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Anatomia
Funcional
José Luís Sousa
Arranjos Fibrosos dos
Músculos Esqueléticos
Exemplos no Corpo
Humano
A FORÇA DE CONTRAÇÃO
MUSCULAR
“A força máxima que um músculo é
capaz de desenvolver depende de
vários factores relacionados ao seu
estado.”
Idade e Género
Posição articular (peak-
torque)
Variações ao longo do dia
ÁREA DA SECÇÃO
TRANSVERSAL FISIOLÓGICA
“O aumento do número de sarcomeros
em paralelo à fibra muscular, aumenta
o número de miofibrilas e,
consequentemente a força muscular”.
COMPRIMENTO MUSCULAR
“A área de secção transversal fisiológica do músculo activo
dará uma indicação da força de tracção máxima que um
músculo é capaz de produzir, mas é dependente do
comprimento do músculo durante a contracção”.
COMPRIMENTO MUSCULAR
 O pré-estiramento muscular, em até 15-25%
de seu comprimento, cria condições ideais
para a realização de uma contracção eficaz,
alcançando altos índices de força.
 O alongamento demasiado do músculo
(mais de 30-35%) provoca uma redução na
força em função do afastamento entre os
miofilamentos de actina e miosina,
dificultando a formação da ligação
actomiosínica.
Pré-estiramento
VELOCIDADE DE ENCURTAMENTO
“ A capacidade do
músculo de gerar
tensão é
inversamente
proporcional a sua
velocidade de
contracção.
PRÉ-ALONGAMENTO
“ Quanto menor o tempo entre o alongamento
do músculo e a contracção concêntrica
subsequente, maior a força de contracção”.
Arcos de movimento e
contracção muscular
“É possível aplicar-se ao músculo
quatro modos de trabalho, os quais
correspondem a diferentes
resultados, relacionados ao
desenvolvimento em comprimento do
ventre e dos tendões do músculo
interessado” (LAPIERRE, 1982).
Arcos (cursos) de movimento
e contracção muscular
1. CONTRAÇÃO COMPLETA E ESTIRAMENTO
COMPLETO
(CURSO TOTAL)
2. CONTRAÇÃO INCOMPLETA E ESTIRAMENTO
COMPLETO
(CURSO EXTERNO)
3. CONTRAÇÃO COMPLETA, ESTIRAMENTO
INCOMPLETO
(CURSO INTERNO)
4. CONTRAÇÃO INCOMPLETA, ESTIRAMENTO
INCOMPLETO
(CURSO MÉDIO)
CONCEITO DE FORÇA
MUSCULAR
 A capacidade de vencer, suportar ou
atenuar uma resistência mediante a
actividade muscular
(PLATONOV & BULATOVA, 2003).
Tipos de força muscular
 1.Força máxima ou pura =
 capacidade máxima do indivíduo numa
contracção voluntária máxima.
 2. Força-velocidade ou explosiva =
 capacidade do sistema neuro-muscular em
mobilizar o potencial funcional para manifestar
elevados níveis de força no menor período de
tempo possível.
 3. Força-resistência ou resistência
muscular =
 capacidade de manter índices de força
relativamente altos durante o maior período de
tempo possível.
Funções musculares na
coordenação intermuscular
 Agonistas principais
 Sinergistas (agonistas secundários)
 Antagonistas
 Fixadores
 Neutralizadores
 Relações
Biarticulares/monoartriculares
 Antagonistas sinergicos
Funções musculares na
coordenação intermuscular
 AGONISTA = É o músculo
responsável pela acção muscular
desejada.
 Perfazem a maior parte do esforço
 Ex. Flexão do do cotovelo = bíceps
braquial.
Funções musculares na
coordenação intermuscular
 ANTAGONISTA = Tem efeito contrário
do agonista, músculos que se opõem
ao movimento.
 Desempenham importante papel, pois
desaceleram o movimento.
 Ex: Flexão do cotovelo:
 Agonista = Bíceps
 Antagonista = Tríceps
Funções musculares na
coordenação intermuscular
 SINERGISTA = Músculos que
exercem a mesma função; Auxiliam na
produção da acção desejada de um
músculo agonista. São responsáveis
pela coordenação motora fina na
actividade.
 Ex. braquial-anterior na flexão do
cotovelo
Funções musculares na
coordenação intermuscular
Agonista (Bíceps)
Antagonista (Tríceps)
Sinergista (braquial-
anterior)
Funções musculares na
coordenação intermuscular
 ESTABILIZADOR, FIXADOR OU
SUSTENTADOR = Estabiliza uma
articulação para outro músculo
(agonista) realizar o movimento.
