O documento discute como controlar as emoções de forma saudável de acordo com princípios bíblicos. Aborda especificamente a ira e a ansiedade, explicando que embora sejam normais, precisam ser controladas para não se tornarem prejudiciais. Oferece conselhos como pedir ajuda a Deus, entregar as situações a Ele, orar, manter pensamentos positivos e humildade.
1. CONTROLANDO AS EMOÇÕES
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INTRODUÇÃO
As nossas emoções são alvo constante dos
bombardeios do inimigo. Feridas nas emoções
desencadeiam uma série de dificuldades que se
arrastam pela vida, até que seja alcançada uma
cura permanente, que só acontece em Jesus. As
mágoas, amargura, falta de perdão, insegurança,
medo, rejeição e complexos são manifestações
de feridas nas emoções. A igreja está sofrendo
com feridas na alma. Há muitos prisioneiros, não
só no mundo lá fora, mas também dentro da
Igreja. Essas feridas constituem brechas pelas
quais o inimigo irá nos atingir e nos oprimir.
As pessoas com feridas emocionais têm
dificuldade de se relacionar em todos os seus
níveis de comunicação, começando no lar,
passando pela Igreja e se estendendo à
sociedade.
Porém, neste reencontro, as suas emoções serão
curadas, porque o Espírito Santo está aqui. A
medida que a Palavra for sendo ministrada, peça
ao Espírito Santo que o ajude a identificar as
áreas da sua emoção que necessitam de cura.
Peça a ajuda de Deus para que você seja curado.
Vamos mencionar algumas situações
relacionadas às nossas emoções que necessitam
ser tratadas na perspectiva da Palavra de Deus,
para que, se houver alguma distorção, sejamos
curados pelo nosso Deus.
Uma das situações relacionadas com as nossas
emoções, e que nos afeta constantemente, é a
IRA.
IRA
A ira é um estado emocional experimentado vez
ou outra por todos. Ela ocorre em vários graus
desde um o aborrecimento leve até a raiva
violenta. Pode ser oculta e mantida no íntimo, ou
expressa abertamente. Sua duração pode ser
curta, surgindo e desaparecendo rapidamente ou
talvez persista durante décadas na forma de
amargura, ressentimento e ódio. A ira pode ser
destrutiva, especialmente quando persiste na
forma de agressão, falta de perdão ou vingança.
Mas tem igualmente possibilidade de ser
construtiva, quando nos motiva a corrigir a
injustiça ou pensar criativamente.
A ira é claramente um atributo de Deus e uma
experiência comum aos seres humanos.
Uma vez a ira sendo parte da natureza divina,
não podemos concluir que ela seja negativa em si
mesma.
A iria divina é sempre justificada e
completamente consistente com o amor e a
misericórdia de Deus.
“Com base na morte de Cristo, em que ele
recebeu o pleno transbordar da ira judicial de
Deus contra o pecado, os que crêem não mais
experimentam a ira (embora mereçamos), mas a
graça abundante. Esta é a era da graça de Deus.
A graça não elimina a ira; ela continua
acumulada contra os que não se arrependem.
Mas a graça elimina a necessidade de que todos
a experimentem”.
Pelo fato de Deus ser sábio, soberano, poderoso,
perfeito e onisciente, ele jamais interpreta mal
uma situação, jamais sente-se ameaçado, não
perde nunca o controle.
Obs.: fazer um contraste entre Deus e o homem
Em contraste, nós seres humanos, interpretamos
mal as circunstâncias, cometemos erros de
julgamentos, reagimos na hora quando nos
sentimos ameaçados ou
feridos, e algumas vezes respondemos com atos
de vingança e represália.
CONCLUSÕES SOBRE A IRA HUMANA
1. A ira humana é normal, não sendo
necessariamente pecaminosa:
1.1. Quando é uma santa ira contra a
injustiça e o pecado (Ex.32:19; Ne.5:6;
Mc.3:5);
1.2. Quando demonstra um zelo santo
pelas coisas de Deus (Lv.10:16; Jo.2:15-
17);
1.3. Quando é centrada no propósito de
desviar um transgressor do seu mau
caminho: “Se o teu irmão pecar contra ti,
vai argui-lo entre ti e ele só...”
