O artigo resume o livro "História do Futuro: O Horizonte do Brasil no Século XXI" da jornalista Miriam Leitão. Ela analisa tendências futuras para o Brasil em áreas como meio ambiente, demografia, educação, economia, política e saúde. Leitão aponta desafios como a corrupção e a necessidade de reformas políticas, mas vê oportunidades para o país construir um futuro melhor se tomar decisões acertadas hoje.
1. JB NEWS
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O JB News saúda os Irmãos leitores de Jaraguá do Sul. Terceiro núcleo industrial de SC.
Saudações, Prezado Irmão!
Índice do JB News nr. 2.213 – Florianópolis (SC) – sábado, 22 de outubro de 2016
Bloco 1-Almanaque
Bloco 2-Ir Barbosa Nunes - História do Futuro – (Artigo nr. 298)
Bloco 3-IrMario López Rico – Debemos aislarnos del mundo?
Bloco 4-IrPaulo Roberto – Simbologia dos Ornamentos
Bloco 5-IrMárcio dos Santos Gomes – Vícios e Virtudes ( do Site O Ponto Dentro do Círculo)
Bloco 6-IrAndré Polidoro Pinto – Aprendendo a ser um Aprendiz
Bloco 7-Destaques JB – Breviário Maçônico p/o dia 22 de outubro. Versos do Ir e Poeta Adilson Zotovici
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22 de outubro
1721 — Pedro, o Grande assumiu-se como o czar de todas as Rússias.
1730 — Inaugurado pelo rei D. João VI, por ocasião do seu 41° aniversário, o
convento de Mafra, cerimónia presidida pelo cardeal patriarca Tomás de
Almeida, e que resultou duma promessa de mandar erigir este templo
franciscano se sua mulher engravidasse, o que veio a acontecer e cuja primeira
pedra fora lançada em 19/11/1917. Concebida pelo arq. Johann Frederik
Ludwig, Ludovice (ver 17/1/1752).
1773 — Há documentação comprovativa que nesta data ou a dia 28, fazia
parte do Oriente de Portugal, João Manuel de Noronha, 6º conde da
Atalaia, nascido em Lisboa em 1751, maçon, que esteve presente no
banquete solene que empossou o G.M. do G.O. de França, Louis Philippe
Joseph d'Orléans, duque de Chartres, maçon (desconhecedor das
práticas maçónicas nomeou o duque de Luxemburgo, administrador-geral),
a que presidiu o duque do Luxemburgo (15/10/1737), que acabou por se
refugiar em Portugal.
1811 — Nasceu em Raidig, Áustria, Franz von Liszt, pianista húngaro e compositor, em
Weimar desenvolveu a sua atividade musical com quatrocentos discípulos. Compôs
poemas sinfónicos, sinfonias, composições vocais, oratórios e mais de oitenta lieders,
Nesta edição:
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informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores.
1 – ALMANAQUE
Hoje é o 296 dia do Calendário Gregoriano do ano de 2016– (Lua Quarto Minguante às 16h14)
Faltam 70 dias para terminar este ano bissexto
Dia Internacional do Radioamador (com a saudação do PP5AVV)
E dia Internaciomnal de Atenção à Cegueira
Se o Irmão não deseja receber mais o informativo ou alterou o seu endereço eletrônico,
POR FAVOR, comunique-nos pelo mesmo e-mail que recebeu a presente mensagem, para evitar
atropelos em nossas remesssas diárias. Obrigado.
Colabore conosco para evitar problemas na emissão de nossas mala direta diária.
EFEMÉRIDES DO DIA -Ir Daniel Madeira de Castro (Lisboa)
(Fonte: Livro das Efemérides - Históricas, Políticas, Maçônicas e Sociais - 2016)
3. JB News – Informativo nr. 2.213 – Florianópolis (SC) – sábado, 22 de outubro de 2016 Pág. 3/27
iniciado em 18/9/1841 maçon em Frankfurt, na Loja Zur Einnigkeit, ou Loja da
Igualdade (31/7/1886).
1835 — Faleceu em Lisboa, José Aleixo Falcão de Gamboa Fragoso Wanzeller, maçon
(17/7/1762).
1848 — Nasceu em Serpins, Lousã, António Zeferino Cândido da Piedade, lic. em matemática e
filosofia, prof., escritor e jornalista, doutorado em Coimbra, monárquico, fundador do jornal A
Época, iniciado maçon com o nome simbólico de Darwin. Morreu em 1921.
1857 — Chegaram a Lisboa, as primeiras Irmãs da Caridade, instaladas no Asylo da Ajuda.
1871 — Nasceu no Sabugal, António Augusto Louro, farmacêutico, pedagogo,
republicano, político, administrador dos concelhos de Alcanena, Torres Novas e
Coruche. Fundador de centros republicanos no Seixal, Torres Novas e Alcanena, criou
no Seixal O Montepio dos Operários, dinamizou a Sociedade Filarmónica Timbre
Seixalense e o Grupo Dramático Instrução e Recreio Timbre Seixalense. Em Alcanena
criou os bombeiros, hospital concelhio, Associação de Beneficência e Instrução
Autonómica de Alcanena e uma rede de escolas móveis. Desenvolveu ação contra o
analfabetismo, publicou Ortografia Portuguesa Sónica, Fonologia Portuguesa e
Cartilhas, Vocabulários e Antologias de Textos. Carbonário e maçon, iniciado
provavelmente na G.L. Simbólica Espanhola, com o nome simbólico de Luso, fundador de
Triângulos na margem do sul do Tejo e no Ribatejo, V.M. das Lojas Elias Garcia, do Seixal,
Esperança no Porvir, do Barreiro, Boa Viagem, na Moita e Firmeza, em Alcanena (1/8/1949).
1887 – Nasceu em Portand, Oregon, John Reed, escritor americano, graduado em
Harvard, trabalhou no American Magazine, repórter radical, partiu para o México onde foi
um dos líderes do grupo armado Panchos Villa, mais tarde deu cobertura à greve dos
mineiros do Colorado, partiu para a Europa, onde escreveu A Guerra na Europa do Leste.
Em 1917 esteve na Rússia, escrevendo Os Dez Dias que Chocaram o Mundo, íder
comunista americano ajudou à formação do P. C. Americano, a sua obra mais
conhecida é A Filha da Revolução (17/10/1920).
1898 – Inaugurado o Templo Gomes Freire, no Palácio Maçónico do G.O.L., em Lisboa.
1910 – Foi suprimido o ensino da doutrina cristã nas escolas portuguesas.
1918 – Faleceu em Lisboa, Faustino da Fonseca, maçon (1/4/1871).
1925 – Faleceu no Porto, Carolina Wilbelme Michaelis de Vasconcelos (15/3/1851).
1943 – Faleceu em Lisboa, Francisco Gonçalves Velhinho Correia, maçon (6/10/1882).
1945 – Criada a P.I.D.E. – Policia Internacional de Defesa do Estado,
instrumento repressivo de Salazar (23/1/1933).
1954 – Deflagrou a guerra da independência da Argélia.
1963 Fundado o Supremo Grande Capítulo de Maçons do Real Arco da Índia.
1970 Funação da ARLS Sentinela do Oeste nr. 17, de Chapecó, (GLSC)
1997 Fundação da ARLS Sol do Oriente nr. 68, de Camboriú, que trabalha no Rito Adonhiramita GOB/SC
Fatos maçônicos do dia
Fonte: O Livro dos Dias (Ir João Guilherme) e acervo pessoal
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INFORMATIVO BARBOSA NUNES
Artigo nr. 298
HISTÓRIA DO FUTURO
Enquanto leio um livro, tenho na mão direita um marcador de textos. Vou lendo e
marcando títulos, parágrafos, expressões e destaques identificados pela minha crítica. Ao
concluir, inicio a releitura que me traz a possibilidade de uma análise mais compreendida.
Assim fiz com o livro da Editora Intrínseca, “Míriam Leitão – História do Futuro: O
Horizonte do Brasil no Século XXI”. Li e agora relendo.
Míriam Leitão, exerce a profissão de jornalista há 40 anos, atuando em diversos e
mais importantes órgãos de comunicação no jornalismo, rádio e televisão. Nascida em
Caratinga, Minas Gerais, foi, em estado de gravidez, presa e torturada, física e
psicologicamente pelo Regime Militar no Brasil. Desde 1991 integra as Organizações
Globo. Comentarista econômica muito franca e de competência para dialogar com os
mais famosos economistas, conduzindo e apresentando o “Programa Míriam Leitão”, no
canal fechado Globo News. Não poupa, fustiga e vai fundo, questionando os
entrevistados, porem elegantemente. Para o jornalista econômico Carlos Alberto
Sardemberg “ela nunca se contentou com as explicações oficiais”. Tem fama de
“brigona”, mas presta um grande serviço à comunidade e aos seus telespectadores e
leitores, em grande número.
