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Vida e Hábitos da
                   Coruja-das-torres




                      José Carlos Morais
www.jcmorais.com
o que são...
Espécie cosmopolita, é muito útil por capturar grande número
de roedores. No entanto, o seu voo silencioso e fugaz e o seu
grito fantasmagórico, levaram à associação a diversas
superstições, frequentemente em seu desfavor.




A Coruja-das-torres, Tyto alba, é uma ave de rapina nocturna,
pertencente à Ordem dos Strigiformes e à Família Tytonidae.
Tem um comprimento de cerca de 35 cm, uma envergadura que
varia entre os 85 e os 93 cm e pesa entre os 200 e os 400
gramas, sendo as fêmeas normalmente maiores do que os
machos. Uma das características das corujas desta família é
possuírem uma face em forma de coração. A plumagem desta
espécie é branca no ventre, na face e na parte inferior das asas.
As costas e a parte superior das asas são douradas, com
manchas cinzentas e pintas brancas e pretas. As patas são
longas e os olhos são pretos.

                                      2
Esta espécie tem sofrido um
declínio moderado na maior
parte dos países europeus. Este
declínio parece estar associado
à intensificação da agricultura, à
utilização de pesticidas, ao
armazenamento dos cereais em
silos e à subsequente redução
de roedores e ao
desaparecimento de cavidades
naturais e artificiais para
nidificação. Também o
desenvolvimento das redes
viárias e ao aumento do tráfego
resulta em atropelamentos e na
mortalidade a eles associada.

                                     Por esta razão, a Coruja-das-torres
                                     está classificada na Europa como
                                     uma SPEC 3, ou seja, espécie cuja
                                     população global não está
                                     concentrada na Europa, mas que
                                     tem um estatuto de conservação
                                     desfavorável nesse continente.




                                     3
como vivem...
Em Portugal, como no resto da
Europa, as Corujas-das-torres
habitam, preferencialmente, zonas
de campos agrícolas, com sebes,
taludes e matos. Frequentemente
nidificam em construções
abandonadas, em chaminés,
sótãos, celeiros, armazéns ou
torres de igrejas, mesmo em
cidades de grande dimensão.
Noutras situações, frequentam
montados e soutos, recorrendo às
cavidades das árvores ou rochas
para nidificar.
                                        A observação de espécies
                                        nocturnas reveste-se sempre de
                                        dificuldades acrescidas. No
                                        entanto, embora não seja
                                        aconselhável perturbar estes
                                        animais durante o dia, acontece
                                        com alguma frequência quando
                                        se entra num celeiro ou noutra
                                        construção abandonada,
                                        encontrar uma Coruja-das-
                                        torres. Também quando se viaja
                                        de automóvel por regiões em
                                        que estas ocorrem, como no
                                        Alentejo ou na lezíria
                                        ribatejana, não é invulgar
                                        verem-se a atravessar a estrada,
                                        ou pousadas em postes ou
                                        cercas.




                                    4
A Coruja-das-torres apresenta 35
    subespécies distribuídas pela
    Europa, África, Ásia, Oceânia e
    América. Na Europa a espécie está
    presente em 36 países, desde a
    Península Ibérica até à Dinamarca,
    Polónia e Turquia. Estima-se que o
    efectivo populacional se situe
    entre 120 000 e os 500 000
    indivíduos. Em Portugal, estas
    corujas ocorrem de Norte a Sul do
    país e também na Ilha da Madeira.
    Na Península Ibérica as densidades
    de Coruja-das-torres devem variar
    entre 1 e 50 casais por cada 50
    Km2.




5
como se reproduzem...
A Coruja não constrói ninho. Os
ovos são depositados pela ave
nos retiros sombrios onde
costuma passar o dia, sobre um
tapete de regurgitações.




Esta ave tem por hábito balançar-
se para os lados e soprar
ruidosamente, de forma a
defender-se dos seus predadores.




                                        As Corujas-das-torres são
                                        geralmente monogâmicas e cabe
                                        às fêmeas a incubação dos ovos,
                                        ficando os machos encarregues
                                        de trazer alimento. A postura
                                        pode variar entre os 2 e os 14
                                        ovos, mas mais frequentemente
                                        situa-se entre 4 e 7. São postos
                                        com um intervalo de 2 dias o que
                                        se reflecte no desenvolvimento
                                        dos pintos. Inicia-se em
                                        Março/Abril e a incubação dura
                                        30 ou 31 dias.