(Mt.18:15ss).
2. A ira humana pode ser prejudicial ou
destrutiva, da mesma forma que outras
emoções, caso não seja manifestada de
acordo com as diretrizes bíblicas: “Irai-vos e
não pequeis, não se ponha o sol sobre a
vossa ira, e nem deis lugar ao diabo” (Ef.4:26);
CONTROLANDO AS EMOÇÕES
2. CONTROLANDO AS EMOÇÕES
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2.1. Quando está ligada ao orgulho ou ao
egoísmo: “Olhar altivo e coração
orgulhoso, tal lâmpada dos ímpios é
pecado” (Pv.21:4). Ex.: “Ele fez isso
contra mim? Quem ele pensa que é?”
2.2. Quando está ligada à crueldade e á
vingança: “Maldito o seu furor, porque era
forte! Maldita a sua ira, porque era cruel”
(Gn.49:7). Ex.: “Quero que pague por
aquilo que fez a mim”
2.3. Quando está ligada ao abuso verbal.
Ao expressar a sua ira com hostilidade,
você está sendo desonesto. Na verdade
está querendo vingar-se pela ofensa
sofrida. Isso não resolve a situação, pode
agravá-la: “Não saia da vossa boca
nenhuma palavra torpe... toda amargura,
e cólera, e ira e gritaria, e blasfêmia sejam
tiradas dentre vós...” (Ef.4:29; 31); “Mas
agora, despojai-vos de tudo isto: da ira,
da cólera, da malícia, da maledicência,
das palavras torpes da vossa boca”
(Cl.3:8).
2.4. Quando está ligada à contenda: “O
homem iracundo levanta contendas, e o
furioso multiplica as transgressões”
(Pv.29:22);
2.5. Quando resulta de uma percepção
distorcida: “Mas isso desagradou
extremamente a Jonas, e ele ficou irado”
(Jn.4:1) – “A ira humana é justa
indignação aos seus próprios olhos”.
Somos imperfeitos, cada um de nós vê a
situação de sua própria perspectiva. Nem
sempre temos capacidade de julgar entre
a verdadeira injustiça (como percebida
corretamente por um Deus onisciente) e a
injustiça aparente. Como resultado,
ficamos zangados com coisas que
julgamos erradas, mas que de fato não
seriam erradas se estivéssemos de posse
de todos os dados;
2.6. Quando internalizamos a ira, fazendo
de conta que está tudo bem: “Absalão,
porém, não falou com Amnom, nem mal
nem bem, porque odiava a Amnom por
Ter ele forçado a Tamar, sua irmã” (II
Sm.13:22). Esta também é uma forma
errada de lidar com a situação. Muitas
vezes, você não têm facilidade de
expressar a sua ira de modo que outros
percebam que você foi ferido(a). Você
oculta seus sentimentos numa tentativa de
manter a paz. A motivação pode ser
elogiável, mas o resultado é prejudicial
porque quem o(a) ofendeu jamais chegará
a saber que deixou você zangado(a) e por
qual razão, não havendo então
possibilidade de mudanças para melhor.
Muitas vezes, durante a sua infância, ou
mesmo na vida adulta, você foi
obrigado(a) a reprimir os seus
sentimentos, e, agora, não consegue
expressá-los: “Se teu irmão pecar contra
ti, repreende-o” (Lc.17:3).
3. A ira humana pode ser controlada – Diversas
passagens bíblicas mostram ser possível o
controle das suas emoções, e indicam como
isto pode ser feito.