2 – História do Futuro
- Barbosa Nunes, artigo nr. 298
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O livro que releio e dá título a este artigo 298, indico como leitura leve, atraente,
oportunidade de conhecer tendências que não podem ser ignoradas em áreas como meio
ambiente, demografia, educação, economia, política, saúde e tecnologia. “A história do
futuro contada, deixa claro que o Brasil dispõe dos recursos para garantir a nossos filhos
um país bem melhor. E este futuro começa com decisões tomadas hoje”.
É implacável quando afirma em sua obra: “A corrupção virou um modelo de
negócios no Brasil. Não é correto achar que apenas uma pessoa se corrompeu. Se
considerarmos que foi uma pessoa só, então é uma maçã podre num cesto de frutas
boas. É mais amplo que isso. A corrupção é um crime racional, não é passional. Quem o
comete avalia custos e benefícios.”
Com relação a Sérgio Moro fala que “ele mostra e profere decisões emblemáticas
no combate a corrupção, ao afirmar: “Nada disso é trabalho de um homem só e que não
deve se influenciar pelas palmas”.
Diz ela ainda: “O país passará por reformas políticas. Não uma. Várias. Não há
uma reforma que acabe com todos os defeitos da democracia brasileira. O esgotamento
do modelo atual ficou claro. O modelo de governança tem deficiências graves. O trabalho
incessante dos próximos anos e décadas será o de mudar tanto o sistema eleitoral,
quanto o político para aumentar a confiança do cidadão na democracia. “O país tem o
sistema eleitoral mais fragmentado do mundo. Ninguém tem tantos partidos com
presença no Congresso como o Brasil. Virou uma jabuticaba”.
“De todos os setores da vida social, o mais atrasado é a política. A urna eletrônica
e a rapidez da contagem dos votos parecem contrariar tal afirmação. O problema é que,
assim que acaba a apuração, o Brasil se depara com as velharias do sistema de
representação. Há práticas no parlamento que são intoleráveis. Há hoje entre o
representante e o representado, um divórcio”.
“Nas próximas décadas, as rupturas tecnológicas terão forte impacto na política. O
Congresso não poderá continuar em conchavos intramuros nem o governo encastelado
em palácios e burocracias. No século XXI, os brasileiros vão continuar dedicados a tarefa
de tornar a democracia mais forte, ampla, eficiente e moderna. Esse trabalho não tem
fim. Entretanto, a escolha mais decisiva já foi feita pelos brasileiros. A de viver numa
sociedade democrática”.
Embora para muitos, o presente parece sem dúvida uma sucessão interminável de
desastres, Miriam não é pessimista em seu livro. Mapeia as virtudes, esperanças e
oportunidades que podem fazer o país sair da crise. Escrito com base em entrevistas,
viagens, análises de dados e departamento de especialistas, colhidos em 4 anos de
pesquisas, “História do Futuro”, investiga a situação e aponta os caminhos que
precisamos seguir caso não queiramos enfrentar um futuro implacável. No livro não
prevalece uma visão pessimista, ao contrário, quando Miriam Leitão responde que: “O
Brasil tem uma soma tão grande de chances e virtudes que isso dá ânimo. Não será fácil
corrigir, sobretudo erros recentes, mas não é impossível”.
6. JB News – Informativo nr. 2.213 – Florianópolis (SC) – sábado, 22 de outubro de 2016 Pág. 6/27
“A corrupção aumentou o custo de obras, viciou o setor público, provocou um
desperdício brutal de investimentos que já são escassos. Aumentou a desconfiança ao
Brasil. O efeito em cascata da corrupção é até difícil de medir. Mas esta crise também
tem outras causas. O governo tomou decisões erradas na área econômica, ignorou os
alertas, e o custo está sendo alto. O Brasil está prisioneiro do imediato”.
O livro é uma reportagem sobre o horizonte do país, por isso ele se chama “História
do Futuro”. Diz a jornalista que há projetos em andamento que podem dar certo. Há
riscos aos quais estamos desatentos. Há vantagens não exploradas. O livro não é de
futurologia. O exercício é o de olhar o tempo.
Míriam Leitão declara: “Estamos aqui de passagem. É breve o tempo que temos. O
país era antes de nós e continuará sendo depois de nós. O Brasil, como o conhecemos
tem uma história intensa. Há erros trágicos e acertos animadores”.
“Vivemos momento, por um lado de refundação da democracia como escolha
definitiva, mas diante de uma grandiosa, monstruosa inimiga, a corrupção que parece
invencível. Um monstro de mil cabeças, mas está sendo enfrentada. A política está
confusa. Os cidadãos não tem mais confiança nos partidos. Mas vamos continuar a
pressão sobre os políticos, porque cada pessoa tem mais capacidade de acompanhar a
vida parlamentar, as decisões partidárias. Quem quiser ser representante terá que
prestar contas ao representado, quem quiser governar terá que ser transparente”.
“Nenhuma das travessias que fizemos foi fácil. Mas tendo sido feitas, infundem
confiança de que será possível fazer as próximas”.
Concluindo, o livro “não veio para estimular voluntarismo ou ufanismo. O esforço
que temos de fazer é olhar o horizonte. Que nos apressemos. Há muito a fazer. O futuro
está sendo escrito”.
Barbosa Nunes, advogado, ex-radialista, membro da AGI, delegado de polícia aposentado, professor e
maçom do Grande Oriente do Brasil - barbosanunes@terra.com.br
7. JB News – Informativo nr. 2.213 – Florianópolis (SC) – sábado, 22 de outubro de 2016 Pág. 7/27
O Irmão Mario López Rico
é de La Coruña – Espanha.
Escreve aos sábados.
Responsável pela publicação espanhola
Retales de Masononeria
mario.lopezrico@yahoo.es - retalesdemasoneria.blogspot.com.es
¿Debemos aislarnos del mundo?
Es común preguntarse cuando comenzamos el camino hacia la Luz si debemos o no aislarnos del
mundo que nos rodea para concentrarnos en nuestro sendero. La respuesta corta a dicha pregunta
es un rotundo NO.
Aunque en ese momento no lo sabemos, existe una energía que rodea a todo lo que existe en el
Universo y que ha recibido muchos nombres como Nous, Energía Vital, Energía etérea…en virtud
de la escuela de misterios que leamos o pertenezcamos.
Esa energía debe penetrar en nosotros y purificarnos de manera progresiva. Según las enseñanzas
orientales, dicha penetración tiene lugar a través de los chakras y, en occidente, quizás por el tipo
de vida social que llevamos, es uno de los puntos cruciales a desarrollar.
La energía más sutil, al transitar libremente por el organismo, equilibra todo el sistema
biopsíquico, armonizándolo con las frecuencias más elevadas. La sensibilidad psíquica es
estimulada a continuación y el estudiante comienza a ampliar su horizonte de percepciones.
En ese punto, sin saber muy bien porque, muchos empiezan a sentirse incómodos con la vida que
llevaban. Todo alrededor parece complicar el proceso emprendido. El ruido de las calles, las
habladurías de la gente, las noticias negativas de los diarios…todo parece molestar al estar más
conscientes de todo ello y dan ganas de mandarlo todo a ”freír espárragos” y convertirse poco
menos que en un anacoreta. Parece que la huida es la única solución.
Pero esto dista mucho de ser cierto. Pronto nos daremos cuenta del gran error en el cual hemos
caído y que el problema no se resuelve en absoluto. Al principio todo parece una maravilla,
estamos tranquilos, en nuestro remanso de paz. Pero con el paso de los días surgen pequeños
problemas como si el Sol calienta demasiado, o la lluvia no para o los animales de la zona como
mosquitos o similares comienzas a molestarnos.
Lo único que hemos logrado ha sido cambiar unos problemas por otros; pero no hemos dado con
la tan ansiada solución. El problema real radica en que nos han enseñado y estamos habituados a
proyectar nuestros problemas hacia el exterior. Es la familia y los deberes hacia ella que nos
quitan tiempo para practicar los ejercicios de relajación o estudiar los diferentes temas y al final
nos decimos:
3 – ¿Debemos aislarnos del mundo?
- Mario López Rico
8. JB News – Informativo nr. 2.213 – Florianópolis (SC) – sábado, 22 de outubro de 2016 Pág. 8/27
- Tengo que resolver mis problemas, para tener paz y poder continuar mis estudios debo aislarme.
Pero un día descubre que, por más que se esfuerce los problemas le van a seguir donde quiera que
vaya. Porqué la solución no es huir, ni intentar resolver aquello que está fuera de nosotros.
La solución está en la ardua insistencia de la realización del trabajo de nuestro desarrollo interior.