                                    6
As crias permanecem no ninho
      entre 50 a 55 dias, e tornam-se
      independentes 3 a 5 semanas
      mais tarde. 50% dos juvenis
      morrem quando abandonam os
      pais. Reproduzem-se pela
      primeira vez com 1 ou 2 anos de
      idade.




    Em condições favoráveis podem
    fazer duas posturas por ano,
    sendo a segunda em Junho. Em
    anos maus podem não se
    reproduzir.




7
como caçam...
Tal como outras aves de rapina nocturnas,
a Coruja-das-torres consegue ver as suas
presas em condições de luminosidade
muito reduzida. Os seus olhos têm uma
grande percentagem de células de
luminosidade (claro/escuro) em relação às
de cor.




                                            A plumagem da coruja
                                            amortece o ruído do bater
                                            das asas e possibilita um
                                            voo silencioso.



A Coruja-da-torres caça
frequentemente em campos
abertos e utiliza por vezes uma
técnica muito particular: percorre
os terrenos semeados a baixa
altitude e quando detecta um
roedor peneira para determinar a
sua posição exacta, e deixa-se cair
a prumo. Isto acontece a cerca de
2 metros de altura.




                                      8
Experiências levadas a cabo em
    cativeiro mostram que estas aves
    conseguem capturar as suas
    presas em condições de completa
    obscuridade, orientando-se
    exclusivamente pela audição. Os
    ouvidos são assimétricos, o que
    permite a detecção correcta da
    coordenada vertical tal como da
    horizontal relativamente à fonte
    do ruído. Por isso é normal
    observar corujas em cima de
    postes - atalaia – tentando
    determinar o local exacto de um
    pequeno ruído feito pelas presas.
    A sua face em forma de coração
    funciona como uma parabólica
    ajudando a amplificar o som
    recebido.




9
de que se alimentam...
Depois de comerem, as corujas
regurgitam pelo bico uma massa
ovoide que contem tudo aquilo
que não pode ser digerido pela ave
– ossos , pelos, penas. A esta
regurgitação dá-se o nome de
plumada ou egagrópila.




As plumadas que se encontram
facilmente perto dos locais de
pouso habitual das corujas, tem
uma forma oval com um
diâmetro maior entre 3 e 6 cm. A
sua análise permite conhecer o
regime alimentar destas rapinas,
revelando uma população de
pequenos mamíferos da região
que de outo modo permaneceria
invisível.




                                     10
A coruja-das-torres alimenta-se essencialmente
de ratos e musaranhos, mas também alguns
pardais, rãs, lagartixas e insectos.
Em época de reprodução uma casal de corujas
caça cerca de 25 ratos por noite.




         Resultados da análise de 30 regurgitações recolhidas em 5-11-2002
                                         na Quinta da Bemposta (Camarnal)
                                    11
como proteger...
As ameaças às populações das
aves de rapina estendem-se desde
a poluição e redução dos habitats
naturais ao abate por caçadores e                 A alteração das construções e
à caça furtiva, inclusive de ninhos               arquitectura agrícola
(para a falcoaria).                               tradicional, tem provocado uma
                                                  diminuição de locais para
                                                  nidificação e descanso diurno
                                                  de corujas. A instalação de
                                                  caixas-ninho artificiais pode ser
                                                  uma solução.




O ideal será a manutenção e
adaptação de locais que
possibilitem a presença de corujas
perto do Homem, sobretudo em
áreas agrícolas. Pode-se assim
beneficiar do importante papel
desta ave no controle de roedores.

                                                                          Caixa-ninho
Acesso do
homem                                                                         Acesso do
                                                                              homem

                                      Entrada
                                      12x25 cm,
                                      levemente
                                      inclinada

                                                                               Depósito
Camadas
de
isolamento
sonoro




                                        12
A conservação das
corujas passa também
pela protecção do seu
habitat - as áreas
agrícolas e de campo
aberto.


Nalguns casos, os
pesticidas e adubos
agrícolas entram nos
circuitos da cadeia
alimentar e podem
ameaçar com gravidade
certas espécies, por
exemplo, fragilizando-
lhes a casca dos ovos,       Quanto aos caçadores, por ignorância
impedindo a sua              muitos deles acreditam que estas aves lhes
reprodução.                  arruínam a caça, o que não é verdade uma
                             vez que se alimentam essencialmente de
                             ratos.




