando nossos esforços e nossos juramentos.
Lembremo-nos sempre que nossa missão é a de Construtores Sociais.
A lei da Fraternidade está no entendimento de saber compartilhar, para libertar e
fazer dessa comunhão um exercício positivo de nossa existência.
Fraternalmente
NEWTON AGRELLA
JB News – Informativo nr. 2.206– Florianópolis (SC) – domingo, 16 de outubro de 2016 Pág. 8/33
O Ir. João Ivo Girardi joaogira@terra.com.br da Loja
“Obreiros de Salomão” nr. 39 de Blumenau é autor do
“Vade-Mécum Maçônico – Do Meio-Dia à Meia-Noite”
Premiado com a Comenda do Mérito Cultural Maçônico
“Aquiles Garcia” 2016 da GLSC.
Escreve às quartas-feiras e domingos.
A PÁTRIA
“Se todos quisermos, poderemos fazer deste país uma grande nação. Vamos fazê-la.
(Tiradentes).
1. Etimologia: Pátria (do latim patris, terra paterna) indica a terra natal ou adotiva de um ser
humano, que se sente ligado por vínculos afetivos, culturais, valores e história. O primeiro registro
histórico da palavra Pátria tem a ver com o conceito de país, do italiano paese, por sua vez
originário do latim pagus, aldeia, donde também vem pagão. Significa o sítio onde se vive, o
local, ambiente ou espaço geográfico onde se insere a nossa vida. Da mesma raiz, temos também a
palavra paisagem. Se a expressão nação começou por significar aqueles que nascem da mesma
raiz, já a expressão pátria vem do latim patrius, isto é, terra dos antepassados. Se a primeira tem
uma conotação sanguínea e biológica, a segunda tem uma origem claramente telúrica. Isto é, se a
expressão nação apela ao nascimento, à raiz de onde se vem, já a expressão pátria invoca mais o
passado e, fundamentalmente, os mortos passados.
2. O que é uma Pátria. Texto extraído do livro O Homem Medíocre de José Ingenieros, escrito
em 1913. José Ingenieros (1877-1925) foi um médico, psiquiatra, psicólogo, farmacêutico,
escritor, docente, filósofo e sociólogo ítalo-argentino.
“ Os países são expressões geográficas, e os Estados são formas de equilibrio político. Uma
Pátria é muito mais que isso, é sincronismo de espíritos e de corações, têmpera uniforme para o
esforço e homogênea disposição para o sacrifício, simultaneidade na aspiração da grandeza, no
pudor da humilhação e no desejo da glória.
Quando falta essa comunhão de esperanças, não existe Pátria, não pode existir. É preciso ter
sonhos comuns, desejar juntos grandes coisas e se sentir decidido a realizá-las, com a segurança
de que, ao marchar todos em busca de um ideal, ninguém ficará na metade do caminho contando
suas economias. A Pátria está implícita na solidariedade sentimental de uma raça e não na
confabulação de políticos que medram à sua sombra.
Não basta acumular riquezas para criar uma Pátria: Cartago não o foi. Era uma empresa. As
áureas minas, as indústrias fabris e as chuvas generosas fazem de qualquer país um empório, mas
é preciso que haja ideais de cultura para que ela se torne uma Pátria. Rebaixa-se o valor desse
conceito quando ele é aplicado a países que carecem de unidade moral, mais parecidos a
3 – A Pátria
João Ivo Girardi
JB News – Informativo nr. 2.206– Florianópolis (SC) – domingo, 16 de outubro de 2016 Pág. 9/33
feitorias de agiotas autóctones ou exóticos que legiões de sonhadores, cujo ideal pareça um arco
estendido a um objetivo de dignidade comum.
A Pátria tem intermitências; sua unidade moral desaparece em certas épocas de rebaixamento,
quando se eclipsa todo afã de cultura e se assenhoreiam vis apetites de mando e de
enriquecimento. E o remédio contra essa crise de achatamento não está no fetichismo do
passado, mas na semeadura do futuro, concorrendo para criar um novo ambiente propício a toda
eleveção da virtude, da inteligência e do caráter.
Quando não há Pátria, não pode haver sentimento coletivo de nacionalidade – inconfundível
com a mentira patriótica explorada em todos os países pelos mercadores ou militaristas. Só é
possível, à medida que se marca o ritmo uníssono dos corações para um nobre aperfeiçoamento,
e nunca para uma ignóbil agressividade que fira o sentimento de outras nacionalidades.
Não há maneira mais baixa de amar à Pátria que odiando as pátrias de outros homens,
como se todas não fossem igualmente dignas de engendrar em seus filhos iguais sentimentos. O
patriotismo deve ser emulação coletiva, para que a própria nação ascenda às virtudes de que
outras melhores dão exemplos. Nunca deve ser inveja coletiva que faça sofrer pela superioridade
alheia e mova a desejar o deslocamento dos outros até seu próprio nível. Cada Pátria é um
elemento da humanidade. O desejo da dignificação nacional deve ser um aspecto de nossa fé na
dignificação humana. Toda raça ascende a seu mais alto nível como Pátria e, pelo esforço de
todos, remontará o nível da espécie, como humanidade.
Enquanto um País não é Pátria, seus habitantes não constituem uma nação. O zelo da
nacionalidade só existe nos que se sentem em comunhão para perseguir o mesmo ideal. Portanto,
é mais profundo e punjante nas mentes conspícuas. As nações mais homogêneas são as que
contam com homens capazes de sentir e de servir esse ideal. A exígua capacidade de ideais
impede os espíritos grosseiros de ver no patrimônio um alto ideal. Os trânsfugas (desertores) da
moral, alheios à sociedade em que vivem, não o podem conceber. Os escravos e os servos têm
apenas um país natal. Só o homem digno e livre pode ter uma Pátria.
Pode ter, não a tem sempre, pois há períodos em que só existe na imaginação de poucos: um,
dez, talvez uma centena de eleitos. Ela se encontra então nesse ponto ideal, para onde converge a
aspiração dos melhores, de todos que a sentem sem medrar de ofício, escarranchados sobre a
política. Nesses poucos, está e vibra a nacionalidade. Mantêm-se alheios a seu afã os milhões de
habitantes que comem e lucram no país.
O sentimento enaltecedor nasce em muitos jovens sonhadores, mas permanece rudimentar ou
se distrai na apetência comum. Em poucos eleitos chega a ser dominante, antepondo-se a
pequenas tentações de piara (multidão de gente) ou de confraria. Quando os interesses venais se
sobrepõem ao ideal dos espíritos cultos, que constituem a alma de uma nação, o sentimento
nacional degenera e se corrompe: a Pátria é explorada como uma indústria. Quando se vive
saciando grosseiros apetites e ninguém pensa que, no canto de um poeta ou na reflexão de um
filósofo, pode estar uma partícula da glória comum, a nação se abisma. Os cidadãos voltam à
condição de habitantes e a Pátria à de país.
Isso ocorre periodicamente, como se a nação precisasse piscar enquanto olha para o futuro.
Tudo se desvia e rebaixa, desaparecendo a moleza individual na comum, como se na culpa
coletiva se esfumaçasse a responsabilidade de cada um. Quando o conjunto se dobra, como no
JB News – Informativo nr. 2.206– Florianópolis (SC) – domingo, 16 de outubro de 2016 Pág. 10/33
balançar de um navio, parece, por relatividade, que nenhuma coisa se dobrará. Só aquele que se
levanta e olha de um plano diferente do dos que navegam percebe sua descida, como se diante
deles fosse um ponto imóvel, como um farol na costa.
Quando as misérias morais assolam um país, a culpa é de todos os que, por falta de cultura e
de ideal, não souberam amá-lo como Pátria, de todos os que viveram nela, sem para ela
trabalhar”.
3. Máxima: “A Pátria não é ninguém, são todos. Não é uma seita, nem um monopólio, nem uma
forma de governo. É o céu, o solo, o povo, as tradições, a consciência, o lar, o berço dos filhos e
o túmulo dos antepassados, a comunhão da Lei e da Liberdade”. (Rui Barbosa).
MAÇONARIA
1. O Amor à Pátria: Quando se diz Patriotismo, não se deve entender por patriotada, isto é,
demonstrações exibicionistas de amor pátrio porque, não há graus de Patriotismo. Como cidadão,
o Maçom tem os seus deveres sagrados a cumprir para com a Pátria.
Hoje a luta em defesa da Pátria, tem campos diversos dos campos de batalha. Há, por
exemplo, a luta contra o analfabetismo, a luta contra a corrupção, aos corruptos e corruptores,
incluindo os intermediários, a disseminação de esquemas de desvios de recursos públicos, contra a
subversão que usa métodos de violência para demonstrar desagrado de grupos perante sistemas
políticos, sem qualquer vantagem para a sociedade, que se infiltrou em todo o tecido cultural
brasileiro, que exigem sacrifícios, às vezes até o extremo. O dinheiro passou a significar tudo,
sobrepondo-se a qualquer outro valor. (Valdemar Sansão).
2. Grau 33 do Rito Brasileiro: Servidor da Ordem, da Pátria e da Humanidade: É título
conferido ao Iniciado do Grau 33, do Rito Brasileiro de Maçons Antigos, Livres e Aceitos. Cabe-
lhe o exercício de sui generis sacerdócio não-religioso e não profissional: trabalhar com destemor
na propagação dos princípios da Maçonaria; identificar, como ser individual ativo, as polaridades
opostas, a fim de neutralizá-las, freando o jogo espontâneo e instável do pensamento, para
transformá-lo, de corrente tormentosa de reflexos do mundo, na quietude harmoniosa da disciplina
interior.
3. Rituais REAA (GLSC): (...) não vos esqueçais que deveis à vossa Pátria o amor sincero do
patriota e o devotamento do cidadão, pois as leis que a regem merecem vosso respeito e vossa
consciente submissão. (...) nossa Ordem nos ensina a amar a Pátria e, portanto sermos bons
cidadãos. (RA).
Finalizando: A Maçonaria Regular é uma organização patriota, democrática, pacifista e
respeitadora da Legalidade. O mesmo exige aos seus membros.
JB News – Informativo nr. 2.206– Florianópolis (SC) – domingo, 16 de outubro de 2016 Pág. 11/33
O Ir.·. José Ronaldo Viega Alves*
escreve às quartas-feiras e domingos.
Loja Saldanha Marinho, “A Fraterna”
Santana do Livramento – RS
ronaldoviega@hotmail.com
SOBRE AS PURIFICAÇÕES E SOBRE A PUREZA: OS SIGNIFICADOS
VISTOS PELA ÓTICA RELIGIOSA E PELA ÓTICA MAÇÔNICA.
“Nos antigos mistérios, a pureza de coração e de vida era um dos requisitos
preliminares para a iniciação, pois que pela iniciação o aspirante era levado a um
conhecimento de Deus, que não era ser permitido ser conhecido pelo impuro.”
(Aslan, pág. 1101, 2012)
INTRODUÇÃO
Quando ouvimos a palavra purificação, a primeira associação que fazemos
normalmente é para com as religiões.
Aliás, a própria Bíblia é farta em fazer menção aos rituais e cerimônias de
purificação, tanto no Velho Testamento, como também, no Novo Testamento.
Além da palavra purificação, o termo pureza também é outro constantemente
citado em âmbito religioso, mas, que remetem, ambos, ao vocabulário maçônico também, seja
pelos significados que possuem e, principalmente por fazerem lembrar sobre as qualidades
aquelas, virtudes melhor dito, às quais se espera sempre presentes naqueles que se definem
Maçons: limpidez, transparência, sinceridade, correção, perfeição...
Este trabalho quer começar mostrando algo sobre as origens dessas cerimônias e
dos seus significados no âmbito da religião, para podermos chegar às cerimônias de
purificação maçônicas que tem grande ênfase quando da cerimônia de Iniciação,
compreendidas a da água, a do fogo (mais citadas), e ainda a do ar, mas, que podem remeter
a bem antes quando o candidato é aprovado e proclamado “limpo e puro”. Além do mais, os
atos de purificação não seriam tão restritos assim, eis que, a purificação interna seria um tipo
de prática para continuar sendo desenvolvida durante toda a caminhada maçônica.
4 – Sobre as Purificações e sobre a Pureza Os Significados ...
José Ronaldo Viega Alves
JB News – Informativo nr. 2.206– Florianópolis (SC) – domingo, 16 de outubro de 2016 Pág. 12/33
PURIFICAÇÃO
A palavra purificação provém do latim (purus, ‘puro’ e facere, ‘fazer’), o que dá a
entender que se trata de uma ação ou condição com o objetivo de purificar alguém, o que pode
ser no sentido ético, espiritual, ritual ou cerimonial. (Champlin, pág. 512, 2008)
Ainda, no seu significado atrelado à religião, seria o conjunto de ritos religiosos
próprios para livrar das impurezas e das manchas morais.
A PURIFICAÇÃO NA BÍBLIA E NO SEIO DE ALGUMAS RELIGIÕES
No “Vade-Mécum Maçônico” organizado pelo Irmão João Ivo Girardi, temos, de
forma sintetizada alguns aspectos sobre a purificação no que se refere à Bíblia, onde soem
acontecer algumas das maiores referências. Mais adiante, alguns comentários já abrangendo o
universo das religiões também são feitos. Vejamos:
“1. Na Bíblia era a cerimônia religiosa de acordo com a Lei Mosaica, pela qual um israelita
ficava livre de uma determinada mancha legal. Podia-se contar impureza legal (e, por
conseguinte necessitar de purificação) de vários modos: tocando num cadáver (Num.19,11-22;
31,19; Lev. 11,24-40); pelo contato com um leproso (Lev. 14, 4-32); pelas várias atividades
referentes ao sexo (Lev. 15; Dt. 23, 10-11); pelo parto (após 40 dias do nascimento de um
menino e 8 dias de uma menina, a mãe devia levar ao Templo, um cordeiro e uma rola em
holocausto e em oferta pelo pecado (Lev. 12, 2-8). A Virgem Maria se submeteu a essa
prescrição da Lei quando levou Jesus, quarenta adias após o seu nascimento (Lc. 2,22-24). A
purificação externa ou legal destas formas de impureza ou santidade interna, que Deus queria
no povo escolhido, o qual declarara: ‘Eu sou o Senhor, vosso Deus; sede santos porque Eu
sou santo’ (Lev. 11,44). Cristo aboliu a multiplicidade das leis da purificação legal. Seu
Evangelho de amor impôs, como principal exigência, a purificação interna, do coração e do
espírito (At. 15,9; 1Pdr. 1,22). 2. Nas religiões, a purificação era exercida por meio de queima
de incenso; no judaísmo, era por meio dos sacrifícios; no catolicismo, era por meio das
indulgências; hoje pela confissão e os sacramentos; os evangélicos, por meio do batismo e da
comunhão.”
A CONFISSÃO: OUTRA FORMA DE PURIFICAÇÃO DAS RELIGIÕES
Em seu “Grande Dicionário...”, o Irmão Nicola Aslan cita ao grande sociólogo
francês Roger Bastide que escreveu o seguinte:
“A confissão é um dos raros processos de purificação a sobreviver nas grandes religiões
universalistas, por ser-lhe particularmente mais fácil assumir um sentido espiritual e moral.
Encontra-se no Mitraismo, no Budismo, do qual é uma das raras cerimônias, no Cristianismo.”
O “MIKVÊ” DO JUDAÍSMO
A palavra ‘mikvê’ em hebraico significa reunião, ajuntamento. Mas, é também uma
piscina, onde poderá estar contida a água acumulada da chuva ou de uma fonte. Sua
finalidade: ser usada no ritual de purificação ou ablução.
Na época do Templo (Beit Ha-Mikdasch), as impurezas eram removidas por meio
do mikvê, sendo que hoje em dia sua função é mais restrita.
E agora uma informação muito interessante: os prosélitos, ou aqueles que estão se
convertendo ao judaísmo, devem mergulhar no mikvê, sendo que, é aí que reside a origem do
batismo cristão.
Para obtermos uma noção mais profunda do significado e da importância que o
mikvê representava e representa para os judeus religiosos, as mulheres casadas, por exemplo,
usam do mikvê depois da menstruação e antes de retomarem as relações sexuais com seus
maridos. Já os homens banham-se no mikvê antes do jejum do Iom Kipur (Dia de Expiação),
para se postarem puros ante Deus, além do mais, para os afetos à Cabala é necessário
banhar-se no mikvê à véspera do Shabat (dia de descanso obrigatório, que começa na sexta
ao anoitecer e vai até sábado à noite), e no caso dos seguidores do Chassidismo (Movimento
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revivalista fundado pelos judeus poloneses no séc. XVIII), diariamente, antes de efetuarem
suas orações. (Unterman, pág. 175, 2006)
A PURIFICAÇÃO NA MAÇONARIA
Conforme o “Vade-Mécum Maçônico”, no que tange à Maçonaria, constam as
seguintes informações no referido verbete:
“3. Na Maçonaria a purificação é física, por meio de abluções e das cerimônias de batismo e
lava-pés; moral, pelo domínio das paixões e emoções inferiores e, magnética pela purificação
do templo por perfumes, incenso e música, antes das celebrações litúrgicas ou durante o seu
desenvolvimento. Têm-na simbolizada a água e o fogo; mas enquanto a água lava as
impurezas, o fogo as queima. A Maçonaria conserva essa prática tradicional, tanto nos
trabalhos ritualísticos de suas lojas como no aperfeiçoamento moral e espiritual de seus
membros. Mas ela também se previne contra o perigo de se exagerarem as cerimônias de
purificação extra e se esquecer da mais importante, que é a purificação interna, moral e
espiritual. As vibrações, os fluidos, o som das palavras sagradas, a bateria, a exclamação e a
liturgia no seu todo são atos de pureza e de purificação.”
COMENTÁRIOS:
O Irmão Joaquim Gervásio de Figueiredo em seu clássico “Dicionário de
Maçonaria”, no verbete PURIFICAR em seu item 1, diz: “Fazer passar alguém pela água, pelo
ar e pelo fogo.”,o que caracteriza como sendo três as purificações pelas quais deve passar
aquele que está sendo iniciado. No Ritual do REAA, no entanto, só vemos com todas as letras,
menções sobre as purificações, quando das provas da água e do fogo. No entanto, as
purificações são três, tanto é que Aslan também faz a citação das três quando:
“A Maçonaria, que em suas Iniciações perpetua tradições dos povos da antiguidade, faz passar
os candidatos pelas purificações do corpo e da alma, não somente por meio da Água e do Ar,
mas também pela purificação da inteligência pelo Fogo.”