 Referem-se a músculos isometricamente
activos para permitir o movimento do
membro, quando o músculo de referência
se contrai dinamicamente.
Relação agonistas -
fixadores
Musculos neutralizadores
Papel
 Contraem para eliminar
uma acção acessória
indesejada
 Exemplo
 Musculo redondo pronador
pode neutralizar a
supinação do Bicipete e
permite a flexão em
posição neutra!
Fisiologia da abdução
 Até aos 90º Actuam:
 Supraespinhoso (Se)
 Deltoide (De)
 Romboides, serratil
anterior e infra-
espinhoso
estabilizam.
Fisiologia da abdução
 A partir dos 90º até
aos 180º entram em
acção:
 Trapézio (Tr)
 Grande dentado (De)
 Os romboides
relaxam para o
omoplata abduzir.
Relação mono -
biarticulares
Relação mono -
biarticulares
 M. mono-articular: musculo que só
atravessa uma articulação e como tal a
sua contracção só mobiliza essa mesma
articulação.
 M. Biarticular: musculo que atravessa 2
articulções e como tal a sua contracção
pode afectar ambas articulações ou
apenas uma.
Relações intermusculares
especiais.
 Relação antagonista-sinergico: Musculo que
sendo antagonista de um determinado
movimento produzido por um musculo bi-
articular, ao se contrair numa articulação cria
um estado de pre-tensão que potencia a acção
do agonista sobre a outra articulação.
 Ex. O Glúteo cria um estiramento sobre o recto
femoral ao nível da coxa que potencia a acção
deste sobre o joelho.
Enervação Sensitiva do
Músculo Esquelético
 Controle da função muscular:
 Excitação pelos neurónios motores inferiores
(corno anterior da medula)
 Informações sensoriais fornecidas pelo músculo
(comprimento, tensão e velocidade de mudança
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 Receptores sensoriais (controle intrínseco,
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 Órgãos tendinosos de Golgi
Receptores sensoriais
FUSO MUSCULAR
 distribuídos por todo o corpo do músculo
 enviam informações sobre o comprimento e a
velocidade da sua variação (receptores de
estiramento)
 3 a 10 mm de comprimento
 3 a 12 fibras intrafusais (pequenas e se fixam
às grandes fibras extrafusais)
 o centro das fibras intrafusais não possuem
actina nem miosina funciona apenas como
receptor sensorial
Fuso Neuromuscular
Fuso Neuromuscular
Fuso Neuromuscular
Fuso Neuromuscular
 Inervação motora:
 fibras eferentes gama (parte terminal da fibra
intrafusal)
 fibra eferente alfa (fibras extrafusais)
 Inervação sensitiva:
 terminação primária (circunda a parte central de
cada fibra intrafusal)
 terminação secundária (fibras menores, enervam
região receptora de um ou ambos os lados da
terminação primária)
Fuso Neuromuscular
 FIBRAS INTRAFUSAIS
 fibras com bolsa nuclear
 fibras com cadeia nuclear (metade do tamanho)
Reflexo miotático
 O músculo é protegido de lesões por dois tipos de
células nervosas : o FUSO NEUROMUSCULAR e os
Orgãos tendinosos de Golgi.
 Se as células musculares forem alongadas, os
fusos neuromusculares também são alongados. Se
o músculo for alongado demais, essas células
enviam para o sistema nervoso central um sinal de
que o músculo está passando dos seus limites.
Rapidamente, o SNC desencadeia um sinal que faz
com que o músculo seja contraído, precavendo
assim uma distensão muscular. Esse fenómeno é
denominado de REFLEXO MIOTÁTICO ou de
estiramento.
Reflexo miotático
 RESPOSTA ESTÁTICA
 distensão lenta da parte central do fuso
 aumento proporcional ao grau de distensão do
número de impulsos das fibras primárias e
secundárias
 impulso transmitido por alguns minutos
 principal: fibra com cadeia nuclear
 nervos gama: excita fibras com cadeia nuclear,
intensifica a resposta
Reflexo miotático
 RESPOSTA DINÂMICA
 distensão súbita da parte central do fuso
 estímulo vigoroso da terminação primária
 impulso transmitido apenas quando o
comprimento estiver aumentando
 principal: fibra com bolsa nuclear
 nervos gama: excita fibra com bolsa nuclear,
intensifica a resposta
Reflexo miotático patelar
 Choque abrupto sobre tendões  estiramento do músculo da coxa
 distende fusos musculares  envia sinal para medula espinal
volta de sinal reflexo para músculo  Contracção  movimento.