O choque com automóveis
é frequente pois o seu voo
é lento e baixo.




                                 13
para saber mais...
Referências Biliográficas

Brazil, M.A. & C.R. Shawyer (1992) “The Barn Owl: the farmer’s friend needs
         a helping hand.” The Hawk and Owl Trust, London.
Gonçalves, H.M. (2006) Inventariação e caracterização de Micromamíferos
       no Parque Natural do Alvão, UTAD, Vila Real
Mathias, Maria da Luz. (1999) “Mamíferos Terrestres de Portugal Continen-
       tal, Açores e Madeira”, ICN, Lisboa
Madureira, Maria da Luz (1979) “Contribuição para o conhecimento da ali-
      mentação de Tyto alba Scop. no centro de Portugal”, Arquivos do
      Museu Bocage, Lisboa
Roque I (2003) “A população de Coruja-das-torres Tyto alba (Scopoli 1769)
        no concelho de Coruche: abundância e distribuição, selecção de
        habitat, biologia de reprodução, alimentação e mortalidade” Relató-
        rio não publicado, Universidade de Évora, Évora.
Roque I. & R. Tomé (2004) “Estimativa populacional e selecção de habitat
       pela coruja-das-torres Tyto alba no concelho de Coruche (Santarém,
       Portugal)” Airo 14: 11-19.
Shawyer, Colin (1998) “The Barn Owl”, Arlequim Press, Essex
Taylor, Ian (1994) “Barn Owls—predator-prey ralationships and conserva-
         tion” Cambridge University Press, Cambridge
Tomé, R. (1994) “A coruja-das-torres (Tyto alba Scopoli, 1769) no estuário do
       Tejo: fenologia, dinâmica populacional, utilização do espaço e ecolo-
       gia trófica” Relatório não publicado. FCUL, Lisboa.
Tomé, R. & J. Valkama (2001) “Seasonal variation in the abundance and
       habitat use of Barn Owl Tyto alba on lowland farmland”, Ornis Fenni-
       ca 78: 109-118.
Yalden, D.W. & Morris, P.A. (1990) “The analisys of Owl pelets” The Mam-
        mal Society, Londres




                                     14
Sites e Organizações

                http://www.labor.uevora.pt/?q=pt-pt/node/42




                http://www.globalowlproject.com/




               http://www.barnowltrust.org.uk/




              http://www.owls.org/




               http://www.ceachile.cl/lechuzablanca/index.htm




                http://www.hawkandowl.org/




                http://www.wildowl.co.uk/




                http://www.bocn.org/



                              15
“Quando observadas a caçar sobre
um prado, as corujas-das-torres têm
uma graça celestial e uma beleza
que não conseguem ser atingidas
por nenhuma outra ave.”
                          Iain Taylor




