Este documento fornece informações sobre parasitas intestinais e teciduais, descrevendo suas características morfológicas e ciclos de vida. É apresentado um guia detalhado sobre os ovos, vermes adultos e larvas de parasitas como Ascaris lumbricoides, Trichuris trichiura e Enterobius vermicularis. Além disso, são descritos protozoários como Entamoeba histolytica, Giardia lamblia e Cryptosporidium spp., com imagens de seus estágios evolutivos. O documento também ab
4. Ovos férteis: mais comuns, redondos ou ovais, com casca espessa recoberta
por uma grossa camada mamilonada, célula interna em diversos estágios de
clivagem.
5. Ovos decorticados: perdeu, por atrito ou desgaste natural ou de ácidos, a
casca mais externa. Ovo mais velho, porém ainda fértil.
Ovo fértil- larva Ovo fértil- larva saindo
6. Vermes Adultos: Larvas
Branco-rosados, quando recém emitidos do organismo.
Branco-pérola, quando fixados com formol
A) Macho: 20 a 30 cm (cor leitosa). Extremidade posterior encurvada para a
face ventral.
B) Fêmea: 30 a 40 cm (mais grossa que o macho). Extremidade posterior
retilínea.
7. Helmintos Intestinais
Nematelmintos
Tricuríase
Trichuris trichiura
Ovos: Aspecto típico a um BARRIL ou BANDEJA. Opérculos em cada
extremidade de tonalidade clara – agem como se fossem rolhas que fazem
a retenção da massa celular germinativa do futuro embrião. Restante do
ovo – cor castanha. Dimensão 50µm
8. Presença de um ovo de Entamoeba coli
Trichuris trichiura
Ovos atípicos
9. Trichuris trichiura
Verme Adulto: Larva
Machos e fêmeas são brancos. Medem aproximadamente 4 a 5 cm
Forma de chicote – extremidade mais fina
10. Trichuris trichiura normalmente coexiste com Ascaris lumbricoides
Ovos de A. lumbricóides e T. trichiura indicado na flecha
T. trichiura A. lumbricóides
11. Helmintos Intestinais
Nematelmintos
Enterobius vermicularis
Ovos: Casca lisa e transparente, e já contém uma larva formada no
momento da postura. Apresentando o aspecto grosseiro de um D, pois de
um dos lados é sensivelmente achatado e o outro é convexo.
Ovos E. vermicularis em preparação de fita de celulose.
12. Enterobius vermicularis
Vermes adultos: lavas
Fêmea: 8 – 12mm. Extremidade posterior afilada e longa
Macho: 3 – 5mm. Extremidade posterior enrolada
A – macho
B – fêmea (repleta de ovos)
Macho adulto de E. vermicularis
16. Larvas Filarióides (L3) larvas infectantes
Larvas Filarióides (L3) larvas infectantes
Ancylostoma duodenale
espécie que apresenta dentes
na margem da boca (2 pares de
dentes)
Necator americanus
espécie que possui lâminas
cortantes circundando a
margem da boca (2 placas
cortantes)
20. Helmintos Intestinais
Platelmintos – Cestoda
Taenia solium (teníase e cisticercose)
Taenia saginata
Diagnóstico: Encontro de ovos e/ou proglotes nas fezes. Os ovos das duas
espécies são indistinguíveis: Relata-se: “presença de ovos de Taenia spp.”
21. Escólex (cabeça) de T. solium. Com 4 ventosas, com um rostro armado com dupla hélice de
acúleos
Escólex de T. saginata, com 4 ventosas
Identificação de Proglotes de Taenia sp
T. solium e T. saginata, diferem no número de ramificações primárias laterais
do útero: T. solium contém 7-13 ramos laterais e T. saginata 30/12 ramos
laterais.
Proglotes de T. saginata (ramificações numerosas)
22. Proglotes de T. solium (ramificações pouco numerosas)
Taenia spp
Verme adulto
Vermes adultos podem atingir um comprimento de 2-8 metros.
O mesmo proglote injetado com
tinta da China, demonstrando o
número de ramos primários
uterino
Proglotes de T. saginata
23. Protozoários Intestinais
Amebíase
Amebas ( Entamoeba coli Endolimax nana E. histolytica/díspar
Iodamoeba butschli*)
Fases evolutivas
Trofozoítos: forma ativa
Cistos: forma de resistência
E. histolytica
Cistos esféricos ou ovais. Até 4 núcleos. Cromatina delicada. Cariossoma
puntiforme e central. Possível presença de corpos cromatóides (forma de
“charuto”). Encontramos também no citoplasma dos cistos regiões que
coram de castanho pelo lugol (vacúolos de glicogênio).
24. E. dispar
Não pode ser distinguida morfologicamente da E. histolytica. A
diferenciação só pode ser feita no caso do encontro de trofozoítos com
hemácias fagocitadas ou por técnicas imunológicas e/ou moleculares.
Como relatar organismos semelhantes à Entamoeba histolytica??
Entamoeba histolytica/dispar
Cistos de E. histolytica/E. díspar
25. Cistos de E. histolytica/E. dispar
Cisto de E. histolytica/E. dispar corados com tricrômico
Cistos de E. histolytica/E. dispar núcleos corados com tricrômico
26. Cistos imaturos de E. histolytica. O espécime foi conservado em álcool poli vinil (PVA) e
corados com tricrômico
Cistos imaturos de E. histolytica/E. dispar corados com tricrômico. Os cistos têm grandes
vacúolos na cromatina e ao redor do núcleo.