3.1. A Bíblia mostra que a ira pode e deve
ser controlada:
A. Jesus que foi perseguido teve todo o
direito de zangar-se, mas note que,
“quando ultrajado, não revidava com
ultraje, quando maltratado, não fazia
ameaças” (I Pd. 2:23);
B. Salomão estabeleceu a questão em
poucas palavras: “o homem paciente
vale mais do um general que venceu
muitas batalhas; porque é muito mais
difícil controlar as próprias emoções do
que conquistar uma cidade” (Pv.16:39)
C. A ira descontrolada, é citada na Bíblia
como insensatez e como uma das
obras da carne: “Ora, as obras da
carne são manifestas, as quais são a
prostituição... as iras...”. “Mas o fruto
do Espírito é amor... a
longanimidade...” (Gl.5:20;22); “A ira do
insensato logo se revela...” (Pv.12:16);
“Quem facilmente se ira faz doidices”
(Pv.14:17);
D. A ira deve ser tardia. A paciência é
justamente o antídoto contra a ira
constante. A paciência (longanimidade)
faz parte do fruto do Espírito:; mas o
homem discreto é paciente”. “Todo
homem seja pronto para ouvir, tardio
para falar, tardio para se irar” (Tiago
1:19)
3.2. A Bíblia mostra como você pode
vencer a ira:
A. Você deve pedir a Deus para que
examine o seu coração a fim de que as
suas motivações sejam provadas:
“Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu
coração; prova-me, e conhece os meus
pensamentos; vê se há em mim algum
caminho mal, e guia-me pelo caminho
eterno” (Sl.139:23-24);
B. Você deve entregar a sua causa nas
mãos de Deus para que ele exerça a
sua justiça: “...mas entregava-se
àquele que julga retamente” (I
Pd.2:23);
3. CONTROLANDO AS EMOÇÕES
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C. Através da oração somos livres da ira:
“Quero que todos os homens orem em
todo lugar, levantando mãos santas,
sem ira nem contenda” (I Tm.2:8);
D. Manter o controle sobre os
pensamentos: “...Tudo o que é
verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo
o que é justo, tudo o que é puro, tudo o
que é amável, tudo o que é de boa
fama, se há alguma virtude, se há
algum louvor, nisso pensai” (Fp.4:8);
E. Mantenha a humildade. Preocupe-se
antes em corrigir as suas próprias
falhas do que em observar as falhas
dos outros: “Hipócrita! Tira primeiro a
trave do teu olho; então verás bem
para tirar o argueiro do olho do teu
irmão” (Mt.7:5).
Você pode ser uma pessoa longânime. Esse é o
desejo de Deus. É dessa forma que você poderá
ter êxito na sua liderança.
Outro elemento com o qual precisamos lidar
quando falamos de cura das emoções, é a
ansiedade.
A ANSIEDADE
Nada há de errado quando reconhecemos
problemas que são reais em nossa vida, e tentar
resolvê-los. Ignorar o perigo é insensato e errado.
Porém, é errado quando deixamo-nos levar pela
aflição excessiva, que nos levará a ver coisas
irreais.
A ansiedade como manifestação de aflição ou
angústia, é o resultado de um afastamento de
Deus. Em vez de reconhecer a sua soberania e
sua superioridade, carregamos sozinhos os
fardos da vida e supomos poder solucionar os
problemas da vida sem a ajuda da parte dele.
Quando o homem se afasta de Deus e faz de si
mesmo o seu Deus, é inevitável a intensificação
da ansiedade. Não é então de surpreender que
numa época de crescente impiedade aumenta
também as manifestações de angústia.
A ansiedade surge em resultado de ameaças,
conflitos, medo, necessidades insatisfeitas e
diferenças individuais. O medo e ansiedade são
similares, embora não sejam idênticos.
Algumas necessidades básicas dos seres
humanos. Podemos ver seis necessidades
fundamentais:
1. Sobrevivência – “a necessidade de continuar
existindo”;
2. Segurança econômica e emocional;
3. Sexo como expressão de amor, como ser
sexual;
4. Significado – “ser algo, Ter valor”
5. Auto-realização – “alcançar alvos
satisfatórios”;
6. Personalidade – “senso de identidade”;
Se falharmos em satisfazer estas e outras
necessidades, ficamos ansiosos, “no ar”,
temerosos e, muitas vezes, frustrados.
Não nos livramos verdadeiramente da ansiedade
até que tenhamos paz com Deus, apoiados em
suas promessas para a eternidade e conhecendo
a segurança proporcionada pela confissão e
completo perdão dos pecados.
Uma certa ansiedade (nem muita, nem pouca
demais) nos motiva e acrescenta sabor à vida.
Quando a ansiedade é excessiva, porém,
começamos a experimentar reações prejudiciais:
A. Reações físicas: úlceras, dores de cabeça,
alergias na pele, dores nas costas, males no
estômago, falta de fôlego, insônia, fadiga
crescente, alteração da pressão sanguínea,
aumento da tensão muscular.