Es el continuo trabajo del día a día, la disciplina autoimpuesta para sacar tiempo de donde parece
no haberlo lo que nos hará avanzar, porque se trata de eso, de avanzar pero sin abandonar nuestros
deberes familiares o sociales. El auténtico iniciado está para servir y ayudar ¿cómo podemos decir
que hacemos eso si para ello descuidamos nuestros compromisos sociales y familiares?
La libertad que nos da la Luz tan deseada llega siempre de dentro para fuera, y no de fuera para
adentro. La verdadera Luz y Sabiduría está en nuestro interior, en nuestras venas, en nuestra
sangre, en nuestra propia vida.
La Luz llega cuando la energía cósmica consigue circular libremente por todo nuestro organismo
y nos armonizamos con todo lo que nos rodea: familia, amigos, naturaleza, sociedad.. Es entonces
que empezamos a comprender la grandeza de la creación, que en cada lugar que miremos se ha
producido un milagro de vida y comprendemos que para elevarse hacia la Luz no es necesario
encerrarse en una cueva sino todo lo contrario. Necesitamos comprender como funciona el
Universo, necesitamos comprender el mundo, necesitamos comprender a los hombres y, para ello,
primero necesitamos comprendernos a nosotros mismos.
Nos damos cuenta, poco a poco, que nuestras vibraciones internas se hacen más elevadas y nada
nos parece ya incomodar. No se trata de abandonar los problemas, sino de resolverlos sin que nos
afecten. Conseguimos así dar solución a los problemas que realmente la precisan de modo casi
automático porque no dejamos que nos afecten emocionalmente y eso se logra simplemente
porque hemos comenzado a comprender lo que sucede con las personas que nos rodean. La
necesidad de huir ha desaparecido y descubrimos el dulce gusto de vivir libres de preocupaciones
y totalmente entregados a los demás.
La cosa es muy simple, o muy complicada, como ya nos dijeron los sabios de todos los tiempos:
Hombre, conócete a ti mismo y conocerás el Universo y los Dioses
Sobre el autor
Mario López Rico es maestro masón y trabaja actualmente su logia madre Renacimiento
54 – La Coruña – España, bajo la Obediencia de la Gran Logia de España, donde fue
iniciado el 20 de Noviembre de 2007 y fue reconocido como maestro el 22 de Abril de
2010.
A partir del año 2011 comienza a subir la escalera masónica filosófica del REAA siendo
también, en la actualidad, Maestro de la Marca – Nauta del Arco Real, Compañero del
Arco Real de Jerusalén y Super excelent master (grado cuarto y último de los Royal & Select Master – Rito york)
Miembro Fundador Capitulo Semper Fidelis nº 36 de Masones del Arco Real el 18 – Oct – 2014
Miembro Fundador Consejo Mesa de Salomón nº 324 de Maestros Reales y Selectos (Masonería Criptica) el 20 –
Feb - 2016
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Ir. Paulo Roberto -
MI da Loja Pitágoras nr. 15
Grande Secretário Adjunto Guarda-Selos da GLSC e
Membro da Academia Catarinense Maçônica de Letras
Escreve aos sábados neste espaço.
prp.ephraim58@terra.com.br
Paulo Roberto
Simbologia
dos Ornamentos
Aqui, seguem concepções de décadas passadas... Entretanto, como a Instituição Maçônica,
pode ser considerada milenar este assunto, já muito discutido e abordado, pode ser considerado
moderno!
Então...
São considerados ornamentos, na Maçonaria, o Pavimento Mosaico, a Orla Dentada e a Corda
de 81 nós.
Mas, mesmo assim, nem todos os autores escritores, concordam com essa especificação.
Na década de setenta do século passado, o Dicionário de Figueiredo, por exemplo, discrimina: “Um
terço do equipamento necessário aos trabalhos a serem empreendidos por uma Loja e que
compreende o Pavimento Mosaico (considerado símbolo do espírito e matéria de que se constitui o
universo), a Borda Dentada (que figura a invisível muralha protetora da humanidade, constituída e
solidificada pelos perpétuos Guardiões Divinos dos seres considerados mortais) e a Estrela Flamígera,
cuja luz nos faz recordar a permanente presença do Grande Arquiteto do Universo, de que a Loja é um
símbolo. Também se incluem entre os Ornamentos, as faixas, aventais e outras joias usadas em Loja.
Os outros dois terços do equipamento são o Mobiliário e as Joias”.
Assim sendo, esta matéria deverá ser apresentada em três partes e, hoje, iremos lembrar-nos do
“Pavimento Mosaico”.
O Pavimento Mosaico é formado por azulejos (ou suas devidas imitações), brancos e pretos, colocados
alternadamente, transformando o assoalho em um tabuleiro, que pode ir, inclusive, da porta do Templo
até o Oriente.
A ele nos referimos ao tratar da Câmara do Meio, porque representa a figura do Pátio, dentro do
Tabernáculo, onde passeavam, orando e meditando, antigamente os sacerdotes.
Diz Ragon que “o Pavimento Mosaico, emblema da variedade do solo terrestre, formado de pedras
brancas e pretas, unidas por um mesmo cimento, simboliza a união de todos os maçons do globo,
malgrado a diferença das cores, dos climas e das opiniões políticas e religiosas; as pedras são uma
imagem do bem e do mal, de que é semeado o caminho da vida”.
4 – Simbologia dos Ornamentos
Paulo Roberto
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Varoli acha que o “Pavimento Mosaico tem por significação, conforme os antigos rituais, a união
estreita que deve reinar entre os maçons ligados pela verdade. Esta verdade, entretanto, não nos
aparece aqui uniforme, já que é simbolizada por uma alternância regular de branco e preto. Pode-se
então dizer que o Pavimento Mosaico continua no Templo o Binário das duas colunas e se deve
deduzir que o Maçom, como profano, está submetido aos rigores da lei dos contrastes, confirmação
não equivocada da relatividade das verdades que se podem revelar ao neófito em Loja de Aprendiz
Maçom”.
Wirth assim o define: “Nossas percepções resultam de contrastes. São eles que criam o constatável,
no sentido de que, sem eles, a uniformidade nos escaparia e se confundiria com o Nada. O Pavimento
Mosaico, composto de azulejos alternativamente brancos e pretos, é, em Maçonaria, a imagem da
objetividade. Suporta tudo o que tomba sob os sentidos. O Iniciado se conserva direito e avança na
vida sobre esse tabuleiro, que proporciona exatamente as satisfações e as penas, as alegrias e as
dores dos viventes”.
A isso acrescenta Boucher: “O simbolismo do Pavimento Mosaico, geralmente admitido, é, com efeito,
o do Bem e do Mal, inerentes à existência terrestre”. Mas é também o Corpo e o Espírito, unidos, mas
não confundidos. Esse traçado regular, formado de linhas transversais e longitudinais, cria múltiplas
cruzes e é de espantar que os antimaçons, com a sua argúcia habitual, não tenham ainda visto lá um
símbolo satânico e dito que os maçons calcam aos pés o emblema por excelência da religião cristã.
Trevas e luz são ligadas no Pavimento Mosaico; são tecidas junto, se são consideradas as fileiras dos
azulejos; mas os traços virtuais, que as separam, formam um caminho retilíneo tendo o branco e o
preto, tanto à direita como à esquerda. Essas linhas são a via do Iniciado, que deve não rejeitar a moral
ordinária, mas se elevar acima dela. É necessário sem cessar se defender de tudo quando se relaciona
com a ética.
Aliás, as religiões, à medida que remontam no tempo, se afastam das concepções morais que se tem o
costume de associar a elas.
Essas linhas não aparecem aos olhos dos profanos: eles não veem senão os azulejos brancos e pretos
e, seguindo a via larga, a via exotérica, passam alternativamente do branco ao preto e do preto ao
branco; têm então à sua direita, à sua esquerda, diante e atrás, uma cor oposta à sua; assim se acham
marcadas as oposições múltiplas, que se formam sob seus passos. O Iniciado, ao contrário, segue a
via esotérica, a via estreita, mais fina do que o fio de uma navalha, e passa entre o branco e o preto,
que não põem obstáculo à sua marcha. A estreiteza do caminho indica, por ela mesma, que esse
caminho não pode ser o do profano.
Dá-se ao branco a acepção corrente do Bem e ao preto a do Mal. Seria mais justo dizer espiritualidade
e materialidade. Por materialidade entendemos tudo quanto aproxima o homem do animal, quer dizer
uma vida puramente fisiológica e, por espiritualidade, ao contrário, tudo aquilo que tende a livrar o
homem dos laços da matéria. A espiritualidade considerada aqui não deve ser confundida com a
concepção religiosa, monacal, feita de austeridade e de penitência, que deriva de misticismo doentio e
que não pode em caso algum, - ou somente em casos extremamente raros, - conduzir à plenitude da
Iniciação.