A PUREZA E O SEU SIGNIFICADO NA MAÇONARIA
Para melhor entendimento do conjunto todo, digamos assim, citemos o Irmão
Rizzardo Da Camino, quando em seu “Dicionário Maçônico” assim se expressou com relação
ao verbete PUREZA:
“É o adjetivo de quem é puro. Todo maçom que participa de uma sessão dentro do Templo
‘purifica-se’ quando é aberto o Livro Sagrado e surge a Egrégora. As vibrações, os fluidos, o
som das lavras sagradas, a Bateria e a liturgia, no seu todo, são atos de Pureza e de
Purificação.”
COMENTÁRIOS:
A pureza, a limpeza de corpo e alma, a pureza das mãos, a inocência, a pureza do
coração, para tudo isso existem referências no Livro Sagrado. Se pensarmos que na
Maçonaria, quando do escrutínio realizado para a aprovação ou não de um candidato, as
esferas brancas, declaram-no ‘limpo e puro’, apto, portanto, para a Iniciação, isso é o mesmo
que dizer que ele não tem manchas ou defeitos, possuindo a pureza que a Maçonaria quer dos
seus filiados. A cor branca que alude à pureza vai se fazer presente no seu simbolismo outras
vezes, a exemplo da Iniciação, onde, recordemos que as luvas brancas recebidas tem o
significado da pureza que se espera das mãos daqueles que são Iniciados Maçons. As luvas
brancas significam pureza, candura e inocência, além desse outro significado que é o de um
Maçom nunca manchar as mãos nas impurezas que são próprias do vício e do crime. Enfim,
sobre a pureza, são muitos os momentos em que a mesma é evidenciada como característica
e como virtude maçônica, aliás, no que tange às luvas brancas e ao seu significado, é para ser
lembrado sempre.
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O TRABALHO SIMBÓLICO DE DESBASTAR A PEDRA BRUTA É UM TRABALHO DE
CARÁTER PURIFICADOR?
Uma resposta de caráter positivo passará fundamentalmente pelo que entendamos
sobre o que compreende e o que significa o ato de desbastar a pedra bruta, e se entendemos
que desbastar é tornarmo-nos menos grosseiros, menos rudes, livrando-nos das arestas, das
impurezas, para formar um elemento humano mais transparente, mais polido, e ainda, se
levarmos em conta também que neste processo contínuo e permanente, o Maçom for
consciente de que sua mente deverá priorizar pensamentos puros que contemplem as
qualidades morais e espirituais, em outras palavras, as virtudes, e afastando aqueles
pensamentos que remetam aos vícios, então, esse desbastar que visa, sobretudo, o
aperfeiçoamento moral e espiritual se enquadra naquilo que já foi apontado anteriormente que
é o cuidado que o maçom deverá ter com a sua purificação interna, e que pode ser
considerada tão importante quanto.
CONCLUSÃO
Começando pelas religiões, pudemos ver no decorrer deste sucinto trabalho, que
aí reside a origem das cerimônias de purificação, com ênfase para o Judaísmo, a primeira
grande religião monoteísta. Ainda, pudemos observar também que várias são as formas
consideradas como purificações dentro do universo religioso.
No que se refere à Maçonaria, mantenedora de várias práticas relacionadas ao
aperfeiçoamento e evolução do homem, não seria tão diferente, ou seja, também ela persiste
para que tais práticas de purificação sejam aplicadas aos seus membros. Há várias formas de
purificação que são praticadas durante os cerimoniais maçônicos e, dentro de um templo
maçônico, além dessas diretamente associadas à Iniciação, respectivamente a da água e a do
fogo e a do ar, há outras que decorrem durante os trabalhos maçônicos, a exemplo da
incensação, da música, etc.
É mister que o Maçom conserve e tenha em mente durante a sua trajetória, aquela
máxima que está disposta na Terceira Instrução ao Aprendiz, e que, nunca é demais repetir,
onde está dito que, as purificações feitas no decorrer das viagens são feitas também, para
fazer-nos lembrar de que o homem não é suficientemente puro para chegar ao Templo da
Verdade, ou ao Templo da Filosofia, num sentido mais metafórico, mas, por outro lado, que se
não descuidarmos da purificação interna (moral e espiritual), estaremos no caminho.
CONSULTAS BIBLIOGRÁFICAS:
ASLAN, Nicola. “Grande Dicionário Enciclopédico de Maçonaria e Simbologia” Volume 3 – Editora Maçônica
“A Trolha” Ltda. 3ª Edição - 2012
CHAMPLIN, R.N. “Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia” –Volume 6 - Editora Hagnos – 9ª Edição –
2008
Dicionário Enciclopédico Ilustrado VEJA LAROUSSE – Volume 19 – Editora Abril S/A – 1ª Edição - 2006
DA CAMINO, Rizzardo. “Dicionário Maçônico” – Madras Editora Ltda. - 2006
FIGUEIREDO, Joaquim Gervásio de. “Dicionário de Maçonaria”- Editora Pensamento.
GIRARDI, João Ivo. “Do Meio-Dia à Meia-Noite Vade-Mécum Maçônico” – Nova Letra Gráfica e Editora Ltda.
– 2ª Edição – 2008
Ritual e Instruções do Grau de Aprendiz-Maçom do Rito Escocês Antigo e Aceito – GORGS – Porto Alegre,
2010-2013
UNTERMAN, Alan. “Dicionário Judaico de Lendas e Tradições”- Jorge Zahar Editor Ltda. - 1992
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O Ir Hercule Spoladore –
Loja de Pesquisas Maçônicas “Brasil”-
Londrina – PR – escreve aos domingos
hercule_spolad@sercomtel.com.br
A Prancheta
Mais outro bem elaborado artigo da lavra do
Ir Hercule Spoladore que
fortalece a edição dominical do JB News.
A “Prancheta”, uma das joias imóveis da Loja,
muitas vezes despercebida dentro do Templo.
É uma das três jóias fixas ou imóveis de uma loja que aparece no painel simbólico de cada
rito. Sabemos que as outras duas são a Pedra Bruta que corresponde ao aprendiz e a Pedra
Cúbica que corresponde ao companheiro.
A Prancheta é um símbolo que pertence ao Mestre tem diferentes nomes conforme o Rito,
mas trata-se do mesmo símbolo, com o mesmo significado.
Trata-se de um símbolo que aparece nos painéis dos Ritos REAA, Rito Brasileiro e Rito
Adonhiramita em seus rituais do primeiro e segundo graus, mesmo sendo um símbolo do
Mestre. No REAA ela tem o nome de Prancheta.
No Rito Adonhiramita no ritual do segundo grau nas instruções aparece com o nome de
Pedra de Riscar, fazendo-se alusões às três pedras, bruta, cúbica e a de riscar.
No Rito Moderno ou Francês no ritual do terceiro grau em suas instruções é citada como
Pedra de Traçar.
O Rito de Schröder possui em seu Tapete ou seu painel simbólico, o qual é único para os
três graus, a 47ª Proposição de Euclides que é considerada simbolicamente no Rito como a
Prancheta. Segundo instruções do Rito o Venerável Mestre de uma Loja Operativa preparava
os planos através da Prancheta que era usada na Inglaterra antes de 1723 e que segundo os
mentores atuais do Rito era baseada por analogia na famosa proposição citada. Referências
sobre a Prancheta existem nos rituais dos graus um e três do Rito.
No Rito de Schröder o ritual do terceiro grau o Venerável pergunta: Onde trabalham os
Mestres?
Resposta: Na Prancheta para com a Régua da Verdade, o Esquadro do Direito e o
Compasso da Obrigação executarem seus projetos.
Simbolicamente na Prancheta, ou Prancha a traçar, os mestres gravam ou traçam os
planos estabelecidos, bem como as lições para os aprendizes e companheiros. Gravar ou
traçar quer dizer escrever. No Rito de Schröder a Prancheta não traz como no REAA a chave
do alfabeto maçônico.
5 – A Prancheta
- Hercule Spoladore
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A Prancheta ou Prancha a traçar, ou seus sinônimos em outros Ritos aparece no painel
simbólico do grau de aprendiz e de companheiro ao alto onde se observa um retângulo no qual
figuram dois sinais. Em loja, o símbolo deve estar no Oriente feito de madeira ou outro material
em cima de um cavalete ou adaptado em um local à direita de quem está sentado nas cadeiras
do Oriente. Ele é um retângulo que representa uma prancha de desenhar, traçar ou gravar na
qual, está inserido dois sinais, uma cruz quádrupla (quatro cruzes latinas cristãs) constituídas
por duas paralelas cruzadas, símbolo do limitado e também daquilo que homem pode
realizar e também uma cruz de ângulos opostos pelos vértices símbolo das díadas e também
do infinito. Esta cruz é em forma de X (xis) também é conhecida como cruz de Santo André.
Esta cruz para os maçons esotéricos simboliza a união a união do mundo superior com o
mundo inferior.
A cruz tem este nome porque segundo a história, Santo André teria sido supliciado numa
cruz com esta forma.
A Prancheta é um símbolo que como tal, significa que os mestres simbolicamente guiam os
aprendizes e companheiros na sua caminhada, traçando os trajetos a serem percorridos por
estes para que progridam na Maçonaria.
A Prancheta apesar de ser um símbolo do mestre, aparece no painel simbólico do aprendiz
e do companheiro e também dentro da loja como símbolo no Oriente devendo o aprendiz e
companheiro apenas tomar conhecimento da sua função, ou seja, simbolicamente saber que
são ensinados e instruídos pelos Mestres através da Prancheta.
Este símbolo também contém a chave do alfabeto maçônico, o qual todos os maçons
deveriam conhecê-lo e usa-lo. A cruz representada por duas paralelas cruzadas dá as posições
das primeiras dezoito letras e a cruz em X dá a posição das quatro últimas letras.
Todas as letras do alfabeto maçônico têm a forma de esquadro, o qual se relaciona com a
matéria não sendo visto o círculo que é o símbolo do espírito, o qual não aparece no alfabeto
maçônico, isto segundo Boucher que afirma que o espírito é invisível e desta maneira o maçom
se vê convidado a se libertar da letra para abordar o espírito.
Esta descrição tem valor para o REEA, que emprestou do Trabalho de Emulação
(Emulation Working) que é o nome correto usado na Inglaterra e não Rito de York como se
costuma erradamente a chamá-lo aqui no Brasil. Não existe Rito de York na Inglaterra. Existe
sim, o Rito de York, mas este é americano. Os demais ritos simplesmente copiaram o painel do
REAA, o qual copiou do painel do Trabalho de Emulação.
Castellani considera a Prancheta como Tábua de Delinear (tracing board) e seria para ele
no REAA todo o painel do grau no REAA, igual ao Trabalho de Emulação.
Entretanto, outros autores acham que somente o símbolo Prancheta constante do painel
simbólico e a sua representação física no oriente seria a Prancheta em si e não Tábua de
Delinear. A tradução de prancheta do inglês para o português segundo Anatoli Oliynik seria
clip board e não tracing board.
Será descrito a seguir como é a Tábua de Delinear no Trabalho de Emulação, fazendo-se
algumas comparações necessárias com os demais ritos.
A Tábua de Delinear (Tracing Board) é todo o seu painel com os símbolos inseridos nele.
Já no REEA no Brasil, algumas potências adotam o painel simbólico e o alegórico.
O painel alegórico do REAA é cópia da Tábua de Delinear do Trabalho de Emulação.
Todavia, é no painel simbólico do REEA e não no alegórico que aparece a Prancheta.
O Painel do Trabalho de Emulação que é chamado de Tábua de Delinear ou tracing
board é um todo e não apenas um símbolo isolado como nos demais ritos onde este é
mostrado como um retângulo onde estão gravadas as já citadas duas cruzes. A Tábua de
Delinear é, portanto, todo o painel no Trabalho de Emulação.
A Tábua de Delinear dos ingleses serviu de modelo para o REAA acrescentar como um
dos seus símbolos constantes do Painel do primeiro e segundo graus a Prancheta. Aliás, diga-
se de passagem, que o REEA copiou praticamente toda a Tábua de Delinear do Emulação
com exceção de alguns símbolos que foram acrescentados e outros retirados, e hoje é
conhecido como painel alegórico no REAA.
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Escritores de renome na Maçonaria, não esclareceram bem este detalhe.
Este assunto ainda não está bem elucidado.
Deixaram os leitores confusos, tratando ambos os símbolos como se fossem a mesma
coisa, ou seja, Prancheta e a Tábua de Delinear e a realidade não é bem essa. Castellani não
deu a interpretação correta. Ele considerava a Prancheta e a Tábua de Delinear como a
mesma coisa.
Será escolhida a descrição da Tábua de Delinear (Tracing Board) na linguagem da forma
de trabalhar da maçonaria inglesa no Trabalho de Emulação em razão de todos os ritos
menos o de Schröder terem copiado e adaptado os primeiros painéis os quais foram todos
oriundos do Trabalho de Emulação.
Ele mostra simbolicamente todo o interior de uma loja.
A Tábua de Delinear representa a forma de uma loja que é a de um paralelepípedo com
comprimento que vai de leste a oeste e largura de norte a sul. A altura até os céus. As lojas
estão situadas do oriente para o ocidente.
Aparece o Sol a Lua e as sete estrelas. A forma da Lua neste rito é a de lua cheia e não
quarto crescente como nos demais ritos.
As três grandes colunas que sustentam a loja representam Salomão, Hiran, rei de Tiro e
Hiran Abif, respectivamente Sabedoria Força e Beleza, sendo as colunas pela ordem Jônica,
Dórica e Coríntia. Estas colunas têm as suas miniaturas expostas nos Pedestais do 1º
Vigilante, a Dórica, e do 2º Vigilante a Coríntia, fazendo parte da ritualística do grau. No
pedestal do Venerável não há uma coluneta representando a Sabedoria
O Círculo com um ponto central gravado no móvel que está suportando o Volume da Lei
Sagrada (Bíblia) em cima do qual está representada a Escada de Jacó, a qual tem muitos
degraus, tantos quantos forem as virtudes morais necessárias a serem alcançadas pelo maçom
no seu progresso na Ordem, mas as três virtudes principais são a Fé, Esperança e Caridade,
representadas por uma cruz, um cálice e uma âncora e em cima da Escada de Jacó uma
estrela de sete pontas.
O interior de uma loja é composto de ornamentos, mobiliário e jóias.
Os ornamentos de uma loja são: Pavimento Mosaico, a Estrela Brilhante e a Moldura
Denteada ou marchetada.
Os mobiliários da loja são: o Livro das Sagradas Escrituras (Bíblia), o Compasso e o
Esquadro.
As jóias são: três móveis e três imóveis ou fixas. As jóias móveis são o Esquadro, Nível e o
Prumo.
As imóveis ou fixas são a Tábua de Delinear (eis aqui citada novamente como mais um
símbolo dentro do painel) a Pedra Bruta e a Pedra Esquadrada (No REAA é a Pedra Cúbica)
Percebe-se que os ingleses repetem no painel a Tábua de Delinear como uma das jóias
imóveis. Mas a Tábua de Delinear é também todo o painel conforme já foi citado, Mas como
símbolo representando umas das três jóias imóveis permanece ao lado da Pedra Bruta e da
Esquadrada que elas ficam expostas para que os aprendizes e companheiros nela se instruam.
Aparecem ainda a Régua de 24 polegadas, o Escôpro ou Cinzel e o Maço, que são os
instrumentos de trabalho do aprendiz neste rito ou trabalho.
Ainda resta comentar um símbolo desconhecido em outros ritos e que se chama Lewis que
seria um símbolo triangular, uma espécie de luva de ferro em secções com cunhas ajustáveis e
expansíveis, utilizadas para engatar e auxiliar grandes levantamentos. Seria uma ferramenta
que levanta grandes pesos com pouca força.
Este termo ainda é usado para o filho de maçom, conhecido no Brasil como lowton.
Pendentes nos quatro cantos da loja estão as Borlas que lembram as quatro virtudes cardeais:
Temperança, Firmeza, Prudência e Justiça.
A localização da Tábua de Delinear como jóia imóvel no Trabalho de Emulação está segundo
Castellani situada na parte sudoeste do templo à frente do segundo diácono (júnior deacon) o
qual está próximo à parede ocidental e não no Oriente como em alguns dos demais ritos.
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A Grande Loja Unida da Inglaterra, não está mais usando a Tábua de Traçar desenhada no
século XIX pelo Irmão John Harris desenhado especialmente para a “Emulation Lodge of
Improvement”; Hoje ela usa a Tabua de Delinear pintada pelo Irmão Esmond Jefferies.
Houve algumas modificações em relação à Tabua de Delinear de Harris.
As colunas mudaram de posição A dórica permaneceu no local em que estava, mas ela deve
ficar na mesma linha de perspectiva à esquerda da coluna jônica. Por isso a posição da jônica
mudou. A coluna coríntia esta agora à direita isolada.
Na Escada de Jacó, os símbolos da cruz, cálice e âncoras foram substituídos por anjos e a
estrela de sete pontas foi substituída por uma estrela muito brilhante.
Foi colocada uma estatua do Rei Hiran sobre a coluna dórica, uma estátua do Rei
Salomão sobre a coluna jônica e uma estátua de Hiran Abif em cima da coluna coríntia.
O Pavimento de Mosaico representado no Painel é agora como um tabuleiro de xadrez e
não em diagonal como no REAA
Este e é o painel que consta do Emulation Ritual publicado pela Lewis Masonic Publishers
Ltd. uma das editoras autorizadas pela Grande Loja Unida da Inglaterra.
A Prancheta como símbolo faz parte de todos os Ritos e não se chama Tábua de Delinear,
nome este que é somente usado pelo Trabalho de Emulação, quando se trata da descrição de
todo o painel. Mas dentro do próprio painel do Trabalho de Emulação existe como símbolo a
Tabua de Delinear que deveria charmar-se clip board e seria o correspondente à Prancheta,
pois o simbolismo é o mesmo. De qualquer forma, tirando estas pequenas diferenças entre os
Ritos, ela é um símbolo do Mestre, significando que ele escreve nela os caminhos, os
conceitos, os princípios e ensina a ética a serem seguidos pelos Companheiros e Aprendizes.