    16

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  • 1. Vida e Hábitos da Coruja-das-torres José Carlos Morais www.jcmorais.com
  • 2. o que são... Espécie cosmopolita, é muito útil por capturar grande número de roedores. No entanto, o seu voo silencioso e fugaz e o seu grito fantasmagórico, levaram à associação a diversas superstições, frequentemente em seu desfavor. A Coruja-das-torres, Tyto alba, é uma ave de rapina nocturna, pertencente à Ordem dos Strigiformes e à Família Tytonidae. Tem um comprimento de cerca de 35 cm, uma envergadura que varia entre os 85 e os 93 cm e pesa entre os 200 e os 400 gramas, sendo as fêmeas normalmente maiores do que os machos. Uma das características das corujas desta família é possuírem uma face em forma de coração. A plumagem desta espécie é branca no ventre, na face e na parte inferior das asas. As costas e a parte superior das asas são douradas, com manchas cinzentas e pintas brancas e pretas. As patas são longas e os olhos são pretos. 2
  • 3. Esta espécie tem sofrido um declínio moderado na maior parte dos países europeus. Este declínio parece estar associado à intensificação da agricultura, à utilização de pesticidas, ao armazenamento dos cereais em silos e à subsequente redução de roedores e ao desaparecimento de cavidades naturais e artificiais para nidificação. Também o desenvolvimento das redes viárias e ao aumento do tráfego resulta em atropelamentos e na mortalidade a eles associada. Por esta razão, a Coruja-das-torres está classificada na Europa como uma SPEC 3, ou seja, espécie cuja população global não está concentrada na Europa, mas que tem um estatuto de conservação desfavorável nesse continente. 3
  • 4. como vivem... Em Portugal, como no resto da Europa, as Corujas-das-torres habitam, preferencialmente, zonas de campos agrícolas, com sebes, taludes e matos. Frequentemente nidificam em construções abandonadas, em chaminés, sótãos, celeiros, armazéns ou torres de igrejas, mesmo em cidades de grande dimensão. Noutras situações, frequentam montados e soutos, recorrendo às cavidades das árvores ou rochas para nidificar. A observação de espécies nocturnas reveste-se sempre de dificuldades acrescidas. No entanto, embora não seja aconselhável perturbar estes animais durante o dia, acontece com alguma frequência quando se entra num celeiro ou noutra construção abandonada, encontrar uma Coruja-das- torres. Também quando se viaja de automóvel por regiões em que estas ocorrem, como no Alentejo ou na lezíria ribatejana, não é invulgar verem-se a atravessar a estrada, ou pousadas em postes ou cercas. 4
  • 5. A Coruja-das-torres apresenta 35 subespécies distribuídas pela Europa, África, Ásia, Oceânia e América. Na Europa a espécie está presente em 36 países, desde a Península Ibérica até à Dinamarca, Polónia e Turquia. Estima-se que o efectivo populacional se situe entre 120 000 e os 500 000 indivíduos. Em Portugal, estas corujas ocorrem de Norte a Sul do país e também na Ilha da Madeira. Na Península Ibérica as densidades de Coruja-das-torres devem variar entre 1 e 50 casais por cada 50 Km2. 5
  • 6. como se reproduzem... A Coruja não constrói ninho. Os ovos são depositados pela ave nos retiros sombrios onde costuma passar o dia, sobre um tapete de regurgitações. Esta ave tem por hábito balançar- se para os lados e soprar ruidosamente, de forma a defender-se dos seus predadores. As Corujas-das-torres são geralmente monogâmicas e cabe às fêmeas a incubação dos ovos, ficando os machos encarregues de trazer alimento. A postura pode variar entre os 2 e os 14 ovos, mas mais frequentemente situa-se entre 4 e 7. São postos com um intervalo de 2 dias o que se reflecte no desenvolvimento dos pintos. Inicia-se em Março/Abril e a incubação dura 30 ou 31 dias. 6
  • 7. As crias permanecem no ninho entre 50 a 55 dias, e tornam-se independentes 3 a 5 semanas mais tarde. 50% dos juvenis morrem quando abandonam os pais. Reproduzem-se pela primeira vez com 1 ou 2 anos de idade. Em condições favoráveis podem fazer duas posturas por ano, sendo a segunda em Junho. Em anos maus podem não se reproduzir. 7
  • 8. como caçam... Tal como outras aves de rapina nocturnas, a Coruja-das-torres consegue ver as suas presas em condições de luminosidade muito reduzida. Os seus olhos têm uma grande percentagem de células de luminosidade (claro/escuro) em relação às de cor. A plumagem da coruja amortece o ruído do bater das asas e possibilita um voo silencioso. A Coruja-da-torres caça frequentemente em campos abertos e utiliza por vezes uma técnica muito particular: percorre os terrenos semeados a baixa altitude e quando detecta um roedor peneira para determinar a sua posição exacta, e deixa-se cair a prumo. Isto acontece a cerca de 2 metros de altura. 8