B. Reações psicológicas: reduz o nível de
produtividade, sufoca a criatividade e
originalidade, interfere com a habilidade de
pensar ou lembrar.
C. Reações defensivas: São atitudes e
pensamentos usados para amortecer a dor da
ansiedade dando condições para enfrentá-la:
negar a ansiedade, negar a situação que a
está causando, culpara outros pela erros
próprios, volta à reações infantis.
D. Reações espirituais: As preocupações podem
levar a pessoa a não Ter tempo para a orar, a
não conseguir concentrar-se na leitura da
Bíblia, reduz o interesse nos cultos de
adoração, torna a pessoa amarga com o
aparente silêncio do céu
Como vencer a ansiedade
A Bíblia apresenta uma forma extraordinária,
específica e clara para que você vença a
ansiedade. Em Filipenses 4:6, a Palavra de Deus
instrui para que você deixe de sentir ansiedade,
seja por qual motivo for: “Não andeis ansiosos de
coisa alguma; em tudo, porém, sejam
conhecidas, diante de Deus as vossas petições,
pela oração e pela súplica, com ações de
graças”. Se você dirigir a sua atenção para o
problema, em vez da ansiedade diminuir, ela vai
aumentar. Ao invés disso, a Bíblia dá alguns
conselhos para que você supere a ansiedade:
A. Alegrar-se: “Alegrai-vos sempre no Senhor;
outra vez digo: alegrai-vos” (Fp. 4:4); Isso se
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deve à promessa de Jesus de que jamais
deixaria você;
B. Tolerar: “Seja a vossa moderação (atitude
bondosa, doce, amável, considerada e
graciosa) conhecida de todos os homens”
(Fp.4:5). Quando você desiste de condenar
as pessoas ou de exigir os seus direitos, a
sua ansiedade é reduzida;
C. Orar: “Não andeis ansiosos de coisa alguma;
em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de
Deus as vossas petições, pela oração e pela
súplica, com ações de graças” (Fp.4:6). Tal
oração deve ser acerca de tudo (mesmo
pequenos detalhes). Você deve incluir
petições definidas e precisas, juntamente com
ações de graças pela bondade divina;
D. Vigiar os pensamentos: “No demais, irmãos,
tudo o que é verdadeiro, tudo o que é
honesto, tudo o que é justo, tudo o que é
puro, tudo o que é amável, tudo o que é de
boa fama, se há alguma virtude, se há algum
louvor, nisso pensai” (Fp.4:8): A ansiedade
certamente surge quando pensamos a
respeito da injustiça, dos problemas, da
fraqueza humana e do que poderia acontecer
de errado.
DEPRESSÃO
A experiência cristã pode ser processada em três
níveis: 1o
) Os dias em que estamos no topo da
montanha – tudo é maravilhoso e sentimo-nos
exultantes; 2o
) Os dias em que estamos na
planície – dias normais; 3o
) Os dias em que
estamos no vale – dias difíceis, nebulosos, os
dias sombrios são dias de depressão. A
depressão (melancolia) é algo que todos
experimentam até certo ponto e em diferentes
períodos da vida.
Os sinais de depressão incluem: tristeza, apatia,
inércia, tornando difícil continuar vivendo ou
tomar decisões. Os sinais incluem ainda: perda
de energia, fadiga, insônia, pessimismo,
desesperança, medo, auto conceito negativo,
auto crítica, sentimento de culpa, vergonha,
senso de indignidade, desamparo, perda de
concentração, incapacidade de apreciar
acontecimentos ou atividades agradáveis, perda
de apetite.
O que pode ocasionar depressão?
- Crianças separadas dos seus pais e
criadas numa instituição, privadas de contato
humano caloroso com um adulto. Essas
crianças apresentam má saúde e tristeza.
- Quando os pais, aberta ou sutilmente,
rejeitam os filhos.