O simbolismo esotérico do Pavimento Mosaico é eloquente: a querer se conservar no branco, a um
ponto de vista estritamente religioso, se é assaltado de todos os lados por forças obscuras, que
provocam fantasmas, de onde a Tentação de Santo Antônio pode ser citada como típica. Ao contrário,
aquele que quiser fazer do preto sua regra de vida se achará bem cedo encerrado por forças brancas,
que o obrigarão a abandonar sua posição, seja que morra, ou que seja suprimido da sociedade, de um
modo ou de outro.
Toda ação provoca uma reação, que vem restabelecer o equilíbrio momentaneamente alterado. Tal é o
simbolismo do Pavimento Mosaico”.
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Vícios e Virtudes
Publicado pelo IrLuiz Marcelo Viegas
(https://opontodentrodocirculo.wordpress.com)
Autor: Irmão Márcio dos Santos Gomes,
Mestre Instalado da Loja Águia das Alterosas – 197 – GLMMG,
Oriente de Belo Horizonte, membro da Escola Maçônica Mestre Antônio Augusto Alves D’Almeida,
e da Academia Mineira Maçônica de Letras
O título desta Prancha decorreu de conversas com o
meu Irmão padrinho, no trajeto de todas as quartas-
feiras para a nossa Oficina, sobre a escolha de um
tema complementar aos trabalhos que eu havia
apresentado anteriormente a respeito da Terceira
Instrução do Segundo Grau.
Repercutindo os temas complexos daquele trabalho, e
aprofundando aspectos da filosofia iniciática, disse-
lhe que havia me defrontado de uma forma embaraçosa com os questionamentos iniciais
provocadores sobre “O que é a vida? Para que ela serve? Qual o seu fim?”, os quais lançam
desafios ao livre pensador na direção da busca da “Verdade” e da necessidade de “Meditação”
sobre a temática.
No processo de discussão, relatei-lhe que sempre retornava à minha mente aquelas perguntas do
ritual de iniciação sobre o entendimento da Virtude e o que pensava ser o Vício, pois somente se
pode trabalhar no sentido do aperfeiçoamento daquele e na desconstrução deste com o perfeito e
justo entendimento dos respectivos limites de cada conceito e seus reflexos em nossa vida. Afinal,
para isso eu entendia que meditar sobre a finalidade da vida seria um passo importante para
começo de um plano de ação mais efetivo no sentido de dar concretude ao levantar templos à
virtude e cavar masmorras ao vício, de forma a vencer paixões e submeter vontades, para o
esperado aprimoramento espiritual. Assim, recebi a sugestão do prezado Irmão para aprofundar o
tema envolvendo Vícios e Virtudes.
Daí, deparei-me, na busca de literatura a respeito, com um texto anônimo, baixado da internet,
sobre a “Finalidade da Vida”, que no processo de aquecimento preliminar apresentei no “Quarto-
de-Hora de Estudos” do dia 09.06.10. No referido texto se afirma que ”a finalidade da vida
5–Vícios e Virtudes (Site O Ponto dentro do Círculo) -
Márcio dos Santos Gomes
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terrena é o aprimoramento espiritual”. Prossegue o texto dizendo: “Tudo aqui na Terra são meios
de se aprimorar espiritualmente. O estudo, o trabalho, o casamento, o lazer, etc., são meios de a
pessoa evoluir”.
Não se pode olvidar que esse processo de evolução tem um ritmo diferenciado para cada
indivíduo e, fazendo uma analogia com a mãe natureza, a profundidade das raízes que cultivamos,
fortalecidas nos problemas enfrentados, nas penas e nas quedas, aí envolvida a construção dos
nossos valores mais sagrados, nos dá forças necessárias para enfrentar a caminhada desafiadora de
superação lançada pelo Grande Arquiteto do Universo, que sempre nos disponibiliza a inteligência
como arma necessária para vencer as vicissitudes e romper as barreiras da ignorância.
Entretanto, esse aprimoramento espiritual passa por reflexões sobre o conhecimento que temos de
nós mesmos, da consciência da nossa ignorância, que nos remete à inscrição do “conhece-te a ti
mesmo” insculpida no Templo de Delfos, inspirada em Sócrates (470 ou 469 a.C.), onde se
lembrava aos homens que eles não passavam de meros mortais e que nenhum homem pode fugir
ao seu destino. Este lema Socrático estimula a consciência racional de si mesmo em cada ser
humano, para organizar a própria existência, pois não somos o mesmo em todas as situações de
nossa vida atribulada, “por isso chamamos o correto reconhecimento de si próprio de a essência da
Sabedoria humana, pois o homem não cessa e não deve cessar nunca de aprender, de se formar e
de evoluir”.
Ainda segundo Ubyrajara, “a psicologia nos ensina que quando uma pessoa amadurecida investe
em se conhecer, liberta-se de certas restrições psicológicas arbitrárias impostas por sua educação e
pela sociedade… o homem ignorante (Pedra Bruta) é uma presa fácil aos preconceitos… o
conhece-te a ti mesmo é um chamamento ao homem para o despertar de suas Virtudes”.
Na sequência de seu raciocínio, aduz que “no contexto filosófico, a Maçonaria, através do convite
para que o iniciado ‘visite o seu interior‘, procura despertar no Aprendiz o seu pensar em sua
própria existência, alertá- lo de seus deveres morais para consigo mesmo; quando o homem se
escraviza a dogmas, quando o homem se esquece de si próprio , está a negar-se como SER. O
Aprendiz ainda muito próximo do mundo material deve começar a investir no “conhecimento de si
mesmo‘ e através de uma transformação individual evoluir como SER”.
Essa evolução pressupõe o entendimento que o único bem a ser conquistado é a Virtude e esta
consiste unicamente na coragem do homem de praticá-la, isto é, extirpar de si tudo que não for o
bem. E para isso a primeira coisa é aprender a pensar, que demanda o saber ouvir com atenção.
“Aprender a pensar é aprender a conhecer, é aprender a discernir, é aprender a concatenar os
pensamentos, a aprender a falar”.
Pensar a Virtude é se conscientizar de todos os hábitos constantes que levam o homem para o
bem, quer como indivíduo, quer como espécie, quer pessoalmente, quer coletivamente. Para
Sócrates a Virtude é o fim da atividade humana e se identifica com o bem que convém à natureza
humana. Platão (429-347 a. C.), que desenvolve a doutrina de Sócrates, apresenta a Virtude como
meio para atingir a bem-aventurança. Aristóteles (384-322 a. C.) interpreta-a como qualidade ou
disposição permanente do ânimo para o bem. Para ele, Virtude é um hábito bom. Santo Agostinho
diz que “a virtude é uma boa qualidade da mente, por meio da qual vivemos retamente“. Santo
Tomás de Aquino diz que “a virtude é um hábito do bem, ao contrário do hábito para o mal ou o
vício“.
Esse aprendizado é estimulado no Aprendiz logo no ritual de iniciação quando o mesmo é instado
a extinguir paixões, vícios e os preconceitos mundanos que possui, para viver com Virtude, Honra
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e Sabedoria. É-lhe ensinado que a Virtude é uma disposição da alma que induz à prática do bem e
o Vício tudo aquilo que avilta o ser humano, o hábito desgraçado que arrasta para o mal. Esse
processo de aperfeiçoamento é penoso e somente pode ser alcançado com muito trabalho para
adaptar nosso espírito e regular nossos costumes pelos eternos princípios da moral, para darmos à
nossa alma o equilíbrio de forças e de sensibilidade que constitui a “Ciência da Vida”.
Essa busca deve começar no fundo do coração e pode aparentar-se inicialmente muito fácil. Para
isso vale trazer para reflexão a Lenda do Deus Brahma (criador da trindade Hindu), também
conhecida como a Lenda dos Devas.
Conta a lenda que, após criar nosso Universo, preparando-o para toda forma de vida que surgiria
em seu devido tempo, o deus Brahma deparou-se com grande problema: onde esconder o segredo
da chama da criação divina? Pergunta aos demais deuses e recebe de imediato a resposta: –
Esconda-o no mais alto dos céus. Brahma pensa e responde: – Não! Haverá de surgir seres
inteligentes, que chamarão a si mesmos de humanos, e estes irão construir pássaros maiores dos
que criei e descobrirão o segredo. O grupo medita e fala: – Esconda-o no mais profundo dos
oceanos. Brahma, novamente, pensa e propõe: – Não! Um dia esse mesmo ser construirá peixes
que em pouco tempo encontrarão o segredo. O grupo faz mais uma tentativa e, depois de longa
introspecção, sugere: – Esconda-o nas profundezas da Terra. Brahma, responde de imediato: –
Também não adiantará! Eles chegarão lá em pouco tempo e terão o segredo em suas mentes.