REFERÊNCIAS
BOUCHER, J. A Simbólica Maçônica
. Editora Pensamento – 9ª ed.- São Paulo, 1993
CASTELLANI. J. Consultório Maçônico IV e V
Editora Maçônica ”A Trolha” Ltda. Londrina, 1994 e 1997
NICOLA. A. . Grande Dicionário Enciclopédico de Maçonaria e Simbologia. .
Editora Arte Nova – São Paulo, 1975
OLIYNIK, A. Emulação (História, Ritualística e Rituais)
Ed. Gráficas Vicentina - Curitiba, 2004
PIRES. J.S. O Suposto Rito de York e outros Estudos
Editora Maçônica “A Trolha”. Londrina, 2000
VAROLI T.Fº Curso de Maçonaria Simbólica
II tomo – Ed. Gazeta Maçônica São Paulo, 1976
Revista “A Trolha” nº 148 – 02/1999
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O Irmão João Anatalino Rodrigues
escreve às quintas-feiras e domingos
jjnatal@gmail.com -
www.joaoanatalino.recantodasletras.com.br
A MAÇONARIA E O PASSO DA REFLEXÃO
O passo da reflexão
O Passo da Reflexão é um simbolismo ligado à chamada queda do homem, ou
seja, a expulsão do casal humano do Paraíso em razão da sua desobediência aos
preceitos de Deus, que os havia proibido de comer do fruto da Árvore do
Conhecimento.1
Essa passagem bíblica é uma metáfora que evoca o momento histórico em que o
homem tornou-se uma criatura inteligente e passou a fazer reflexões sobre as suas
razões de existência. Ele descobriu a natureza do bem e do mal e extensão da sua
própria força. Com isso pensou que poderia dominar a natureza e ombrear-se com
os próprios deuses que eles cultuavam. Isso é o que diz a Bíblia e também o que
sugerem os mitos gregos. Embora essa idéia tenha ficado mais patente na cultura
dos helenos, uma cultura profundamente humanista, centralizada no homem como
ponto máximo da criação universal, todas as tradições religiosas dos povos antigos
sugerem que em dado momento da sua história o homem se sente, ele mesmo, um
deus. Parece ser capaz de tudo. Assim, o herói grego, conforme aparece nas lendas
e nas tradições da Grécia clássica é um semideus, que em certos momentos, se
mostra inclusive mais inteligente e poderoso que os próprios deuses.
Na verdade, o herói das tradições gregas e judaicas nada mais é que uma
emulação das virtudes masculinas de dominação, derivada da concepção patriarcal
que se instalou na sociedade a partir de certo momento histórico. Com isso, o
homem rompeu seus elos com os poderes superiores e afirmou-se como um poder
paralelo, capaz de desafiar a própria divindade. Com essa concepção a movê-lo, ele
elevou-se acima de sua condição humana, invadiu os territórios que antes eram
reservados aos deuses, enfrentou-os, e não raras vezes até conseguiu derrotá-los.
Assim é que Ulisses desafia Netuno, Prometeu rouba o fogo divino, Hércules realiza
todas suas provas sem que nenhum Deus seja capaz de detê-lo, os faraós tornam-
1
Gênesis, 2;16.A Bíblia diz que no Èden havia duas árvores: a Árvore da Vida, que concedia a imortalidade e a Árvore do
Conhecimento, cujos fruto concediam a ciência do bem e do mal. Foi desta última que o casal humano se apoderou e
comeu. Modernas concepções cabalistas vêem nessa metáfora uma advertência de Deus a respeito do conhecimento da
energia atômica (capaz de destruir o planeta) e da engenharia genética (passível de dar ao homem o poder de criar e
prolongar sua vida).
6 – A Maçonaria e o Passo da Reflexão
João Anatalino Rodrigues
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se, eles mesmos, verdadeiros deuses, os gregos fazem de Alexandre uma
divindade, os imperadores romanos são deificados e assim por diante.2
E. Wallis Budge lembra que o anseio humano pela conquista da divindade era
particularmente forte entre os egípcios, que pensavam poder adquiri-la diretamente
dos deuses, comendo-os. Na Pirâmide de Unas lê-se que aquele faraó, “comera”
parte do corpo dos deuses para obter seus atributos divinos. Com isso se tornara
também uma divindade, representada pela estrela Orion. Diz aquele autor que o
objetivo dos egípcios era obter a posse do poder mágico e o conhecimento das
palavras de passe, que lhes daria poder ilimitado e imortalidade, atributos que só
se conferiam à divindade. E o único meio pelo qual poderiam se apossar deles era
“comendo o corpo dos próprios deuses”.3
Essa prática também foi observada por James Fraser, que relatou em sua obra
clássica (O Ramo de Ouro, 1929), o costume dos indígenas da Polinésia de devorar
a carne dos seus inimigos. Muito mais que a necessidade de se alimentar, o
canibalismo entre as tribos polinésias, africanas e americanas, tinha um sentido
esotérico. Eles costumavam comer a carne dos seus inimigos na esperança de
adquirir sua força. O próprio Cristianismo não escapou á influência dessa tradição.
Jesus concitou seus discípulos a “comer a sua carne e beber o seu sangue” como
forma de realizar comunhão com ele. O simbolismo dessa metáfora é evidente. A
Igreja Católica, ao adotar o costume de partilhar a hóstia em suas missas
incorporou essa tradição aos seus rituais. Nesse costume está o
profundo sentido místico de “comer o deus” para realizar a
união com ele, isso é, adquirir a sua força.4
A teologia hebraica- cristã interpretou o mito da expulsão do
casal humano do paraíso como sendo uma conseqüência do
pecado que o homem cometeu contra Deus, instigado pelo seu
opositor, Satã, tido como o invejoso anjo do mal que queria usurpar o lugar Dele.
Assim, aquilo que para os gregos foi um grito de liberdade do homem em relação
aos desígnios divinos, para as religiões inspiradas no monoteísmo hebraico foi uma
rebelião perpetrada pelo anjo opositor e espalhada entre os seres humanos. Daí o
conceito de pecado e as teorias da expiação e resgate do ser humano,
desenvolvidas pelos povos do Oriente Médio e amplamente divulgadas em suas
religiões.5
Parece-nos, todavia, que esse mito não é mais que a evocação inconsciente de
um acontecimento biológico, ocorrido na longa história da evolução do organismo
humano. Ele significa, na verdade, o momento em que o homem, emergência
2
O próprio termo designativo de Fraternidade, que é aplicado a um grupo de tradições comuns vem do grego Frátria, que
na antiga Atenas designava uma associação de cidadãos unidos pela mesma cultura religiosa compartilhante dos mesmos
símbolos. Eles formavam uma unidade política e religiosa. A legislação de Sólon legitimou essas associações, determinando a
sua composição em trinta famílias. Cada tribo podia manter três desses grupos. Assim, Atenas estava dividida em quatro
tribos com um total de doze frátrias.
3
E. Wallis Budge, The God of Egipcians, Vol. II, Ed. Dover New York, 1929.
4
No caso cristão tratava-se de um ritual que visava “incorporar” nos apóstolos a natureza divina de Jesus, uma fórmula
comum de se realizar “Irmandade”. Aliás, o banquete, a chamada “comensalidade”, praticada por Jesus e seus discípulos,
era uma forma bastante comum de simbolizar essa Irmandade entre os povos antigos. O Banquete de Platão é um claro
exemplo disso. No caso de Jesus e seus discípulos o banquete da Páscoa, realizado na tarde da quinta-feira e não na sexta,
como era costume entre os judeus, mostra a clara disposição de Jesus de realizar um novo pacto entre o povo de Israel e
Deus. Por isso também ele reuniu exatamente doze discípulos, cada um simbolizando uma das tribos do antigo Israel.
5
As religiões em questão são o Judaísmo, o Cristianismo e o Islamismo.
JB News – Informativo nr. 2.206– Florianópolis (SC) – domingo, 16 de outubro de 2016 Pág. 21/33
descontinua numa sucessão de ocorrências biológicas processadas em série, deu
um salto qualitativo no seu processo de desenvolvimento e produziu a sua primeira
reflexão. E dela emergiu como um deus, com a sensibilidade do bem e do mal, do
que era certo e errado, com a sabedoria enfim, ainda que meramente intuitiva, de
que havia forças no universo que produziam os acontecimentos, e que eles não
eram meramente obras de “entidades” que as perpetravam ao seu bel prazer.
Assim, todos os mitos que evocam uma rebelião do homem contra os deuses, ou
o conflito deste com a divindade, nada mais simbolizam que o momento em que o
homem deu o grande passo que o fez diferente das demais espécies vivas: o Passo
da Reflexão.
Esse é, inclusive o entendimento de alguns teólogos e mestres cabalistas, que
vêem nessa metáfora bíblica uma forma de compatibilizar a visão bíblica com as
modernas teorias científicas que pregam ser o homem um produto de uma longa
evolução que começou na mais primitiva das formas de vida e vem seguindo um
processo de desenvolvimento controlado por leis postas na natureza por uma Mente
Universal.6
O despertar da consciência
De que outra forma se poderia entender a curiosa metáfora imaginada pelo
cronista bíblico para figurar o nascimento da consciência no ser humano, senão
pensando que o Eterno planejou a sua Criação de forma que ela pudesse evoluir,
em diversos ramos distintos, como se ela fosse, de fato, uma Árvore? Constrói-se,
dessa forma, uma biogênese, na qual é possivel seguir os filamentos que ela
manifesta, verificando os graus de complexidade que cada espécie assume em cada
momento específico de sua vida.
Teilhard de Chardin, cujo pensamento tem nos socorrido em praticamente todos
os enigmas em que os exegetas da Bíblia não o conseguem, nos dá uma boa
compreensão desse tema. Ao se referir á Arvore da Vida, que na sua visão é o
próprio fenômeno da Criação, nele compreendido todas as manifestações de
existência orgânica, desde a primeira e indivisível célula, até o organismo mais
complexo que a Natureza engen-drou, que é o ser humano, ele releva esse
momento especial em que os “olhos do homem se abriram e ele se equiparou aos
deuses, conhecendo o bem e o mal”. Em páginas de infinita beleza poética esse
magistral filósofo nos mostra como esse “pecado”, ou seja, a aquisição do
conhecimento ocorreu. “Do ponto de vista experimental, que é o nosso, a Reflexão,
como a própria palavra o indica, é o poder adquirido por uma consciência de se
dobrar sobre si mesma, e de tomar posse de si mesma como um objeto dotado de
sua própria consistência e de seu próprio valor; não mais apenas conhecer ─ mas
conhecer-se; não mais apenas saber, mas saber que sabe. Por essa
individualização de si mesmo, no fundo de si mesmo, o elemento vivo, até aqui
espalhado sobre um círculo difuso de percepções e de atividades, acha-se
constituído, pela primeira vez, em centro punctiforme, onde todas as
representações e experiências se entrelaçam e se consolidam num conjunto
consciente de sua organização.”7
6
Nesse sentido veja-se a obra monumental de Teilhard de Chardin “O Fenômeno Humano”, Ed. Cultrix, São Paulo, 1968.
Veja-se também Daniel Goleman, Inteligência Emocional, Ed. Objetiva, 1995.
7
O Fenômeno Humano, op. Citado, pg. 186.
JB News – Informativo nr. 2.206– Florianópolis (SC) – domingo, 16 de outubro de 2016 Pág. 22/33
Nesse texto esse grande filósofo está a nos dizer que uma organização celular
ocorrida no interior do organismo humano, mais propriamente uma concentração
energética sobre um órgão do nosso corpo, o cérebro, nos fez diferenciar do ramo
dos primatas, ao qual pertencemos como espécie. A vida interior, refletida sobre si
mesma, nos proporcionou esse salto evolutivo que a Bíblia chama de “comer o fruto
do conhecimento do bem e do mal”. O nascimento do Adão terrestre, como ser
inte-ligente e “imagem” do seu Criador, deu-se, portanto, no momento em que ele
capturou uma consciência, e o “pecado”, que na dicção bíblica se traduz por comer
o fruto da Árvore do Conhecimento, foi o momento limite em que ele praticou a sua
primeira reflexão, tomando conhecimento de que tinha um ego, um “self”, que o
identificava e lhe dava a capacidade de classi-ficar e entender os próprios
pensamentos.
A interpretação científica
Modernas concepções científicas também chegaram ao mesmo patamar de
entendimento. Eis como um discurso científico descreve esse momento singular,
em que o homem dá o salto qualitativo que o distingue das demais espécies
animais:“Há cerca de cem milhão de anos, o cérebro dos mamíferos deu um grande
salto em termos de crescimento. Por cima do tênue córtex de duas camadas ─ às
regiões que planejam, compreen-dem o que é sentido e coordenam o movimento
─, acrescenta-ram-se novas camadas de células cerebrais, formando o néo-cortex.
Comparado com o antigo córtex de duas camadas, o neocórtex oferecia uma
extraordinária vantagem intelectual.
O neocortéx do homo sapiens, muito maior do que o de qualquer outra espécie,
acrescentou tudo que é distintamente humano (...).” 8
Até esse momento, os hominídios, como diz Teilhard de Chardin, acompanhavam
a filogênese da criação, apenas como mais um ramo da Árvore da Vida, em seu
desenvolvimento normal. Mas a partir do momento em que adquiriu a capacidade
de refletir, o homem diferenciou-se entre todas as espécies criadas, passando,
como diz a Bíblia, a ser “uma imagem de Deus”, aquele que Ele escolheu para
subjugá-la e dominá-la. Quer dizer, o que faz o homem ser uma imagem do seu
Criador não é o seu aspecto fisico, mas o seu carácter intelectual, pois é deste que
transcende a sua parte espiritual.
Sim, porque a partir desse momento o homem adquiriu o livre arbitrio e a
capacidade de fazer as próprias escolhas, dando um sentido á evolução. Isso, para
uma sensibilidade inocente, que até então não tinha a consciência do próprio ego,
deve mesmo ter significado a morte da inocência, a expulsão de um paraíso, onde,
por não existir o exercício da escolha, também não existia ansiedade, culpa,
estresse, cansaço e náu-sea da própria existência, por não saber a que ela se
destina, nem qual é o seu propósito, como dizia um personagem de Sartre.9
Como salienta o cronista bíblico, o homem pagou caro por essa ação. Foi expulso
do paraíso. Mas isso foi para que ele “não comesse também da Árvore da Vida”,
pois esse fruto lhe daria a imortalidade. Quer dizer que se os homens tivessem,
8
Daniel Goleman, PHD- Inteligência Emocional- Ed. Objetiva, pg. 25.
9
Jean Paul Sartre- A Náusea- Círculo do Livro, 1986. Essa “culpa”, essa fadiga, essa náusea de viver, segundo Sartre, é o
reflexo do “castigo” dado ao homem pela desobediência. Ter consciência de si mesmo, e ao mesmo tempo sentir-se
despregado de um todo, onde a vida lhe aparece como uma existência vazia e sem sentido, destinada apenas a preencher
um espaço entre o ser e o nada. Essa é a verdadeira expressão da metáfora da expulsão do paraíso.
JB News – Informativo nr. 2.206– Florianópolis (SC) – domingo, 16 de outubro de 2016 Pág. 23/33
concomitantemente á aquisição do conhecimento,
obtido o dom de viver para sempre, prejudicado estaria
todo o projeto do Criador, que planejou a construção do
universo de combinação em combinação, através de um
plano de evolução, onde a energia que o formata sai do
ínfimo (o núcleo atômico) e caminha para o imenso, no
plano material, externo, e do simples (a célula) vai para o
complexo (no plano espiritual, interno), como intui
Teilhard de Chardin quando desenvolve a sua noção
hiperfísica do universo.
A Árvore biológica do ser humano
A visão teilhardiana da Árvore da Vida contrasta, naturalmente com as visões
literais dos criacionistas, que vêem a espécie humana como nascida a partir de um
casal feito á imagem e semelhança de Deus, ou seja, na sua forma orgânica e
espiritual já perfeita e acabada. Ao revés ─ e isso significou para esse originalíssimo
pensador jesuíta uma feroz repressão da sua própria Igreja ─, ela está muito mais
para as teses defendidas pelos adeptos da seleção natural, embora destes Teilhard
se afaste quando introduz nessa evolução um componente de espiritualidade,
negado pelos evolucionistas. Pois aqui o homem é resultado de um longo processo
de evolução, maturado no seio da matéria universal, mas dirigido por uma Vontade
que nela atua e se cristaliza. Diferente, pois, do homem obtido simplesmente por
seleção natural, que é produto apenas de sínteses químicas que vão se
processando pela força das leis que regem a mecânica universal.
Nessa composição cabe um lugar inclusive para o próprio Mal, que na tradição
bíblica é o diabo travestido de serpente. Pois não é ele que perverte a parte mais
sensível da mente do homem (a sua parte feminina) com um discurso que estimula
a sua vaidade? Que mais agradaria ao recém-nascido ego humano do que a ideia
de tornar-se igual ao próprio Criador? É por isso que a Cabala ensina que “Satã é o
nosso Ego, o nosso desejo de ser sempre mais. Ele é o desejo que queima, o
egoísmo que exige cada vez maior prazer”.10
E por isso a Maçonaria se apresenta como disciplina onde o homem procura
aperfeiçoar o seu espírito, erguendo “templos á virtude e cavando masmorras ao
vício”. Tudo isso nada mais é uma tentativa de mitigar as razões do Ego para, em
troca, obter maiores ganhos em espiritualidade. Essa é, em resumo, a função da
prática maçônica.
10
A Sabedoria da Cabala, op. citado, pg. 152.