- Quando famílias estabelecem um padrão
alto demais para seus filhos: Quando os
padrões são excessivamente altos, o fracasso é
inevitável e a pessoa fica deprimida;
- Quando enfrentamos situações sobre as
quais não temos controle: a perda de uma
pessoa querida, o fracasso num concurso, ou o
envelhecimento;
- Pensamentos negativos: Não é difícil
habituar-se a um padrão de pensamentos
negativos, vendo o lado escuro da vida. Quando
a pessoa continua pensando negativamente, o
resultado é depressão mais intensa. Algumas
pessoa usam pensamentos negativos para
dominar outras. A auto-condenação é então
usada para extrair elogios. Porém, tais
comentários, na verdade, não satisfazem, e o
pensamento negativo e a depressão continuam.
- As tensões da vida: estimulam a depressão.
Perda de uma oportunidade, um emprego,
posição, saúde, liberdade, bens, perde de
pessoas por morte, divórcio.
- A ira voltada para dentro: contra si mesmo.
As pessoas se convencem de que não devem
ficar zangadas e negam os seus sentimentos.
Se a ira é negada e empurrada para fora da
nossa mente, ela inflama em oculto e
eventualmente nos destrói.
Mágoa (1a
. emoção) ira (2a
. emoção –
esconde a mágoa) vingança (3a
. emoção –
oculta a mágoa e a ira) DEPRESSÃO (oculta
a mágoa, a ira e o sentimento de vingança).
Algumas pessoas fazem uso de sua depressão
como um método sutil e socialmente aceitável de
expressar ira e obter vingança.
O ressentimento é o acúmulo de ira não
expressa. É a emoção mais destrutiva nos
relacionamentos humanos e para o bem estar
pessoal. Alguns vêem a depressão como um
meio de ferir outros como se estivesse dizendo:
“estou deprimido e não há nada que você possa
fazer a respeito, mas a culpa e sua, e se não me
der atenção e simpatia, posso ficar mais
deprimido ou cometer algum gesto
desesperador”. Trata-se de uma espécie de
chantagem psicológica. Existe uma espécie de
acusação nas notas. Elas culpam os outros por
seus sentimentos.
- A culpa: A culpa pode levar à depressão
quando a pessoa sente que falhou ou fez algo
errado, surge a culpa e juntamente com ela a
auto condenação, frustração, desesperança e
outros sintomas de depressão.
Como evitar a depressão
- Confiança em Deus. Paulo, escrevendo na
prisão, declarou certa vez que “havia aprendido
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a viver contente em toda e qualquer situação”
por saber que Deus nos dá forças que podem
suprir todas as nossas necessidades. Ele havia
aprendido a viver com alegria tanto na pobreza
quanto na prosperidade. Através da sua
experiência e, sem dúvida, o estudo das
escrituras, ele aprendera a confiar em Deus.
Isto ajudou-o a evitar a depressão.
- Espere dificuldades: Jesus advertiu-nos que
teríamos problemas. O apóstolo Tiago escreveu
que enfrentaríamos provações ou tentações
como teste da nossa fé e para ensinar-nos a ser
pacientes. Jesus, no momento da sua
crucificação, ele se achava profundamente aflito
e reconheceu sinceramente a sua agonia. Jesus
confiava no Pai, mas ele esperava sofrer e não
ficou surpreso quando o sofrimento veio sobre
ele. Quando somos suficientemente realistas
para contar com o sofrimento, e bastante
informados para saber que Deus está sempre
no controle, poderemos tratar melhor do
desânimo e evitar cair em depressão. A esposa
de certo pastor estava à morte, e ele esperava
que ela fosse curada milagrosamente, mas ela
morreu. Ele sofreu muito. Embora não
compreendesse a ração da sua perda, ele
concluiu que Deus não comete erros.
- Aprenda a tratar com a ira e com a culpa:
Não ficar remoendo injustiças ou fracassos do
passado. Devemos pedir a Deus para ajudar-
nos a esquecer o passado, a perdoar a nós
mesmos e os que pecaram contra nós.
- Aprenda a enfrentar os pensamentos: A
Bíblia fala a cerca de meditação na Palavra de
Deus, a respeito de “tudo o que é bom”
(Filipenses 4:8). Tal reflexão desvia a nossa
mente dos pensamentos negativos. Quem quer
que pensa Ter conseguido tabular, analisar e
associar com respostas superficiais e fáceis os
caminhos de Deus a fim de aliviar os corações
sofridos, não se adiantou muito deste labirinto
misterioso que chamamos vida e morte. Ele não
tem um método fixo de agir. Ele levou a Pedro
da Prisão, mas deixou João Batista no cárcere
para morrer. Ao escrever estas linhas, jamais
me senti tão falto de conhecimento para explicar
os caminhos da providência. Mas, jamais tive
tanta confiança em Deus. Aceito o que quer que
ele faça da forma como fizer.
