A aquisição de 50% de uma refinaria nos EUA pela Petrobras em 2006 foi baseada em um documento técnico e juridicamente falho que omitiu cláusulas importantes do contrato. Investigações posteriores mostraram que a Petrobras acabou pagando US$ 1,2 bilhão, oito vezes mais do que o valor real do ativo na época. A presidente Dilma admite que houve falhas na negociação original que levaram a Petrobras a eventualmente ter que adquirir 100% da refinaria.
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
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1. Dilma admite falha da Petrobras em compra
de refinaria nos EUA
A Astra havia comprado a planta um ano antes da negociação por
US$ 42,5 milhões - valor 8,5 vezes superior ao pago pela
Petrobras por metade
A aquisição pela Petrobras de 50% das ações da refinaria de
Pasadena, nos Estados Unidos, foi autorizada em 2006 pelo
Conselho de Administração da companhia com base em um
documento "técnica e juridicamente falho", disse nesta
quarta-feira a Presidência da República.
Investigações do Tribunal de Contas da União apontaram
que o ativo chegou a ter valor de mercado de cerca de US$
50 milhões em 2005, mas acabou sendo adquirido pela
Petrobras com desembolsos que totalizaram US$ 1,2 bilhão
ao longo dos últimos anos.
2. Segundo nota da Presidência da República, o resumo
executivo preparado pelo diretor da Área Internacional da
época "omitia qualquer referência às cláusulas Marlim e de
Put Option que integravam o contrato, que, se conhecidas,
seguramente não seriam aprovadas pelo Conselho".
As cláusulas do negócio acabaram obrigando a estatal
brasileira a adquirir 100% das ações. Em 2006, a Petrobras
comprou 50% da refinaria no Texas por US$ 360 milhões. Em
seguida, amargou uma batalha judicial com o parceiro no
projeto, a Astra, que possuía os 50% restantes.
A aquisição pela Petrobras das ações remanescentes de
Pasadena aconteceu em junho de 2012, após a conclusão de
um processo de questionamento na Câmara Internacional de
Arbitragem de Nova York e por decisão das Cortes Superiores
do Texas, salientou a Presidência da República.
Em 2006, na época da primeira decisão, a presidência do
Conselho da Petrobras era exercida pela hoje presidente da
República, Dilma Rousseff. O presidente da companhia era
Sérgio Gabrielli e o diretor da Área Internacional era Nestor
Cerveró.