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Queijos
Nacionais
Brasileiros
Integrantes aqui ...
Sobre Queijos
Para aproveitar todo o sabor do queijo é importante alguns cuidados na
compra, na manipulação e no armazenamento, mas o principal é conhecer
cada um deles. E para conhecer é preciso experimentar.
Qualquer que seja o tipo de queijo, a matéria-prima é uma só: o leite, que pode
ser de vaca, de ovelha, de cabra e de búfala.
Como acontece com os vinhos, as condições climáticas e geológicas têm
influência no sabor e no estilo do queijo, já que determinam a forma como o
animal é criado e alimentado.
Assim, seu leite terá características específicas e irá determinar o sabor final do
queijo.
A quantidade de gordura do leite, integral, semidesnatado, desnatado ou
enriquecido com nata, resulta em diferentes tipos de queijo.
Em alguns casos se usa o leite cru, não-pasteurizado (cada vez menos comum),
como no caso do queijo Taleggio do norte da Itália e a mistura de diferentes
tipos de leite; de cabra, vaca e ovelha.
A quantidade de água que se elimina no processo de produção do queijo
determina a maciez, o tipo de casca e o mofo que irá se desenvolver no queijo. A
casca é um dos primeiros aspectos a se avaliar em um queijo.
Como Conservar
Preste atenção na temperatura e verifique sempre se o queijo mantém suas
características durante o armazenamento.
Os queijos de massa dura devem ser envolvidos individualmente em filme
plástico ou papel-alumínio, neste caso, faça alguns furos com um garfo para que
o queijo possa respirar e não ressequem.
Os queijos de massa macia como Brie e Camembert devem ser mantidos no
próprio papel da embalagem, que já é especial para sua conservação e
guardados na geladeira, assim como os frescos e fundidos.
Os que apresentam mofo interno (os azuis) devem ser envolvidos em papel-
alumínio.
Para conservar queijos duros por pouco tempo, deixe-os em uma queijeira,com
base de madeira e tampa de vidro, que não feche hermeticamente, permitindo
que os queijos respirem.
Os queijos podem ser classificados de acordo com o tipo de leite, a textura, o
grau de maturação e a intensidade de seu sabor e aroma.
A classificação mais comum é de acordo com a textura; queijos duros e
semiduros, macios, frescos etc.
A consistência dos chamados queijos duros varia de lisa e fácil de cortar até a
áspera e granulada.
• Queijos duros: Emmenthal, Gruyère,
Grana(parmesão), Provolone, Pecorino,
Chedar e Gouda.
• Queijos macios: Brie e Camembert.
• Queijos azuis:
Roquefort e Gorgonzola.
• Queijos frescos: Queijo de cabra,
Cream Cheese, Ricota, Cottage,
Mascarpone e Feta.
OS TIPOS DE QUEIJOS
Venda Nova
Este é um queijo fácil, por assim dizer:
suave na boca e com boa acidez,
equilibrado do começo ao fim. Um bom
queijo de mesa, ótimo para acompanhar
um café mineiro.
Leite: cru de vaca.
Textura: amanteigado.
Maturação: 30 a 45 dias.
Produtor: a serra capixaba é região de
imigrantes italianos, como Amedeo
Mazocca faz outros dois tipos de queijo
de receita italiana.
Mussarela
A mozarela, também grafada muçarela ou
mussarela é uma variedade de queijo de
massa filada com origem na comuna de
Aversa, CE, na região italiana da
Campânia. Sua receita tradicional indica o
uso exclusivo de leite de búfala,
produzindo o queijo em formato de
bolotas conservadas em soro, brancas e
bem macias.
Tulha
Possui casca dura
com coloração avermelhada, massa
quebradiça e sabor levemente salgado e
com um toque adocicado e aroma leve de
café. Um dos queijos brasileiros mais
premiados, foi medalha de ouro
no World Cheese Awards de 2016.
