O documento discute a religiosidade no Brasil. Apesar de ser historicamente católico, o país vem se tornando cada vez mais religiosamente diversificado, com o crescimento de evangélicos e outras religiões. A Constituição brasileira garante a liberdade religiosa e a coexistência de diferentes crenças.
2. • Ainda que estejamos distantes de qualquer
ambiente religioso, ou que não nos
identifiquemos com qualquer religião,
encontramos sempre à nossa volta que
frequente um templo e acredite no seu deus.
• Alguma tradição religiosa, algum objeto
sagrado, algum ritual ou celebração estão
sempre presentes quando indagamos sobre as
crenças das pessoas.
• Ditado no Brasil: religião, futebol e política não
se discutem.
3. •A presença constante dos rituais religiosos
desde os primórdios da humanidade merece
ser estudada.
•Para Max Weber, conhecer as religiões era
uma forma de compreender as sociedades.
•Para entender como os indivíduos e os grupos
orientam suas ações, ou definem suas
condutas e se comportam uns em relação aos
outros, dizia ele, é importante saber que
crença religiosa eles professam.
4. • A palavra religião tem a mesma origem de
religar, que significa ligar de novo, ou ligar
fortemente.
• O que interessa à sociologia é como
conjuntos imensos de pessoas se ligam a
uma só ideia.
• Não importa o deus, não importa a
doutrina ou o objeto sagrado, a religião é
um fenômeno que até hoje presente em
todas as sociedades.
5. Religiões ao redor do mundo
• Cristianismo: tem mais de 2,1 bilhões de fiéis,
ou cerca de 33% da população mundial. O
Brasil é o país com maior número de católicos
no mundo, seguindo pelo México, Estados
Unidos, Filipinas e Itália.
• Islamismo: tem cerca de 1,3 bilhão seguidores,
ou 20% da população mundial. Apenas 18% dos
islâmicos vivem no mundo árabe, e a maior
comunidade islâmica nacional encontra-se na
Indonésia.
6. • Hinduísmo: tem aproximadamente 850 milhões
fiéis, ou 13% da população mundial. É praticado
predominantemente na Índia.
• Budismo: tem mais de 300 milhões praticantes,
ou 5,8% da população mundial. A maior
concentração de budistas (um terço do total)
encontra-se na China.
7. • Em que acreditam os brasileiros?
• Como mostram os números, é o maior país
católico do mundo.
• Eram católicos os navegadores portugueses
que aqui chegaram
8.
9. • Um sociólogo especialista em religião,
Antônio Flávio Pierucci, ao analisar os
dados do Censo 2000, do IBGE, apontou
o declínio de três religiões – o catolicismo,
a umbanda e o luteranismo.
• Este último desembarcou no Brasil com
os imigrantes alemães, no final do século
XIX, e teve muitos adeptos no país.
10. • A umbanda incorporou elementos de
vários cultos dos africanos que para cá
vieram na condição de escravos e os
adaptou de forma original.
•Houve recentemente uma alteração na
composição religiosa da população
brasileira.
•Ainda que a religião católica continue
sendo a primeira, outras crenças vêm
ganhando espaço.
• Cedendo lugar à diversificação das
práticas religiosas
11. • Uma pesquisa realizada pela antropóloga
Regina Novaes e pelo sociólogo
Alexandre Brasil Fonseca nos revela que
a religião tem forte poder de agregação
entre os jovens.
• Falar de religiosidade não significa falar
de uma mesma religião, pois também no
interior das religiões há diferenciações
importantes.
13. Roger Bastide e as religiões afrobrasileiras
Os debates e críticas suscitadas pela obra de
Bastide acerca dos cultos afro-brasileiros (uma das
objeções diz respeito à idealização das raízes
africanas, ao culto da pureza "nagô", que marcaria a
visão do estudioso) só confirmam a importância de
seus trabalhos. Não é possível discutir umbanda e
candomblé no Brasil sem tomá-lo como referência
primeira. Assim como qualquer estudo sobre
sincretismo religioso não pode ignorar as noções de
"princípio de corte" e de "interpenetração de
civilizações" por ele elaboradas, que complexificaram
a visão da heterogeneidade cultural brasileira. Os escritos de Bastide
mostram que no Brasil acervos culturais distintos se reuniram sem
perderem suas características originais (daí a substituição gradativa do
termo sincretismo pelo de "interpenetração"). Tal fato pode ser observado
nos cultos religiosos onde os afro-brasileiros participam, simultaneamente,
de dois universos culturais — o católico e o africano — que não se
misturam completamente devido ao “princípio de corte”.
14. Além de seu papel docente e do impacto de sua obra entre nós, Bastide
formou diversos pesquisadores através do projeto que coordenou na
década de 50 com Florestan Fernandes sobre as relações raciais entre
brancos e negros em São Paulo, patrocinado pela Unesco, e que deu
origem a uma série de trabalhos sobre o negro e o preconceito de cor
no Brasil.
Sem dúvida alguma, os estudos sociológicos de Roger Bastide sobre a
cultura Afro-brasileira, são de fundamental importância para o
entendimento mais profundo do sincretismo Afro-católico no Brasil.
15. O que diz o Estado e o que faz a
sociedade?
• Uma boa maneira de aprendermos sobre
a religiosidade de determinada cultura ou
país é observar as leis que os regem.
• A chamada Carta Magna, ou Constituição
de um país, é uma espécie de mapa que
estabelece o que se pode e o que não se
pode fazer em todas as áreas.
16. Constituição de 1988
• “liberdade de consciência e de crença” e
“livre exercício dos cultos religiosos”,
“proteção aos locais de cultos religiosos”
• Os brasileiros são livres para escolher
seus cultos
• Vivemos claramente num país de
religiosidade plural, no qual as crenças,
além de coexistirem e conviverem, muitas
vezes e misturam