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Conectando Stakeholders e criando uma Rede Sustentável
Sumário
SUMÁRIO ......................................................................................................................................2
INTRODUÇÃO ................................................................................................................................3
UMA PREOCUPAÇÃO DE TODOS ............................................................................................................. 3
MEIO AMBIENTE 2.0 ........................................................................................................................... 4
1. MEIO AMBIENTE 2.0 – INTERAÇÃO E OBJETIVOS ................................................................5
2. CASOS: RELAÇÃO COMPLETA ..............................................................................................6
3. CASOS: PERSPECTIVA TEMÁTICA ........................................................................................7
3.1. ORGANIZAÇÕES NÃO GOVERNAMENTAIS (ONGS) .......................................................................... 7
3.2. EMPRESAS............................................................................................................................. 11
3.3. GOVERNO ............................................................................................................................. 13
3.4. SOCIEDADE............................................................................................................................ 15
4. PLANEJAMENTO E GESTÃO ...............................................................................................19
4.1. ÉTICA ................................................................................................................................... 19
4.2. BOAS PRÁTICAS...................................................................................................................... 22
5. CONCLUSÃO ......................................................................................................................26
VOCABULÁRIO ............................................................................................................................27
SOBRE A TERRAFORUM ...............................................................................................................29
ÁREAS DE ATUAÇÃO .......................................................................................................................... 29
CLIENTES TERRAFORUM ..................................................................................................................... 31
PROJETOS NA EDUCAÇÃO ................................................................................................................... 31
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3. Sustentabilidade 2.0
Conectando Stakeholders e criando uma Rede Sustentável
Introdução
UMA PREOCUPAÇÃO DE TODOS
Segundo a enciclopédia livre on-line Wikipedia, podemos definir o meio
ambiente como “o conjunto de condições, leis, influencia e interações de ordem
física, química, biológica, social, cultural e urbanística, que permite, abriga e rege
a vida em todas as suas formas”. Ou seja, essencial para a nossa existência.
Com o passar do tempo, o surgimento de indústrias, as necessidades de lucros e
o crescimento urbano, o “verde” vem perdendo espaço e impactos ambientais
vêm acontecendo em conseqüência disso. No entanto, quais as medidas que
estão sendo tomadas para preservar o meio ambiente?
Uma série de pequenas ações vem fazendo grande diferença. Diversas
campanhas de conscientização têm sido realizadas para alertar a população das
conseqüências dessas transformações. Pesquisadores estão preocupados com a
mudança climática, emissão de carbono e com o efeito estufa. Leis já foram
criadas para combater sua degradação e fazer com que empresas se preocupem
também com o meio ambiente. A população já está colaborando separando o
lixo orgânico do reciclável.
O meio ambiente é assunto que vem sendo muito discutido nos últimos anos. As
constantes conseqüências e ameaças que o planeta vem sofrendo em
decorrência de sua não preservação geram preocupação e reações da população
na tentativa de minimizar os impactos causados por ações e produtos
ecologicamente incorretos.
No artigo 225 da Constituição Federal Brasileira, por exemplo, podemos
encontrar a frase: “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente
equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à qualidade de vida
impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-
lo para as presentes e futuras gerações”.
O exemplo é brasileiro, mas o assunto é de mobilização mundial. A sociedade
como um todo, junto com o governo é responsável pela preservação do meio
ambiente, por isso é preciso agir de forma consciente para não gerar
consequências futuras. O ambiente ocupado pelo homem está a todo instante
sofrendo modificações impostas ou relacionadas pelo próprio homem, que
podem ser prejudiciais ao meio ambiente quando não administradas
corretamente
Cuidar do planeta, efeito estufa, mudanças climáticas e preservação do meio
ambiente não são mais temas que diz respeito somente aos ambientalistas. A
população vem se conscientizando da importância do assunto e vem atuando
para combater qualquer tipo de ação que possa ser prejudicial para o meio
ambiente.
Nesse sentido, a Web 2.0 apresenta uma plataforma de apoio aos interessados
para que se conectem e colaborem, facilitando uma maior interação e
compartilhamento de informação, troca de idéias e opiniões, e discussões
especializadas para atingir um maior grau de esclarecimento sobre o tema para
cidadãos, governos, ONGs e demais interessados.
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4. Sustentabilidade 2.0
Conectando Stakeholders e criando uma Rede Sustentável
MEIO AMBIENTE 2.0
A preocupação da sociedade em relação à escassez dos recursos naturais, a
degradação ambiental e as severas leis ambientais impostas pelos governos fez
com que as empresas partissem para produtos e processos cada vez mais
“verdes”. Como forma de auxilio à sociedade, entra em cena as organizações não
governamentais sem fins lucrativos (ONGs), que atuam com intuito de alertar,
instruir e fiscalizar o que tem sido feito para preservação do meio ambiente
Hoje, a cultura digital estimula as pessoas a estarem sempre conectadas,
podendo acessar a internet, quando quiser e onde estiver. As instituições
perceberam que não conseguem ir longe sem a ajuda de seus stakeholders, que ,
aproveitando essa cultura digital, vem adotando a web 2.0, como blogs, fóruns e
redes sociais para estimular o compartilhamento de idéias, gerando discussões
relevantes e fazendo com que o fluxo de informações alcance o maior número de
pessoas possível no processo de conscientização, neste caso, ecológica.
O denominado Meio Ambiente 2.0 procura decodificar as complexas relações
entre pessoas, natureza e tecnologia em um momento de reavaliação das
relações entre a humanidade e o meio ambiente..
Mais e mais pessoas estão engajadas com a causa ambiental de forma criativa e
inesperada. Estão tendo atitudes pró-ativas no primeiro nível, mostrando que é
possível cada um fazer sua parte e que isso faz a diferença. Essas atitudes
podem, devem e estão sendo divulgadas como forma de conscientização, tendo
a web 2.0 como principal aliada.
O Meio Ambiente 2.0 realça a prática interdisciplinar criativa que existe nos
processos sociais que, por sua vez, modelam o nosso relacionamento com o
ambiente. Intervenções criativas podem ajudar e contribuir à mudança social ou
sugerir perspectivas alternativas em se tratando de sustentabilidade,
estimulando e empregando a inteligência coletiva.
O objetivo deste relatório é mostrar como diferentes usos da Web 2.0 podem ser
utilizados em processos de amadurecimento sobre o que deve ser feito na luta
pela preservação do meio ambiente, evidenciando seu uso nas práticas de
divulgação e compartilhamento de informações que ressaltam as ações
negativas e positivas no desenvolvimento de práticas sustentáveis ao meio
ambiente. Por meio de casos, mostraremos o uso específico de diferentes
ferramentas da Web 2.0, em diferentes segmentos e os impactos obtidos.
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5. Sustentabilidade 2.0
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1. Meio Ambiente 2.0 – Interação e
Objetivos
As ferramentas sociais da Web 2.0 têm proporcionado resultados muito positivos
nas iniciativas relacionadas ao meio ambiente, principalmente levando-se em
conta o poder de mobilização e engajamento que exerce sobre os internautas.
A conscientização mundial sobre o tema e a vontade da sociedade de que as
iniciativas sejam bem sucedidas, estimulam a troca de conhecimentos,
propiciando a disseminação de informações que favorecem a melhores práticas
de sustentabilidade ao meio ambiente.