Serrano
Este “canastra” do Sul é tradicional nos
campos da serra gaúcha. A região mineral
confere sabor intenso e forte aroma de
azeitona. Recentemente foi aprovada a
indicação geográfica para os produtos da
região.
Leite: cru de vaca.
Textura: amanteigado (semiduro).
Maturação: 120 dias.
Produtor: Antonio Lopes é quem está por
trás deste queijo (feito em pequena
escala) e do movimento queijeiro da
região – fazendo escola para outros
produtores.
Giramundo
De sobrenome “estilo reino”, este queijo
de casca lavada com beterraba – que dá
a cor característica na parte de fora –
atende às expectativas de quem tem
familiaridade com o tipo. É um queijo
gostoso, simples e artesanal e vai bem
com uma boa goiabada, no tradicional
Romeu e Julieta.
Azul do Bosque
Espécie de joia da queijaria, este azul do
bosque é o único queijo de cabra de mofo
azul entre os queijos brasileiros. Tem
sabor pronunciado, picante, massa
untuosa e adorável frescor.
Mimo da Serra
A casca rústica e dura, com mofo artificial
trazido da França, esconde um interior
muito cremoso – seu ponto alto. Inspirado
na receita do queijo francês Tomme de
Savoie.
Leite: cru de vaca.
Textura: cremoso.
Maturação: 30 a 40 dias.
Produtor: no Vale do Paraíba paulista, o
francês Christophe Faraud faz outras
variedades de queijo de receita francesa.
Ovelha das Vertentes
Tem sabores bem complexos, começa
difícil, mas cresce na boca, com picos de
picância e amargor que se revelam ao
final.
Leite: cru de ovelha.
Textura: firme.
Maturação: 90 dias.
Produtor: Lara Dias, que está à frente
da Sabores da Ovelha, foi até a serra da
Canastra para aprender o método de
preparo do queijo tradicional da região.
Depois, reproduziu a receita utilizando
leite de ovelha.
Cuesta – Pardinho
Agradável com sabor amanteigado, é um
queijo fácil, para qualquer ocasião. Pode
ser comparado a um parmesão não
finalizado – doce e granulado, só que um
pouco mais cremoso.
Leite: cru de vaca.
Textura: macio.
Maturação: 6 meses.
Produtor: os produtores da Fazenda
Santana já criavam gado antes de
decidirem investir na produção de queijo,
com a ajuda de um especialista francês.
Parmesão
Apesar do nome, em nada se assemelha
com o queijo italiano. Este tem sabor
potente e picante.
Leite: cru de vaca.
Textura: macio.
Maturação: mínimo de 90 dias.
Produtor: uma cooperativa de mais de
cem produtores no município de Alagoa
(MG), no alto da serra da Mantiqueira, é a
responsável pela identidade deste queijo,
tradicional da região.
Raclette Mineiro
De aroma simples e sabor complexo,
como o próprio nome já diz, se sai bem no
preparo da tradicional receita suíça.
Leite: cru de vaca.
Textura: firme e elástico.
Maturação: 45 a 60 dias.
Produtor: A Fazenda São Francisco, do
suíço Dieter Müller e sua mulher, a
brasileira Soraya, produzem esse queijo
no Vale do Jequitinhonha.
Canastra
Já é um patrimônio do Brasil. É o produto
típico mais importante da região da Serra
da Canastra. Produzido há mais de
duzentos anos, ele é primo distante do
queijo da Serra da Estrela, de Portugal,
trazido pelos imigrantes da época do Ciclo
do Ouro. O clima, a altitude, os pastos
nativos e as águas da Canastra dão a
esse queijo um sabor único: forte, meio
picante, denso e encorpado.