Reflexo miotático patelar
 via monossináptica, menor tempo para retorno
do reflexo
Reflexo miotático patelar
 Importância Teste:
 Se o reflexo estiver ok (+), todas as
conexões nervosas estão intactas ,
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excitabilidade da medula.
Inibição reciproca
 Os impulsos a partir de um musculo estirado excitam as unidades
motoras no mesmo musculo, e inibe através de um interneurónio,
as unidades motoras do musculo antagonista.
Funções do fuso muscular
 Controle do sistema motor gama (fibras
intrafusais)
 controlam e amortecem os movimentos
durante a marcha e a corrida, pois estão
relacionados com os músculos que
realizam contracções antigraviticas.
Orgãos tendinosos de
Golgi
Orgãos tendinosos de
Golgi
 Situam-se dentro dos tendões musculares e
imediatamente a frente das suas inserções nas
fibras musculares. É um órgão estimulado pela
tensão produzida por esse pequeno feixe de
fibras musculares. O órgão tendinoso têm uma
resposta dinâmica e uma resposta estática,
respondendo com intensidade quando a
tensão do músculo aumenta subitamente
Reflexo miotático inverso
 O Orgão Tendinoso de Golgi (OTG) detecta o estiramento do
tendão, pelo que reage às contracções do músculo. Quando o
músculo se contrai intensamente, ou é estirado fortemente o OTG
"sente" o estiramento do tendão e desencadeia o relaxamento do
músculo contraído.
Método PNF para estiramento
 Realizamos o movimento escolhido até próximo do nosso
limite de amplitude (sem chegar a sentir dor). Nesse
momento, com a ajuda de um parceiro que impede o
movimento, realiza-se uma contracção isométrica
máxima dos músculos antagonistas (no sentido contrário
ao estiramento pretendido). Essa contracção é mantida
durante 5-6 segundos com a oposição do ajudante.
Seguidamente, relaxa-se e o ajudante força mais um
pouco o limite da amplitude (por um período de 20-30").
Após um repouso de cerca de 60", repete-se o exercício
até 3X.
Método PNF para
estiramento
Como é que este método
aproveita os reflexos?
 contracção isométrica dos antagonistas
provoca a distensão do tendão e a
estimulação do OTG, que desencadeia o
seu posterior relaxamento, e assim
contribui para a facilitação do
estiramento muscular. Por outro lado a
contracção dos músculos evita a
estimulação precoce do FNM que, de
outra forma, iria dificultar o estiramento.

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  • 4. A FORÇA DE CONTRAÇÃO MUSCULAR “A força máxima que um músculo é capaz de desenvolver depende de vários factores relacionados ao seu estado.”
  • 8. ÁREA DA SECÇÃO TRANSVERSAL FISIOLÓGICA “O aumento do número de sarcomeros em paralelo à fibra muscular, aumenta o número de miofibrilas e, consequentemente a força muscular”.
  • 9. COMPRIMENTO MUSCULAR “A área de secção transversal fisiológica do músculo activo dará uma indicação da força de tracção máxima que um músculo é capaz de produzir, mas é dependente do comprimento do músculo durante a contracção”.
  • 10. COMPRIMENTO MUSCULAR  O pré-estiramento muscular, em até 15-25% de seu comprimento, cria condições ideais para a realização de uma contracção eficaz, alcançando altos índices de força.  O alongamento demasiado do músculo (mais de 30-35%) provoca uma redução na força em função do afastamento entre os miofilamentos de actina e miosina, dificultando a formação da ligação actomiosínica.
  • 12. VELOCIDADE DE ENCURTAMENTO “ A capacidade do músculo de gerar tensão é inversamente proporcional a sua velocidade de contracção.
  • 13. PRÉ-ALONGAMENTO “ Quanto menor o tempo entre o alongamento do músculo e a contracção concêntrica subsequente, maior a força de contracção”.
  • 14. Arcos de movimento e contracção muscular “É possível aplicar-se ao músculo quatro modos de trabalho, os quais correspondem a diferentes resultados, relacionados ao desenvolvimento em comprimento do ventre e dos tendões do músculo interessado” (LAPIERRE, 1982).