Com base nos casos analisados, pudemos perceber que a atuação dos sites está
focada em quatro diferentes perspectivas, com objetivos e tipos de interação
diferentes com o usuário. São eles:
• Colaboração: No mundo web 2.0, a colaboração está mais presente do
que nunca. O compartilhamento de informações relevantes com
pessoas conectadas no mesmo ambiente trocando idéias e opiniões é
cada vez comum na iniciativa do aprendizado coletivo. Alguns sites
utilizam a colaboração de seus usuários e a construção coletiva, por
meio de wikis, fóruns e comunidades de prática para divulgar os
cuidados e necessidades devidos de proteção ao meio ambiente.
• Informação:.A informação é um bem precioso e se torna imprescindível
dada a velocidade em que as coisas acontecem. No meio ambiente, a
situação não é diferente. A população precisa perceber o que vem
acontecendo de positivo e negativo nas práticas sustentáveis no meio
ambiente. Alguns sites utilizam a web 2.0 para manter atualizadas as
principais informações que envolvem o tema.
• Educação: Para uma mudança efetiva no comportamento das pessoas
com relação ao meio ambiente, é preciso começar com a educação para
a formação de cidadãos. Nesse sentido, alguns sites utilizam a web 2.0
focada no conceito de instrução como forma de educar o cidadão para
um consumo consciente e preservação do meio ambiente.
• Mobilização com interatividade: Ao estimular a interatividade, muitas
pessoas ganham a consciência de que as coisas só mudam por meio da
ação. Jogos e recursos tecnológicos tornam-se os principais recursos na
tentativa de mobilizar e engajar aqueles que se preocupam com o
assunto a tomarem alguma iniciativa.
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6. Sustentabilidade 2.0
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2. Casos: Relação Completa
Identificamos as diferentes perspectivas de atuação, seus objetivos e tipos de
interação dos casos analisados de acordo com o quadro abaixo.
Mobilização
Relacionamentos com
Casos Colaboração Informação Educação com
a sociedade
Interatividade
Planet 2025 Network
Cilmate Counts
ONGs Green For All
Tree Hugger
Vote Environment
Global Idea Bank
Empresas Green Challenge
Planeta Sustentável
Environmental
Protection Agency
Governos
Earth Observations
Green Build Talk
Earth Lab
Sociedade
Carbon Rally
Green Wikia
Benefício associado
Legenda
Benefício não associado
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3. Casos: Perspectiva Temática
A questão do meio ambiente tem sido muito debatida, pelo despertar dos danos
causados ao planeta após longos períodos de industrialização e um crescente
interesse da sociedade por produtos ecologicamente corretos para compensar
ou pelo menos frear o ritmo da degradação. Estamos vivendo o momento em
que o mundo discute os problemas ambientais como créditos de carbono,
eficiência energética e conservação de recursos naturais para futuras gerações.
Empresas, organizações não governamentais, governo e a própria sociedade
também começaram a utilizar as ferramentas disponíveis pela Web 2.0 para
mobilizar e engajar pessoas em torno de causas de proteção ambiental
Dividimos esse capítulo em quatro categorias representadas pelos responsáveis
pelas iniciativas de conscientização e engajamento da sociedade, observado nos
casos, buscando organizar os diferentes usos de web 2.0 conforme o tema.
3.1. ORGANIZAÇÕES NÃO GOVERNAMENTAIS (ONGS)
Compartilhe sua visão, modele o futuro
Planet 2025 Network (http://planet2025.net/)
Planet 2025 é uma organização sem fins lucrativos que tem como objetivo,
mobilizar novas e antigas fontes de financiamento sustentável para
investimentos de longo prazo na sustentabilidade do ecossistema global.
Acredita que políticas decisivas de ações de cidadania e apoio sustentável são
necessárias para atender adequadamente os desafios e oportunidades para viver
na realidade em que o planeta se encontra e atingir os planos para o futuro.
A organização possui um site onde é
possível encontrar uma série de iniciativas
de web 2.0 para facilitar a interação e
colaboração entre seus participantes na
tentativa de conectá-los para controlar a
ecologia e fortalecer a segurança
ambiental. É possível destacar entre as
principais: News, Voices, Connexions, e
TV.
O Planet 2025 News Network é um espaço reservado para divulgação de notícias
e informações sobre meio ambiente e sustentabilidade. As notícias giram em
torno dos desafios, oportunidades e riscos associados aos eventos ambientais.
Procura ser a primeira fonte de referência para o entendimento das pessoas que
estão se mobilizando para transformar o planeta.
Planet 2025 Voices nada mais é do que o blog da organização. Ele surge como
um complemento do canal de notícias, permitindo aos participantes interagirem
colocando seus comentários, dúvidas ou sugestões sobre as postagens
realizadas. Trabalha no consenso coletivo como forma de transformação dos
processos de mudanças de hábitos para um mundo mais sustentável,
promovendo o compartilhamento de visões positivas para o futuro.
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Planet 2025 Conexxions é uma espaço que facilita a conexão entre pessoas e
organizações. Sustentada por uma ferramenta, provem salas de encontros
virtuais que permite usuários iniciarem chats e seminários com até 100
participantes qualquer hora e lugar.
Planet 2025 TV é um canal de vídeo dedicado a desafios e soluções para um
mundo mais sustentável. Hospedado no Youtube, o canal possui uma série de
vídeos sobre assuntos ligados ao meio ambiente e promove concursos para
engajar o coletivo a divulgarem suas ações sustentáveis de preservação do meio
ambiente, compartilhando as boas práticas de uma forma interativa.
Planet 2025 trabalha para atingir seus objetivos através de aprendizagem,
colaboração e cooperação com outras pessoas, compilando uma série de
iniciativas inovadoras. Sustentabilidade, precaução, igualdade, eficiência e
escolha são os principais pontos de direção de suas atividades.
O poder do consumidor
Climate Counts (http://climatecounts.org/)
Climate Counts é uma iniciativa da ONG Clean Air-Cool Planet que visa, em um
esforço colaborativo, reunir consumidores e empresas na luta contra a mudança
climática global.
Com a visão de que é preciso agir sobre o discutido assunto do aquecimento
global, a Climate Counts oferece funcionalidades aos consumidores para que se
expressem com relação às empresas, manifestando aprovação às organizações
que levam a questão a sério e desaprovação às que não o fazem.
Para isso, a ONG conta com um
site que divulga notícias
informando as ações das mais
diversas empresas e suas
relações com as mudanças
climáticas. No site é possível
encontrar um blog, onde os
membros colocam suas
opiniões, impressões e discutem
esses assuntos.
A grande sensação do site é um scorecard, pelo qual o usuário classifica as
empresas de acordo com o nível comprometimento com o assunto, atribuindo-
lhes notas com base em critérios pré-definidos.
O site também divulga vídeos sobre mudanças climáticas e são representados
também em espaços como Twitter e Facebook, que aumentam o alcance do
debate em torno do assunto.
União para geração de empregos “verdes”
Green For All (www.greenforall.org)
A Green For All é uma organização dedicada a estimular o desenvolvimento da
economia verde, de modo que seja forte o bastante para ajudar pessoas
necessitadas a sair da pobreza combatendo à poluição e o desgaste dos recursos
naturais.