Queijos frescos
Muito apreciados pelo paladar nacional, os queijos frescos são ideais para iniciar
uma reunião e pedem vinhos brancos frescos, secos, com boa acidez e aromáticos,
como o Gewürztraminer, Riesling, Moscatel e Malvasia. Vale abrir também uma
garrafa de um rosé. A maioria dos queijos cremosos de leite de cabra também
casam perfeitamente com esses vinhos.
Queijos macios
Tanto o Brie quanto o Camembert combinam com vinhos brancos estruturados,
como um Chardonnay que tenha permanecido em barrica de madeira por algum
tempo.
Um Sancerre é outra alternativa de primeira.
Tintos leves, pouco tânicos, como os do Vale do Ródano, os conhecidos Côtes du
Rhône, ou um cru Beaujolais, são outros exemplos de boa companhia.
Na Normandia, região de origem do Camembert, acompanha-se esse queijo com
goles de calvados, destilado feito de maçã, assim como a sidra, o fermentado da
mesma fruta.
Um Camembert maduro e de boa procedência não fará feio se for saboreado com um
champanhe.
Queijos azuis
O sabor complexo e picante do Roquefort combina com um Sauternes, vinho
francês de sobremesa de alta concentração de açúcar.
No caso do italiano Gorgonzola, a combinação clássica é um tinto leve como um
Valpolicella nobre, um Barbera ou Bardolino.
Arrisque também com um Passito di Pantelleria, o vinho licoroso da Sicília. Você
verá que não fica nada mal.
Outra possibilidade é abrir um Moscatel português.
Queijos duros
Em geral, esses queijos são reservados para a seqüência final, uma vez que com
sabor demasiadamente marcante, acabam ofuscando os demais.
As virtudes de um Parmiggiano Reggiano ou de um Grana Padano são ressaltadas
com tintos potentes como um Cabernet Sauvignon Reserva chileno, um Amarone
della Valpolicella ou um Zinfandel californiano encorpado.
O Pecorino vai bem com vinhos de médio corpo.
Vale provar com um Malbec argentino, por exemplo.
O Malbec traz uma doçura que produz um interessante contraste com esse queijo.
Queijos semiduros
Queijos como o Emmenthal, o Gruyère e o Queijo-de-Minas curado e
semicurado ficam bem com tintos leves, no máximo de médio corpo, como
um Côtes du Rhône, um Pinot Noir ou um Beaujolais (feito com a uva
Gamay, já tem versões brasileiras), todos poucos tânicos.
Também vão bem com alguns italianos mais leves como o Barbera e o
Dolcetto.
Podem ser bons parceiros brancos secos como os Chardonnays
estruturados que permaneceram em barricas de carvalho.
Os holandeses Gouda e Edam e o italiano Asiago têm sabor mais
pronunciado e pedem vinhos potentes, como os da uva Shiraz - não a casta
original francesa Syrah, mas sua variação espalhada pelo Novo Mundo
(Austrália, África do Sul, Argentina).
Também formam ótima parceria com um Rioja Reserva, um Cabernet
Sauvignon proveniente do Chile ou mesmo um Tannat uruguaio.
O Provolone pode ser associado com um Chianti Clássico, tinto da Toscana,
ou um outro tinto de médio corpo.
A Mussarela funciona bem com um tinto leve ou de médio corpo.
Para acompanhar
Os bons queijos deveriam ser degustados ao natural, sem nenhum
acompanhamento.
Portanto, ao escolher itens para acompanhar uma tábua de queijos tenha em
mente que o sabor deve ser sutil e não pode mascarar o ingrediente principal.
Veja algumas sugestões:
Pães frescos, de casca crocante e sabor neutro, para não "brigar" com o
queijo. Nada de pães com frutas secas, nozes, tomate ou azeitona.
Frutas da época também podem ser incluídas. Mas evite as de sabor mais
ácido (limão, abacaxi, kiwi) e as muito doces. As mais indicadas são maçã,
pêra, uva e figo.
Frutas secas, como uva passa, damasco, ameixa e figo, combinam muito bem
com queijo, principalmente os duros, como o Parmesão e o Pecorino.