SOLIDÃO
Pouco depois de Deus Ter criado Adão, Ele
declarou: “Não é bom que o homem esteja só.
Far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea”.
Adão e Deus tinham conversado juntos no jardim,
mas o Criador sabia que os seres humanos
precisam de outros da sua espécie a fim de se
sentirem felizes. Deus então criou Eva. Na
comunhão com Deus e um com o outro, Adão e
Eva não se sentiam solitários nem isolados. E
disse: “Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a
terra”. Quando pecaram, Adão e Eva romperam a
sua comunhão com Deus e uma brecha abriu-se
entre homem e mulher. O egoísmo e a tensão
interpressoal introduziram-se em seu
relacionamento.
A solidão desconhece limite de classe, raça ou
idade. A solidão atinge a todos. Sentir-se solitário
é tomar consciência de que nos falta um contato
significativo, íntimo com os outros. A solidão
envolve um sentimento íntimo de vazio que pode
ser acompanhado de tristeza, desânimo,
sensação de isolamento, inquietação, ansiedade,
e um desejo intenso de ser amado.
As pessoas solitárias, em geral sentem-se
deixadas de lado, indesejadas ou rejeitadas,
mesmo quando cercadas por outros. Existe, por
vezes, uma sensação de desespero e um desejo
intenso de manter qualquer tipo de relação que
possa aliviar a terrível dor da solidão. Sentem-se
inúteis e convictas de que nada valem, porque
ninguém gosta delas. Estas pessoas sentem-se
incapazes de construir um relacionamento
significativo ou obter satisfação emocional.
Existem dois tipos de solidão: a existencial, social
e emocional.
A solidão existencial refere-se ao sentido de
isolamento que vem quando a pessoa está
afastada de Deus, e sente que a vida não tem
significado ou propósito. Tais indivíduos precisam
de uma comunhão e relação crescente com
Deus.
A solidão social é o sentimento de falta de
propósito na vida, ansiedade e vazio. A pessoa
se sente como se estivesse fora de tudo e à
margem da vida. Essa pessoa, em luar de uma
relação profunda com um companheiro
específico, a pessoa socialmente separada
precisa de um grupo de amigos que a aceitem e
tenham facilidade de associar-se com outros.
A solidão emocional envolve a falta ou a perda de
uma relação íntima com outra pessoa. A pessoa
se sente muito só e só pode recuperar-se quando
estabelece novos relacionamentos em
profundidade com outro.
O apóstolo Paulo, quando estava na prisão, ao
escrever a Timóteo, Paulo já então
envelhecendo, notou que alguns de seus amigos
tinham desaparecido. Outros o esqueceram. E
ele queria que os eu jovem companheiro,
Timóteo, se esforçasse ao máximo para ir vê-lo
depressa. A Bíblia inteira se concentra na
necessidade de comunhão com Deus e com o
6. CONTROLANDO AS EMOÇÕES
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nosso semelhante, especialmente cristãos.
Necessidade de amar, ajudar, encorajar, perdoar,
e cuidar uns dos outros. Uma relação crescente
com Deus e com os outros torna-se a base para
a solução do problema da solidão.
Algumas pessoas às vezes constroem barreiras
para manter os outros afastados por medo da
intimidade, medo de deixar-se conhecer, medo
da rejeição, ou de ser ferido por Ter sido
machucado anteriormente.
CULPA
Satanás tem feito muitos crentes sentirem-se
culpados. A culpa é um sentimento pouco
confortável de pesar, remorso, vergonha, e auto
condenação, que surgem com frequência quando
fazemos ou pensamos algo que sentimos estar
errado, ou deixamos de fazer algo que deveria
Ter sido feito. Com isso surge o desânimo, a
ansiedade, o medo do castigo e um sentimento
de desolação. Tudo junto como parte do
sentimento de culpa. Esse sentimento
classificam-se em três categorias: medo do
castigo, perda de auto-estima, sentimento de
solidão, rejeição ou isolamento. Esses
sentimentos de culpa têm tornado miserável a
vida de muitos crentes. Os padrões individuais
quanto ao certo e errado, bom e mau, geralmente
se desenvolvem na infância. Para alguns pais os
padrões são tão rígidos, que os filhos quase
nunca os alcança. Os elogios ou encorajamentos
são praticamente nulos, pois os pais jamais se
satisfazem. Em lugar disso a criança é culpada,
condenada, criticada e castigada com tanta
frequência que se sente um verdadeiro fracasso.