A organização se dedica a criar trabalhos, treinamentos e oportunidades
acreditando que uma mudança para uma economia verde e limpa pode melhorar
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o bem estar e a saúde das pessoas que sofrem de câncer, asma e de problemas
respiratórios causados pela poluição atual.
Para a Green for All o esforço para combater o aquecimento global e a
dependência do petróleo pode gerar empregos bem remunerados, ruas mais
seguras e comunidades mais saudáveis.
Dentre as suas atividades estão: unir
ativistas, advogados, organizações,
políticos e líderes de comunidades para
construírem uma visão de uma economia
verde e de seus benefícios; conscientizar o
público sobre o poder dos trabalhos ligados
ao verde, que podem transformar a
economia; introduzir as melhores práticas e
políticas verdes em programas modelo e
legislações; fornecer auxílio técnico aos prefeitos e grupos de comunidade para
implementar iniciativas de trabalhos ligados ao verde e construir uma
comunidade de prática on-line para unir líderes e compartilhar programas
modelos, documentos técnicos e templates.
A Green for All lançou duas comunidades de prática. Uma voltada para
programas de treinamento ligados à área verde para desenvolvimento de força
de trabalho e outra para discussão e criação de programas de energia de escala
eficiente nas cidades.
Através de teleconferências, fóruns de discussões e encontro de pessoas com os
mesmos interesses, os membros das comunidades de prática aprendem uns com
os outros, criam novos conhecimentos e compartilham melhores práticas,
modelos e recursos.
O site ainda disponibiliza um blog onde são postadas mensagens e comentários
sobre questões que não estão relacionadas aos assuntos das comunidades de
prática.
Com isso, a Green For All, consegue atingir um público interessado na sua causa
e os fazem interagirem de uma forma interativa e colaborativa.
Aprendendo a se tornar verde
Treehugger (http://www.treehugger.com/)
TreeHugger é uma comunidade que promove sustentabilidade e disponibiliza
recursos para leitores que querem aprender sobre como podem ser “verdes”,
adotando práticas sustentáveis de conservação do meio ambiente. O lema do
site é: informe-se, interaja e tome partido.
Para isso, o site é uma das fontes primárias de informação sobre questões
ambientais, divididas em mais de dez tópicos, onde as notícias são publicadas
em formato de blog, disponibilizando um
espaço para os leitores participarem e
contribuir com seus comentários. O site conta
também, com um espaço reservado para
debates nos fóruns abertos. Ao total já são
mais de nove mil tópicos discutidos entre os
assuntos disponíveis.
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Ainda utilizando os recursos de web 2.0, Treehugger disponibiliza para seus
visitantes vídeos e podcasts sobre consciência sustentável e ambiental para que
sejam comentados e discutidos, aproveitando o formato de blog da página. O
site também promove pesquisas para identificar como seus participantes vêm
atuando na questão e disponibiliza os resultados na comunidade.
A grande diferenciação do site é a interação com os visitantes através de games
e quizzes (desafios: perguntas, charadas, jogos para estimular o raciocínio).
Através de uma parceria com outro site chamado Planet Green que o ajuda nessa
iniciativa, são disponibilizados quizzes on line para que o participante possa
testar seus conhecimentos e aprender mais sobre os temas.
O site fornece aos mais de mais de dezesseis mil participantes diversos guias de
uso responsável dos recursos ambientais, estimulando-os a começarem a
praticar o uso consciente desses recursos e dicas de como se tornar uma pessoa
ativa na luta pela preservação do meio ambiente.
Aproveitando a grande quantidade de participantes e a nova tendência da
internet, TreeHugger lançou seu perfil no Twitter que já conta com mais de vinte
e cinco mil seguidores.
De acordo com o próprio site, em 2008, TreeHugger contou com mais de cinco
milhões de page views, dois milhões de visitantes únicos e vem recebendo
seguidos prêmios de melhor site verde.
O Blog das Questões Ambientais
Vote Environment (www.voteenvironment2008.ca/blogs/greensgrad/)
Com o intuito de esclarecer os cidadãos quanto às questões ambientais e
propostas de governantes, nasceu o Vote Environment 2008. O site fornece
artigos e cases esclarecedores sobre temas emergentes e decisórios na área
ambiental e dá aos leitores a oportunidade de discuti-los, compartilhá-los e
inserir comentários e opiniões no blog. Além disso, possibilita que líderes e
pessoas de influência reúnam grupos de pessoas em suas comunidades para a
formação de redes de relacionamento e
disseminação de pensamentos teoricamente
embasados acerca de ideais e política ambiental.
Nota-se que a causa ambiental é um assunto que
interessa tanto organizações da sociedade civil
quanto empresas e governo. Com suporte de
ferramentas de colaboração e disseminação online
como as apresentadas neste relatório, é possível
mobilizar um número muito grande de pessoas em
torno de causas ambientais, assim como divulgar as ações e informações de
forma muito mais rápida do que através dos meios tradicionais.
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3.2. EMPRESAS
Banco de ideias
Global:Ideas:Bank (www.globalideasbank.org/site/home/)
O estímulo à geração de novas ideias também
é uma forma de colaborar com a
sustentabilidade no mundo. Muitas ideias
inusitadas são responsáveis por mudanças
consideráveis na forma que vivemos e na
forma que usamos fontes não renováveis.
Quem diria que um dia poderíamos aquecer a
água de nossas casas com o sol, ou quem
imaginou que pudéssemos extrair energia do
vento? Estas e muitas outras ideias precisam
de espaço para aparecer, ser patrocinada e desenvolvida e é neste aspecto que
os bancos de ideias ajudam a catalisar a sustentabilidade.
O Global Ideas Bank surgiu como um braço do Institute of Social Inventions que
tinha como objetivo promover soluções criativas e realizar workshops de
invenções sociais pelo mundo. Com o tempo o Global Idea Bank foi crescendo e
ganhando novas ferramentas de pesquisa, network, categorização e
gradualmente foi se tornando o que é hoje, um dos maiores bancos de ideia do
mundo. Destacamo-lo nesta seção, pois as ideias sobre o meio ambiente são as
mais prevalentes nesta iniciativa.
O principal objetivo do site é ajudar pessoas a transformarem boas ideias em
invenções sociais, dando uma atenção especial em como transformar uma ideia
em um projeto. Para isso é fornecido uma séria de dicas e conteúdos que podem
ajudar o aspirante a inventor a levantar fundos, conseguir patrocínio, angariar
voluntários, realizar plano de ação e promover seu produto. Também são
relacionados sites e blogs de empreendedorismo e fontes de ideias como forma
de networking e interação com pessoas com interesses em comum.
Alguns cases de sucesso expostos no site mostram como inventores usufruíram
do Global Idea Bank para levar para frente suas invenções. Também está
disponível uma série de livros que podem ser comprados por meio do próprio
site, assim como também podem ser feitas doações para a instituição.
Na parte de fórum, discussões são abertas
sobre diferentes tópicos que englobam desde
funcionalidades e desempenho do site como
também onde encontrar ajuda para levar uma
ideia para frente. Nesta parte não é necessário
ser registrado no site para participar, já para
mandar ideias é preciso se inscrever dando
dados de identificação e acordar com os
termos e normas de uso e ética da instituição,
que são bastante claras segundo uso do site e
exposição de ideias.
As ideias são organizadas por categoria como política, educação, esportes, etc.