Finalmente Brahma diz ao grupo: – O segredo da chama divina da criação deverá ficar escondido
dentro do coração de cada um destes seres que estão por vir. Nada entendendo, perguntam do por
que da escolha deste lugar tão fácil de ser achado, a que Brahma responde: – Estes seres que estão
por vir jamais procurarão nada no fundo de seus próprios corações.
Então, se podemos facilitar, por que complicar? Para todo veneno temos um antídoto. Numa visão
dualista, se o vício “é o oposto da virtude e sendo algo inato ao homem ele deverá ser combatido
com o desenvolvimento da virtude através do autoconhecimento”. “O triunfo da virtude é a vitória
do homem sobre suas paixões, conquistando a harmonia interior, quando se torna senhor de si”.
Quando o homem compreender que o vício é incompatível com sua própria felicidade e até
mesmo com sua própria segurança mais ele sentirá a necessidade de combatê-lo e será levado a
agir assim por seu próprio interesse na busca da felicidade”.
Para ajudar a humanidade não afeita aos estudos filosóficos e meditações transcendentais, as
religiões e assemelhados sempre ocuparam esse espaço procurando definir os contornos dos
conceitos de vícios ou pecados a serem evitados e das virtudes necessárias a uma boa orientação
para a vida em coletividade.
Os nossos conhecidos sete pecados capitais são quase tão antigos quanto o cristianismo. Mas eles
só foram formalizados no século VI, quando o papa Gregório Magno, tomando por base as
Epístolas de São Paulo, definiu como sendo sete os principais vícios de conduta: gula, luxúria,
avareza, ira, soberba, preguiça e inveja. Mas a lista só se tornou “oficial” na Igreja Católica
no século XIII, com a Suma Teológica, documento publicado pelo teólogo são Tomás de Aquino
(1227-1274). No documento, ele explica o que os tais sete pecados têm o que os outros não têm. O
termo “capital” deriva do latim caput, que significa cabeça, líder ou chefe, o que quer dizer que as
sete infrações são as “líderes” de todas as outras.
E, do ponto de vista teológico, o pecado mais grave é a soberba, afinal é nesta categoria que se
enquadra o pecado original: Adão e Eva aceitaram o fruto proibido da árvore do conhecimento,
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querendo igualar-se a Deus. A Igreja até tentou oferecer soluções para os pecados capitais, criando
uma lista de sete virtudes fundamentais – humildade, disciplina, caridade, castidade, paciência,
generosidade e temperança -, mas os pecados acabaram ficando mais famosos. Afinal, notícia boa
não repercute.
Outras religiões, como o judaísmo e o protestantismo, também têm o conceito de pecado em suas
doutrinas, mas os sete pecados capitais são exclusivos do catolicismo.
Assim, se conclui que ”desde que o homem começou a ter as primeiras noções de moral, vem-lhe
sendo repetido que deve ser bom, que deve elevar sua vida e ser melhor. Entretanto, foi-lhe
ensinado positivamente como fazer para alcançar semelhante desiderato?”. Respondendo a este
questionamento, González Pecotche afirma que não foi ensinado ao homem como ser melhor, por
falta de conhecimento daqueles que pretenderam fazê-lo, ao inculcar no semelhante, desde a mais
tenra idade, pensamentos e sugestões incompatíveis com sua razão e sensibilidade. Prossegue,
afirmando que sempre se buscou o fácil, o ilusório e sedutor, a fim de conquistar adeptos para
uma ou outra seita religiosa ou tendência filosófica.
Na concepção daquele educador, o caminho passa pelo conhecimento, pelo bloqueio e na ação de
debilitar e anular todas as deficiências psicológicas que afetam a criatura humana. Ressalta que “é
preferível conhecer que inimigos temos dentro, para combatê-los com lucidez mental, a ignorá-
los, enquanto ficamos à mercê de sua influência despótica, suportando docilmente a maioria dos
desgostos e depressões que diariamente nos acarretam”. Com isso, assegura Pecotche, aquela
citação de que “pau que nasce torto morre torto” torna-se inconsistente, pois que, ao modificar as
causas que determinam a defeituosa configuração psicológica do indivíduo, modifica-lhe também
a vida na totalidade de seu conteúdo.
No aspecto prático da sua doutrina Pecotche chama de deficiência ao pensamento negativo
(dominante ou obsessivo) que, enquistado na mente, exerce forte pressão sobre a vontade do
indivíduo, induzindo-o de modo contínuo a satisfazer seu insaciável apetite psíquico. Ilustra o
autor que essas deficiências, em alguns casos, têm tanta influência na vida do ser humano e se
evidenciam de tal maneira, que este é apelidado pelas suas características, tais como: vaidoso,
rancoroso, egoísta, teimoso, intolerante e, em outros casos, de presunçoso, hipócrita, fátuo
(vaidoso, pretensioso), intrometido, obstinado, néscio, etc. Nesse sentido, é trabalhoso descobri-
las e convencer-se de sua realidade e enfrentar a tarefa de erradicá-las da nossa vida.
Para corrigir essas deficiências ou vícios, Pecotche criou a figura da “antideficiência”, que seria a
virtude em ação ou forma de pensamento específico para opor-se a elas, para anular o despotismo
que o pensamento-deficiência exerce sobre o mecanismo mental, sensível e espiritual do homem,
vigiando, repreendendo e paralisando o vício.
Nesse desiderato, o trabalho de localizar e compreender cada deficiência demanda perseverança
na vigilância sobre ela. Nessa senda, é indispensável manter-se firme no propósito de superação e
adaptação à “antideficiência”. Para ilustrar essa necessidade de perseverar e cuidar, Pecotche traz
a metáfora do fazendeiro que tem suas terras invadidas por feras, as quais, após assolar seus
campos e sedentas de sangue, se lançam contra sua vivenda, com o objetivo de acabar com ele.
Nesta imagem, alguém faz chegar ao fazendeiro armas de fogo para a defesa de sua vida e de seus
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bens, mas ele não sabe como usá-las. No início as feras se assustam com os estampidos, mas
quando não vêm os resultados e se acostumam a eles voltam a atacar.
Nesse contexto, Pecotche afirma que as deficiências ou vícios são feras mentais que destroem os
pensamentos e projetos úteis, como acontece com o pessimismo, a obstinação, o descuido, a
irritabilidade, a veemência, etc. Essas deficiências afetam a vida psíquica, tal como fazem as
enfermidades em relação ao corpo. Ainda segundo ele, não devemos nos iludir acreditando que
uma deficiência, por leve ou inofensiva que pareça, possa permanecer em nossa mente sem
prejudicar-nos. Para ilustrar novamente, cita o caso do camponês que levou dois filhotes de tigre
para criar, presumindo que cresceriam mansos e inofensivos ao seu lado. Certo dia, já crescidos,
esqueceu-se de levar-lhes alimento e os mesmos, impelidos pela fome, atiraram-se sobre ele e o
devoraram. Vícios, como feras, enquanto não eliminados, serão sempre risco latente.
Portanto, devemos estar alertas e operantes no sentido de vencer as deficiências generalizadas no
ser humano, dentre aquelas mais conhecidas e que retirei do rol apresentado por Pecotche, quais
sejam: vaidade, falsa humildade, soberba, presunção, impaciência, egoísmo, cobiça, verborragia,
rancor, intolerância, teimosia, hipocrisia, negligência, rigidez, petulância, etc. Assim, para quem
se propõe a superar essas deficiências deve substituí-las por uma eficiência como objetivo a ser
alcançado, onde deverá ser colocado o máximo de empenho. Portanto, na seqüência acima,
teríamos a modéstia, sinceridade, humildade, paciência inteligente, desprendimento, honestidade,
concisão, bondade, tolerância, docilidade, veracidade, diligência, flexibilidade, cordura (ser
cordato), etc.
Além dessas e de outras deficiências e “antideficiências”que enumera, Pecotche destaca ainda
uma série de pensamentos negativos que se manifestam esporadicamente e exercem pressão sobre
a vontade e promovem um relaxamento circunstancial do juízo, denominados propensões. Estas
devem ser também enfrentadas com a firme determinação de vencê-las, tais como as propensões
a: adular, prometer, dissimular, iludir, isolamento, exagero, desalento, desespero, desatenção,
confiar no acaso, pessimismo, licenciosidade, descuido, etc.