As frutas oleaginosas, como noz, castanha de caju, castanha-do-pará,
amêndoa e avelã, também são bons acompanhamentos.

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  • 2. Sobre Queijos Para aproveitar todo o sabor do queijo é importante alguns cuidados na compra, na manipulação e no armazenamento, mas o principal é conhecer cada um deles. E para conhecer é preciso experimentar. Qualquer que seja o tipo de queijo, a matéria-prima é uma só: o leite, que pode ser de vaca, de ovelha, de cabra e de búfala. Como acontece com os vinhos, as condições climáticas e geológicas têm influência no sabor e no estilo do queijo, já que determinam a forma como o animal é criado e alimentado. Assim, seu leite terá características específicas e irá determinar o sabor final do queijo. A quantidade de gordura do leite, integral, semidesnatado, desnatado ou enriquecido com nata, resulta em diferentes tipos de queijo. Em alguns casos se usa o leite cru, não-pasteurizado (cada vez menos comum), como no caso do queijo Taleggio do norte da Itália e a mistura de diferentes tipos de leite; de cabra, vaca e ovelha. A quantidade de água que se elimina no processo de produção do queijo determina a maciez, o tipo de casca e o mofo que irá se desenvolver no queijo. A casca é um dos primeiros aspectos a se avaliar em um queijo.
  • 3. Como Conservar Preste atenção na temperatura e verifique sempre se o queijo mantém suas características durante o armazenamento. Os queijos de massa dura devem ser envolvidos individualmente em filme plástico ou papel-alumínio, neste caso, faça alguns furos com um garfo para que o queijo possa respirar e não ressequem. Os queijos de massa macia como Brie e Camembert devem ser mantidos no próprio papel da embalagem, que já é especial para sua conservação e guardados na geladeira, assim como os frescos e fundidos. Os que apresentam mofo interno (os azuis) devem ser envolvidos em papel- alumínio. Para conservar queijos duros por pouco tempo, deixe-os em uma queijeira,com base de madeira e tampa de vidro, que não feche hermeticamente, permitindo que os queijos respirem.
  • 4. Os queijos podem ser classificados de acordo com o tipo de leite, a textura, o grau de maturação e a intensidade de seu sabor e aroma. A classificação mais comum é de acordo com a textura; queijos duros e semiduros, macios, frescos etc. A consistência dos chamados queijos duros varia de lisa e fácil de cortar até a áspera e granulada. • Queijos duros: Emmenthal, Gruyère, Grana(parmesão), Provolone, Pecorino, Chedar e Gouda. • Queijos macios: Brie e Camembert. • Queijos azuis: Roquefort e Gorgonzola. • Queijos frescos: Queijo de cabra, Cream Cheese, Ricota, Cottage, Mascarpone e Feta. OS TIPOS DE QUEIJOS
  • 5. Venda Nova Este é um queijo fácil, por assim dizer: suave na boca e com boa acidez, equilibrado do começo ao fim. Um bom queijo de mesa, ótimo para acompanhar um café mineiro. Leite: cru de vaca. Textura: amanteigado. Maturação: 30 a 45 dias. Produtor: a serra capixaba é região de imigrantes italianos, como Amedeo Mazocca faz outros dois tipos de queijo de receita italiana.
  • 6. Mussarela A mozarela, também grafada muçarela ou mussarela é uma variedade de queijo de massa filada com origem na comuna de Aversa, CE, na região italiana da Campânia. Sua receita tradicional indica o uso exclusivo de leite de búfala, produzindo o queijo em formato de bolotas conservadas em soro, brancas e bem macias.
  • 7. Tulha Possui casca dura com coloração avermelhada, massa quebradiça e sabor levemente salgado e com um toque adocicado e aroma leve de café. Um dos queijos brasileiros mais premiados, foi medalha de ouro no World Cheese Awards de 2016.