Existe também uma taxonomia que organiza o conteúdo em ideias mais
recentes, ideias mais votadas, ideias polêmicas, ideias mais vistas e qual é o
ranking dos participantes que mais fornecem ideias.
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12. Sustentabilidade 2.0
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Desafio para ideias verdes
Postcode Lottery – Green Challenge (http://greenchallenge.info)
Uma ideia brilhante pode fazer a
diferença. Para encorajar e dar apoio
a invenções voltadas para produtos e
serviços que reduzam a emissão de
gases no meio ambiente, a empresa
holandesa de loterias Postcode
Lottery desenvolveu um desafio que
presenteará o desenvolvedor da
melhor ideia com um prêmio no valor
de EUR 500 mil, além de ajudá-lo a
colocar a ideia em prática e ajudar milhões de pessoas no mundo.
Este site ajuda o participante a encontrar informações que podem ajudá-lo no
processo de criação, além de esclarecimentos sobre o funcionamento do
programa, um FAQ e a premiação. Basta se registrar no portal para começar a
receber informações sobre a iniciativa, notícias sobre o meio ambiente e sobre
outros temas relacionados.
Para aqueles que desejam participar as regras e políticas envolvidas no jogo são
bem claras e estão expostas na página, onde também se pode ter acesso aos
jurados que participarão da escolha dos finalistas. Procurando empolgar as
pessoas e aumentar o número de participantes são disponibilizados vídeos sobre
a iniciativa, opinião de líderes globais e informações sobre o despojado evento
que marcará a entrega do prêmio.
Para aumentar a inspiração dos participantes o site fornece uma séria de links e
blogs relacionados ao meio ambiente e a emissão de gases nocivos. Também se
pode ter acesso a notícias e ideias interessantes que já são utilizadas hoje em dia.
Com a ferramenta web 2.0 não só a Postcode Lottery consegue promover sua
iniciativa de forma mais abrangente, mas também mostrar o caráter dinâmico e
divertido que a promoção comporta atingindo de forma certeira o público
inovador.
Blog brasileiro por um planeta mais sustentável
Planeta Sustentável (http://planetasustentavel.abril.com.br/)
“Agir de maneira sustentável é atender as necessidades do presente sem
comprometer as possibilidades de as futuras gerações atenderem as suas
próprias necessidades. Para ser sustentável, qualquer empreendimento humano
deve ser ecologicamente correto, economicamente viável, socialmente justo e
culturalmente aceito”. Essa afirmativa pode ser encontrada no blog Planeta
Sustentável.
Entrando na onda da Web 2.0 e na proliferação de
blogs sobre o tema, a Editora Abril, lançou o blog
Planeta Sustentável. Seu objetivo é ampliar o
conhecimento de sustentabilidade e meio
ambiente para a população. Seus autores
acreditam que discutir, informar e produzir
conhecimento sobre sustentabilidade é essencial
para informar e qualificar as ações que levarão à construção de um mundo
melhor.
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13. Sustentabilidade 2.0
Conectando Stakeholders e criando uma Rede Sustentável
O site conta com uma área exclusiva para postagens de notícias em diversas
categorias, sobre o tema que, posteriormente, são comentadas por seus leitores.
Além disso, é possível encontrar uma área de fóruns onde são discutidos temas
variados sobre sustentabilidade e meio ambiente. A área de vídeos recebe
destaque no blog. Lá são divulgados vídeos sobre consumo consciente e
entrevistas com especialistas no assunto.
Planeta Sustentável marca presença também no Twitter com quase três mil
seguidores que compartilham e colaboram com idéias sustentáveis na tentativa
de melhor o meio ambiente e o planeta.
A preocupação com o meio ambiente vem sido tema de grandes debates e
polêmicas no mundo, não é de hoje. A quantidade de pessoas interessadas no
assunto cresce exponencialmente. A proposta do blog é juntar todos, provendo
informações para que, colaborativamente, o mundo se torne mais sustentável.
3.3. GOVERNO
Conversa Verde
Environmental Protection Agency (www.epa.gov)
O Environmental Protection
Agency (EPA), agência
norteamericana que objetiva
regulamentar e fiscalizar
aspectos ligados à poluição e
meio ambiente, abriu suas
portas em Washington, D.C.,
em dezembro de 1970. E há
30 anos vem trabalhando por
melhores regulamentações
para um ambiente melhor para a população americana.
As conquistas da EPA se estendem também ao uso da Web 2.0. É interessante
ver como uma instituição tradicional conseguiu de forma arrojada e inovadora se
aproximar de seus stakeholders e atingir melhores resultados. O portal da
Agência, além de explicitar de maneira ampla conhecimentos e regulamentações
sobre o meio ambiente, também conta com uma gama de ferramentas para
entrar em contato com o cidadão americano.
O portal permite a participação de internautas por meio do blog Greenversations
que debate diferentes temas relacionados a meio ambiente e sustentabilidade.
Neste mesmo blog semanalmente é levantada uma questão para que os usuários
deixem suas opiniões ou comentários. Também é possível deixar comentários
em perguntas passadas e retomar uma discussão, dando liberdade ao internauta
de tirar todas suas dúvidas ou ser de fato ouvido.
A homepage do EPA também conta com vídeos, podcasts e fotos para mostrar
notícias e a mobilização pela causa em todo continente americano. Outra
ferramenta utilizada é uma pesquisa que testa o conhecimento do internauta a
respeito de malefícios que o descuido do meio ambiente pode trazer a
população.
A EPA também possui parcerias com diferentes seguimentos como agricultura,
transporte, energia, etc. No portal é possível acessar aos programas
desenvolvidos por estas parcerias, as ações desempenhadas e, principalmente,
os resultados obtidos, tornando tangível o esforço da iniciativa.
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14. Sustentabilidade 2.0
Conectando Stakeholders e criando uma Rede Sustentável
Outra forma de se envolver é comentando as regulamentações estabelecidas
pela EPA, por meio do link Comment our Regulations. Neste espaço o usuário
tem acesso a um guia de como encontrar os documentos de interesse e como
enviar sugestões ou críticas.
Além de contar com um conteúdo bastante estruturado, o portal da
Environmental Protection Agency deixa diversos espaços abertos para a
participação do internauta, sendo um exemplo de interação e
compartilhamento. A EPA deixa claro que a população tem um papel ativo na
proteção do meio ambiente, assim como uma grande responsabilidade na
construção das regulamentações que regem os cuidados com a natureza.
Unindo parceiros em benefício do planeta
Group on Earth Observation (www.earthobservations.org)
O Group on Earth Observation (GEO) foi lançado em 2002 em resposta às
chamadas para a ação pelo seminário mundial de desenvolvimento sustentável e
pelos países do G8. Estas reuniões reconheceram que a colaboração
internacional é essencial para explorar o potencial crescente de observações da
Terra para suportar de forma mais consistente a tomada de decisões no mundo.
GEO é uma parceria voluntária dos governos e de organizações internacionais.
Fornece uma estrutura nas quais os parceiros podem desenvolver novos projetos
e coordenar suas estratégias e investimentos. O grupo está coordenando
esforços para construir um sistema global da observação da terra, baseado num
plano de 10 anos que visa beneficiar áreas de desastres, saúde, energia, clima,
água, temperatura, agricultura, ecossistema e biodiversidade.