JB News – Informativo nr. 2.206– Florianópolis (SC) – domingo, 16 de outubro de 2016 Pág. 24/33
(as letras em vermelho significam que a Loja completou
ou está completando aniversário)
GLSC -
http://www.mrglsc.org.br
GOSC
https://www.gosc.org.br
Data Nome da Loja Oriente
03.10.1981 Ação e Fraternidade Gasparense nr. 26 Gaspar
17.10.1969 São João Batista nr. 14 Orleans
19.10.2000 Gênesis nr. 47 Florianópolis
20.10.1977 Duque de Caxias nr. 21 Florianópolis
22.10.1970 Sentinela do Oeste nr. 17 Chapecó
25.10.1978 Harmonia e Fraternidade nr. 22 Joinville
25.10.1996 Cavaleiros da Luz nr. 64 Florianópolis
28.10.1989 Jack Malt nr. 49 Rio Negrinho
28.10.2008 Delta do Universo nr. 98 Florianópolis
Data Nome da Loja Oriente
05/10/1991 Zezinho Cascaes Braço do Norte
12/10/1994 Fraternidade Serrana São Joaquim
13/10/2004 Portal da Serra Bom Retiro
15/10/1985 Lealdade, Ação e Vigilância Florianópolis
16/10/1951 Estrela do Planalto Curitibanos
18/10/1997 Acácia das Gaivotas Bal. Gaivota
20/10/2008 Construtores da Paz Chapecó
21/10/1972 General Bento Gonçalves Araranguá
22/10/1997 Sol do Oriente Camboriú
26/10/1975 Acácia das Neves São Joaquim
30/10/2002 Frank Shermann Land Florianópolis
7 – Destaques (Resenha Final)
Lojas Aniversariantes de Santa Catarina
Mês de setembro
JB News – Informativo nr. 2.206– Florianópolis (SC) – domingo, 16 de outubro de 2016 Pág. 25/33
GOB/SC –
http://www.gob-sc.org.br/gobsc
Data Loja Oriente
03.10.03 Delta de Ingleses - 3535 Florianópolis
06.10.81 Prof. Clementino Brito - 2115 Florianópolis
13.10.07 Luz de São Joaquim - 3884 São Joaquim
15.10.93 Cidade Azul - 2779 Tubarão
15.10.05 Estácio de Sá -3763 Florianópolis
17.10.08 Luz de Órion - 3951 Itapema
23.10.00 Luz e Harmonia - 3347 Brusque
26.10.96 Arquitetos do Vale - 2996 Blumenau
26.10.08 Amigos da Liberdade - 3967 Palhoça
27.10.97 Atalaia -3116 Itajaí
28.10.95 Luz do Atlântico Sul - 2894 Baln. Camboriú
JB News – Informativo nr. 2.206– Florianópolis (SC) – domingo, 16 de outubro de 2016 Pág. 26/33
Organização do Cortejo
À hora fixada, o Mestre de Cerimônias, depois de verificar se todos os
presentes se encontram maçonicamente trajados (terno preto,
gravata preta, camisa branca e sapatos pretos ou Balandrau com
calça preta e sapatos pretos), e revestidos de suas insígnias,
dispõe-nos em fila dupla, na seguinte ordem: os Aprendizes e
Companheiros, inclusive os visitantes com esses graus, sendo os
primeiros posicionados do lado norte e os segundos do lado sul, indo
à frente os mais novos; a seguir, os Mestres, inclusive os visitantes
com esse grau, indo à frente os mais modernos em idade maçônica;
logo depois, os Oficiais e Dignitários, cada qual pelo lado em que
estiver o lugar que deverá ocupar em Loja; depois, os Vigilantes e em
seguida a eles os Mestres instalados, inclusive os que forem visitantes
e não devam ser recebidos com formalidades ritualísticas; finalmente,
o Venerável Mestre.
Organizado o cortejo, o Venerável Mestre poderá determinar que o
Mestre Cerimônias faça uma prece ou exortação aos Irmãos, a título
de preparação da egrégora.
Isto feito, o Mestre de Cerimônias convidará os Irmãos Mestre de
Harmonia e Guarda do Templo para que ocupem os seus lugares no
Templo.
Observação: A determinação para que o Mestre de Cerimônias faça
uma prece ou exortação aos Irmãos sempre foi dispensada em razão
de ser um Uso e Costume em nossa Loja de sempre fazê-lo.
Juarez de Oliveira Castro
(48) 9983-1654 (Claro)
(48) 9801-9025 (TIM)
juacastr@gmail.com
"Quando você ajuda alguém a subir a montanha, você alcança o topo com ele".
Visite a página: http://www.alferes20.net
JB News – Informativo nr. 2.206– Florianópolis (SC) – domingo, 16 de outubro de 2016 Pág. 27/33
ACADEMIA CATARINENSE MAÇÔNICA DE LETRAS
Fundada em 21 de abril de 1989
Avenida Prefeito Osmar Cunha, N. 183
Edifício Ceisa Center – Bloco “B” – sala 111
CEP 88015-100 – Florianópolis – Santa Catarina
Convite
A ACADEMIA CATARINENSE MAÇÔNICA DE LETRAS através de seu Presidente
Acadêmico Edy Genovez Luft e a Benfeitora, Augusta e Respeitável Loja Simbólica "Professor
Mâncio da Costa" N. 1.977, ao Oriente de Florianópolis / SC, através de seu Venerável Mestre
Irmão Paulo Roberto Velloso, tem o prazer de convidar os Caríssimos Irmãos, distintas famílias,
Maçons independente de Obediência ou Ritos, Acadêmicos e a Sociedade, para a Solenidade
Pública, com a Palestra do Confrade Walter Celso de Lima, com o Tema "As Origens e o porquê
dos Rituais Maçônicos" realizar-se no Templo Maçônico do Condomínio da Fraternidade da Arte
Real, a Rua Presidente Gama Rosa, N. 36, no Bairro da Trindade, nesta capital, no:
Dia 17 de outubro do ano de 2.016 (segunda feira), no horário das 20:00hs.
Antecipadamente agradecemos sua indispensável e honrosa presença.
Oriente de Florianópolis, 04 de outubro de 2.016
Acadêmico Edy Genovez Luft
Presidente
OBS: 1-Informações: (048) 3333.6095 / 9972.5934 – 3224.3350
e - mail: rubenluzcosta@gmail.com
JB News – Informativo nr. 2.206– Florianópolis (SC) – domingo, 16 de outubro de 2016 Pág. 28/33
CONVOCAÇÃO e CONVITE
O Secretário da Loja, que subscreve, convoca todos os Irmãos do quadro, com base no
inciso V do Artº 116 do Regulamento Geral da Federação e convida todos os demais Irmãos, para
a 48ª Sessão da A.R.L.S. “Alvorada da Sabedoria” nº 4.285, dia 8 de novembro, terça-feira,
quando a palestra a cargo do Venerável Ir. Boris Omar Koerich, MI da ARLS Arquitetos do Vale,
nº 2996, com o tema
“Fotoproteção”.
A sessão será no Templo II (Templo para Trabalhos de Emulação) da Fundação Unitas, a rua
Machado de Assis, 210, Estreito, Florianópolis.
Programação:
20:15 h: encontro no átrio do Templo;
20:30 h: início da sessão.
Após a sessão, será oferecido uma ágape com um bom whisky.
Ir. Ruben Luz da Costa, Secretário
Wisdom Dawn Lodge
JB News – Informativo nr. 2.206– Florianópolis (SC) – domingo, 16 de outubro de 2016 Pág. 29/33
Começa neste domingo
o Horário de Verão:
Ir Marcelo Angelo de Macedo, 33∴
MI da Loja Razão e Lealdade nº 21
Or de Cuiabá/MT, GOEMT-COMAB-CMI
Tel: (65) 3052-6721 divulga diariamente no
JB News o Breviário Maçônico, Obra de autoria do saudoso IrRIZZARDO DA CAMINO,
cuja referência bibliográfica é: Camino, Rizzardo da, 1918-2007 - Breviário Maçônico /
Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014 - ISBN 978-85.370.0292-6)
Para o dia 16 de outubro: Programas
A vida moderna exige que os atos individuais e públicos, grupais ou econômicos, sejam
programados.
Hoje, a ciência conta com o computador que é o aparelho eficiente para as programações.
Qualquer entidade, religiosa, cultural, recreativa, cientifica, etc. deve programar as suas
atividades, para evitar o caos.
A Maçonaria nada faz sem prévia programação; dentro dos trabalhos modestos de uma Loja
Maçônica, o Venerável Mestre somente terá êxito na sua gestão se programar os seus trabalhos;
essa programação apresenta partes distintas: programação de sua gestão, que poderá ser anual,
cosoante o período para que foi eleito, ou abrangendo dois ou mais anos; poderá ser mensal ou
semanal, considerando que cada sessão deve obedecer uma programação específica.
Diante dessa prática, o maçom, por sua vez, como reflexo eficaz, deverá programar a sua vida
familiar, profissional e espiritual.
Toda programação obedece a experiências passadas, a dos mais capazes e a previsão do que possa
advir.
Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014, p. 308.
JB News – Informativo nr. 2.206– Florianópolis (SC) – domingo, 16 de outubro de 2016 Pág. 30/33
Templo da ARLS Norberto Jusi Nr. 38 – Pato Branco (GOP)
JB News – Informativo nr. 2.206– Florianópolis (SC) – domingo, 16 de outubro de 2016 Pág. 31/33
1 –
Confira as 12 flores mais
exuberantes do planeta!
2 –
Você é bom em vocabulário?
Faça esse teste e descubra!
3 –
Você nunca viu fotos hilárias
de animais como essas!
4 – Gruta de Netuno:
Gruta_de_Neptuno-Sardenha.pps
5 – Ipês do Brasil:
Ipes_do_Brasil.pps
6 - Catedrais espanholas:
Catedralesespanolas.pps
7 - Filme do dia- “Carlitos”
https://www.youtube.com/watch?v=eLF-aLPwfrg
JB News – Informativo nr. 2.206– Florianópolis (SC) – domingo, 16 de outubro de 2016 Pág. 32/33
O Irmão e poeta Sinval Santos da
Silveira *
escreve aos domingos neste espaço
Exibida, subiu os degraus da vida e, com graça,
se mostrou.
No alto da escada, no pedestal da paixão, ouviu
a minha declaração:
" Quero absorver as tuas dores e sofrimentos.
Tuas angústias, aliviar.
JB News – Informativo nr. 2.206– Florianópolis (SC) – domingo, 16 de outubro de 2016 Pág. 33/33
Despojada dos pesadelos, poderás voltar a sonhar.
Transfira, para mim, as cicatrizes que a
vida deixou em tua alma.
Não consigo te ver entristecida...
Sonharás os sonhos do prazer, e os teus olhos
voltarão a brilhar.
Teus pesadelos, suportarei.
Viverei da tua felicidade, pois minha vida
depende da alegria, irradiada pelo brilho dos
olhos teus que, também, são meus !"
Ouviu o meu clamor.
Subiu os últimos degraus, e adormeceu nos braços
meus, sonhando com um mundo feito
só de amor !
Veja mais poemas do autor, Clicando no seu BLOG:
http://poesiasinval.blogspot.com
* Sinval Santos da Silveira -
MI da Loja Alferes Tiradentes nr. 20 – Florianópolis

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  • 1. JB NEWS Filiado à ABIM sob nr. 007/JV Editoria: Ir Jeronimo Borges Loja Templários da Nova Era nr. 91(Florianópolis) - Obreiro Loja Alferes Tiradentes nr. 20 (Florianópolis) - Membro Honorário Loja Harmonia nr. 26 (B. Horizonte) - Membro Honorário Loja Fraternidade Brazileira de Estudos e Pesquisas (J. de Fora) -Correspondente Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas (P. Alegre) - Correspondente Academia Catarinense Maçônica de Letras Academia Maçônica de Letras do Brasil – Arcádia de B. Horizonte O JB News saúda os Irmãos leitores de Pindamonhangaba (SP) – A Princesa do Norte Saudações, Prezado Irmão! Índice do JB News nr. 2.206 – Florianópolis (SC) – domingo, 16de outubro de 2016 Bloco 1-Almanaque Bloco 2-IrNewton Agrella – Fraternidade por si só Bloco 3-IrJoão Ivo Girardi – A Pátria (Coluna do Irmão João Gira) Bloco 4-IrJosé Ronaldo Viega Alves – Sobre as Purificações e sobre a Pureza. Os Significados... Bloco 5-IrHercule Spoladore – A Prancheta Bloco 6-IrJoão Anatalino Rodrigues – A Maçonaria e o Passo da Reflexão Bloco 7-Destaques JB – Breviário Maçônico p/o dia 16 de outubro. Versos do Irmão e Poeta Sinval Santos da Silveira Zotovici
  • 2. JB News – Informativo nr. 2.206– Florianópolis (SC) – domingo, 16 de outubro de 2016 Pág. 2/33 Este Informativo está sendo transmitido durante a realização do XXIII Encontro de Estudos e Pesquisas Maçônicas da Loja Fraternidade Brazileira www.trolha.com.br Nesta edição: Pesquisas – Arquivos e artigos próprios e de colaboradores e da Internet – Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias, de colaboradores e www.google.com.br Os artigos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião deste informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores. 1 – ALMANAQUE Hoje é o 290 dia do Calendário Gregoriano do ano de 2016– (Lua Cheia à 1h23) Faltam 76 dias para terminar este ano bissexto Dia da Ciência e Tecnologia, dia Mundial da Alimentação, dia Mundial do Pão, dia do Anestesiologista e dia do Instrutor de Trânsito Se o Irmão não deseja receber mais o informativo ou alterou o seu endereço eletrônico, POR FAVOR, comunique-nos pelo mesmo e-mail que recebeu a presente mensagem, para evitar atropelos em nossas remesssas diárias. Obrigado. Colabore conosco para evitar problemas na emissão de nossas mala direta diária. Neste domingo começa o horário brasileiro de verão LIVROS
  • 3. JB News – Informativo nr. 2.206– Florianópolis (SC) – domingo, 16 de outubro de 2016 Pág. 3/33 16 de outubro S. GALL — Nascido na Irlanda, monge, com S. Columbano ajudou a fundar em França as abadias de Annegray e de Luxeuil, que acompanhou à Suíça, quando aquele se recusou a abençoar os filhos ilegítimos do rei dos francos. Gall recusou ser bspo, preferindo a condição de eremita e de pregador. Há uma lenda em que um dia lhe pediram para exorcizar uma filha do duque de Gunzo, por estar possuída por espíritos malignos, bem sucedido, os espíritos voaram boca fora, sob a forma dum corvo. Faleceu em 630 em Bregenz, Suíça. Padroeiro dos pássaros, gansos e aves de capoeira. 1311 — Extinta em Portugal a Ordem dos Templários que tomou a designação de Ordem de Cristo. 1544 — O cientista português Pedro Nunes introduziu a disciplina de matemática na Univ. de Coimbra. 1646 — Iniciado maçon em Warrington, Lancashire, Elias Ashmole (23/5/1641), alquimista e rosacruciano, numa loja presidida por Richard Penketh, considerada a mais antiga de que há documentação, a seguir à iniciação (19/5/1641) de Robert Moray. A primeira iniciação conhecida de um Maçon não Operativo na Inglaterra, foi um dos maçons mais importantes no período na qual a Maçonaria especulativa começou a ser organizada, embora ainda não tivesse este nome, foi quem escreveu o Ritual do Grau de Mestre, até então só haviam os graus de Aprendiz e Companheiro, envolvendo conceitos de Alquimia e Transmutação. No seu diário consta ”Fui feito Franco-Maçon em Warrenton, no Lancashire, em companhia de Henry Maínwanng", ainda acrescentou o nome de sete membros da Loja, os documentos desta Loja estão desaparecidos. Não se sabe quando a F.M. entrou na Irlanda, provavelmente foi após a formação da G.L. de Inglaterra que iniciou a existência oficial da maçonaria na Irlanda, sem dúvida alguma, havia conhecimento de Maçonaria, pelo menos nos primórdios de 1688. — Data inscrita no primeiro dos três Manuscritos de Sloane 3329, atestados como sendo de cerca de 1700, está no British Museum, descreve palavras, símbolos, sinais de reconhecimento, três graus simbólicos, ritual e catecismo maçónico. 1685 – O rei Luís XIV de França revogou o édito de Nantes, que garantia liberdade religiosa aos franceses, obrigados a converter-se, muitos protestantes emigraram entre eles a família de J. T. Désaguiliers, influente membro da primeira Grande Loja e da Royal Society. 1708 — Nasceu em Berna, Albrecht von Haller, médico e botânico suíço, considerado o fundador da neurologia, identificou que ao estimular um nervo, contraía-se e transmitia a contração a outro músculo contíguo, especulou sobre o sistema nervoso, as sensações calóricas, definiu que o cérebro comandava o organismo humano (12/12/1777). 1723 – Anderson elaborou a primeira constituição maçónica, criando um sistema de regularidade para a maçonaria e só quem fosse reconhecido pela G.L. de Inglaterra pudesse ser considerado maçon regular, para tanto era preciso ter como princípio, dentre outros, a tolerância religiosa. 1735 — Um conjunto de maçons vindos de Inglaterra, reunidos em Amesterdão no centro de Stil-Steel, viram invadidas e destruídas as suas instalações, tendo conseguido a 3/11 instalar uma loja sob a presidência do príncipe de Orange. EFEMÉRIDES DO DIA -Ir Daniel Madeira de Castro (Lisboa) (Fonte: Livro das Efemérides - Históricas, Políticas, Maçônicas e Sociais - 2016)
  • 4. JB News – Informativo nr. 2.206– Florianópolis (SC) – domingo, 16 de outubro de 2016 Pág. 4/33 1798 – Hipólito José da Costa embarcou para os E.U.A. com a tarefa de conhecer as novas técnicas industriais aplicadas pelos norte-americanos e levá-las para Portugal. 1824 — Uma circular do ministro da guerra de Espanha, declarou todos os maçons fora de lei. Lojas inteiras foram cercadas, os dignitários enforcados e os restantes membros condenados às galés. 1832 — Faleceu em Elvas, Manuel Inácio Martins Pamplona Corte Real, conde de Subserra, maçon, na prisão e devido aos maus tratos sofridos (3/6/1760). 1834 — Fogo quase destruiu as casas do parlamento inglês. 1854 — Nasceu em Dublin, Oscar Fingall O'Flaherli Wills Wilde, dramaturgo e comerciante, palestrante nos E.U.A. sobre o movimento estético, acusado de ser homossexual, crime à época, gerou um grande escândalo social, pois era casado e pai de duas filhas, foi condenado a dois anos de prisão, partindo depois para França, até à sua morte. Dramaturgo e poeta, escreveu O Retrato de Dorian Gray e A Balada do Cárcere de Readin, iniciado maçon em 23/2/1871 na Loja Apolo University, em Oxford, foi excluído em 22/9/1883 por ser homossexual (30/11/1900). 1890 — Nasceu em West Cork, Michael Patrick Collins, militar, revolucionário e político irlandês, símbolo do estado livre, dirigente e líder do Sinn Fein, organizou o Dail Eireann, a assembleia revolucionária e a rebelião do I.R.A. Contra os ingleses, durante a qual destruiu os serviços secretos ingleses. No domingo sangrento (21/11/1920), foram assassinados catorze oficiais. Ministro da informação do governo revolucionário, um dos negociadores do fatídico tratado de independência em 1921, que dividiu a Irlanda em duas partes, provocando uma cisão nas suas hostes (22/8/1922). 1906 — Nasceu em Milhunos, Penafiel, António Ferreira Gomes, teólogo e prof. de filosofia, defensor dos Direitos do Homem, bispo de Portalegre e em 13/7/1952 bispo do Porto. Notabilizou-se pelo combate à miséria, criticou o Estado Novo e apoiou Humberto Delgado. Escreveu uma carta a Salazar em 13/7/1958 Pró- Memória, seguiu-se uma segunda por indicação do cardeal Costa Nunes, Patriarca das Índias. Proibido de regressar ao país após umas férias, vigiado e perseguido pela P.I.D.E., com o conluio do cardeal Cerejeira. Nomeado pelo papa João XXIII para a organização do II concílio do Vaticano, autorizado a regressar em 2/7/1969, por Marcelo Caetano, por exigência do Vaticano, proclamado cidadão do Porto pela C. M. do Porto e distinguido com a Ordem da Liberdade (13/4/1989). 1907 — Inaugurado o serviço radiotelegráfico regular entre os E.U.A. e a Europa, por Marconi. 1916 — Inaugurada em Nova Iorque a primeira clínica de apoio a grávidas, por Margaret Stranger. 1921 – Publicado em Lisboa o quinzenário O Comunista, o primeiro órgão do P.C.P. ativo até 6/11/1926, tendo sido publicados 55 números, teve como ministrador Nascimento Cunha e redator principal Manuel Ribeiro, nele colaboraram na primeira fase, Carlos Rates, Salvaterra Júnior e Vieira da Cruz e muitos outros sob pseudónimos. 1934 — Mao Tsé Tung à frente de 90.000 soldados iniciou, na China, a longa marcha, terminou em 19/10/1935. 1945 — Criada em Montreal, Canadá, no âmbito da O.N.U., a F.A.O., com sede em Roma, para defesa dos valores da nutrição, melhoria da produção agrícola, florestal e pesqueira. 1959 — Faleceu em Washington, George Catlett Marshall, maçon norte- americano (31/12/1880).