  • 15. Arcos (cursos) de movimento e contracção muscular 1. CONTRAÇÃO COMPLETA E ESTIRAMENTO COMPLETO (CURSO TOTAL) 2. CONTRAÇÃO INCOMPLETA E ESTIRAMENTO COMPLETO (CURSO EXTERNO) 3. CONTRAÇÃO COMPLETA, ESTIRAMENTO INCOMPLETO (CURSO INTERNO) 4. CONTRAÇÃO INCOMPLETA, ESTIRAMENTO INCOMPLETO (CURSO MÉDIO)
  • 16. CONCEITO DE FORÇA MUSCULAR  A capacidade de vencer, suportar ou atenuar uma resistência mediante a actividade muscular (PLATONOV & BULATOVA, 2003).
  • 17. Tipos de força muscular  1.Força máxima ou pura =  capacidade máxima do indivíduo numa contracção voluntária máxima.  2. Força-velocidade ou explosiva =  capacidade do sistema neuro-muscular em mobilizar o potencial funcional para manifestar elevados níveis de força no menor período de tempo possível.  3. Força-resistência ou resistência muscular =  capacidade de manter índices de força relativamente altos durante o maior período de tempo possível.
  • 18. Funções musculares na coordenação intermuscular  Agonistas principais  Sinergistas (agonistas secundários)  Antagonistas  Fixadores  Neutralizadores  Relações Biarticulares/monoartriculares  Antagonistas sinergicos
  • 19. Funções musculares na coordenação intermuscular  AGONISTA = É o músculo responsável pela acção muscular desejada.  Perfazem a maior parte do esforço  Ex. Flexão do do cotovelo = bíceps braquial.
  • 20. Funções musculares na coordenação intermuscular  ANTAGONISTA = Tem efeito contrário do agonista, músculos que se opõem ao movimento.  Desempenham importante papel, pois desaceleram o movimento.  Ex: Flexão do cotovelo:  Agonista = Bíceps  Antagonista = Tríceps
  • 21. Funções musculares na coordenação intermuscular  SINERGISTA = Músculos que exercem a mesma função; Auxiliam na produção da acção desejada de um músculo agonista. São responsáveis pela coordenação motora fina na actividade.  Ex. braquial-anterior na flexão do cotovelo
  • 22. Funções musculares na coordenação intermuscular Agonista (Bíceps) Antagonista (Tríceps) Sinergista (braquial- anterior)
  • 23. Funções musculares na coordenação intermuscular  ESTABILIZADOR, FIXADOR OU SUSTENTADOR = Estabiliza uma articulação para outro músculo (agonista) realizar o movimento.  Referem-se a músculos isometricamente activos para permitir o movimento do membro, quando o músculo de referência se contrai dinamicamente.
  • 25. Musculos neutralizadores Papel  Contraem para eliminar uma acção acessória indesejada  Exemplo  Musculo redondo pronador pode neutralizar a supinação do Bicipete e permite a flexão em posição neutra!
  • 26. Fisiologia da abdução  Até aos 90º Actuam:  Supraespinhoso (Se)  Deltoide (De)  Romboides, serratil anterior e infra- espinhoso estabilizam.
  • 27. Fisiologia da abdução  A partir dos 90º até aos 180º entram em acção:  Trapézio (Tr)  Grande dentado (De)  Os romboides relaxam para o omoplata abduzir.
  • 29. Relação mono - biarticulares  M. mono-articular: musculo que só atravessa uma articulação e como tal a sua contracção só mobiliza essa mesma articulação.  M. Biarticular: musculo que atravessa 2 articulções e como tal a sua contracção pode afectar ambas articulações ou apenas uma.
  • 30. Relações intermusculares especiais.  Relação antagonista-sinergico: Musculo que sendo antagonista de um determinado movimento produzido por um musculo bi- articular, ao se contrair numa articulação cria um estado de pre-tensão que potencia a acção do agonista sobre a outra articulação.  Ex. O Glúteo cria um estiramento sobre o recto femoral ao nível da coxa que potencia a acção deste sobre o joelho.