Com o intuito de unir stakeholders com interesses comuns em aspectos
específicos para discutir os benefícios da implementação do sistema de
observação da Terra, a GEO criou 11 comunidades de prática.
Cada comunidade possui um objetivo
específico, porém a essência é sempre
a mesma para todas que também
compartilham de objetivos em
comum, como realização de fóruns de
discussões para cooperação de
atividades que gerem valor às
iniciativas existentes, além de
identificar oportunidades para uma
estratégia colaborativa e identificar
pontos de contato para que membros de diferentes localidades possam
compartilhar os mesmos interesses e encontrar melhores soluções.
Em cada comunidade é possível encontrar, de acordo com o tema específico,
uma série de subtemas relacionados, onde pode ser encontrado um portal de
documentos disponíveis.
Ainda tratando do uso da Web 2.0 para assuntos de sustentabilidade, a GEO
possui parceria com o comitê de observação da Terra (ICEO) para discussão de
melhores práticas em todos os campos de observação da Terra.
Para isso foi lançado um espaço de colaboração baseado numa ferramenta wiki,
onde quem quiser contribuir pode deixar sua opinião sobre os temas
relacionados. Uma equipe irá analisar e disponibilizá-la para se tornar visível.
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15. Sustentabilidade 2.0
Conectando Stakeholders e criando uma Rede Sustentável
A GEO vem utilizando a web para conectar pessoas do mundo inteiro com o
objetivo de reunir as melhores maneiras de acompanhar e desenvolver novas
ações que beneficiem o planeta.
3.4. SOCIEDADE
Discussão para construção verde
Green Building Talk (http://www.greenbuildingtalk.com/)
Green Building Talk é um fórum educacional e interativo para aqueles que se
interessam por participar de discussões sobre como utilizar métodos menos
nocivos ao meio ambiente no ramo de construção. O site é destinado tanto para
profissionais quanto para pessoas que estão planejando ou trabalhando com
produtos e princípios da chamada “construção verde”.
O site é uma junção de dois antigos fóruns que discutiam assuntos de tecnologia
de energia renovável aplicada à construção. Em 2006, os dois sites se uniram
expandindo a participação e interação para atender todos os métodos e
tecnologias da construção verde.
De acordo com o próprio site, em sua
página principal, Green Build Talk é um
lugar onde o participante poderá
pesquisar, conectar-se com outras
pessoas, perguntar, compartilhar e
aprender. Os fóruns de discussão estão
separados em três diferentes maneiras.
Fórum geral, Tecnologias e Suporte. Para cada um deles existe uma série de
tópicos relacionados ao meio ambiente aberto para discussão dos participantes.
O site também possui um blog que fornece um ótimo conteúdo com notícias
relacionadas ao tema, onde o participante pode se interar das novidades e
comentá-las.
Para os interessados no tema e realizar suas próprias pesquisas sobre como
cuidar do meio ambiente, viver em um diferente estilo de vida, ajudando a
natureza e em contato com a ecologia, esse é um grande site. Lá se encontra
vários construtores que educam e ensinam a melhor maneira de utilizar produtos
mais apropriados ao meio ambiente e depoimentos de consumidores que
colocam diariamente suas experiências.
Segundo dados do próprio site, Green Build Talking já ultrapassou a marca de
treze mil participantes que interagem entre quase dez mil tópicos abertos em
vinte diferentes fóruns, mostrando a influência da Web 2.0 na vida das pessoas
em busca de um mundo mais sustentável.
Gaste menos, viva mais
Earthlab (http://www.earthlab.com)
EarthLab é uma comunidade que visa instruir, aconselhar, dar dicas sobre
medidas que podem ser tomadas para ajudar a reduzir a emissão de carbono e o
consumo de produtos nocivos ao meio ambiente. Trata de questões ambientais e
promove um guia prático para uma vida mais verde, através de uma interação da
comunidade, notícias exclusivas sobre meio ambiente e depoimentos de experts
e analistas sobre o assunto.
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16. Sustentabilidade 2.0
Conectando Stakeholders e criando uma Rede Sustentável
Seu fundador, Duane Dahl, acredita que a tecnologia tem o poder de tornar
positiva uma contribuição em longo prazo na solução de desafios ambientais no
mundo através da educação e colaboração. Para isso, o site oferece a seus
participantes uma série de vídeos instrutivos com dicas que como tornar sua vida
mais sustentável sem agredir o meio ambiente.
No entanto, o grande destaque do site é uma
calculadora virtual pra medir qual o seu
impacto no meio ambiente e o que é possível
se fazer pra reduzi-lo. Após um breve
questionário de consumo, a calculadora te
indica qual a sua quantidade de carbono
emitida no ambiente e gera um gráfico
comparativo com outras pessoas da sua cidade, país e mundo. Após o teste, as
informações são armazenadas em uma página pessoal e você pode repetir o
teste a cada três meses para saber qual a sua evolução.
Para criarem suas estratégias de redução de carbono. A comunidade recorre à
seção “My Pledges”, onde os participantes podem selecionar dentre as
categorias possíveis, quais ações acreditam ser capazes de realizar. Ao final de
três meses, as ações são avaliadas e um novo cálculo deve ser feito.
Os desafios não são necessariamente fáceis de cumprir e são considerados
muitas vezes médios e difíceis. Para ajudar os participantes a atingirem seus
objetivos, a comunidade disponibiliza um espaço para sugestões onde os
próprios participantes dão dicas de como tornar um desafio mais fácil,
compartilhando suas experiências.
Earthlab é uma comunidade para pessoas interessadas em uma existência e
estilo de vida mais saudável e verde, compartilhando boas práticas e atitudes
sustentáveis.
Diversão na redução de emissão de carbono
Carbon Rally (http://www.carbonrally.com/)
Carbon Rally é um site que promove o ativismo ambiental usando o conceito de
jogos e redes sociais desafiando os participantes a terem atitudes positivas
contra a emissão de carbono. Oferece para indivíduos e grupos uma divertida e
simples maneira para gerar impacto social no consumo de energia e mudanças
climáticas.
O site se baseia em uma série de desafios
reais para redução de carbono como não
usar sacolas plásticas ou não usar o carro
com tanta freqüência. Cada semana é
lançado um novo desafio no site. A partir
desses desafios os participantes que
conseguirem cumprir seus objetivos,
acumulam pontos virtuais, participando de
um rally com objetivo de minimizar os impactos no meio ambiente com suas
ações reais.
O site possui um espaço para discussões de assuntos ligados ao meio ambiente.
Cada participante é estimulado a compartilhar suas idéias ou suas experiências
nos desafios. Os organizadores oferecem mensagens de incentivo e apóiam a
troca de e-mails e encontros de pessoas em eventos locais.
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17. Sustentabilidade 2.0
Conectando Stakeholders e criando uma Rede Sustentável
Outra forma de socialização e compartilhamento no site é a competição
saudável estimulada pelo site. Cada participante pode criar um grupo para
competirem entre si, comparando seus resultados entre amigos ou entre
cidades. Cada participante possui uma página própria, onde pode checar seu
desempenho.
Ao final do desafio, o site proporciona, através de um mapa, um gráfico do total
de redução espalhada pelo mundo com as ações realizadas. Em cada mapa o
participante pode clicar no total de redução de cada cidade e aprender mais
sobre as pessoas e suas ações para ajudar o meio ambiente.