Como resultado surge a auto-acusação. Tudo
porque a criança aprendeu um conjunto de
padrões algumas vezes impossível de alcançar.
À medida que crescem, as crianças adotam os
padrões dos pais. Elas exigem perfeição de si
mesmas. Estabelecem padrões que jamais
poderão ser alcançados e se envolvem em
sentimentos de culpa, depois de inevitáveis
fracassos. Ex.: O homem que trabalha demais e,
com frequência, influenciado pelo complexo de
culpa, convencido de que não está produzindo
bastante ou não está remindo o tempo. Ele
continua trabalhando numa tentativa de realizar
mais e mais e impedir-se de sentir culpa.
Na vida somos envolvidos sem perceber em
censuras e em críticas mútuas. Porém, cada
censura provoca um sentimento de culpa tanto
em quem faz a critica quanto no criticado, e cada
um se alivia como pode, seja criticando outros ou
se autojustificando. A sugestão da sociedade é
então a fonte de incontáveis sentimentos de
culpa.
A maturidade da consciência tem início na
adolescência, sendo ajudado por um ambiente
que encoraje, tanto à dedicação pessoal a Cristo
e suas prioridades morais, como reflexão sobre
as próprias experiências e motivos a fim de
construir uma hierarquia pessoal de valores e
objetivos cristãos.
A consciência cristã amadurecida se desenvolve
mediante as instruções sadias da vida.
A culpa pode trazer uma tristeza construtiva (II
Co.7:8-10). Esta é a tristeza segundo Deus que
leva ao arrependimento e à atitudes corretas.
Reações de defesa
São maneiras de pensar que muitas pessoas
usam para evitar a ansiedade e pode ser que até
certo ponto todos os mecanismos de defesa nos
protejam dos sentimentos de culpa. Se culpamos
outros (projeção), por exemplo: ou nos
introvertemos, podemos evitar enfrentar a nossa
responsabilidade em relação a pensamentos ou
atos que despertem culpa. Algumas vezes
quando os complexos de culpa começam a
surgir, ficamos zangados com outros para
justificar nosso comportamento, negar nossa
responsabilidade ou até mesmo nos culpamos
profusamente.
Reações de auto-condenação
O sentimento de culpa quase sempre estimula a
auto-condenação, e, em certos casos, a auto-
punição. A pessoa toma a atitude de um mártir,
empurrado de lá para cá por outros. Outras vezes
a atitude apresentada diz: “pobre de mim, não
mereço ser bem tratado”. Eles se sentem
culpados e incapazes de aceitar perdão.
Reações Sociais
Pensamentos e atos de auto-condenação
separam uma pessoa perseguida pela culpa das
demais. Nenhum de nós tem prazer de estar com
alguém que está se afogando em auto-
condenação. E isto estimula a sua inclinação
para criticar as atitudes alheias.
Arrependimento e perdão
Os efeitos do sentimento de culpa não são todos
negativos. Alguns aprendem a aceitar os seus
erros e a melhorar através deves, a confessar-se
a Deus e a outros. Alegrar-se na segurança de
que “se confessarmos os nossos pecados, ele é
fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos
purificar de toda a injustiça” (I Jo.1:9). A mente, a
alma, e até mesmo o corpo do homem adoece
devido à culpa ou o pecado não confessado e
não perdoado. As pessoas com complexo de
7. CONTROLANDO AS EMOÇÕES
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culpa, constantemente se condenam e esperam
ser condenadas por outros.
A solução final para a culpa e para o sentimento
de culpa é admitir honestamente e confessar o
pecado a Cristo e às vezes aos outros, e, então
crer, com a ajuda divina, que estamos perdoados
e aceitos por Deus.