É preciso, pois, acabar com tais deficiências e pensamentos antes que eles acabem conosco,
perseverando e assumindo uma condução consciente da vida, tornando-nos seres humanos mais
plenos, persistentes no caminho do bem, não postergando a necessária e inadiável evolução
interna nesta jornada material do aprimoramento do espírito, efetiva finalidade da vida, conforme
avocado no início deste trabalho. Enfim, para uma reflexão mais profunda, vale o alerta do
educador, escritor e naturalista norte-americano David Starr Jordan, “sabedoria é saber o que
fazer, virtude é fazer”.
Autor: Márcio dos Santos Gomes
Márcio é Mestre Instalado da ARLS Águia das Alterosas – 197 – GLMMG, Oriente de Belo Horizonte,
membro da Escola Maçônica Mestre Antônio Augusto Alves D’Almeida, da Academia Mineira
Maçônica de Letras, e para nossa alegria, também um colaborador do blog.
Fontes de pesquisa
Ritual e Instrução Grau 2 – R∴E∴A∴A∴ e Manual de Instruções – Grau 1- R∴E∴A∴A∴
Souza Filho, Ubyrajara. Cognições e Evolução dos Rituais Maçônicos, Londrina (PR): Editora “A
Trolha”, maio 2010
González Pecotche, Carlos Eduardo. Deficiências e Propensões do Ser Humano. São Paulo: Logosófica,
11ª Ed, 2005.
Revista Mundo Estranho –
site: http://mundoestranho.abril.com.br/religiao/pergunta_287783.shtml
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André Polidoro Pinto
Loja União da Ilha.
Florianópolis GOB/SC
Aprendendo a ser um Aprendiz
Acredito que tudo na nossa vida está pronto, esperando o momento certo
para se materializar, Somos o que acreditamos ser e conquistamos o que
realmente queremos de acordo com um plano superior e o nosso
merecimento.
Desde muito jovem eu procurei me instruir sobre autoconhecimento, sempre fui muito curioso e
questionador, eu vivia observando as pessoas e seus comportamentos e procurando buscar
respostas para muitos acontecimentos do meu cotidiano e de meus amigos e familiares. Tive a
oportunidade de estudar em uma das melhores escolas da minha cidade natal até o início da minha
adolescência, foi uma etapa muito confusa da minha vida, porque eu vivia diariamente um dilema
social. Meu pai se esforçava muito para pagar a mensalidade pra mim e pra minha irmã, e mesmo
tendo uma bolsa de estudos de 50% do valor, as parcelas pesavam muito no orçamento. Eu
convivi com os filhos das pessoas mais bem sucedidas financeiramente na cidade, e convivi
também com o preconceito e a escassez de valores familiares por parte de muitos dos meus
colegas. Quando fui estudar nas escolas estaduais eu me encontrei, sabia que ali eu estava mais
próximo da minha realidade econômica e social, mas muito distante dos sonhos que a maioria dos
meus colegas tinham. Eu sempre ouvi uma voz interior ecoar em mim dizendo, você tem muito
pra fazer aqui, você pode mais, não desista, acredite em você!
Quando eu tinha uns 13 anos de idade, tive a oportunidade de conviver de perto com pessoas de
bom poder aquisitivo, meu tio era presidente de uma usina hidroelétrica próxima a cidade de Santa
Maria – RS, ele morava em um município muito pequeno chamado Faxinal do Soturno. Um dia,
num churrasco com autoridades da cidade, eu lembro de sentar ao lado da mesa e escutar aquele
grupo de homens falando sobre a maçonaria. Todos eram muito bem sucedidos, com negócios
próprios e prósperos, naquele momento eu pensei comigo mesmo, um dia eu serei Maçom.
Os anos se passaram, não pensei mais sobre o assunto, em 2001 eu dava aula de artes marciais em
uma cidade do RS chamada Passo Fundo e na ocasião trabalhava em uma academia onde o
proprietário se dizia Maçom. Ele tinha no seu escritório o símbolo da Maçonaria e falava o tempo
todo pra mim que ele era grau 33. Bem, ele era um charlatão, sabia algumas coisas sobre a ordem,
mas não era um Maçom. Como fiquei sabendo disso, primeiro pelas suas atitudes, pela sua
reputação, e em seguida por meio de alguns de meus alunos que eram Maçons e me confirmaram
que ele era um profano. Tive muitos alunos Maçons, pessoas maravilhosas que me deram muitos
conselhos e dicas que me fizeram admirar a Maçonaria. Desde então eu comecei a ler sobre a
Maçonaria na internet e assistir programas que falavam sobre essa “sociedade secreta”.
Certa vez um aluno meu chamado Jorge Cansian, um médico oncologista de Passo fundo, me
falou da importância do Rito, das tradições em qualquer segmento. Ele era Maçom, e nunca
esquecerei o que ele me disse; “Você não vira Maçom, você já nasce Maçom”, mas tem que
mostrar merecimento para ser aceito na ordem, acreditar em Deus e ser honesto, justo e de bom
coração. Bem, na época eu estava devendo minha faculdade, endividado e negativado e mesmo
6 – Aprendendo a ser um Aprendiz
André Polidoro Pinto
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sendo uma pessoa que acreditava em Deus, justa e de bom coração, não me julgava honesto
naquele momento por estar em débito com a faculdade. A partir daquele momento eu novamente
deixei de lado o desejo de ser Maçom pensando que nunca seria convidado, porque eu estava
negativado e por tanto, qualquer sindicância iria apontar essa falha minha.
Anos se passaram, eu vim morar em Florianópolis em 2007, na oportunidade eu encontrei o João
Emerton (pra mim sempre foi o Jonhy) meu amigo de adolescência. Tive a oportunidade de ir até
o escritório dele onde ele me recebeu carinhosamente e até mesmo me orientou e ajudou em um
processo de locação junto a outra imobiliária. Foi a única vez que nos falamos, depois disso eu fui
morar em Balneário Camboriú, lá eu sempre olhava pela janela da academia que eu trabalhava a
loja Maçônica que fica no alto de um morro e a curiosidade sempre era latente, porém sabendo das
minhas limitações, ainda estava endividado.
Depois de muito trabalho eu consegui pagar todas as minhas dívidas e comecei a me relacionar de
uma forma mais aberta com empresários da cidade, como eu não tinha nada a esconder, não tinha
devia mais nada, minha autoconfiança melhorou e abriu muitas portas pra mim, comecei a
trabalhar com expansão de uma rede de franquias de idiomas e em pouco tempo eu tive a
oportunidade de abrir uma Escola em Florianópolis. O Claudio, meu irmão Gêmeo aqui, sempre
me acompanhou desde adolescente e em todas as cidades e projetos que eu iniciava ele sempre
esteve presente, eu digo que ele sentia o cheiro das minhas mudanças aparecia pra me incentivar,
sempre foi um grande amigo por quem eu tenho grande admiração e respeito. Hoje somos sócios e
irmãos reconhecidos aqui na ordem, não consigo imaginar minha vida sem ele, faz parte da minha
família. Pra variar, foi ele que trouxe em primeira mão a notícia de que tinha conversado com o
Jonhy que também sempre foi amigo dele, desde a adolescência, inclusive eles tinham um
relacionamento mais próximo, ele me contou que tinha estado no escritório do Johny e ele o falou
que tinha um convite para fazer pra ele e pra mim, o Jonhy perguntou para o Claudio o que ele
achava de mim e o Cláudio falou a ele que me conhecia bem, e contou um pouco sobre a minha
história, e nesse momento o Johny disse que faria um convite para a gente ingressar na
maçonaria. Eu não sabia, fiquei sabendo a pouco tempo que o Claúdio também tinha muito
interesse em ingressar na ordem, e sempre estudou sobre o assunto. Certo dia o meu telefone
tocou e era o Johny me ligando pra dizer que nos estaria fazendo um convite oficial pra entrar na
Maçonaria, naquele momento eu me senti orgulhoso, com uma sensação enorme de felicidade e
gratidão, eu nunca imaginara que o meu amigo era um Mestre Maçom e venerável de uma loja!
Bem, logo a gente marcou um jantar com a família e fomos orientados a aguardar alguns meses
devido as formalidades necessárias. Certo dia chegou em nosso email o formulário de inscrição
acompanhado da relação de documentos necessários, eu nunca havia precisado apresentar tantos
documentos na minha vida porém, foi com grande orgulho que entreguei os documentos para o
Jonhy e tempos depois fui avisado que em breve eu receberia a visita de pessoas da loja que me
entrevistariam. Ao mesmo tempo o Claudio foi informado, mas a sindicância dele aconteceu
rápida e antes da minha, como ninguém havia entrado em contato comigo, eu pensei que não tinha
sido aceito, mas o fato foi que os responsáveis pela minha sindicância, haviam deixado para os
últimos dias, e em uma sequência de 3 dias eu recebi as 3 vistas.