  • 5. JB News – Informativo nr. 2.206– Florianópolis (SC) – domingo, 16 de outubro de 2016 Pág. 5/33 1961 — Realizou-se em Belgrado, a I Conferência dos Países Não-Alinhados. 1965 – Gregório Ortega Pardo (fevereiro de 1983), instalador da Opus Dei em Portugal, fez um desfalque de fundos próprios, fugindo para Caracas, localizado pela polícia no Hotel Tamanaco, foi preso e catalogado pelo jornal espanhol de direita Abc, como comunista subversivo. A secção portuguesa da Opus Dei acabou por recuperar o dinheiro roubado e Ortega Pardo acabou numa clínica psiquiátrica em Madrid, mudou de identidade, foi viver para a Argentina, onde faleceu. 1976 – Fundação do Sup. Cons. do R.E.A.A. do Luxemburgo. 1978 – O cardeal Karol Josef Wojtyla (18/5/1920), arcebispo de Cracóvia, tornou-se no primeiro Papa polaco e no primeiro papa não italiano desde 1522, o papa João Paulo II, o 265º. 1982 – Morreu em Avintes, Adriano Maria Correia Gomes de Oliveira, de cirrose e de hemorragia esofágica, nos braços de sua mãe (9/4/1942). 1988 – Faleceu em Lisboa, Emídio Santana (4/7/1906). 2002 – Inaugurada a nova biblioteca de Alexandria, no Egito. 1646 Iniciação de Elias Ashmole, a primeira conhecida de um Maçom não Operativo na Inglaterra. Elias Ashmole foi um dos maçons mais importantes no período na qual a Maçonaria especulativa começou a ser organizada, embora ainda não tivesse este nome. Foi ele quem escreveu o Ritual do Grau de Mestre (até então haviam apenas os graus de Aprendiz e Companheiro) envolvendo conceitos de Alquimia e Transmutação.Iniciação de Elias Ashmole, a primeira conhecida de um Maçom não operativo na Inglaterra, em 16 de outubro de 1646, conforme consta em seu diário: 'Fui feito Franco-Maçom em Warrenton, no Lancashire, em companhia de Heniy Maínwanng" Ele ainda acrescentou o nome de sete membros da Loja. Os documentos desta Loja estão desaparecidos. Outrossim, não sabemos exatamente quando a Franco-Maçonaria ingressou na Irlanda. Provavelmente foi após a formação da Grande Loja da Inglaterra que iniciou a existência oficial da Maçonaria na Irlanda. Sem dúvida alguma, havia conhecimento de Maçonaria, pelo menos nos primórdios de 1688. 1685 Luiz XIV de França, revoga o Edito de Nantes, que garantia liberdade religiosa aos franceses. Obrigados a converter-se, muitos protestantes emigraram, entre eles a família de J. T. Désaguliers, influente membro da Primeira Grande Loja e da Royal Society. 1723 Anderson elabora a primeira Constituição maçônica. Criava-se um sistema de regularidade para a Maçonaria e só quem fosse reconhecido pela Grande Loja da Inglaterra pudesse ser considerado maçom regular. Para tanto era preciso ter como princípio, dentre outros, a tolerância religiosa. 1800 Fundação da Grande Loja de Kentucky, dos Maçons Antigos, Livres & Aceitos. 1882 O barão de S. Félix, sucessor de Saldanha Marinho no Grande Oriente Unido, anuncia sua dissolução e fusão com o Grande Oriente do Brasil. 1976 Fundação do Supremo Conselho de Luxemburgo. 1980 Fundação da Loja Vale do Apodi.- Apodi - RN 1985 Fundação da Loja Lealdade, Ação e Vigilância nr. 39 (GOSC) em Florianópolis (15.10.1985) 1985 Fundação da Loja Cidade Azul (GOB/SC) em Tubarão (15.10.1985) 1986 Fundação do Grande Oriente Estadual de Minas Gerais, federado ao GOB. Fatos maçônicos do dia Fonte: O Livro dos Dias (Ir João Guilherme) e acervo pessoal
  • 6. JB News – Informativo nr. 2.206– Florianópolis (SC) – domingo, 16 de outubro de 2016 Pág. 6/33 O Ir Newton Agrella - M I Gr 33 escreve aos domingos. É membro ativo da Loja Luiz Gama Nr. 0464 e Loja Estrela do Brasil nr. 3214 REAA - GOSP - GOB newagrella@gmail.com " FRATERNIDADE POR SI SÓ " É inquietante o conceito de fraternidade tão propalado pelo homem e a sua prática como exercício inquestionável das relações humanas para o convívio civilizado. Trata-se de um valor universal e é uma apaixonante aspiração da sociedade. Há atitudes que falseiam o conteúdo de Fraternidade. A atitude pessimista considera o Homem como uma obstáculo, uma resistência que é preciso remover ou deslocar. A atitude separatista cava distâncias e oposições entre classes, raças, nações e grupos humanos favorecendo o desentendimento e impossibilitando o diálogo. Árabes e Judeus são irmãos em toda a sua magnitude, são semiticamente irmãos, são sagrados pela mesma origem, pela mesma história, porém suas atitudes rivalistas revelam entre si, eternos concorrentes. Atitudes belicistas arruínam a Fraternidade. São posições radicais exacerbadas pelo ódio aberto ou latente, e jamais inspiradas pela energia do Amor e da Compreensão. Fraternidade não se constitui num simples belo projeto ou uma reta de intenção. Não se trata de uma mera reação emocional, ou compaixão superficial, perante sofrimentos humanos. 2 – Fraternidade por si só Newton Agrella
  • 7. JB News – Informativo nr. 2.206– Florianópolis (SC) – domingo, 16 de outubro de 2016 Pág. 7/33 Tampouco se reduz a uma tese fria, a uma categoria abstrata ou uma pura demonstração lógica. Ela é sim antes de tudo uma "atitude". Não é uma teoria. É na verdade, um modo de ser, de existir, de situar-se e de viver o mundo e não apenas de viver no mundo. Sua essência é antes de tudo dinâmica, criadora, é esforço permanente, é exercício incansável de doação, de aquiescência, de entendimento, de proposta e de aceitação. Na qualidade de uma das três colunas que sustentam a Maçonaria a Fraternidade deve ser entendida como um fenômeno vital, e não como uma relíquia. posto que ela deve acompanhar o movimento de nossos trabalhos, o ritmo de nossa Aspiração, a Angústia de nossa consciência e a inquietação de nosso Amor. Ela exige a supressão das Injustiças, implica radicamente a extinção das Violências que dilaceram a humanidade. Se no mundo existem situações que colocam os Homens em conflito permanente, de nada vale fazer estéticas proclamações sobre a mesma. O nosso futuro é uma integração cada mais intensa de espírito e trabalho. É necessário que sintamos o mundo com um só laboratório, um só movimento de construção, uma única e imensa Oficina cósmica, em que trabalhamos unidos, mesclando nossos esforços e nossos juramentos. Lembremo-nos sempre que nossa missão é a de Construtores Sociais. A lei da Fraternidade está no entendimento de saber compartilhar, para libertar e fazer dessa comunhão um exercício positivo de nossa existência. Fraternalmente NEWTON AGRELLA
  • 8. JB News – Informativo nr. 2.206– Florianópolis (SC) – domingo, 16 de outubro de 2016 Pág. 8/33 O Ir. João Ivo Girardi joaogira@terra.com.br da Loja “Obreiros de Salomão” nr. 39 de Blumenau é autor do “Vade-Mécum Maçônico – Do Meio-Dia à Meia-Noite” Premiado com a Comenda do Mérito Cultural Maçônico “Aquiles Garcia” 2016 da GLSC. Escreve às quartas-feiras e domingos. A PÁTRIA “Se todos quisermos, poderemos fazer deste país uma grande nação. Vamos fazê-la. (Tiradentes). 1. Etimologia: Pátria (do latim patris, terra paterna) indica a terra natal ou adotiva de um ser humano, que se sente ligado por vínculos afetivos, culturais, valores e história. O primeiro registro histórico da palavra Pátria tem a ver com o conceito de país, do italiano paese, por sua vez originário do latim pagus, aldeia, donde também vem pagão. Significa o sítio onde se vive, o local, ambiente ou espaço geográfico onde se insere a nossa vida. Da mesma raiz, temos também a palavra paisagem. Se a expressão nação começou por significar aqueles que nascem da mesma raiz, já a expressão pátria vem do latim patrius, isto é, terra dos antepassados. Se a primeira tem uma conotação sanguínea e biológica, a segunda tem uma origem claramente telúrica. Isto é, se a expressão nação apela ao nascimento, à raiz de onde se vem, já a expressão pátria invoca mais o passado e, fundamentalmente, os mortos passados. 2. O que é uma Pátria. Texto extraído do livro O Homem Medíocre de José Ingenieros, escrito em 1913. José Ingenieros (1877-1925) foi um médico, psiquiatra, psicólogo, farmacêutico, escritor, docente, filósofo e sociólogo ítalo-argentino. “ Os países são expressões geográficas, e os Estados são formas de equilibrio político. Uma Pátria é muito mais que isso, é sincronismo de espíritos e de corações, têmpera uniforme para o esforço e homogênea disposição para o sacrifício, simultaneidade na aspiração da grandeza, no pudor da humilhação e no desejo da glória. Quando falta essa comunhão de esperanças, não existe Pátria, não pode existir. É preciso ter sonhos comuns, desejar juntos grandes coisas e se sentir decidido a realizá-las, com a segurança de que, ao marchar todos em busca de um ideal, ninguém ficará na metade do caminho contando suas economias. A Pátria está implícita na solidariedade sentimental de uma raça e não na confabulação de políticos que medram à sua sombra. Não basta acumular riquezas para criar uma Pátria: Cartago não o foi. Era uma empresa. As áureas minas, as indústrias fabris e as chuvas generosas fazem de qualquer país um empório, mas é preciso que haja ideais de cultura para que ela se torne uma Pátria. Rebaixa-se o valor desse conceito quando ele é aplicado a países que carecem de unidade moral, mais parecidos a 3 – A Pátria João Ivo Girardi
  • 9. JB News – Informativo nr. 2.206– Florianópolis (SC) – domingo, 16 de outubro de 2016 Pág. 9/33 feitorias de agiotas autóctones ou exóticos que legiões de sonhadores, cujo ideal pareça um arco estendido a um objetivo de dignidade comum. A Pátria tem intermitências; sua unidade moral desaparece em certas épocas de rebaixamento, quando se eclipsa todo afã de cultura e se assenhoreiam vis apetites de mando e de enriquecimento. E o remédio contra essa crise de achatamento não está no fetichismo do passado, mas na semeadura do futuro, concorrendo para criar um novo ambiente propício a toda eleveção da virtude, da inteligência e do caráter. Quando não há Pátria, não pode haver sentimento coletivo de nacionalidade – inconfundível com a mentira patriótica explorada em todos os países pelos mercadores ou militaristas. Só é possível, à medida que se marca o ritmo uníssono dos corações para um nobre aperfeiçoamento, e nunca para uma ignóbil agressividade que fira o sentimento de outras nacionalidades. Não há maneira mais baixa de amar à Pátria que odiando as pátrias de outros homens, como se todas não fossem igualmente dignas de engendrar em seus filhos iguais sentimentos. O patriotismo deve ser emulação coletiva, para que a própria nação ascenda às virtudes de que outras melhores dão exemplos. Nunca deve ser inveja coletiva que faça sofrer pela superioridade alheia e mova a desejar o deslocamento dos outros até seu próprio nível. Cada Pátria é um elemento da humanidade. O desejo da dignificação nacional deve ser um aspecto de nossa fé na dignificação humana. Toda raça ascende a seu mais alto nível como Pátria e, pelo esforço de todos, remontará o nível da espécie, como humanidade. Enquanto um País não é Pátria, seus habitantes não constituem uma nação. O zelo da nacionalidade só existe nos que se sentem em comunhão para perseguir o mesmo ideal. Portanto, é mais profundo e punjante nas mentes conspícuas. As nações mais homogêneas são as que contam com homens capazes de sentir e de servir esse ideal. A exígua capacidade de ideais impede os espíritos grosseiros de ver no patrimônio um alto ideal. Os trânsfugas (desertores) da moral, alheios à sociedade em que vivem, não o podem conceber. Os escravos e os servos têm apenas um país natal. Só o homem digno e livre pode ter uma Pátria. Pode ter, não a tem sempre, pois há períodos em que só existe na imaginação de poucos: um, dez, talvez uma centena de eleitos. Ela se encontra então nesse ponto ideal, para onde converge a aspiração dos melhores, de todos que a sentem sem medrar de ofício, escarranchados sobre a política. Nesses poucos, está e vibra a nacionalidade. Mantêm-se alheios a seu afã os milhões de habitantes que comem e lucram no país. O sentimento enaltecedor nasce em muitos jovens sonhadores, mas permanece rudimentar ou se distrai na apetência comum. Em poucos eleitos chega a ser dominante, antepondo-se a pequenas tentações de piara (multidão de gente) ou de confraria. Quando os interesses venais se sobrepõem ao ideal dos espíritos cultos, que constituem a alma de uma nação, o sentimento nacional degenera e se corrompe: a Pátria é explorada como uma indústria. Quando se vive saciando grosseiros apetites e ninguém pensa que, no canto de um poeta ou na reflexão de um filósofo, pode estar uma partícula da glória comum, a nação se abisma. Os cidadãos voltam à condição de habitantes e a Pátria à de país. Isso ocorre periodicamente, como se a nação precisasse piscar enquanto olha para o futuro. Tudo se desvia e rebaixa, desaparecendo a moleza individual na comum, como se na culpa coletiva se esfumaçasse a responsabilidade de cada um. Quando o conjunto se dobra, como no
  • 10. JB News – Informativo nr. 2.206– Florianópolis (SC) – domingo, 16 de outubro de 2016 Pág. 10/33 balançar de um navio, parece, por relatividade, que nenhuma coisa se dobrará. Só aquele que se levanta e olha de um plano diferente do dos que navegam percebe sua descida, como se diante deles fosse um ponto imóvel, como um farol na costa. Quando as misérias morais assolam um país, a culpa é de todos os que, por falta de cultura e de ideal, não souberam amá-lo como Pátria, de todos os que viveram nela, sem para ela trabalhar”. 3. Máxima: “A Pátria não é ninguém, são todos. Não é uma seita, nem um monopólio, nem uma forma de governo. É o céu, o solo, o povo, as tradições, a consciência, o lar, o berço dos filhos e o túmulo dos antepassados, a comunhão da Lei e da Liberdade”. (Rui Barbosa). MAÇONARIA 1. O Amor à Pátria: Quando se diz Patriotismo, não se deve entender por patriotada, isto é, demonstrações exibicionistas de amor pátrio porque, não há graus de Patriotismo. Como cidadão, o Maçom tem os seus deveres sagrados a cumprir para com a Pátria. Hoje a luta em defesa da Pátria, tem campos diversos dos campos de batalha. Há, por exemplo, a luta contra o analfabetismo, a luta contra a corrupção, aos corruptos e corruptores, incluindo os intermediários, a disseminação de esquemas de desvios de recursos públicos, contra a subversão que usa métodos de violência para demonstrar desagrado de grupos perante sistemas políticos, sem qualquer vantagem para a sociedade, que se infiltrou em todo o tecido cultural brasileiro, que exigem sacrifícios, às vezes até o extremo. O dinheiro passou a significar tudo, sobrepondo-se a qualquer outro valor. (Valdemar Sansão). 2. Grau 33 do Rito Brasileiro: Servidor da Ordem, da Pátria e da Humanidade: É título conferido ao Iniciado do Grau 33, do Rito Brasileiro de Maçons Antigos, Livres e Aceitos. Cabe- lhe o exercício de sui generis sacerdócio não-religioso e não profissional: trabalhar com destemor na propagação dos princípios da Maçonaria; identificar, como ser individual ativo, as polaridades opostas, a fim de neutralizá-las, freando o jogo espontâneo e instável do pensamento, para transformá-lo, de corrente tormentosa de reflexos do mundo, na quietude harmoniosa da disciplina interior. 3. Rituais REAA (GLSC): (...) não vos esqueçais que deveis à vossa Pátria o amor sincero do patriota e o devotamento do cidadão, pois as leis que a regem merecem vosso respeito e vossa consciente submissão. (...) nossa Ordem nos ensina a amar a Pátria e, portanto sermos bons cidadãos. (RA). Finalizando: A Maçonaria Regular é uma organização patriota, democrática, pacifista e respeitadora da Legalidade. O mesmo exige aos seus membros.