  • 8. Serrano Este “canastra” do Sul é tradicional nos campos da serra gaúcha. A região mineral confere sabor intenso e forte aroma de azeitona. Recentemente foi aprovada a indicação geográfica para os produtos da região. Leite: cru de vaca. Textura: amanteigado (semiduro). Maturação: 120 dias. Produtor: Antonio Lopes é quem está por trás deste queijo (feito em pequena escala) e do movimento queijeiro da região – fazendo escola para outros produtores.
  • 9. Giramundo De sobrenome “estilo reino”, este queijo de casca lavada com beterraba – que dá a cor característica na parte de fora – atende às expectativas de quem tem familiaridade com o tipo. É um queijo gostoso, simples e artesanal e vai bem com uma boa goiabada, no tradicional Romeu e Julieta.
  • 10. Azul do Bosque Espécie de joia da queijaria, este azul do bosque é o único queijo de cabra de mofo azul entre os queijos brasileiros. Tem sabor pronunciado, picante, massa untuosa e adorável frescor.
  • 11. Mimo da Serra A casca rústica e dura, com mofo artificial trazido da França, esconde um interior muito cremoso – seu ponto alto. Inspirado na receita do queijo francês Tomme de Savoie. Leite: cru de vaca. Textura: cremoso. Maturação: 30 a 40 dias. Produtor: no Vale do Paraíba paulista, o francês Christophe Faraud faz outras variedades de queijo de receita francesa.
  • 12. Ovelha das Vertentes Tem sabores bem complexos, começa difícil, mas cresce na boca, com picos de picância e amargor que se revelam ao final. Leite: cru de ovelha. Textura: firme. Maturação: 90 dias. Produtor: Lara Dias, que está à frente da Sabores da Ovelha, foi até a serra da Canastra para aprender o método de preparo do queijo tradicional da região. Depois, reproduziu a receita utilizando leite de ovelha.
  • 13. Cuesta – Pardinho Agradável com sabor amanteigado, é um queijo fácil, para qualquer ocasião. Pode ser comparado a um parmesão não finalizado – doce e granulado, só que um pouco mais cremoso. Leite: cru de vaca. Textura: macio. Maturação: 6 meses. Produtor: os produtores da Fazenda Santana já criavam gado antes de decidirem investir na produção de queijo, com a ajuda de um especialista francês.
  • 14. Parmesão Apesar do nome, em nada se assemelha com o queijo italiano. Este tem sabor potente e picante. Leite: cru de vaca. Textura: macio. Maturação: mínimo de 90 dias. Produtor: uma cooperativa de mais de cem produtores no município de Alagoa (MG), no alto da serra da Mantiqueira, é a responsável pela identidade deste queijo, tradicional da região.
  • 15. Raclette Mineiro De aroma simples e sabor complexo, como o próprio nome já diz, se sai bem no preparo da tradicional receita suíça. Leite: cru de vaca. Textura: firme e elástico. Maturação: 45 a 60 dias. Produtor: A Fazenda São Francisco, do suíço Dieter Müller e sua mulher, a brasileira Soraya, produzem esse queijo no Vale do Jequitinhonha.
  • 16. Canastra Já é um patrimônio do Brasil. É o produto típico mais importante da região da Serra da Canastra. Produzido há mais de duzentos anos, ele é primo distante do queijo da Serra da Estrela, de Portugal, trazido pelos imigrantes da época do Ciclo do Ouro. O clima, a altitude, os pastos nativos e as águas da Canastra dão a esse queijo um sabor único: forte, meio picante, denso e encorpado.