Tudo certo, agora faltava apenas aguardar o resultado. Dias depois o Jonhy me ligou dizendo que
nós tínhamos sido aprovados e que tinha mais uma etapa para realizar, que era a cerimônia de
iniciação. Quando ele me falou a data prevista fiquei preocupado, porque o dia escolhido era o dia
que eu chegava de viagem dos Estados Unidos, deu tudo certo, o Supremo, o Grande Arquiteto
do Universo realmente estava comigo, nada deu errado, nenhum vôo atrasou, não peguei trânsito e
tudo correu da melhor forma possível.
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Chegou o dia a iniciação, fui até Biguaçu conforme o combinado com o irmão Lesley, o qual me
passou um trote e me fez segurar uma vela de sete dias e uma espiga de milho em pleno centro da
cidade, na porta do fórum, as pessoas passavam me olhando surpresas. Fui vendado e conduzido
até o local da iniciação com o sentimento de tranquilidade, mesmo respondendo as perguntas do
Lesley do tipo; você tem animal de estimação? E está disposto a sacrificá-lo para entrar na
maçonaria? Você tem medo de cemitério? Bem, eu sabia que fazia parte tudo isso, como se não
bastasse, ele fechou as janelas do carro e ligou o ar condicionado no quente, e cada minuto
perguntava se eu estava tranqüilo, e eu realmente estava, porque fui atleta por anos e aprendi a me
controlar, eu sabia que ele não iria fazer por muito tempo, porque ele estava sofrendo junto
comigo, mas naquele momento comecei a pensar, será que isso já é um teste da minha
perseverança? Será que isso é pra testar minhas reações e respostas? Resolvi responder somente o
básico e tentar me concentrar, porque eu não sabia o que viria pela frente. O Lesley tinha me
falado que me levaria pro cemitério do Itacurubi, mas logo percebi que não estávamos indo,
devido aos caminhos que pegamos indo mais para nossa direita. Quando chegamos em uma
estrada com mais buracos, eu pensei que estávamos em algum sítio, ouvia barulho de cascalho.
Quando ele parou o carro eu fui recebido por outro irmão, ele pegou no meu braço e me conduziu
cuidadosamente pelo caminho.
Nesse momento eu passava por inúmeras sensações, porque estava privado de um dos meus
sentidos e já começara ali a refletir sobre a importância da visão. Minha concentração ficou
redobrada, ouvia muitos barulhos, som de festa, pessoas conversando até que me pediram para me
abaixar, naquele momento eu imaginava entrando em algum lugar velho, pois sentia um forte
cheiro de madeira, é incrível o que passa pela nossa cabeça nesse momento, parecia que eu estava
vivendo uma regressão, voltando ao tempo, os cheiros de incenso e de velas entravam em minhas
narinas causando uma sensação estranha, boa, mas confusa.
Fui conduzido e fiz um percurso me abaixando até que fui convidado a sentar-se. Mandaram que
eu ficasse segurando a espiga de milho e ali fiquei por algum tempo, escutando sussurros,
barulhos de papeis e metais. Aproveitei o tempo para agradecer a Deus por tudo o que estava
vivendo, pela oportunidade de ter chegado são e salvo da viagem, pela oportunidade de estar
sendo iniciado na ordem e pedido força para qualquer desafio que por ventura eu tivesse que
superar. Fui conduzido por 3 ou quatro vezes a lugares diferentes dentro daquele ambiente, sentei
em vários tipos de cadeiras, duras, macias, banco, cadeiras que ringiam enfim, a todo o momento
eu procurava significados que pudessem justificar o motivo pra eu estar fazendo tudo aquilo.
Nunca fui um homem de rituais, e me questionei o tempo todo se eu estaria no lugar certo. Mas a
resposta que vinha em minha mente era, tudo acontece na sua vida por um motivo grandioso que
somente o futuro irá lhe revelar, tenha fé, seja perceverante.
Em certa altura, me perguntaram se eu tinha sede, naquele momento eu pensei, e agora, será que é
um teste? Se eu disser que estou com sede, posso estar demonstrando fraqueza, se eu disser que
não estou, posso perder uma oportunidade. Resolvi dizer que estava bem. Tempos depois fui
indagado novamente, porém agora me perguntaram se eu estava com fome, novamente pensei
sobre qual resposta dar, então pensei, se eles estão me oferecendo o que comer e eu não aceitar,
poderão pensar que não confio neles, então resolvi aceitar, me pediram se eu queria beber e disse
que sim, pedi água. Em seguida me serviram água e um sanduíche, que veio em boa hora, pois eu
estava desde as 9 horas da manhã se comer.
Comecei a pensar no Claudio, sentia que ele estava próximo a mim, refleti porque que Deus havia
colocado ele na minha vida e o quanto eu estava feliz por estar compartilhando esse momento com
ele. Logo nos retiram do ambiente e fomos conduzidos pra um outro local, o local estava frio. A
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pessoa que sempre me auxiliava me ofereceu uma bala de gengibre e mesmo eu não gostando de
gengibre pensei, vou aceitar, deve ter algum propósito tudo isso, pois o ar gelado batia na minha
face e eu sentia frio, poderia evitar uma dor de garganta. Com um pouco de receio, pedi para ir no
banheiro, e prontamente fui conduzido. Sentia um cheiro forte de tempero, a confusão mental se
fazia naquele momento, porque tanto tempo sentado? porque tantos cheiros? Será que vai demorar
muito? Que horas eu vou pro cemitério? Eu sei que tem um momento que tem espada e caveira.
Bem, fui conduzido para outro ambiente, muito pequeno, minha venda foi retirada e fui orientado
a ler e assinar 3 documentos. Em minha frente lembro que tinha sal, um crânio, uma ampulheta,
uma panela e não lembro agora o que mais tinha. Mas parte da escrita em um papel fixado na
parede era: “se a curiosidade te trouxe, vai embora” e o restante do texto eu não lembro, mas era
impactante. O ambiente parecia um calabouço, um local para refletir, nunca tive medo da morte,
lido bem com isso, me concentrei pra ler os todos os textos, falava sobre em caso da minha morte,
quem era a pessoa que eu deixava tudo, eu sabia que era bom pra mim, jamais um amigo como o
Jonhy me colocaria numa fria, e os assinei sem receio. Respondi 5 perguntas que tinha no
questionário e bati na porta como fui orientado fazer quando estivesse pronto.
Fui vendado novamente, o que me deu certo desânimo, pois estava cansado, eu havia viajado a
noite toda e não tinha dormido, estava no meu limite. Eu já não tinha mais noção do tempo, queria
acabar logo com tudo aquilo. Então fomos conduzidos para outro ambiente, agora sentia o Claudio
ao meu lado, por um momento nos demos as mãos e aquilo me deu uma maior motivação.
Começa uma cerimônia de apresentação minha e do Claudio para o Venerável Mestre, foi bom
escutar a voz do meu amigo Johny, é impressionante como a voz dos nossos amigos nos fazem
bem, nos dão força. Bem, mesmo sabendo que era o Jonhy, na minha mente eu vivia um momento
diferente no tempo, parecia que eu estava no século passado, uma sensação de estar vivendo um
ato real, fiquei calçando no meu pé esquerdo o sapato e no direito um chinelo, minha camisa foi
colocada de uma maneira que meu peito ficava descoberto, fui conduzido por várias etapas, pulei,
agachei, subi escadas, lavei minhas mãos, foram secadas, senti o calor do fogo, fui interrogado, fiz
juramentos, senti a ponta de espada no meu peito, foi conduzido para fora, barulhos, murmúrios,
frio, muito frio, eu tremia. Em alguns momentos que necessitava da minha resposta eu me
concentrava para não falar tremendo, porque minhas pernas tremiam. Eu tinha uma sensação de
que estava realmente revivendo um momento anterior da minha vida, parecia que eu já havia
passado por aquilo.
Um dos momentos mais emocionantes e uma sensação muito boa foi ouvir que fomos aceitos na
ordem, a música, a retirada da venda parecia um renascer com meu amigo ao lado e mais 27
irmãos, foi maravilhoso. O momento em que ficamos ajoelhados e a espada do Venerável Mestre
nos tocou a cabeça e os ombros e todos nos cobriram de espadas foi um momento muito especial
me senti protegido. Meu olho direito estava todo embaçado, conseguia enxergar apenas com o
olho esquerdo, mas bastou para ficar pra sempre na minha memória.
Fomos cumprimentados por todos os irmãos, recebemos flores, o avental, o livro de aprendiz, dois
pares de luvas, botons, regulamentos e depois assinamos o livro de presença.
Em seguida recebemos orientações prévias sobre o toque e cumprimentos.
Agora estou aqui, pronto pra aprender, pronto para servir e lapidar a minha pedra bruta.
Muito obrigado!