  • 11. JB News – Informativo nr. 2.206– Florianópolis (SC) – domingo, 16 de outubro de 2016 Pág. 11/33 O Ir.·. José Ronaldo Viega Alves* escreve às quartas-feiras e domingos. Loja Saldanha Marinho, “A Fraterna” Santana do Livramento – RS ronaldoviega@hotmail.com SOBRE AS PURIFICAÇÕES E SOBRE A PUREZA: OS SIGNIFICADOS VISTOS PELA ÓTICA RELIGIOSA E PELA ÓTICA MAÇÔNICA. “Nos antigos mistérios, a pureza de coração e de vida era um dos requisitos preliminares para a iniciação, pois que pela iniciação o aspirante era levado a um conhecimento de Deus, que não era ser permitido ser conhecido pelo impuro.” (Aslan, pág. 1101, 2012) INTRODUÇÃO Quando ouvimos a palavra purificação, a primeira associação que fazemos normalmente é para com as religiões. Aliás, a própria Bíblia é farta em fazer menção aos rituais e cerimônias de purificação, tanto no Velho Testamento, como também, no Novo Testamento. Além da palavra purificação, o termo pureza também é outro constantemente citado em âmbito religioso, mas, que remetem, ambos, ao vocabulário maçônico também, seja pelos significados que possuem e, principalmente por fazerem lembrar sobre as qualidades aquelas, virtudes melhor dito, às quais se espera sempre presentes naqueles que se definem Maçons: limpidez, transparência, sinceridade, correção, perfeição... Este trabalho quer começar mostrando algo sobre as origens dessas cerimônias e dos seus significados no âmbito da religião, para podermos chegar às cerimônias de purificação maçônicas que tem grande ênfase quando da cerimônia de Iniciação, compreendidas a da água, a do fogo (mais citadas), e ainda a do ar, mas, que podem remeter a bem antes quando o candidato é aprovado e proclamado “limpo e puro”. Além do mais, os atos de purificação não seriam tão restritos assim, eis que, a purificação interna seria um tipo de prática para continuar sendo desenvolvida durante toda a caminhada maçônica. 4 – Sobre as Purificações e sobre a Pureza Os Significados ... José Ronaldo Viega Alves
  • 12. JB News – Informativo nr. 2.206– Florianópolis (SC) – domingo, 16 de outubro de 2016 Pág. 12/33 PURIFICAÇÃO A palavra purificação provém do latim (purus, ‘puro’ e facere, ‘fazer’), o que dá a entender que se trata de uma ação ou condição com o objetivo de purificar alguém, o que pode ser no sentido ético, espiritual, ritual ou cerimonial. (Champlin, pág. 512, 2008) Ainda, no seu significado atrelado à religião, seria o conjunto de ritos religiosos próprios para livrar das impurezas e das manchas morais. A PURIFICAÇÃO NA BÍBLIA E NO SEIO DE ALGUMAS RELIGIÕES No “Vade-Mécum Maçônico” organizado pelo Irmão João Ivo Girardi, temos, de forma sintetizada alguns aspectos sobre a purificação no que se refere à Bíblia, onde soem acontecer algumas das maiores referências. Mais adiante, alguns comentários já abrangendo o universo das religiões também são feitos. Vejamos: “1. Na Bíblia era a cerimônia religiosa de acordo com a Lei Mosaica, pela qual um israelita ficava livre de uma determinada mancha legal. Podia-se contar impureza legal (e, por conseguinte necessitar de purificação) de vários modos: tocando num cadáver (Num.19,11-22; 31,19; Lev. 11,24-40); pelo contato com um leproso (Lev. 14, 4-32); pelas várias atividades referentes ao sexo (Lev. 15; Dt. 23, 10-11); pelo parto (após 40 dias do nascimento de um menino e 8 dias de uma menina, a mãe devia levar ao Templo, um cordeiro e uma rola em holocausto e em oferta pelo pecado (Lev. 12, 2-8). A Virgem Maria se submeteu a essa prescrição da Lei quando levou Jesus, quarenta adias após o seu nascimento (Lc. 2,22-24). A purificação externa ou legal destas formas de impureza ou santidade interna, que Deus queria no povo escolhido, o qual declarara: ‘Eu sou o Senhor, vosso Deus; sede santos porque Eu sou santo’ (Lev. 11,44). Cristo aboliu a multiplicidade das leis da purificação legal. Seu Evangelho de amor impôs, como principal exigência, a purificação interna, do coração e do espírito (At. 15,9; 1Pdr. 1,22). 2. Nas religiões, a purificação era exercida por meio de queima de incenso; no judaísmo, era por meio dos sacrifícios; no catolicismo, era por meio das indulgências; hoje pela confissão e os sacramentos; os evangélicos, por meio do batismo e da comunhão.” A CONFISSÃO: OUTRA FORMA DE PURIFICAÇÃO DAS RELIGIÕES Em seu “Grande Dicionário...”, o Irmão Nicola Aslan cita ao grande sociólogo francês Roger Bastide que escreveu o seguinte: “A confissão é um dos raros processos de purificação a sobreviver nas grandes religiões universalistas, por ser-lhe particularmente mais fácil assumir um sentido espiritual e moral. Encontra-se no Mitraismo, no Budismo, do qual é uma das raras cerimônias, no Cristianismo.” O “MIKVÊ” DO JUDAÍSMO A palavra ‘mikvê’ em hebraico significa reunião, ajuntamento. Mas, é também uma piscina, onde poderá estar contida a água acumulada da chuva ou de uma fonte. Sua finalidade: ser usada no ritual de purificação ou ablução. Na época do Templo (Beit Ha-Mikdasch), as impurezas eram removidas por meio do mikvê, sendo que hoje em dia sua função é mais restrita. E agora uma informação muito interessante: os prosélitos, ou aqueles que estão se convertendo ao judaísmo, devem mergulhar no mikvê, sendo que, é aí que reside a origem do batismo cristão. Para obtermos uma noção mais profunda do significado e da importância que o mikvê representava e representa para os judeus religiosos, as mulheres casadas, por exemplo, usam do mikvê depois da menstruação e antes de retomarem as relações sexuais com seus maridos. Já os homens banham-se no mikvê antes do jejum do Iom Kipur (Dia de Expiação), para se postarem puros ante Deus, além do mais, para os afetos à Cabala é necessário banhar-se no mikvê à véspera do Shabat (dia de descanso obrigatório, que começa na sexta ao anoitecer e vai até sábado à noite), e no caso dos seguidores do Chassidismo (Movimento
  • 13. JB News – Informativo nr. 2.206– Florianópolis (SC) – domingo, 16 de outubro de 2016 Pág. 13/33 revivalista fundado pelos judeus poloneses no séc. XVIII), diariamente, antes de efetuarem suas orações. (Unterman, pág. 175, 2006) A PURIFICAÇÃO NA MAÇONARIA Conforme o “Vade-Mécum Maçônico”, no que tange à Maçonaria, constam as seguintes informações no referido verbete: “3. Na Maçonaria a purificação é física, por meio de abluções e das cerimônias de batismo e lava-pés; moral, pelo domínio das paixões e emoções inferiores e, magnética pela purificação do templo por perfumes, incenso e música, antes das celebrações litúrgicas ou durante o seu desenvolvimento. Têm-na simbolizada a água e o fogo; mas enquanto a água lava as impurezas, o fogo as queima. A Maçonaria conserva essa prática tradicional, tanto nos trabalhos ritualísticos de suas lojas como no aperfeiçoamento moral e espiritual de seus membros. Mas ela também se previne contra o perigo de se exagerarem as cerimônias de purificação extra e se esquecer da mais importante, que é a purificação interna, moral e espiritual. As vibrações, os fluidos, o som das palavras sagradas, a bateria, a exclamação e a liturgia no seu todo são atos de pureza e de purificação.” COMENTÁRIOS: O Irmão Joaquim Gervásio de Figueiredo em seu clássico “Dicionário de Maçonaria”, no verbete PURIFICAR em seu item 1, diz: “Fazer passar alguém pela água, pelo ar e pelo fogo.”,o que caracteriza como sendo três as purificações pelas quais deve passar aquele que está sendo iniciado. No Ritual do REAA, no entanto, só vemos com todas as letras, menções sobre as purificações, quando das provas da água e do fogo. No entanto, as purificações são três, tanto é que Aslan também faz a citação das três quando: “A Maçonaria, que em suas Iniciações perpetua tradições dos povos da antiguidade, faz passar os candidatos pelas purificações do corpo e da alma, não somente por meio da Água e do Ar, mas também pela purificação da inteligência pelo Fogo.” A PUREZA E O SEU SIGNIFICADO NA MAÇONARIA Para melhor entendimento do conjunto todo, digamos assim, citemos o Irmão Rizzardo Da Camino, quando em seu “Dicionário Maçônico” assim se expressou com relação ao verbete PUREZA: “É o adjetivo de quem é puro. Todo maçom que participa de uma sessão dentro do Templo ‘purifica-se’ quando é aberto o Livro Sagrado e surge a Egrégora. As vibrações, os fluidos, o som das lavras sagradas, a Bateria e a liturgia, no seu todo, são atos de Pureza e de Purificação.” COMENTÁRIOS: A pureza, a limpeza de corpo e alma, a pureza das mãos, a inocência, a pureza do coração, para tudo isso existem referências no Livro Sagrado. Se pensarmos que na Maçonaria, quando do escrutínio realizado para a aprovação ou não de um candidato, as esferas brancas, declaram-no ‘limpo e puro’, apto, portanto, para a Iniciação, isso é o mesmo que dizer que ele não tem manchas ou defeitos, possuindo a pureza que a Maçonaria quer dos seus filiados. A cor branca que alude à pureza vai se fazer presente no seu simbolismo outras vezes, a exemplo da Iniciação, onde, recordemos que as luvas brancas recebidas tem o significado da pureza que se espera das mãos daqueles que são Iniciados Maçons. As luvas brancas significam pureza, candura e inocência, além desse outro significado que é o de um Maçom nunca manchar as mãos nas impurezas que são próprias do vício e do crime. Enfim, sobre a pureza, são muitos os momentos em que a mesma é evidenciada como característica e como virtude maçônica, aliás, no que tange às luvas brancas e ao seu significado, é para ser lembrado sempre.
  • 14. JB News – Informativo nr. 2.206– Florianópolis (SC) – domingo, 16 de outubro de 2016 Pág. 14/33 O TRABALHO SIMBÓLICO DE DESBASTAR A PEDRA BRUTA É UM TRABALHO DE CARÁTER PURIFICADOR? Uma resposta de caráter positivo passará fundamentalmente pelo que entendamos sobre o que compreende e o que significa o ato de desbastar a pedra bruta, e se entendemos que desbastar é tornarmo-nos menos grosseiros, menos rudes, livrando-nos das arestas, das impurezas, para formar um elemento humano mais transparente, mais polido, e ainda, se levarmos em conta também que neste processo contínuo e permanente, o Maçom for consciente de que sua mente deverá priorizar pensamentos puros que contemplem as qualidades morais e espirituais, em outras palavras, as virtudes, e afastando aqueles pensamentos que remetam aos vícios, então, esse desbastar que visa, sobretudo, o aperfeiçoamento moral e espiritual se enquadra naquilo que já foi apontado anteriormente que é o cuidado que o maçom deverá ter com a sua purificação interna, e que pode ser considerada tão importante quanto. CONCLUSÃO Começando pelas religiões, pudemos ver no decorrer deste sucinto trabalho, que aí reside a origem das cerimônias de purificação, com ênfase para o Judaísmo, a primeira grande religião monoteísta. Ainda, pudemos observar também que várias são as formas consideradas como purificações dentro do universo religioso. No que se refere à Maçonaria, mantenedora de várias práticas relacionadas ao aperfeiçoamento e evolução do homem, não seria tão diferente, ou seja, também ela persiste para que tais práticas de purificação sejam aplicadas aos seus membros. Há várias formas de purificação que são praticadas durante os cerimoniais maçônicos e, dentro de um templo maçônico, além dessas diretamente associadas à Iniciação, respectivamente a da água e a do fogo e a do ar, há outras que decorrem durante os trabalhos maçônicos, a exemplo da incensação, da música, etc. É mister que o Maçom conserve e tenha em mente durante a sua trajetória, aquela máxima que está disposta na Terceira Instrução ao Aprendiz, e que, nunca é demais repetir, onde está dito que, as purificações feitas no decorrer das viagens são feitas também, para fazer-nos lembrar de que o homem não é suficientemente puro para chegar ao Templo da Verdade, ou ao Templo da Filosofia, num sentido mais metafórico, mas, por outro lado, que se não descuidarmos da purificação interna (moral e espiritual), estaremos no caminho. CONSULTAS BIBLIOGRÁFICAS: ASLAN, Nicola. “Grande Dicionário Enciclopédico de Maçonaria e Simbologia” Volume 3 – Editora Maçônica “A Trolha” Ltda. 3ª Edição - 2012 CHAMPLIN, R.N. “Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia” –Volume 6 - Editora Hagnos – 9ª Edição – 2008 Dicionário Enciclopédico Ilustrado VEJA LAROUSSE – Volume 19 – Editora Abril S/A – 1ª Edição - 2006 DA CAMINO, Rizzardo. “Dicionário Maçônico” – Madras Editora Ltda. - 2006 FIGUEIREDO, Joaquim Gervásio de. “Dicionário de Maçonaria”- Editora Pensamento. GIRARDI, João Ivo. “Do Meio-Dia à Meia-Noite Vade-Mécum Maçônico” – Nova Letra Gráfica e Editora Ltda. – 2ª Edição – 2008 Ritual e Instruções do Grau de Aprendiz-Maçom do Rito Escocês Antigo e Aceito – GORGS – Porto Alegre, 2010-2013 UNTERMAN, Alan. “Dicionário Judaico de Lendas e Tradições”- Jorge Zahar Editor Ltda. - 1992
  • 15. JB News – Informativo nr. 2.206– Florianópolis (SC) – domingo, 16 de outubro de 2016 Pág. 15/33 O Ir Hercule Spoladore – Loja de Pesquisas Maçônicas “Brasil”- Londrina – PR – escreve aos domingos hercule_spolad@sercomtel.com.br A Prancheta Mais outro bem elaborado artigo da lavra do Ir Hercule Spoladore que fortalece a edição dominical do JB News. A “Prancheta”, uma das joias imóveis da Loja, muitas vezes despercebida dentro do Templo. É uma das três jóias fixas ou imóveis de uma loja que aparece no painel simbólico de cada rito. Sabemos que as outras duas são a Pedra Bruta que corresponde ao aprendiz e a Pedra Cúbica que corresponde ao companheiro. A Prancheta é um símbolo que pertence ao Mestre tem diferentes nomes conforme o Rito, mas trata-se do mesmo símbolo, com o mesmo significado. Trata-se de um símbolo que aparece nos painéis dos Ritos REAA, Rito Brasileiro e Rito Adonhiramita em seus rituais do primeiro e segundo graus, mesmo sendo um símbolo do Mestre. No REAA ela tem o nome de Prancheta. No Rito Adonhiramita no ritual do segundo grau nas instruções aparece com o nome de Pedra de Riscar, fazendo-se alusões às três pedras, bruta, cúbica e a de riscar. No Rito Moderno ou Francês no ritual do terceiro grau em suas instruções é citada como Pedra de Traçar. O Rito de Schröder possui em seu Tapete ou seu painel simbólico, o qual é único para os três graus, a 47ª Proposição de Euclides que é considerada simbolicamente no Rito como a Prancheta. Segundo instruções do Rito o Venerável Mestre de uma Loja Operativa preparava os planos através da Prancheta que era usada na Inglaterra antes de 1723 e que segundo os mentores atuais do Rito era baseada por analogia na famosa proposição citada. Referências sobre a Prancheta existem nos rituais dos graus um e três do Rito. No Rito de Schröder o ritual do terceiro grau o Venerável pergunta: Onde trabalham os Mestres? Resposta: Na Prancheta para com a Régua da Verdade, o Esquadro do Direito e o Compasso da Obrigação executarem seus projetos. Simbolicamente na Prancheta, ou Prancha a traçar, os mestres gravam ou traçam os planos estabelecidos, bem como as lições para os aprendizes e companheiros. Gravar ou traçar quer dizer escrever. No Rito de Schröder a Prancheta não traz como no REAA a chave do alfabeto maçônico. 5 – A Prancheta - Hercule Spoladore
  • 16. JB News – Informativo nr. 2.206– Florianópolis (SC) – domingo, 16 de outubro de 2016 Pág. 16/33 A Prancheta ou Prancha a traçar, ou seus sinônimos em outros Ritos aparece no painel simbólico do grau de aprendiz e de companheiro ao alto onde se observa um retângulo no qual figuram dois sinais. Em loja, o símbolo deve estar no Oriente feito de madeira ou outro material em cima de um cavalete ou adaptado em um local à direita de quem está sentado nas cadeiras do Oriente. Ele é um retângulo que representa uma prancha de desenhar, traçar ou gravar na qual, está inserido dois sinais, uma cruz quádrupla (quatro cruzes latinas cristãs) constituídas por duas paralelas cruzadas, símbolo do limitado e também daquilo que homem pode realizar e também uma cruz de ângulos opostos pelos vértices símbolo das díadas e também do infinito. Esta cruz é em forma de X (xis) também é conhecida como cruz de Santo André. Esta cruz para os maçons esotéricos simboliza a união a união do mundo superior com o mundo inferior. A cruz tem este nome porque segundo a história, Santo André teria sido supliciado numa cruz com esta forma. A Prancheta é um símbolo que como tal, significa que os mestres simbolicamente guiam os aprendizes e companheiros na sua caminhada, traçando os trajetos a serem percorridos por estes para que progridam na Maçonaria. A Prancheta apesar de ser um símbolo do mestre, aparece no painel simbólico do aprendiz e do companheiro e também dentro da loja como símbolo no Oriente devendo o aprendiz e companheiro apenas tomar conhecimento da sua função, ou seja, simbolicamente saber que são ensinados e instruídos pelos Mestres através da Prancheta. Este símbolo também contém a chave do alfabeto maçônico, o qual todos os maçons deveriam conhecê-lo e usa-lo. A cruz representada por duas paralelas cruzadas dá as posições das primeiras dezoito letras e a cruz em X dá a posição das quatro últimas letras. Todas as letras do alfabeto maçônico têm a forma de esquadro, o qual se relaciona com a matéria não sendo visto o círculo que é o símbolo do espírito, o qual não aparece no alfabeto maçônico, isto segundo Boucher que afirma que o espírito é invisível e desta maneira o maçom se vê convidado a se libertar da letra para abordar o espírito. Esta descrição tem valor para o REEA, que emprestou do Trabalho de Emulação (Emulation Working) que é o nome correto usado na Inglaterra e não Rito de York como se costuma erradamente a chamá-lo aqui no Brasil. Não existe Rito de York na Inglaterra. Existe sim, o Rito de York, mas este é americano. Os demais ritos simplesmente copiaram o painel do REAA, o qual copiou do painel do Trabalho de Emulação. Castellani considera a Prancheta como Tábua de Delinear (tracing board) e seria para ele no REAA todo o painel do grau no REAA, igual ao Trabalho de Emulação. Entretanto, outros autores acham que somente o símbolo Prancheta constante do painel simbólico e a sua representação física no oriente seria a Prancheta em si e não Tábua de Delinear. A tradução de prancheta do inglês para o português segundo Anatoli Oliynik seria clip board e não tracing board. Será descrito a seguir como é a Tábua de Delinear no Trabalho de Emulação, fazendo-se algumas comparações necessárias com os demais ritos. A Tábua de Delinear (Tracing Board) é todo o seu painel com os símbolos inseridos nele. Já no REEA no Brasil, algumas potências adotam o painel simbólico e o alegórico. O painel alegórico do REAA é cópia da Tábua de Delinear do Trabalho de Emulação. Todavia, é no painel simbólico do REEA e não no alegórico que aparece a Prancheta. O Painel do Trabalho de Emulação que é chamado de Tábua de Delinear ou tracing board é um todo e não apenas um símbolo isolado como nos demais ritos onde este é mostrado como um retângulo onde estão gravadas as já citadas duas cruzes. A Tábua de Delinear é, portanto, todo o painel no Trabalho de Emulação. A Tábua de Delinear dos ingleses serviu de modelo para o REAA acrescentar como um dos seus símbolos constantes do Painel do primeiro e segundo graus a Prancheta. Aliás, diga- se de passagem, que o REEA copiou praticamente toda a Tábua de Delinear do Emulação com exceção de alguns símbolos que foram acrescentados e outros retirados, e hoje é conhecido como painel alegórico no REAA.