Trofozoítos de E. histolytica/E. dispar em exame direto corados com iodo.
27. Trofozoítos de E. histolytica/E. dispar corados com tricrômico.
Trofozoítos de E. histolytica/dispar. O espécime foi conservado em álcool poli vinil (PVA) e
corados com tricrômico.
Trofozoíto de E. histolytica/E. dispar
28. Trofozoítos de E. histolytica com eritrócitos ingeridos corados com tricrômico. Os eritrócitos
ingeridos aparecem como inclusões escuras
Trofozoítos de E. histolytica com eritrócitos ingeridos corados com tricrômico
Trofozoíto de E. histolytica com eritrócitos ingeridos corados com tricrômico.
29. Entamoeba coli
Cistos esféricos ou ovais. Mais de 4 núcleos. Cromatina nuclear grosseira.
Corpos cromatóides filamentosos, semelhantes a “feixes de agulha”
Cisto de E. coli. Com seis núcleos são visíveis neste plano focal
Cisto de E. coli coradas com iodo
Cisto de E. coli em um concentrado úmido coradas com iodo
30. Trofozoítos de E. coli corados com tricrômico
Trofozoítos de E. coli corados com tricrômico
31. Endolimax nana
Cisto de E. nana em directo molhado coradas com iodo
Cistos de E. nana corados com tricrômico
Trofozoítos de E. nana corados com tricrômico
32. Trofozoítos de E. nana corados com tricrômico
Iodamoeba butschlii
Cistos de I. buetschlii. Nestes cistos, o vacúolo de glicogênio pode ser visto como um grande
corpo oval
Cistos de I. buetschlii
33. Cistos de I. buetschlii corados com tricrômico
Trofozoítos de I. buetschlii corados com tricrômico
34. Protozoários Intestinais
Flagelados
Giardíases
Giárdia lamblia
Fases Evolutivas
TROFOZOITOS: motilidade ativa (“folha ao vento”). Dois núcleos laterais com
pequeno cariossoma central. Citoplasma uniforme finamente granular. Dois corpos
junto ao Axonema. Quatro flagelos laterais, 2 ventrais. Difícil visualização.
Forma de “pêra”. Flagelos visíveis livres.
CISTOS: forma oval. Quatro núcleos. Citoplasma com espaço claro entre a parede
cística e o citoplasma (efeito de halo) 4 corpos medianos.
Flagelo interno.
35. Cistos de Giardia lamblia corados com iodo.
Cistos de Giardia lamblia corados com iodo.
Cistos de Giardia lamblia corados com iodo.
36. Cistos de Giardia lamblia corados com tricrômico.
Cistos de Giardia lamblia corados com tricrômico.
37. Trofozoítos de Giardia lamblia corados com iodo.
Trofozoítos de Giardia lamblia corados com tricrômico.
Trofozoítos de Giardia lamblia em cultura in vitro.
38. Protozoários Intestinais
Coccídeos
Isospora belli
Sarcocystis
Cryptosporidium
Características Gerais: Intracelulares obrigatórios.
Possui COMPLEXO APICAL = capacidade invasora
Estrutura em forma de cone, provido de um anel. Dá rigidez à extremidade anterior para que
haja perfuração da membrana das células do hospedeiro.
Morfologia:
Esporozoíta – forma infectante, alongada e móvel, dotada de complexo
apical.
Esporo ou Esporocisto – envoltório resistente
ESPOROBLASTOS (CÉLULA INICIAL) ESPOROCISTOS
40. Coccídeos
Sarcocystis
Sarcocystis hominis: Ciclo assexuado no gado (no tecido) e ciclo sexuado na
espécie humana (intestino)
Oocistos esporulados de Sarcocystis sp.
Oocistos esporulados de Sarcocystis sp.
43. Trofozoítos de Balantidium coli. Note os cílios visíveis na superfície da célula.
Trofozoítos de Balantidium coli. Note os cílios visíveis na superfície da célula.
Trofozoítos de B. coli com uma mancha de coloração de hematoxilina. Note que a seta indica
macronúcleo em forma de feijão.
45. Protozoários Teciduais
Flagelados
Trichomonas vaginalis
Encontrado no trato genito urinário
Morfologia: Forma elipsóide, oval ou esférica. Possui quatro flagelos
anteriores livres e membrana ondulante. Axóstilo estrutura rígida e
hialina que se projeta ao centro do organismo
Fases evolutivas:
Apresenta somente forma trofozoíta
Trofozoítos de T. vaginalis em um esfregaço vaginal, corados com Giemsa.
Dois trofozoítos de T. vaginalis
obtidos a partir de cultivo in
vitro, coradas com Giemsa.
Trofozoíto de T. vaginalis em
um esfregaço vaginal,
corados com Giemsa
47. Protozoários Teciduais
Leishmaniose
L. brasiliensis: leishmaniose tegumentar (pele e tecidos)
Leishmania donovani: leishmaniose visceral (calazar)
Morfologia e Formas Evolutivas:
AMASTIGOTA (ciclo nos vertebrados- humanos)
Forma ovóide e Membrana citoplasmática, citoplasma – cora de azul-
pálido.
PROMASTIGOTA (ciclo nos invertebrados- mosquitos)
Forma alongadas – flagelo livre. Citoplasma – granulações azurófilas
48. Leishmania spp. amastigotas em uma raspagem do tecido corados pelo Giemsa.
Leishmania spp. Amastigotas coradas com Giemsa.
Leishmania sp. promastigotas de cultura