  • 9. Experiências levadas a cabo em cativeiro mostram que estas aves conseguem capturar as suas presas em condições de completa obscuridade, orientando-se exclusivamente pela audição. Os ouvidos são assimétricos, o que permite a detecção correcta da coordenada vertical tal como da horizontal relativamente à fonte do ruído. Por isso é normal observar corujas em cima de postes - atalaia – tentando determinar o local exacto de um pequeno ruído feito pelas presas. A sua face em forma de coração funciona como uma parabólica ajudando a amplificar o som recebido. 9
  • 10. de que se alimentam... Depois de comerem, as corujas regurgitam pelo bico uma massa ovoide que contem tudo aquilo que não pode ser digerido pela ave – ossos , pelos, penas. A esta regurgitação dá-se o nome de plumada ou egagrópila. As plumadas que se encontram facilmente perto dos locais de pouso habitual das corujas, tem uma forma oval com um diâmetro maior entre 3 e 6 cm. A sua análise permite conhecer o regime alimentar destas rapinas, revelando uma população de pequenos mamíferos da região que de outo modo permaneceria invisível. 10
  • 11. A coruja-das-torres alimenta-se essencialmente de ratos e musaranhos, mas também alguns pardais, rãs, lagartixas e insectos. Em época de reprodução uma casal de corujas caça cerca de 25 ratos por noite. Resultados da análise de 30 regurgitações recolhidas em 5-11-2002 na Quinta da Bemposta (Camarnal) 11
  • 12. como proteger... As ameaças às populações das aves de rapina estendem-se desde a poluição e redução dos habitats naturais ao abate por caçadores e A alteração das construções e à caça furtiva, inclusive de ninhos arquitectura agrícola (para a falcoaria). tradicional, tem provocado uma diminuição de locais para nidificação e descanso diurno de corujas. A instalação de caixas-ninho artificiais pode ser uma solução. O ideal será a manutenção e adaptação de locais que possibilitem a presença de corujas perto do Homem, sobretudo em áreas agrícolas. Pode-se assim beneficiar do importante papel desta ave no controle de roedores. Caixa-ninho Acesso do homem Acesso do homem Entrada 12x25 cm, levemente inclinada Depósito Camadas de isolamento sonoro 12
  • 13. A conservação das corujas passa também pela protecção do seu habitat - as áreas agrícolas e de campo aberto. Nalguns casos, os pesticidas e adubos agrícolas entram nos circuitos da cadeia alimentar e podem ameaçar com gravidade certas espécies, por exemplo, fragilizando- lhes a casca dos ovos, Quanto aos caçadores, por ignorância impedindo a sua muitos deles acreditam que estas aves lhes reprodução. arruínam a caça, o que não é verdade uma vez que se alimentam essencialmente de ratos. O choque com automóveis é frequente pois o seu voo é lento e baixo. 13
  • 14. para saber mais... Referências Biliográficas Brazil, M.A. & C.R. Shawyer (1992) “The Barn Owl: the farmer’s friend needs a helping hand.” The Hawk and Owl Trust, London. Gonçalves, H.M. (2006) Inventariação e caracterização de Micromamíferos no Parque Natural do Alvão, UTAD, Vila Real Mathias, Maria da Luz. (1999) “Mamíferos Terrestres de Portugal Continen- tal, Açores e Madeira”, ICN, Lisboa Madureira, Maria da Luz (1979) “Contribuição para o conhecimento da ali- mentação de Tyto alba Scop. no centro de Portugal”, Arquivos do Museu Bocage, Lisboa Roque I (2003) “A população de Coruja-das-torres Tyto alba (Scopoli 1769) no concelho de Coruche: abundância e distribuição, selecção de habitat, biologia de reprodução, alimentação e mortalidade” Relató- rio não publicado, Universidade de Évora, Évora. Roque I. & R. Tomé (2004) “Estimativa populacional e selecção de habitat pela coruja-das-torres Tyto alba no concelho de Coruche (Santarém, Portugal)” Airo 14: 11-19. Shawyer, Colin (1998) “The Barn Owl”, Arlequim Press, Essex Taylor, Ian (1994) “Barn Owls—predator-prey ralationships and conserva- tion” Cambridge University Press, Cambridge Tomé, R. (1994) “A coruja-das-torres (Tyto alba Scopoli, 1769) no estuário do Tejo: fenologia, dinâmica populacional, utilização do espaço e ecolo- gia trófica” Relatório não publicado. FCUL, Lisboa. Tomé, R. & J. Valkama (2001) “Seasonal variation in the abundance and habitat use of Barn Owl Tyto alba on lowland farmland”, Ornis Fenni- ca 78: 109-118. Yalden, D.W. & Morris, P.A. (1990) “The analisys of Owl pelets” The Mam- mal Society, Londres 14
  • 15. Sites e Organizações http://www.labor.uevora.pt/?q=pt-pt/node/42 http://www.globalowlproject.com/ http://www.barnowltrust.org.uk/ http://www.owls.org/ http://www.ceachile.cl/lechuzablanca/index.htm http://www.hawkandowl.org/ http://www.wildowl.co.uk/ http://www.bocn.org/ 15
  • 16. “Quando observadas a caçar sobre um prado, as corujas-das-torres têm uma graça celestial e uma beleza que não conseguem ser atingidas por nenhuma outra ave.” Iain Taylor 16