Caso o participante não esteja satisfeito com os desafios lançados, ele pode
sugerir novos desafios a ser batido, comentar os desafios passados e votar em
seus favoritos.
CarbonRally é um bom exemplo do bom entendimento da consciência verde
traduzida em uma excelente idéia de negócios. Americanos adoram jogar e
competir. A simples junção de desafios ambientais em pequenas comunidades
com uma dose de responsabilidade social gera uma indução positiva para as
mudanças comportamentais com relação ao meio ambiente e sustentabilidade.
Aprendendo e ensinando colaborativamente
Green Wikia (http://green.wikia.com/wiki/Wikia_Green)
No auge da crise ambiental e outros desafios ecológicos surgindo
constantemente, as pessoas estão se tornando mais interessadas no assunto,
atuando ativamente para combater esses problemas e minimizar seus impactos.
O meio ambiente é um tema que todos devem saber e se preocupar mais a
respeito. Não somente aprender sobre ele, mas saber o que podemos fazer para
prevenir e não piorar a situação.
No entanto, aprender sobre meio ambiente pode ser um pouco confuso, uma vez
que existem muitas opiniões diferentes sobre o tema vindo de diferentes fontes
como ativistas, governos e empresas. Cada um tem uma maneira diferente de
explicar as coisas e alertar a população, às vezes sendo difícil de entender
realmente o que se passa. O site green.wikia.com é o lugar indicado para pessoas
que queiram saber mais sobre como salvar o planeta cuidando do meio
ambiente.
O Green Wikia é uma enciclopédia on-line em
formato de Wiki que permite aos usuários
aprenderem e ensinarem aos outros sobre
cuidados com o meio ambiente. O conceito
de wiki associado à questão ambiental
permite a todos interessados contribuir com o
tema. O site, desenvolvido pelo mesmo
criador da Wikipedia, aborda todos os
principais tópicos relacionados ao meio ambiente, mas se por acaso, alguém se
interessar por criar um novo, pode tomar a liberdade. O conteúdo é escrito do
ponto de vista verde, focado em coisas que podem ser feitas para a melhoria do
meio ambiente e acessível para qualquer leitor. Além disso, o site fornece alguns
artigos e indicações de blogs e organizações relacionadas ao tema.
Green Wikia tem como objetivo se tornar uma fonte central e confiável para
compartilhar o crescente e envolvente conhecimento sobre o meio ambiente
com pessoas que querem se informar e viver de uma maneira mais sustentável.
O site acredita que a ameaça para o meio ambiente é eminente e precisa de
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18. Sustentabilidade 2.0
Conectando Stakeholders e criando uma Rede Sustentável
atenção. A wiki vem para fomentar a comunidade para o debate, com pessoas
que tenham tempo para colaborar, respeitando todos os pontos de vista.
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19. Sustentabilidade 2.0
Conectando Stakeholders e criando uma Rede Sustentável
4. Planejamento e Gestão
Apesar de as ferramentas da Web 2.0 serem muito poderosas, sua simples
implementação não irá garantir o sucesso de uma iniciativa. É necessário que as
instituições planejem de forma consistente a adoção dessas ferramentas,
considerando seus objetivos organizacionais, aspectos culturais e especificidades
tecnológicas. A seguir abordaremos a dimensão ética relacionada a este tipo de
iniciativa e apresentaremos uma lista de boas práticas que aumentam as chances
de uma implementação com sucesso.
4.1. ÉTICA
A construção de uma ferramenta de Web 2.0 não se limita à análise de objetivos
e ao convite ao ambiente colaborativo. Deve haver normas e moderadores para
que a ferramenta alcance os seus objetivos iniciais dentro da ética.
A transparência e a ética são imprescindíveis principalmente quando o
assunto é sustentabilidade, que envolve respeito a processos legais e para o bem
da população. Um breve desvio de conduta pode acabar com a reputação de
uma iniciativa de sustentabilidade, podendo atingir negativamente a instituição
responsável.
Por isso, independente da ferramenta de colaboração ser interna ou externa, é
preciso deixar claro aos usuários que:
Há políticas ou avisos de privacidade por parte dos
desenvolvedores;
O usuário deve respeitar termos (ou normas) de uso da ferramenta;
Há um ou mais moderadores controlando o conteúdo e o uso
adequado da ferramenta.
O primeiro passo para evitar práticas inadequadas na Web 2.0 é identificar o
usuário e registrar todas as ações efetuadas na atmosfera virtual em um banco
de dados ou histórico. Independente do nível de permissionamento do usuário -
se ele tem autorização para postar novos conteúdos em um wiki, por exemplo,
ou simplesmente acompanha os textos ali inseridos; é preciso armazenar o
acesso.
O primeiro passo é identificar o usuário e registrar
todas suas ações efetuadas em um banco de dados
Em ambientes de comunicação interna, a identificação é mais fácil. Pode-se, por
exemplo, verificar o usuário por meio de sua matrícula na empresa ou pelo IP de
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20. Sustentabilidade 2.0
Conectando Stakeholders e criando uma Rede Sustentável
sua máquina. Já em ambientes de acesso ao público externo, o uso de um email
válido (como em blogs corporativos) e de cookies (recurso que armazena as
informações dos usuários) possibilita a identificação.
Políticas de privacidade
Em ferramentas de Web
2.0, os registros sobre
cadastro e informações
pessoais do usuário
devem constar em uma
Política (ou Aviso) de
Privacidade. Entre outros
fatores, ela deve deixar
claro o uso que o detentor do ambiente colaborativo pode fazer dos conteúdos e
dos dados contidos na ferramenta.
Por meio de sua Política, o exemplo de Wiki mais famoso do mundo, a
enciclopédia online Wikipédia (wikimediafoundation.org/wiki/Privacy_policy)
armazena as informações enviadas pelos usuários registrados mesmo depois que
esses conteúdos tenham sido alterados ou excluídos. Além disso, a Wikipédia
alerta que faz o uso de cookies e senhas para identificar o usuário.
Nesse sentido, esse importante recurso que favorece a aplicação da ética no
ambiente deve apresentar claramente ao usuário avisos sobre:
Informações pessoais: o site deve deixar claro como as
informações do usuário são coletadas (por exemplo, por meio de
cookies, senhas ou matrícula do colaborador em ambientes
internos), e se os dados pessoais (ou parte deles) estarão
disponíveis para outros usuários ou terceiros. Do mesmo modo,
devem ser apresentadas claramente quais as opções do usuário
quanto ao controle de sua conta ou fornecimento de dados
pessoais;
Uso de dados: especificar que as informações enviadas são
utilizadas para fins como melhorias no espaço colaborativo ou na
corporação como um todo é essencial. Além disso, deve-se deixar
claro que há um backup de dados para eventuais esclarecimentos e
pendências administrativas ou jurídicas, assim como para definir a
exclusão ou punição de usuários que desrespeitem as regras de uso;
Informações de terceiros: além de mostrar quais são as pessoas,
empresas ou anunciantes que tem acesso às informações dos
usuários, a ferramenta deve especificar que, ao acessar links
externos, o usuário estará entrando em um ambiente cujo domínio
não é controlado pelo proprietário da ferramenta.