  • 17. Queijos frescos Muito apreciados pelo paladar nacional, os queijos frescos são ideais para iniciar uma reunião e pedem vinhos brancos frescos, secos, com boa acidez e aromáticos, como o Gewürztraminer, Riesling, Moscatel e Malvasia. Vale abrir também uma garrafa de um rosé. A maioria dos queijos cremosos de leite de cabra também casam perfeitamente com esses vinhos. Queijos macios Tanto o Brie quanto o Camembert combinam com vinhos brancos estruturados, como um Chardonnay que tenha permanecido em barrica de madeira por algum tempo. Um Sancerre é outra alternativa de primeira. Tintos leves, pouco tânicos, como os do Vale do Ródano, os conhecidos Côtes du Rhône, ou um cru Beaujolais, são outros exemplos de boa companhia. Na Normandia, região de origem do Camembert, acompanha-se esse queijo com goles de calvados, destilado feito de maçã, assim como a sidra, o fermentado da mesma fruta. Um Camembert maduro e de boa procedência não fará feio se for saboreado com um champanhe.
  • 18. Queijos azuis O sabor complexo e picante do Roquefort combina com um Sauternes, vinho francês de sobremesa de alta concentração de açúcar. No caso do italiano Gorgonzola, a combinação clássica é um tinto leve como um Valpolicella nobre, um Barbera ou Bardolino. Arrisque também com um Passito di Pantelleria, o vinho licoroso da Sicília. Você verá que não fica nada mal. Outra possibilidade é abrir um Moscatel português. Queijos duros Em geral, esses queijos são reservados para a seqüência final, uma vez que com sabor demasiadamente marcante, acabam ofuscando os demais. As virtudes de um Parmiggiano Reggiano ou de um Grana Padano são ressaltadas com tintos potentes como um Cabernet Sauvignon Reserva chileno, um Amarone della Valpolicella ou um Zinfandel californiano encorpado. O Pecorino vai bem com vinhos de médio corpo. Vale provar com um Malbec argentino, por exemplo. O Malbec traz uma doçura que produz um interessante contraste com esse queijo.
  • 19. Queijos semiduros Queijos como o Emmenthal, o Gruyère e o Queijo-de-Minas curado e semicurado ficam bem com tintos leves, no máximo de médio corpo, como um Côtes du Rhône, um Pinot Noir ou um Beaujolais (feito com a uva Gamay, já tem versões brasileiras), todos poucos tânicos. Também vão bem com alguns italianos mais leves como o Barbera e o Dolcetto. Podem ser bons parceiros brancos secos como os Chardonnays estruturados que permaneceram em barricas de carvalho. Os holandeses Gouda e Edam e o italiano Asiago têm sabor mais pronunciado e pedem vinhos potentes, como os da uva Shiraz - não a casta original francesa Syrah, mas sua variação espalhada pelo Novo Mundo (Austrália, África do Sul, Argentina). Também formam ótima parceria com um Rioja Reserva, um Cabernet Sauvignon proveniente do Chile ou mesmo um Tannat uruguaio. O Provolone pode ser associado com um Chianti Clássico, tinto da Toscana, ou um outro tinto de médio corpo. A Mussarela funciona bem com um tinto leve ou de médio corpo.
  • 20. Para acompanhar Os bons queijos deveriam ser degustados ao natural, sem nenhum acompanhamento. Portanto, ao escolher itens para acompanhar uma tábua de queijos tenha em mente que o sabor deve ser sutil e não pode mascarar o ingrediente principal. Veja algumas sugestões: Pães frescos, de casca crocante e sabor neutro, para não "brigar" com o queijo. Nada de pães com frutas secas, nozes, tomate ou azeitona. Frutas da época também podem ser incluídas. Mas evite as de sabor mais ácido (limão, abacaxi, kiwi) e as muito doces. As mais indicadas são maçã, pêra, uva e figo. Frutas secas, como uva passa, damasco, ameixa e figo, combinam muito bem com queijo, principalmente os duros, como o Parmesão e o Pecorino. As frutas oleaginosas, como noz, castanha de caju, castanha-do-pará, amêndoa e avelã, também são bons acompanhamentos.