  • 31. Enervação Sensitiva do Músculo Esquelético  Controle da função muscular:  Excitação pelos neurónios motores inferiores (corno anterior da medula)  Informações sensoriais fornecidas pelo músculo (comprimento, tensão e velocidade de mudança desses estados)  Receptores sensoriais (controle intrínseco, subconsciente):  Fusos musculares  Órgãos tendinosos de Golgi
  • 33. FUSO MUSCULAR  distribuídos por todo o corpo do músculo  enviam informações sobre o comprimento e a velocidade da sua variação (receptores de estiramento)  3 a 10 mm de comprimento  3 a 12 fibras intrafusais (pequenas e se fixam às grandes fibras extrafusais)  o centro das fibras intrafusais não possuem actina nem miosina funciona apenas como receptor sensorial
  • 37. Fuso Neuromuscular  Inervação motora:  fibras eferentes gama (parte terminal da fibra intrafusal)  fibra eferente alfa (fibras extrafusais)  Inervação sensitiva:  terminação primária (circunda a parte central de cada fibra intrafusal)  terminação secundária (fibras menores, enervam região receptora de um ou ambos os lados da terminação primária)
  • 38. Fuso Neuromuscular  FIBRAS INTRAFUSAIS  fibras com bolsa nuclear  fibras com cadeia nuclear (metade do tamanho)
  • 39. Reflexo miotático  O músculo é protegido de lesões por dois tipos de células nervosas : o FUSO NEUROMUSCULAR e os Orgãos tendinosos de Golgi.  Se as células musculares forem alongadas, os fusos neuromusculares também são alongados. Se o músculo for alongado demais, essas células enviam para o sistema nervoso central um sinal de que o músculo está passando dos seus limites. Rapidamente, o SNC desencadeia um sinal que faz com que o músculo seja contraído, precavendo assim uma distensão muscular. Esse fenómeno é denominado de REFLEXO MIOTÁTICO ou de estiramento.
  • 40. Reflexo miotático  RESPOSTA ESTÁTICA  distensão lenta da parte central do fuso  aumento proporcional ao grau de distensão do número de impulsos das fibras primárias e secundárias  impulso transmitido por alguns minutos  principal: fibra com cadeia nuclear  nervos gama: excita fibras com cadeia nuclear, intensifica a resposta
  • 41. Reflexo miotático  RESPOSTA DINÂMICA  distensão súbita da parte central do fuso  estímulo vigoroso da terminação primária  impulso transmitido apenas quando o comprimento estiver aumentando  principal: fibra com bolsa nuclear  nervos gama: excita fibra com bolsa nuclear, intensifica a resposta
  • 42. Reflexo miotático patelar  Choque abrupto sobre tendões  estiramento do músculo da coxa  distende fusos musculares  envia sinal para medula espinal volta de sinal reflexo para músculo  Contracção  movimento.
  • 43. Reflexo miotático patelar  via monossináptica, menor tempo para retorno do reflexo
  • 44. Reflexo miotático patelar  Importância Teste:  Se o reflexo estiver ok (+), todas as conexões nervosas estão intactas , Mede o grau de reactividade dos Reflexos musculares pelo grau de excitabilidade da medula.
  • 45. Inibição reciproca  Os impulsos a partir de um musculo estirado excitam as unidades motoras no mesmo musculo, e inibe através de um interneurónio, as unidades motoras do musculo antagonista.
  • 46. Funções do fuso muscular  Controle do sistema motor gama (fibras intrafusais)  controlam e amortecem os movimentos durante a marcha e a corrida, pois estão relacionados com os músculos que realizam contracções antigraviticas.
  • 48. Orgãos tendinosos de Golgi  Situam-se dentro dos tendões musculares e imediatamente a frente das suas inserções nas fibras musculares. É um órgão estimulado pela tensão produzida por esse pequeno feixe de fibras musculares. O órgão tendinoso têm uma resposta dinâmica e uma resposta estática, respondendo com intensidade quando a tensão do músculo aumenta subitamente
  • 49. Reflexo miotático inverso  O Orgão Tendinoso de Golgi (OTG) detecta o estiramento do tendão, pelo que reage às contracções do músculo. Quando o músculo se contrai intensamente, ou é estirado fortemente o OTG "sente" o estiramento do tendão e desencadeia o relaxamento do músculo contraído.
  • 50. Método PNF para estiramento  Realizamos o movimento escolhido até próximo do nosso limite de amplitude (sem chegar a sentir dor). Nesse momento, com a ajuda de um parceiro que impede o movimento, realiza-se uma contracção isométrica máxima dos músculos antagonistas (no sentido contrário ao estiramento pretendido). Essa contracção é mantida durante 5-6 segundos com a oposição do ajudante. Seguidamente, relaxa-se e o ajudante força mais um pouco o limite da amplitude (por um período de 20-30"). Após um repouso de cerca de 60", repete-se o exercício até 3X.
  • 52. Como é que este método aproveita os reflexos?  contracção isométrica dos antagonistas provoca a distensão do tendão e a estimulação do OTG, que desencadeia o seu posterior relaxamento, e assim contribui para a facilitação do estiramento muscular. Por outro lado a contracção dos músculos evita a estimulação precoce do FNM que, de outra forma, iria dificultar o estiramento.