Termos de uso
Como característica da Web 2.0, a emissão de conteúdos e informações pelos
usuários está sujeita a observações legais. Por isso, o internauta deve ter
consciência de suas ações e dados enviados. Cabe aos proprietários do ambiente
de colaboração especificar claramente que, ao utilizar a ferramenta e emitir
informações, os usuários estão automaticamente aceitando os termos e políticas
de uso do wiki, blog ou qualquer ambiente que esteja sendo utilizado.
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21. Sustentabilidade 2.0
Conectando Stakeholders e criando uma Rede Sustentável
A rede social MySpace
é um exemplo de boa
prática nesse caso,
pois utiliza um
Contrato de Termos e
Condições de Uso
(www.myspace.com/in
dex.cfm?fuseaction=m
isc.terms), no qual
detalha ao usuário as condições que devem ser cumpridas ao utilizar o serviço.
Além de outros itens, há, por exemplo, o estímulo à veracidade das
informações publicadas e o respeito à propriedade intelectual e leis vigentes.
Entre os elementos constantes nos Termos ou Políticas de Uso, deve ficar claro
para o usuário que:
Ele é inteiramente responsável pelas informações que publica;
Informações inverídicas ou conteúdos que violem direitos de
propriedade intelectual podem gerar problemas legais;
Da mesma forma, difamar pessoas, marcas ou empresas ou fazer
apologia à violência, racismo e pedofilia constitui violação legal;
O proprietário da ferramenta não reivindica a propriedade daquilo
que for publicado pelos usuários;
Os moderadores podem, a qualquer momento, excluir o usuário
quando considerarem que está sendo feito uso indevido da
ferramenta.
Moderação
É preciso também que a corporação responsável pela ferramenta designe
pessoas para moderar os conteúdos online a fim de evitar problemas legais e
gerar constrangimentos a parceiros, empresas e outros usuários.
Dependendo do alcance da ferramenta (interna ou externa), pode ser necessário
mais que um moderador. Geralmente, em blogs corporativos e wikis, um
administrador é capaz de gerenciar as regras e alertar os usuários. Contudo, a
moderação deve ficar atenta às seguintes atribuições:
Conhecer detalhadamente as Políticas de Uso e Privacidade e
acompanhar sua aplicabilidade na ferramenta;
Excluir postagens, comentários, fotos e materiais inadequados;
Alertar os usuários em casos de desvios de conduta, excluindo-os da
rede, se assim julgar necessário;
Preservar a identidade dos usuários, mas garantir, na medida do
possível, que os mesmos sejam “reais” e não cadastros falsos com
fins duvidosos;
Proteger os interesses da organização, priorizando sempre uma
análise cuidadosa de elementos que possam gerar problemas
legais;
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22. Sustentabilidade 2.0
Conectando Stakeholders e criando uma Rede Sustentável
Reunir-se periodicamente com os diretores da corporação e os
responsáveis por gerar conteúdos (quando contratados pela
organização) à ferramenta de Web 2.0 em questão para discutir as
políticas e destacar os deveres dos emissores da mensagem.
4.2. BOAS PRÁTICAS
Uma das vantagens da implementação de iniciativas Web 2.0 é que o
investimento necessário para a solução técnica pode ser baixíssimo – ou mesmo
zero. Cada provedor de serviços desse tipo tem uma política diferente para uso
comercial da ferramenta, mas no geral existe a possibilidade de utilizar
ferramentas Web 2.0 já disponíveis na internet, sem que sejam necessários
investimentos em servidores, manutenção e infraestrutura.
Entretanto, essa sensação de facilidade pode levar a caminhos perigosos se não
houver planejamento. Um blog pode ser criado em apenas três minutos, por
exemplo. Mas se seus objetivos não estiverem bem traçados, seus públicos não
forem bem definidos, a linguagem utilizada não estiver adequada, as
atualizações não forem frequentes e a relação do autor com a sua audiência não
for transparente, ele dificilmente será lido. Consequentemente, o investimento
de tempo e recursos será perdido. Mais que isso, a implementação indiscrimada
deste tipo de iniciativa pode acarretar graves consequências à reputação de uma
organização.
O mesmo raciocínio se aplica às outras ferramentas da Web 2.0 citadas neste
relatório - sejam elas voltadas para colaboração, compartilhamento ou redes
sociais. O baixo esforço de criação não deve ser confundido com facilidade. Para
que uma iniciativa dê resultado é exigido um amplo trabalho prévio de
planejamento estratégico, definição de governança, políticas e metas. E depois
do lançamento o trabalho continua. A atualização, a manutenção e o
acompanhamento devem seguir as diretrizes do planejamento para garantir
o alinhamento com os seus objetivos. Também é preciso preparar ações de
contorno, caso estes não estejam sendo atingidos.
Vale lembrar, também, que quando falamos de iniciativas Web 2.0 não estamos
tratando apenas daquilo que a organização disponibiliza para acesso na Internet
ou em sua intranet. Isso engloba (e talvez seja até mais importante que a
iniciativa em si) a participação dos usuários, que podem ser os cidadãos,
parceiros, fornecedores, órgãos do terceiro setor, especialistas, grupos de
interesse e/ou seus funcionários. Manter um controle sobre essas participações
não é tarefa simples. Mas, dependendo do tipo da funcionalidade, são elas que
Irão gerar valor para a iniciativa.
Para que uma iniciativa dê resultado é exigido um
amplo trabalho prévio de planejamento estratégico,
definição de governança, políticas e metas.
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23. Sustentabilidade 2.0
Conectando Stakeholders e criando uma Rede Sustentável
Considerando todos esses fatores e após a demonstração de casos de sucesso
em diversos contextos de uso de iniciativas Web 2.0, seguem alguns exemplos de
boas práticas para que todo o potencial dessas ferramentas possa ser
aproveitado dentro do âmbito do terceiro setor. Todos os sites utilizados como
exemplo nos tópicos a seguir foram previamente citados no decorrer deste
relatório:
1. Para aproveitar os efeitos potenciais do uso da Web 2.0, defina uma
estratégia prevendo o uso complementar de várias ferramentas, de acordo
com o objetivo pretendido. Lembre-se que há usuários participativos e
passivos, textuais e audiovisuais, com alta ou baixa familiaridade com
tecnologia etc.
O site da EPA, Environmental Protection Agency,
divulga para a população norte americana e outros
públicos de interesse regulamentações e fiscalizações
em relação ao meio ambiente. O site emprega
praticamente todas as ferramentas de Web 2.0.
Possui um blog central, ferramenta de RSS, link com
outras interfaces como facebook e twitter, diversas
webparts contendo vídeos e fotos, sugestões de sites
relacionados, e oportunidades de interação por meio
de comentários e mensagens em quase todas as
páginas.
2. Defina um escopo específico para cada ferramenta Web 2.0 adotada. Você
deve saber que tipo de participação deseja do seu usuário, da mesma forma
que ele deve saber como e com que tipo de manifestações deve participar.
Escopos muito amplos dificultam o engajamento dos usuários.
O Green Challenge define bem seu escopo e explica
detalhadamente como deve ser a participação do seu
usuário, sem deixar dúvidas do que é esperado de
sua atuação.
3. A escolha da ferramenta/funcionalidade deve antes passar pelos objetivos
da organização ao utilizar uma ferramenta Web 2.0. Para manter seu
público informado de maneira rápida, por exemplo, uma ferramenta de
microblogging pode ser mais efetiva que um blog tradicional.
