Este documento discute a visão espírita sobre a família. Segundo o espiritismo, os laços de família verdadeiros são os da simpatia e comunhão de ideias, não os da consanguinidade. Espíritos podem se atrair como irmãos pelo espírito, não pelo sangue. A família é importante para o progresso espiritual através da troca de experiências entre espíritos encarnados juntos.
1. A FAMÍLIA
NA VISÃO ESPÍRITA
Jerri Almeida - www.jerrialmeida.blogspot.com
2. O Evangelho Segundo o Espiritismo
Cap. 14, item - 8
“Os que encarnam numa família, sobretudo como
parentes próximos, são, as mais das vezes, Espíritos
simpáticos, ligados por anteriores relações, que se
expressam por uma afeição recíproca na vida
terrena. Mas, também pode acontecer sejam
completamente estranhos uns aos outros esses
Espíritos, afastados entre si por antipatias
igualmente anteriores, que se traduzem na Terra por
um mútuo antagonismo (...).
3. Não são os da consanguinidade os verdadeiros
laços de família e sim os da simpatia e da
comunhão de ideias, os quais prendem os
Espíritos antes, durante e depois de suas
encarnações. Segue-se que dois seres nascidos de
pais diferentes podem ser mais irmãos pelo
Espírito, do que se o fossem pelo sangue.
4. Podem então atrair-se, buscar-se, sentir prazer
quando juntos, ao passo que dois irmãos
consanguineos podem repelir-se, conforme se
observa todos os dias: problema moral que só o
Espiritismo podia resolver pela pluralidade das
existências.”
(E.S.E. Cap. 14, Item 8)
5. Um exemplo na Obra de André Luiz
Livro: Ação e Reação – Cap. 14
Marcela Ildeu
6. O Livro dos Espíritos
LE.775. Qual seria, para a sociedade, o resultado
do relaxamento dos laços de família?
“Uma recrudescência do egoísmo.”
7. Proteção, alimento, “..os espíritos têm
que contribuir
afeto, educação, para o progresso
NUTRITIVA
espiritualidade, uns dos outros.”
instrução...
LE. Q. 208-209
Orientação, “...na esperança
responsabilidades, de que os seus
NORMATIVA disciplina, respeito, conselhos o
regras, autonomia, encaminhem por
melhor senda.”
limites...
ALMEIDA, Jerri R. S. MARQUES, Silvano. Família: Frente & Verso. Porto
Alegre: Francisco Spinelli, 2009.
9. O Livro dos Espíritos
LE.695. Será contrário à lei da Natureza o casamento,
isto é, a união permanente de dois seres?
“É um progresso na marcha da Humanidade.”
LE.696. Que efeito teria sobre a sociedade humana a
abolição do casamento?
“Seria uma regressão à vida dos animais.”
10. “No casamento, o que é de ordem divina é a união dos sexos,
para que se opere a substituição dos seres que morrem; mas, as
condições que regulam essa união são de tal modo humanas,
que não há, no inundo inteiro, nem mesmo na cristandade, dois
países onde elas sejam absolutamente idênticas, e nenhum
onde não hajam, com o tempo, sofrido mudanças. Daí resulta
que, em face da lei civil, o que é legítimo num país e em dada
época, é adultério noutro país e noutra época, isso pela razão
de que a lei civil tem por fim regular os interesses das famílias,
interesses que variam segundo os costumes e as necessidades
locais. Assim é, por exemplo, que, em certos países, o
casamento religioso é o único legítimo; noutros é necessário,
além desse, o casamento civil; noutros, finalmente, este último
casamento basta.”
(Evangelho Segundo o Espiritismo - Cap. 22, item 2)
11. PLANEJAMENTO
ESPIRITUAL
Passado Futuro
Presente Presente
LIVRE-ARBÍTRIO
12. “Mas, na união dos sexos, a par da lei divina material,
comum a todos os seres vivos, há outra lei divina, imutável
como todas as leis de Deus, exclusivamente moral: a lei de
amor. Quis Deus que os seres se unissem não só pelos
laços da carne, mas também pelos da alma, a fim de que a
afeição mútua dos esposos se lhes transmitisse aos filhos e
que fossem dois, e não um somente, a amá-los, a cuidar
deles e a fazê-los progredir. Nas condições ordinárias do
casamento, a lei de amor é tida em consideração? De
modo nenhum. Não se leva em conta a afeição de dois
seres que, por sentimentos recíprocos, se atraem um para
o outro, visto que, as mais das vezes, essa afeição é
rompida.”
(Evangelho Segundo o Espiritismo - Cap. 22, item 3)
13. “Duas espécies há de afeições: a do corpo e a da
alma, acontecendo com frequência tomar-se uma
pela outra. Quando pura e simpática, a afeição da
alma é duradoura, efêmera é a do corpo. Daí vem
que, muitas vezes, os que julgavam amar-se com
eterno amor passam a odiar-se, desde que a ilusão
se desfaça.”
O Livro dos Espíritos – Questão: 939.
14.
15. Conflitos
VÍNCULOS
Ajustamento Desajustes
crescentes
saudável
Papel Conjugal
LE. Q. 939.
Convivência
17. O Livro dos Espíritos
LE.383. Qual, para este [espírito], a utilidade de
passar pelo estado de infância?
“Encarnado, com o objetivo de se aperfeiçoar, o
Espírito, durante esse período, é mais acessível às
impressões que recebe, capazes de lhe auxiliarem
o adiantamento, para o que devem contribuir os
incumbidos de educá-lo.”
18.
19. “Qual será o seu procedimento na família ?”
Cap. 14, item 9
“Dependerá de sua maior ou menor
persistência nas boas resoluções....”
20. B ibliografia Básica
ALMEIDA, Jerri R. S. Filosofia da Convivência. 2ª. Ed. Porto Alegre: AGE, 2006.
ALMEIDA, Jerri R. S. MARQUES, Silvano. Família: Frente & Verso. Porto Alegre:
Francisco Spinelli, 2009.
BAUMAN, Zygmunt. Amor Líquido. Sobre a fragilidade dos laços humanos. Trad.
Carlos A. Medeiros. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed. 2004.
KARDEC, Allan. I - Discursos Pronunciados nas Reuniões Gerais dos Espíritas de Lyon e
Bordeaux. Viagem Espírita de 1862 e outras viagens de Kardec. Rio de Janeiro: Ed.
FEB, 2005.
KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. Ed. FEB.
XAVIER, F. C. (André Luiz) Evolução em Dois Mundos. 2ª. Parte. FEB.