  • 17. JB News – Informativo nr. 2.206– Florianópolis (SC) – domingo, 16 de outubro de 2016 Pág. 17/33 Escritores de renome na Maçonaria, não esclareceram bem este detalhe. Este assunto ainda não está bem elucidado. Deixaram os leitores confusos, tratando ambos os símbolos como se fossem a mesma coisa, ou seja, Prancheta e a Tábua de Delinear e a realidade não é bem essa. Castellani não deu a interpretação correta. Ele considerava a Prancheta e a Tábua de Delinear como a mesma coisa. Será escolhida a descrição da Tábua de Delinear (Tracing Board) na linguagem da forma de trabalhar da maçonaria inglesa no Trabalho de Emulação em razão de todos os ritos menos o de Schröder terem copiado e adaptado os primeiros painéis os quais foram todos oriundos do Trabalho de Emulação. Ele mostra simbolicamente todo o interior de uma loja. A Tábua de Delinear representa a forma de uma loja que é a de um paralelepípedo com comprimento que vai de leste a oeste e largura de norte a sul. A altura até os céus. As lojas estão situadas do oriente para o ocidente. Aparece o Sol a Lua e as sete estrelas. A forma da Lua neste rito é a de lua cheia e não quarto crescente como nos demais ritos. As três grandes colunas que sustentam a loja representam Salomão, Hiran, rei de Tiro e Hiran Abif, respectivamente Sabedoria Força e Beleza, sendo as colunas pela ordem Jônica, Dórica e Coríntia. Estas colunas têm as suas miniaturas expostas nos Pedestais do 1º Vigilante, a Dórica, e do 2º Vigilante a Coríntia, fazendo parte da ritualística do grau. No pedestal do Venerável não há uma coluneta representando a Sabedoria O Círculo com um ponto central gravado no móvel que está suportando o Volume da Lei Sagrada (Bíblia) em cima do qual está representada a Escada de Jacó, a qual tem muitos degraus, tantos quantos forem as virtudes morais necessárias a serem alcançadas pelo maçom no seu progresso na Ordem, mas as três virtudes principais são a Fé, Esperança e Caridade, representadas por uma cruz, um cálice e uma âncora e em cima da Escada de Jacó uma estrela de sete pontas. O interior de uma loja é composto de ornamentos, mobiliário e jóias. Os ornamentos de uma loja são: Pavimento Mosaico, a Estrela Brilhante e a Moldura Denteada ou marchetada. Os mobiliários da loja são: o Livro das Sagradas Escrituras (Bíblia), o Compasso e o Esquadro. As jóias são: três móveis e três imóveis ou fixas. As jóias móveis são o Esquadro, Nível e o Prumo. As imóveis ou fixas são a Tábua de Delinear (eis aqui citada novamente como mais um símbolo dentro do painel) a Pedra Bruta e a Pedra Esquadrada (No REAA é a Pedra Cúbica) Percebe-se que os ingleses repetem no painel a Tábua de Delinear como uma das jóias imóveis. Mas a Tábua de Delinear é também todo o painel conforme já foi citado, Mas como símbolo representando umas das três jóias imóveis permanece ao lado da Pedra Bruta e da Esquadrada que elas ficam expostas para que os aprendizes e companheiros nela se instruam. Aparecem ainda a Régua de 24 polegadas, o Escôpro ou Cinzel e o Maço, que são os instrumentos de trabalho do aprendiz neste rito ou trabalho. Ainda resta comentar um símbolo desconhecido em outros ritos e que se chama Lewis que seria um símbolo triangular, uma espécie de luva de ferro em secções com cunhas ajustáveis e expansíveis, utilizadas para engatar e auxiliar grandes levantamentos. Seria uma ferramenta que levanta grandes pesos com pouca força. Este termo ainda é usado para o filho de maçom, conhecido no Brasil como lowton. Pendentes nos quatro cantos da loja estão as Borlas que lembram as quatro virtudes cardeais: Temperança, Firmeza, Prudência e Justiça. A localização da Tábua de Delinear como jóia imóvel no Trabalho de Emulação está segundo Castellani situada na parte sudoeste do templo à frente do segundo diácono (júnior deacon) o qual está próximo à parede ocidental e não no Oriente como em alguns dos demais ritos.
  • 18. JB News – Informativo nr. 2.206– Florianópolis (SC) – domingo, 16 de outubro de 2016 Pág. 18/33 A Grande Loja Unida da Inglaterra, não está mais usando a Tábua de Traçar desenhada no século XIX pelo Irmão John Harris desenhado especialmente para a “Emulation Lodge of Improvement”; Hoje ela usa a Tabua de Delinear pintada pelo Irmão Esmond Jefferies. Houve algumas modificações em relação à Tabua de Delinear de Harris. As colunas mudaram de posição A dórica permaneceu no local em que estava, mas ela deve ficar na mesma linha de perspectiva à esquerda da coluna jônica. Por isso a posição da jônica mudou. A coluna coríntia esta agora à direita isolada. Na Escada de Jacó, os símbolos da cruz, cálice e âncoras foram substituídos por anjos e a estrela de sete pontas foi substituída por uma estrela muito brilhante. Foi colocada uma estatua do Rei Hiran sobre a coluna dórica, uma estátua do Rei Salomão sobre a coluna jônica e uma estátua de Hiran Abif em cima da coluna coríntia. O Pavimento de Mosaico representado no Painel é agora como um tabuleiro de xadrez e não em diagonal como no REAA Este e é o painel que consta do Emulation Ritual publicado pela Lewis Masonic Publishers Ltd. uma das editoras autorizadas pela Grande Loja Unida da Inglaterra. A Prancheta como símbolo faz parte de todos os Ritos e não se chama Tábua de Delinear, nome este que é somente usado pelo Trabalho de Emulação, quando se trata da descrição de todo o painel. Mas dentro do próprio painel do Trabalho de Emulação existe como símbolo a Tabua de Delinear que deveria charmar-se clip board e seria o correspondente à Prancheta, pois o simbolismo é o mesmo. De qualquer forma, tirando estas pequenas diferenças entre os Ritos, ela é um símbolo do Mestre, significando que ele escreve nela os caminhos, os conceitos, os princípios e ensina a ética a serem seguidos pelos Companheiros e Aprendizes. REFERÊNCIAS BOUCHER, J. A Simbólica Maçônica . Editora Pensamento – 9ª ed.- São Paulo, 1993 CASTELLANI. J. Consultório Maçônico IV e V Editora Maçônica ”A Trolha” Ltda. Londrina, 1994 e 1997 NICOLA. A. . Grande Dicionário Enciclopédico de Maçonaria e Simbologia. . Editora Arte Nova – São Paulo, 1975 OLIYNIK, A. Emulação (História, Ritualística e Rituais) Ed. Gráficas Vicentina - Curitiba, 2004 PIRES. J.S. O Suposto Rito de York e outros Estudos Editora Maçônica “A Trolha”. Londrina, 2000 VAROLI T.Fº Curso de Maçonaria Simbólica II tomo – Ed. Gazeta Maçônica São Paulo, 1976 Revista “A Trolha” nº 148 – 02/1999
  • 19. JB News – Informativo nr. 2.206– Florianópolis (SC) – domingo, 16 de outubro de 2016 Pág. 19/33 O Irmão João Anatalino Rodrigues escreve às quintas-feiras e domingos jjnatal@gmail.com - www.joaoanatalino.recantodasletras.com.br A MAÇONARIA E O PASSO DA REFLEXÃO O passo da reflexão O Passo da Reflexão é um simbolismo ligado à chamada queda do homem, ou seja, a expulsão do casal humano do Paraíso em razão da sua desobediência aos preceitos de Deus, que os havia proibido de comer do fruto da Árvore do Conhecimento.1 Essa passagem bíblica é uma metáfora que evoca o momento histórico em que o homem tornou-se uma criatura inteligente e passou a fazer reflexões sobre as suas razões de existência. Ele descobriu a natureza do bem e do mal e extensão da sua própria força. Com isso pensou que poderia dominar a natureza e ombrear-se com os próprios deuses que eles cultuavam. Isso é o que diz a Bíblia e também o que sugerem os mitos gregos. Embora essa idéia tenha ficado mais patente na cultura dos helenos, uma cultura profundamente humanista, centralizada no homem como ponto máximo da criação universal, todas as tradições religiosas dos povos antigos sugerem que em dado momento da sua história o homem se sente, ele mesmo, um deus. Parece ser capaz de tudo. Assim, o herói grego, conforme aparece nas lendas e nas tradições da Grécia clássica é um semideus, que em certos momentos, se mostra inclusive mais inteligente e poderoso que os próprios deuses. Na verdade, o herói das tradições gregas e judaicas nada mais é que uma emulação das virtudes masculinas de dominação, derivada da concepção patriarcal que se instalou na sociedade a partir de certo momento histórico. Com isso, o homem rompeu seus elos com os poderes superiores e afirmou-se como um poder paralelo, capaz de desafiar a própria divindade. Com essa concepção a movê-lo, ele elevou-se acima de sua condição humana, invadiu os territórios que antes eram reservados aos deuses, enfrentou-os, e não raras vezes até conseguiu derrotá-los. Assim é que Ulisses desafia Netuno, Prometeu rouba o fogo divino, Hércules realiza todas suas provas sem que nenhum Deus seja capaz de detê-lo, os faraós tornam- 1 Gênesis, 2;16.A Bíblia diz que no Èden havia duas árvores: a Árvore da Vida, que concedia a imortalidade e a Árvore do Conhecimento, cujos fruto concediam a ciência do bem e do mal. Foi desta última que o casal humano se apoderou e comeu. Modernas concepções cabalistas vêem nessa metáfora uma advertência de Deus a respeito do conhecimento da energia atômica (capaz de destruir o planeta) e da engenharia genética (passível de dar ao homem o poder de criar e prolongar sua vida). 6 – A Maçonaria e o Passo da Reflexão João Anatalino Rodrigues
  • 20. JB News – Informativo nr. 2.206– Florianópolis (SC) – domingo, 16 de outubro de 2016 Pág. 20/33 se, eles mesmos, verdadeiros deuses, os gregos fazem de Alexandre uma divindade, os imperadores romanos são deificados e assim por diante.2 E. Wallis Budge lembra que o anseio humano pela conquista da divindade era particularmente forte entre os egípcios, que pensavam poder adquiri-la diretamente dos deuses, comendo-os. Na Pirâmide de Unas lê-se que aquele faraó, “comera” parte do corpo dos deuses para obter seus atributos divinos. Com isso se tornara também uma divindade, representada pela estrela Orion. Diz aquele autor que o objetivo dos egípcios era obter a posse do poder mágico e o conhecimento das palavras de passe, que lhes daria poder ilimitado e imortalidade, atributos que só se conferiam à divindade. E o único meio pelo qual poderiam se apossar deles era “comendo o corpo dos próprios deuses”.3 Essa prática também foi observada por James Fraser, que relatou em sua obra clássica (O Ramo de Ouro, 1929), o costume dos indígenas da Polinésia de devorar a carne dos seus inimigos. Muito mais que a necessidade de se alimentar, o canibalismo entre as tribos polinésias, africanas e americanas, tinha um sentido esotérico. Eles costumavam comer a carne dos seus inimigos na esperança de adquirir sua força. O próprio Cristianismo não escapou á influência dessa tradição. Jesus concitou seus discípulos a “comer a sua carne e beber o seu sangue” como forma de realizar comunhão com ele. O simbolismo dessa metáfora é evidente. A Igreja Católica, ao adotar o costume de partilhar a hóstia em suas missas incorporou essa tradição aos seus rituais. Nesse costume está o profundo sentido místico de “comer o deus” para realizar a união com ele, isso é, adquirir a sua força.4 A teologia hebraica- cristã interpretou o mito da expulsão do casal humano do paraíso como sendo uma conseqüência do pecado que o homem cometeu contra Deus, instigado pelo seu opositor, Satã, tido como o invejoso anjo do mal que queria usurpar o lugar Dele. Assim, aquilo que para os gregos foi um grito de liberdade do homem em relação aos desígnios divinos, para as religiões inspiradas no monoteísmo hebraico foi uma rebelião perpetrada pelo anjo opositor e espalhada entre os seres humanos. Daí o conceito de pecado e as teorias da expiação e resgate do ser humano, desenvolvidas pelos povos do Oriente Médio e amplamente divulgadas em suas religiões.5 Parece-nos, todavia, que esse mito não é mais que a evocação inconsciente de um acontecimento biológico, ocorrido na longa história da evolução do organismo humano. Ele significa, na verdade, o momento em que o homem, emergência 2 O próprio termo designativo de Fraternidade, que é aplicado a um grupo de tradições comuns vem do grego Frátria, que na antiga Atenas designava uma associação de cidadãos unidos pela mesma cultura religiosa compartilhante dos mesmos símbolos. Eles formavam uma unidade política e religiosa. A legislação de Sólon legitimou essas associações, determinando a sua composição em trinta famílias. Cada tribo podia manter três desses grupos. Assim, Atenas estava dividida em quatro tribos com um total de doze frátrias. 3 E. Wallis Budge, The God of Egipcians, Vol. II, Ed. Dover New York, 1929. 4 No caso cristão tratava-se de um ritual que visava “incorporar” nos apóstolos a natureza divina de Jesus, uma fórmula comum de se realizar “Irmandade”. Aliás, o banquete, a chamada “comensalidade”, praticada por Jesus e seus discípulos, era uma forma bastante comum de simbolizar essa Irmandade entre os povos antigos. O Banquete de Platão é um claro exemplo disso. No caso de Jesus e seus discípulos o banquete da Páscoa, realizado na tarde da quinta-feira e não na sexta, como era costume entre os judeus, mostra a clara disposição de Jesus de realizar um novo pacto entre o povo de Israel e Deus. Por isso também ele reuniu exatamente doze discípulos, cada um simbolizando uma das tribos do antigo Israel. 5 As religiões em questão são o Judaísmo, o Cristianismo e o Islamismo.
  • 21. JB News – Informativo nr. 2.206– Florianópolis (SC) – domingo, 16 de outubro de 2016 Pág. 21/33 descontinua numa sucessão de ocorrências biológicas processadas em série, deu um salto qualitativo no seu processo de desenvolvimento e produziu a sua primeira reflexão. E dela emergiu como um deus, com a sensibilidade do bem e do mal, do que era certo e errado, com a sabedoria enfim, ainda que meramente intuitiva, de que havia forças no universo que produziam os acontecimentos, e que eles não eram meramente obras de “entidades” que as perpetravam ao seu bel prazer. Assim, todos os mitos que evocam uma rebelião do homem contra os deuses, ou o conflito deste com a divindade, nada mais simbolizam que o momento em que o homem deu o grande passo que o fez diferente das demais espécies vivas: o Passo da Reflexão. Esse é, inclusive o entendimento de alguns teólogos e mestres cabalistas, que vêem nessa metáfora bíblica uma forma de compatibilizar a visão bíblica com as modernas teorias científicas que pregam ser o homem um produto de uma longa evolução que começou na mais primitiva das formas de vida e vem seguindo um processo de desenvolvimento controlado por leis postas na natureza por uma Mente Universal.6 O despertar da consciência De que outra forma se poderia entender a curiosa metáfora imaginada pelo cronista bíblico para figurar o nascimento da consciência no ser humano, senão pensando que o Eterno planejou a sua Criação de forma que ela pudesse evoluir, em diversos ramos distintos, como se ela fosse, de fato, uma Árvore? Constrói-se, dessa forma, uma biogênese, na qual é possivel seguir os filamentos que ela manifesta, verificando os graus de complexidade que cada espécie assume em cada momento específico de sua vida. Teilhard de Chardin, cujo pensamento tem nos socorrido em praticamente todos os enigmas em que os exegetas da Bíblia não o conseguem, nos dá uma boa compreensão desse tema. Ao se referir á Arvore da Vida, que na sua visão é o próprio fenômeno da Criação, nele compreendido todas as manifestações de existência orgânica, desde a primeira e indivisível célula, até o organismo mais complexo que a Natureza engen-drou, que é o ser humano, ele releva esse momento especial em que os “olhos do homem se abriram e ele se equiparou aos deuses, conhecendo o bem e o mal”. Em páginas de infinita beleza poética esse magistral filósofo nos mostra como esse “pecado”, ou seja, a aquisição do conhecimento ocorreu. “Do ponto de vista experimental, que é o nosso, a Reflexão, como a própria palavra o indica, é o poder adquirido por uma consciência de se dobrar sobre si mesma, e de tomar posse de si mesma como um objeto dotado de sua própria consistência e de seu próprio valor; não mais apenas conhecer ─ mas conhecer-se; não mais apenas saber, mas saber que sabe. Por essa individualização de si mesmo, no fundo de si mesmo, o elemento vivo, até aqui espalhado sobre um círculo difuso de percepções e de atividades, acha-se constituído, pela primeira vez, em centro punctiforme, onde todas as representações e experiências se entrelaçam e se consolidam num conjunto consciente de sua organização.”7 6 Nesse sentido veja-se a obra monumental de Teilhard de Chardin “O Fenômeno Humano”, Ed. Cultrix, São Paulo, 1968. Veja-se também Daniel Goleman, Inteligência Emocional, Ed. Objetiva, 1995. 7 O Fenômeno Humano, op. Citado, pg. 186.