20. JB News – Informativo nr. 2.213 – Florianópolis (SC) – sábado, 22 de outubro de 2016 Pág. 20/27
(as letras em vermelho significam que a Loja completou
ou está completando aniversário)
GLSC -
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GOSC
https://www.gosc.org.br
Data Nome da Loja Oriente
03.10.1981 Ação e Fraternidade Gasparense nr. 26 Gaspar
17.10.1969 São João Batista nr. 14 Orleans
19.10.2000 Gênesis nr. 47 Florianópolis
20.10.1977 Duque de Caxias nr. 21 Florianópolis
22.10.1970 Sentinela do Oeste nr. 17 Chapecó
25.10.1978 Harmonia e Fraternidade nr. 22 Joinville
25.10.1996 Cavaleiros da Luz nr. 64 Florianópolis
28.10.1989 Jack Malt nr. 49 Rio Negrinho
28.10.2008 Delta do Universo nr. 98 Florianópolis
Data Nome da Loja Oriente
05/10/1991 Zezinho Cascaes Braço do Norte
12/10/1994 Fraternidade Serrana São Joaquim
13/10/2004 Portal da Serra Bom Retiro
15/10/1985 Lealdade, Ação e Vigilância Florianópolis
16/10/1951 Estrela do Planalto Curitibanos
18/10/1997 Acácia das Gaivotas Bal. Gaivota
20/10/2008 Construtores da Paz Chapecó
21/10/1972 General Bento Gonçalves Araranguá
22/10/1997 Sol do Oriente Camboriú
26/10/1975 Acácia das Neves São Joaquim
30/10/2002 Frank Shermann Land Florianópolis
7 – Destaques (Resenha Final)
Lojas Aniversariantes de Santa Catarina
Mês de setembro
21. JB News – Informativo nr. 2.213 – Florianópolis (SC) – sábado, 22 de outubro de 2016 Pág. 21/27
GOB/SC –
http://www.gob-sc.org.br/gobsc
Data Loja Oriente
03.10.03 Delta de Ingleses - 3535 Florianópolis
06.10.81 Prof. Clementino Brito - 2115 Florianópolis
13.10.07 Luz de São Joaquim - 3884 São Joaquim
15.10.93 Cidade Azul - 2779 Tubarão
15.10.05 Estácio de Sá -3763 Florianópolis
17.10.08 Luz de Órion - 3951 Itapema
23.10.00 Luz e Harmonia - 3347 Brusque
26.10.96 Arquitetos do Vale - 2996 Blumenau
26.10.08 Amigos da Liberdade - 3967 Palhoça
27.10.97 Atalaia -3116 Itajaí
28.10.95 Luz do Atlântico Sul - 2894 Baln. Camboriú
22. JB News – Informativo nr. 2.213 – Florianópolis (SC) – sábado, 22 de outubro de 2016 Pág. 22/27
Entrada no Templo
O Cobridor, estando o cortejo conduzido pelo Mestre de Cerimônias à porta do
Templo, dará com a mão uma só batida na porta, que será o sinal
bastante para ser aberta pelo Guarda do Templo.
O Mestre de Harmonia inicia música suave e adequada ao ato.
Cada obreiro, à medida que for entrando, irá ocupar lugar que lhe compete nas
colunas, inclusive no Oriente, conservando-se de pé, mas sem estar à ordem,
voltado para a linha equatorial do Templo, no Ocidente, e para as
respectivas laterais do trono, no Oriente, observado o máximo de
silêncio.
O Mestre de Cerimônias postar-se-á à frente da coluna "B", aguardando a
passagem do Venerável Mestre para acompanhá-lo ao trono.
O Cobridor não entrará no Templo; permanecerá no exterior e junto à porta até
que se cumpra a formalidade de aclamação sequente à abertura da Loja,
depois a qual poderá entrar e permanecer ao lado do Guarda do Templo,
conforme for o espaço disponível, ou, preferencialmente, junto à porta atrás da
coluna "B".
Fechada a porta, o Mestre de Cerimônia, já no seu lugar no Ocidente, verificará
se todos estão corretamente colocados, depois o que dirá: "Venerável Mestre,
os cargos estão preenchidos e todos os presentes acham-se revestidos
conforme nossos usos e costumes".
Observação: Está fazendo parte de nossos usos e costumes cantar o Hino da
Loja Alferes Tiradentes, de autoria do nosso Irmão Áureo dos Santos, antes
da fala do Mestre de Cerimônias informando que "os cargos estão
preenchidos....".
Juarez de Oliveira Castro
(48) 9983-1654 (Claro)
(48) 9801-9025 (TIM)
juacastr@gmail.com
"Quando você ajuda alguém a subir a montanha, você alcança o topo com ele".
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Ir Marcelo Angelo de Macedo, 33∴
MI da Loja Razão e Lealdade nº 21
Or de Cuiabá/MT, GOEMT-COMAB-CMI
Tel: (65) 3052-6721 divulga diariamente no
JB News o Breviário Maçônico, Obra de autoria do saudoso IrRIZZARDO DA CAMINO,
cuja referência bibliográfica é: Camino, Rizzardo da, 1918-2007 - Breviário Maçônico /
Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014 - ISBN 978-85.370.0292-6)
Para o dia 22 de outubro:
A Providência
Considera-se o vocábulo em dois sentidos: o suprimento de bens, quando alguém
providencia para a sua aquisição; e o que providencial, ou seja, que nos vêm por meio
de uma força superior, que no caso será Deus.
Em uma linguagem comum, a providência significa o que nos vem de favor, por
intermédio daquele que é onisciente e que não deixa a sua criatura desamparada.
Essa providência cuida que os pássaros tenham alimento e que os lírios do campo
tenha vistosa “vestimenta” – Então como não há de cuidar dos elementos mais
valiosos da Natureza, que somos nós?
Aqueles que se acanham em reconhecer a existência de Deus, sem se declararem
ateus, têm como divindade a providência; seu Deus é aquele que tudo provê, portanto
trata-se apenas de uma questão de vocábulo.
A providência tem dois caminhos na sua via; aquele que vem a nós, de forma segura,
posto que misteriosa,e aquele que via “aos outros”, sob o manto da caridade.
O maço deve aceitar ser um “instrumento”; Deus o usa para prover os que necessitam
de bens materiais.
A doação abrange os bens materiais como os sociais; uma palavra amiga de conforto,
um conselho, um amparo, isso caracteriza também o providencial.
Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014, p. 314.
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Templo de uma das lojas maçônicas em Jaguarão (RS) pertencente a GLRS.
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1–
Teste: Você está lidando bem
com o estresse?
2 –
Você quer conhecer as frutas
mais saudáveis de todas?
3 –
Você já viu as belas flores de
cerejeira fluorescendo?
4 – Sensacional: The Beer Bottle Boys :
https://www.youtube-nocookie.com/embed/NkbZlautuUc?rel=0
5 – Cachorro levando bronca da dona:
https://www.youtube.com/watch?v=pFy7Qg7T2qU
6 - Danúbio Azul, em Viena:
An der schönen blauen Donau - 2012 New Year's Concert Vienna / Neujahrskonzert Wien
HD – YouTube
7 – Filme do dia: “Caminho Declarado”- dublado
Sinopse: O Caminho do Guerreiro (2010 Dublado) Um mestre assassino jurou cumprir uma missão:
matar o último sobrevivente do clã inimigo. Mas quando ele descobre que ela é uma criança indefesa,
sente-se tocado por sua inocência e decide aposentar a espada e iniciar uma vida nova. Resolve, então,
criar a criança no Velho Oeste Americano. Em uma empoeirada cidadezinha esquecida do mundo, ele
conhece uma mulher interessante e vive pacificamente até que uma gangue de foras da lei força o
verdadeiro herói a matar novamente. O Ocidente se encontra com o Oriente para um confronto incrível
entre um famoso atirador, o sádico líder da gangue, o clã assassino que ele traiu e toda a cidadezinha em
pé de guerra, todos armados com pistolas, espadas, punhos e muita fúria.
https://www.youtube.com/watch?v=CiTmwTWWTjQ
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O Irmão Adilson Zotovici,
Obreiro da Loja Chequer Nassif-169
São Bernardo do Campo – SP GLESP
Escreve aos sábados.
adilsonzotovici@gmail.com
PULCRO TEMPLO
Num pulcro templo silente
Mas operante oficina
Bom ferramental presente
Fulcro do bem se origina
Labor profícuo premente
O Ambiente vaticina
Num erigir renitente
Muro a prumo descortina
Com fé e amor por semente
Busca à verdade a doutrina
Elos de forte corrente
A luz do alto ilumina
A eterna obra eminente...
Que o Grande Arquiteto ensina
Adilson Zotovici
ARLS Chequer Nassif-169
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