Planet 2025 é um exemplo de definição de objetivos.
Com intuito de atender a população em diversas
frentes, o site possui espaços bem divididos, que
permite ao usuário escolher o espaço no qual quer
participar, de acordo com seu desejo.
4. A tecnologia não faz acontecer por si só. Sem a participação de pessoas,
uma iniciativa Web 2.0 não cresce. Defina propostas de valor de modo que
cada usuário conheça os benefícios que desfrutará. Isso estimulará a
participação do público, mesmo que o benefício seja apenas saber que sua
opinião está sendo considerada, por exemplo.
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24. Sustentabilidade 2.0
Conectando Stakeholders e criando uma Rede Sustentável
O site Treehugger exemplifica explicitamente sua
proposta de valor. Em sua página, o usuário
consegue identificar o que site pretende com relação
a seus usuários. Se informar, interagir e agir.
5. Estimule a identificação dos públicos. A contribuição de pessoas
identificadas tem mais valor que as contribuições anônimas.
No site Global Ideas Bank as pessoas precisam se
identificar para registrar uma idéia. Isso favorece
muito a participação de outras pessoas por meio de
comentários e também estimula o envio de novas
ideias.
6. Estabeleça (e siga) políticas fortes em relação à privacidade. Garanta que
as informações pessoais dos seus usuários não irão cair em mãos erradas.
O site Green For All é regido por uma longa política
de privacidade que explica minuciosamente quais
são as políticas de uso do site, fazendo com que os
usuário se sintam confortáveis em participar.
7. Não tenha receio de críticas à sua organização – faz parte dos riscos que se
deve assumir ao optar por um diálogo aberto. Ao contrário, responda-as
com rapidez, clareza e transparência.
O blog Planeta Sustentável, disponibiliza um canal
direto para falar com seu usuário. Caso ele tenha
dúvidas que não estejam esclarecidas no site ou
tenha alguma opinião reclamação para fazer é
possível contatar diretamente os gestores do site.
8. Monitore com frequência e modere a participações dos usuários quando
necessário. Exija que as políticas de uso sejam seguidas.
O site Carbon Rally monitora a cada 3 meses a
participação de seus usuários, seja via site ou por e-
mail, estimulando e/ou orientando sobre sua
participação.
9. Se você abre um canal que estimule a participação, deve realmente
participar e ouvir o que os seus usuários estão lhe dizendo. Esse
comportamento é essencial para criar uma relação de confiança.
O site Climate Counts além de denunciar as
empresas menos “verdes”, estimula que seus
usuários denunciem e criem um ranking das
empresas que são menos sustentáveis nesse aspecto.
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25. Sustentabilidade 2.0
Conectando Stakeholders e criando uma Rede Sustentável
10. Mensurar as quantidades de interações, feedbacks e ações que foram
geradas por meio da ferramenta Web 2.0 é uma ótima forma de monitorar
indicadores e entender como o Meio Ambiente 2.0 pode trazer resultados.
O site Green Building talk divulga no próprio site, o
número de acessos e participações obtidas ao longo
do ano .
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26. Sustentabilidade 2.0
Conectando Stakeholders e criando uma Rede Sustentável
5. Conclusão
Já não é de hoje que o meio ambiente e as práticas de sustentabilidade vêm
sendo discutidas e o número de pessoas interessadas em preservá-lo é cada vez
maior. Enquanto governos e instituições já organizaram diversos congressos e
seminários para debaterem o assunto, a sociedade agarrou esta bandeira e
passou a se preocupar e atuar fortemente para que medidas fossem tomadas em
relação ao assunto. A sociedade assumiu um papel de fiscal para cobrar, alertar e
proteger a si própria de possíveis impactos causados pela não preservação do
meio ambiente.
Nesse sentido, a web 2.0 vem tendo papel fundamental como um canal de
comunicação e colaboração entre os diversos atores da sociedade ao possibilitar
a formação de redes envolvendo pessoas de interesses iguais, reunindo atores de
diversos lugares diferentes, colaborando entre si a favor de uma única causa.
Buscam soluções para os problemas do planeta e se engajam coletivamente em
comunidades, compartilhando informações relevantes.
Com o aumento de sites de debates sobre o assunto, utilizar a web para essas
discussões se torna uma extensão das relações sociais das pessoas. A partir desse
crescimento do uso da web para os debates, muitos sites atuam como canal de
alerta às pessoas, disponibilizando links e dicas sobre o assunto.
A massa de conhecimento criada a partir da colaboração acelera o processo de
socialização do conhecimento por meio de espaços cada vez mais interativos. É
possível encontrar sites que denunciam práticas abusivas e principalmente
iniciativas de mobilização dos usuários, permitido que todos estejam
conscientemente no mesmo ritmo de colaboração.
Assim, indivíduos, organizações e instituições que estejam empenhadas na
preservação do meio ambiente e abracem a causa ambiental podem encontrar
na Web 2.0 um grande canal de divulgação de seus interesses e de coleta de
fatos e opiniões da sociedade.
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27. Sustentabilidade 2.0
Conectando Stakeholders e criando uma Rede Sustentável
Vocabulário
Alertas de e-mail: algumas ferramentas, tais como fóruns de
discussão e blogs, dão a opção para que o usuário receba um e-mail
avisando-o sobre alguma alteração ou atualização.
Blogosfera: termo coletivo que compreende todos os weblogs (ou
blogs) como uma comunidade ou rede social. Muitos blogs estão
densamente interconectados; blogueiros lêem os blogs uns dos
outros, criam enlaces, referem-se a eles na sua própria escrita, e
postam comentários nos blogs uns dos outros.
Bookmarks: links de sites que são selecionados pelo usuário e
armazenados em alguma base.
Buzz: estratégia de marketing que estimula a tradicional
propaganda “boca-a-boca”. Tenta se aproveitar da capacidade da
rápida multiplicação para levar a mensagem para um número
grande de pessoas, sem necessariamente ter de investir muito.
Del.icio.us (delicious.com): site que oferece serviço online que
permite que o usuário cadastrado adicione bookmarks sobre
qualquer assunto.
Enterprise 2.0: termo que une os conceitos da Web 2.0 com as
práticas empresariais. Serve como descrição de empresas
interessadas em prover as informações exatas no momento certo
por meio de uma rede de aplicações, serviços e dispositivos
interconectados que maximizam a inteligência coletiva e o acesso
às informações.
Feed: listas de atualização de conteúdo de um determinado site,
escritos com especificações baseadas em XML.
Flickr (www.flickr.com): site de hospedagem e partilha de imagens.
Governança: governança refere-se a processos e sistemas,
estruturas de autoridade e até colaboração pelos quais uma
organização aloca seus recursos e coordena ou controla suas
atividades. Seu objetivo é garantir que os indivíduos da corporação
atuem de maneira adequada para atingir metas das partes
interessadas (empregados, alta gestão, investidores, comunidade).
A governança define papéis e responsabilidades para os envolvidos
no processo, incluindo direção, articulação, comunicação, processos
decisórios, alocação de recursos, políticas e práticas.
Mashups: aplicativo que compila dois ou mais conteúdos para web,
de fontes diferentes, criando um conteúdo final integrado.
Ning (www.ning.com): plataforma online que permite a criação de
redes sociais individualizadas.
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