  • 22. JB News – Informativo nr. 2.206– Florianópolis (SC) – domingo, 16 de outubro de 2016 Pág. 22/33 Nesse texto esse grande filósofo está a nos dizer que uma organização celular ocorrida no interior do organismo humano, mais propriamente uma concentração energética sobre um órgão do nosso corpo, o cérebro, nos fez diferenciar do ramo dos primatas, ao qual pertencemos como espécie. A vida interior, refletida sobre si mesma, nos proporcionou esse salto evolutivo que a Bíblia chama de “comer o fruto do conhecimento do bem e do mal”. O nascimento do Adão terrestre, como ser inte-ligente e “imagem” do seu Criador, deu-se, portanto, no momento em que ele capturou uma consciência, e o “pecado”, que na dicção bíblica se traduz por comer o fruto da Árvore do Conhecimento, foi o momento limite em que ele praticou a sua primeira reflexão, tomando conhecimento de que tinha um ego, um “self”, que o identificava e lhe dava a capacidade de classi-ficar e entender os próprios pensamentos. A interpretação científica Modernas concepções científicas também chegaram ao mesmo patamar de entendimento. Eis como um discurso científico descreve esse momento singular, em que o homem dá o salto qualitativo que o distingue das demais espécies animais:“Há cerca de cem milhão de anos, o cérebro dos mamíferos deu um grande salto em termos de crescimento. Por cima do tênue córtex de duas camadas ─ às regiões que planejam, compreen-dem o que é sentido e coordenam o movimento ─, acrescenta-ram-se novas camadas de células cerebrais, formando o néo-cortex. Comparado com o antigo córtex de duas camadas, o neocórtex oferecia uma extraordinária vantagem intelectual. O neocortéx do homo sapiens, muito maior do que o de qualquer outra espécie, acrescentou tudo que é distintamente humano (...).” 8 Até esse momento, os hominídios, como diz Teilhard de Chardin, acompanhavam a filogênese da criação, apenas como mais um ramo da Árvore da Vida, em seu desenvolvimento normal. Mas a partir do momento em que adquiriu a capacidade de refletir, o homem diferenciou-se entre todas as espécies criadas, passando, como diz a Bíblia, a ser “uma imagem de Deus”, aquele que Ele escolheu para subjugá-la e dominá-la. Quer dizer, o que faz o homem ser uma imagem do seu Criador não é o seu aspecto fisico, mas o seu carácter intelectual, pois é deste que transcende a sua parte espiritual. Sim, porque a partir desse momento o homem adquiriu o livre arbitrio e a capacidade de fazer as próprias escolhas, dando um sentido á evolução. Isso, para uma sensibilidade inocente, que até então não tinha a consciência do próprio ego, deve mesmo ter significado a morte da inocência, a expulsão de um paraíso, onde, por não existir o exercício da escolha, também não existia ansiedade, culpa, estresse, cansaço e náu-sea da própria existência, por não saber a que ela se destina, nem qual é o seu propósito, como dizia um personagem de Sartre.9 Como salienta o cronista bíblico, o homem pagou caro por essa ação. Foi expulso do paraíso. Mas isso foi para que ele “não comesse também da Árvore da Vida”, pois esse fruto lhe daria a imortalidade. Quer dizer que se os homens tivessem, 8 Daniel Goleman, PHD- Inteligência Emocional- Ed. Objetiva, pg. 25. 9 Jean Paul Sartre- A Náusea- Círculo do Livro, 1986. Essa “culpa”, essa fadiga, essa náusea de viver, segundo Sartre, é o reflexo do “castigo” dado ao homem pela desobediência. Ter consciência de si mesmo, e ao mesmo tempo sentir-se despregado de um todo, onde a vida lhe aparece como uma existência vazia e sem sentido, destinada apenas a preencher um espaço entre o ser e o nada. Essa é a verdadeira expressão da metáfora da expulsão do paraíso.
  • 23. JB News – Informativo nr. 2.206– Florianópolis (SC) – domingo, 16 de outubro de 2016 Pág. 23/33 concomitantemente á aquisição do conhecimento, obtido o dom de viver para sempre, prejudicado estaria todo o projeto do Criador, que planejou a construção do universo de combinação em combinação, através de um plano de evolução, onde a energia que o formata sai do ínfimo (o núcleo atômico) e caminha para o imenso, no plano material, externo, e do simples (a célula) vai para o complexo (no plano espiritual, interno), como intui Teilhard de Chardin quando desenvolve a sua noção hiperfísica do universo. A Árvore biológica do ser humano A visão teilhardiana da Árvore da Vida contrasta, naturalmente com as visões literais dos criacionistas, que vêem a espécie humana como nascida a partir de um casal feito á imagem e semelhança de Deus, ou seja, na sua forma orgânica e espiritual já perfeita e acabada. Ao revés ─ e isso significou para esse originalíssimo pensador jesuíta uma feroz repressão da sua própria Igreja ─, ela está muito mais para as teses defendidas pelos adeptos da seleção natural, embora destes Teilhard se afaste quando introduz nessa evolução um componente de espiritualidade, negado pelos evolucionistas. Pois aqui o homem é resultado de um longo processo de evolução, maturado no seio da matéria universal, mas dirigido por uma Vontade que nela atua e se cristaliza. Diferente, pois, do homem obtido simplesmente por seleção natural, que é produto apenas de sínteses químicas que vão se processando pela força das leis que regem a mecânica universal. Nessa composição cabe um lugar inclusive para o próprio Mal, que na tradição bíblica é o diabo travestido de serpente. Pois não é ele que perverte a parte mais sensível da mente do homem (a sua parte feminina) com um discurso que estimula a sua vaidade? Que mais agradaria ao recém-nascido ego humano do que a ideia de tornar-se igual ao próprio Criador? É por isso que a Cabala ensina que “Satã é o nosso Ego, o nosso desejo de ser sempre mais. Ele é o desejo que queima, o egoísmo que exige cada vez maior prazer”.10 E por isso a Maçonaria se apresenta como disciplina onde o homem procura aperfeiçoar o seu espírito, erguendo “templos á virtude e cavando masmorras ao vício”. Tudo isso nada mais é uma tentativa de mitigar as razões do Ego para, em troca, obter maiores ganhos em espiritualidade. Essa é, em resumo, a função da prática maçônica. 10 A Sabedoria da Cabala, op. citado, pg. 152.
  • 24. JB News – Informativo nr. 2.206– Florianópolis (SC) – domingo, 16 de outubro de 2016 Pág. 24/33 (as letras em vermelho significam que a Loja completou ou está completando aniversário) GLSC - http://www.mrglsc.org.br GOSC https://www.gosc.org.br Data Nome da Loja Oriente 03.10.1981 Ação e Fraternidade Gasparense nr. 26 Gaspar 17.10.1969 São João Batista nr. 14 Orleans 19.10.2000 Gênesis nr. 47 Florianópolis 20.10.1977 Duque de Caxias nr. 21 Florianópolis 22.10.1970 Sentinela do Oeste nr. 17 Chapecó 25.10.1978 Harmonia e Fraternidade nr. 22 Joinville 25.10.1996 Cavaleiros da Luz nr. 64 Florianópolis 28.10.1989 Jack Malt nr. 49 Rio Negrinho 28.10.2008 Delta do Universo nr. 98 Florianópolis Data Nome da Loja Oriente 05/10/1991 Zezinho Cascaes Braço do Norte 12/10/1994 Fraternidade Serrana São Joaquim 13/10/2004 Portal da Serra Bom Retiro 15/10/1985 Lealdade, Ação e Vigilância Florianópolis 16/10/1951 Estrela do Planalto Curitibanos 18/10/1997 Acácia das Gaivotas Bal. Gaivota 20/10/2008 Construtores da Paz Chapecó 21/10/1972 General Bento Gonçalves Araranguá 22/10/1997 Sol do Oriente Camboriú 26/10/1975 Acácia das Neves São Joaquim 30/10/2002 Frank Shermann Land Florianópolis 7 – Destaques (Resenha Final) Lojas Aniversariantes de Santa Catarina Mês de setembro
  • 25. JB News – Informativo nr. 2.206– Florianópolis (SC) – domingo, 16 de outubro de 2016 Pág. 25/33 GOB/SC – http://www.gob-sc.org.br/gobsc Data Loja Oriente 03.10.03 Delta de Ingleses - 3535 Florianópolis 06.10.81 Prof. Clementino Brito - 2115 Florianópolis 13.10.07 Luz de São Joaquim - 3884 São Joaquim 15.10.93 Cidade Azul - 2779 Tubarão 15.10.05 Estácio de Sá -3763 Florianópolis 17.10.08 Luz de Órion - 3951 Itapema 23.10.00 Luz e Harmonia - 3347 Brusque 26.10.96 Arquitetos do Vale - 2996 Blumenau 26.10.08 Amigos da Liberdade - 3967 Palhoça 27.10.97 Atalaia -3116 Itajaí 28.10.95 Luz do Atlântico Sul - 2894 Baln. Camboriú
  • 26. JB News – Informativo nr. 2.206– Florianópolis (SC) – domingo, 16 de outubro de 2016 Pág. 26/33 Organização do Cortejo À hora fixada, o Mestre de Cerimônias, depois de verificar se todos os presentes se encontram maçonicamente trajados (terno preto, gravata preta, camisa branca e sapatos pretos ou Balandrau com calça preta e sapatos pretos), e revestidos de suas insígnias, dispõe-nos em fila dupla, na seguinte ordem: os Aprendizes e Companheiros, inclusive os visitantes com esses graus, sendo os primeiros posicionados do lado norte e os segundos do lado sul, indo à frente os mais novos; a seguir, os Mestres, inclusive os visitantes com esse grau, indo à frente os mais modernos em idade maçônica; logo depois, os Oficiais e Dignitários, cada qual pelo lado em que estiver o lugar que deverá ocupar em Loja; depois, os Vigilantes e em seguida a eles os Mestres instalados, inclusive os que forem visitantes e não devam ser recebidos com formalidades ritualísticas; finalmente, o Venerável Mestre. Organizado o cortejo, o Venerável Mestre poderá determinar que o Mestre Cerimônias faça uma prece ou exortação aos Irmãos, a título de preparação da egrégora. Isto feito, o Mestre de Cerimônias convidará os Irmãos Mestre de Harmonia e Guarda do Templo para que ocupem os seus lugares no Templo. Observação: A determinação para que o Mestre de Cerimônias faça uma prece ou exortação aos Irmãos sempre foi dispensada em razão de ser um Uso e Costume em nossa Loja de sempre fazê-lo. Juarez de Oliveira Castro (48) 9983-1654 (Claro) (48) 9801-9025 (TIM) juacastr@gmail.com "Quando você ajuda alguém a subir a montanha, você alcança o topo com ele". Visite a página: http://www.alferes20.net
  • 27. JB News – Informativo nr. 2.206– Florianópolis (SC) – domingo, 16 de outubro de 2016 Pág. 27/33 ACADEMIA CATARINENSE MAÇÔNICA DE LETRAS Fundada em 21 de abril de 1989 Avenida Prefeito Osmar Cunha, N. 183 Edifício Ceisa Center – Bloco “B” – sala 111 CEP 88015-100 – Florianópolis – Santa Catarina Convite A ACADEMIA CATARINENSE MAÇÔNICA DE LETRAS através de seu Presidente Acadêmico Edy Genovez Luft e a Benfeitora, Augusta e Respeitável Loja Simbólica "Professor Mâncio da Costa" N. 1.977, ao Oriente de Florianópolis / SC, através de seu Venerável Mestre Irmão Paulo Roberto Velloso, tem o prazer de convidar os Caríssimos Irmãos, distintas famílias, Maçons independente de Obediência ou Ritos, Acadêmicos e a Sociedade, para a Solenidade Pública, com a Palestra do Confrade Walter Celso de Lima, com o Tema "As Origens e o porquê dos Rituais Maçônicos" realizar-se no Templo Maçônico do Condomínio da Fraternidade da Arte Real, a Rua Presidente Gama Rosa, N. 36, no Bairro da Trindade, nesta capital, no: Dia 17 de outubro do ano de 2.016 (segunda feira), no horário das 20:00hs. Antecipadamente agradecemos sua indispensável e honrosa presença. Oriente de Florianópolis, 04 de outubro de 2.016 Acadêmico Edy Genovez Luft Presidente OBS: 1-Informações: (048) 3333.6095 / 9972.5934 – 3224.3350 e - mail: rubenluzcosta@gmail.com
  • 28. JB News – Informativo nr. 2.206– Florianópolis (SC) – domingo, 16 de outubro de 2016 Pág. 28/33 CONVOCAÇÃO e CONVITE O Secretário da Loja, que subscreve, convoca todos os Irmãos do quadro, com base no inciso V do Artº 116 do Regulamento Geral da Federação e convida todos os demais Irmãos, para a 48ª Sessão da A.R.L.S. “Alvorada da Sabedoria” nº 4.285, dia 8 de novembro, terça-feira, quando a palestra a cargo do Venerável Ir. Boris Omar Koerich, MI da ARLS Arquitetos do Vale, nº 2996, com o tema “Fotoproteção”. A sessão será no Templo II (Templo para Trabalhos de Emulação) da Fundação Unitas, a rua Machado de Assis, 210, Estreito, Florianópolis. Programação: 20:15 h: encontro no átrio do Templo; 20:30 h: início da sessão. Após a sessão, será oferecido uma ágape com um bom whisky. Ir. Ruben Luz da Costa, Secretário Wisdom Dawn Lodge
  • 29. JB News – Informativo nr. 2.206– Florianópolis (SC) – domingo, 16 de outubro de 2016 Pág. 29/33 Começa neste domingo o Horário de Verão: Ir Marcelo Angelo de Macedo, 33∴ MI da Loja Razão e Lealdade nº 21 Or de Cuiabá/MT, GOEMT-COMAB-CMI Tel: (65) 3052-6721 divulga diariamente no JB News o Breviário Maçônico, Obra de autoria do saudoso IrRIZZARDO DA CAMINO, cuja referência bibliográfica é: Camino, Rizzardo da, 1918-2007 - Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014 - ISBN 978-85.370.0292-6) Para o dia 16 de outubro: Programas A vida moderna exige que os atos individuais e públicos, grupais ou econômicos, sejam programados. Hoje, a ciência conta com o computador que é o aparelho eficiente para as programações. Qualquer entidade, religiosa, cultural, recreativa, cientifica, etc. deve programar as suas atividades, para evitar o caos. A Maçonaria nada faz sem prévia programação; dentro dos trabalhos modestos de uma Loja Maçônica, o Venerável Mestre somente terá êxito na sua gestão se programar os seus trabalhos; essa programação apresenta partes distintas: programação de sua gestão, que poderá ser anual, cosoante o período para que foi eleito, ou abrangendo dois ou mais anos; poderá ser mensal ou semanal, considerando que cada sessão deve obedecer uma programação específica. Diante dessa prática, o maçom, por sua vez, como reflexo eficaz, deverá programar a sua vida familiar, profissional e espiritual. Toda programação obedece a experiências passadas, a dos mais capazes e a previsão do que possa advir. Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014, p. 308.
  • 30. JB News – Informativo nr. 2.206– Florianópolis (SC) – domingo, 16 de outubro de 2016 Pág. 30/33 Templo da ARLS Norberto Jusi Nr. 38 – Pato Branco (GOP)
  • 31. JB News – Informativo nr. 2.206– Florianópolis (SC) – domingo, 16 de outubro de 2016 Pág. 31/33 1 – Confira as 12 flores mais exuberantes do planeta! 2 – Você é bom em vocabulário? Faça esse teste e descubra! 3 – Você nunca viu fotos hilárias de animais como essas! 4 – Gruta de Netuno: Gruta_de_Neptuno-Sardenha.pps 5 – Ipês do Brasil: Ipes_do_Brasil.pps 6 - Catedrais espanholas: Catedralesespanolas.pps 7 - Filme do dia- “Carlitos” https://www.youtube.com/watch?v=eLF-aLPwfrg
  • 32. JB News – Informativo nr. 2.206– Florianópolis (SC) – domingo, 16 de outubro de 2016 Pág. 32/33 O Irmão e poeta Sinval Santos da Silveira * escreve aos domingos neste espaço Exibida, subiu os degraus da vida e, com graça, se mostrou. No alto da escada, no pedestal da paixão, ouviu a minha declaração: " Quero absorver as tuas dores e sofrimentos. Tuas angústias, aliviar.
  • 33. JB News – Informativo nr. 2.206– Florianópolis (SC) – domingo, 16 de outubro de 2016 Pág. 33/33 Despojada dos pesadelos, poderás voltar a sonhar. Transfira, para mim, as cicatrizes que a vida deixou em tua alma. Não consigo te ver entristecida... Sonharás os sonhos do prazer, e os teus olhos voltarão a brilhar. Teus pesadelos, suportarei. Viverei da tua felicidade, pois minha vida depende da alegria, irradiada pelo brilho dos olhos teus que, também, são meus !" Ouviu o meu clamor. Subiu os últimos degraus, e adormeceu nos braços meus, sonhando com um mundo feito só de amor ! Veja mais poemas do autor, Clicando no seu BLOG: http://poesiasinval.blogspot.com * Sinval Santos da Silveira - MI da Loja Alferes Tiradentes nr. 20 – Florianópolis