SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  23
Télécharger pour lire hors ligne
Prof. Kleber Lima
Transformada de Clarke e Park
Centro de Tecnologia
Pós-Graduação em Engenharia Elétrica
Aplicações de Eletrônica de Potência em Sistemas de Potência
Departamento de Engenharia Elétrica
2
Sumário
• Objetivos
• Introdução
• Transformada de Clarke
• Vetor espacial
• Transformada de Park
3
Objetivo
• Compreensão da importância da mudança de
coordenadas
• Transformação de coordenadas abc para αβ
• Compreensão e determinação do vetor girante
• Transformação de coordenadas abc para dq
4
Introdução
• Fasores são números complexos utilizados para
representar grandezas que variam senoidalmente no
tempo
• Por exemplo, a fmm com distribuição
aproximadamente senoidal reproduzidas por cada
enrolamento do estator de uma máquina trifásica,
podem ser representadas pelos vetores espaciais
(fasores espaciais)
• A fmm do estator é a soma no espaço das fmms de
cada fase, dada por:
       
2 4
2 3 3
cos cos coss a b c
N
F i t t i t t i t t
π π
ω ω ω
                     
5
Transformada de Clarke
   2 cosav t V tω
Seja o sistema trifásico definido
pelos três fasores da Fig. 1, com
equações:
 
2
2
3
cosbv t V t
π
ω
     
 
4
2
3
coscv t V t
π
ω
     
Fig. 1
ai 1N
1N
1N
ci
bi a
c
b
6
Transformada de Clarke
     1 2 4
2 2 3 3
cos cos
eq
a b c
N N
i i t i t i tα
π π                   
O vetor espacial da corrente
é definido a partir da
projeção da fmm de cada
fase nos eixos ortogonais
fictícios α e β.
   1 2 4
2 2 3 3
sin sin
eq
b c
N N
i i t i tβ
π π                  
Fig. 2
Eixo
Estacionário
α
β
ai
iβ
iα
1N
1N
1N
ci
bi eqN
eqN
a
c
b
7
Transformada de Clarke
Após algumas simplificações,
resulta nas expressões do
sistema bifásico equivalente,
dado por:
1
eq
N
k
N

   
2 4
3 3
sin sinb ci k i t i tβ
π π                  
Invariância em potência
2
3
k
Fig. 3
     
2 4
3 3
cos cosa b ci k i t i t i tα
π π                   
Eixo
Estacionário
α
β
ai
iβ
iα
1N
1N
1N
ci
bi eqN
eqN
a
c
b
8
Transformada de Clarke
Após algumas simplificações,
resulta nas expressões do
sistema bifásico equivalente,
dado por:
Fig. 4
1 1
1
2 2 2
3 3 3
0
2 2
α
β
 
       
                   
a
b
c
i
i
i
i
i
Eixo
Estacionário
α
β
ai
iβ
iα
1N
1N
1N
ci
bi eqN
eqN
a
c
bSistema a três fios
implica em ausência de
componente homopolar
9
Transformada de Clarke
Fig. 5
0
1 1 1
2 2 2
2 1 1
1
3 2 2
3 3
0
2 2
α
β
 
 
 
    
    
          
    
      
  
 
a
b
c
i i
i i
i i
Sistema com a
presença de
componente homopolar
Eixo
Estacionário
α
β
ai
iβ
iα
1N
1N
1N
ci
bi eqN
eqN
a
c
b
Componente homopolar
10
Transformada de Clarke
-1.5
-1.0
-0.5
0.0
0.5
1.0
1.5
100 110 120 130 140
Tempo (ms)
Tensõesa,b,c(p.u.)
-1.0
-0.5
0.0
0.5
1.0
100 110 120 130 140
Tempo (ms)
Tensõesoα,β(p.u.)
abc
Clarke
vα vβ
va vb vc
11
Vetor Girante
   2 cosav t V tω
 
2
2
3
cosbv t V t
π
ω
     
 
4
2
3
coscv t V t
π
ω
     
Seja o sistema trifásico definido a partir dos três fasores mostrado
na figura, com expressões dadas a seguir:
Segundo KOVACS, o vetor espacial
é definido por:
       
2 4
0 3 3
j j
j
a b cv t v t e v t e v t e
π π
  

Fig. 6
Eixo
Estacionário
α
β
ai
iβ
iα
1N
1N
1N
ci
bi eqN
eqN
a
c
b
12
Vetor Girante
Desenvolvendo...
 
  0
2
3
4
3
2
2
2
3
4
2
3
cos
cos
cos
j
j
j
V t e
V t e
v t
V t e
π
π
ω
π
ω
π
ω
                   

 
0
2 2
23 3
3
4 4
43 3
3
2
2
2
2
2
2
j t j t
j
j t j t
j
j t j t
j
e e
V e
e e
V e
v t
e e
V e
ω ω
π π
ω ω π
π π
ω ω π

                
                
                            

            



13
Vetor Girante
Desenvolvendo...
 
 
 
4
3
2
3
2
2
2
2
2
2
j t j t
j t
j t
j t
j t
e e
V
e e
V
v t
e e
V
ω ω
π
ω
ω
π
ω
ω

      
      
                                                  

 
4
3
2
3
2
2
2
2
2
2
j t j t
j
j t j t
j
j t j t
e e
V
e e e
V
v t
e e e
V
ω ω
π
ω ω
π
ω ω



                                            

14
Vetor Girante
Desenvolvendo...
 
2
2
4 4
3 3
2
2
2 2
3 3
2
2
cos sin
cos sin
j t j t
j t j t
j t j t
e e
V
e e j
V
v t
e e j
V
ω ω
ω ω
ω ω
π π
π π



                                                            

15
Vetor Girante
Desenvolvendo...
 
2
2
1 3
2 2
2
2
1 3
2 2
2
2
j t j t
j t j t
j t j t
e e
V
e e j
V
v t
e e j
V
ω ω
ω ω
ω ω



                                                                        


 
3
2
2
j t
v t Ve ω


Vetor Girante
 v t

α
β
θ
d
dt
θ
ω 
ω
Fig. 7
16
Vetor Girante
 
3
2
2
j t
v t Ve ω


Vetor Girante
 v t

α
β
θ
d
dt
θ
ω 
ω
 v t

θ
ω
aV
bV
cV
Fig. 9
Fig. 8
17
Transformada de Park
   2 cosav t V tω
Seja o sistema trifásico definido
pelos três fasores da Fig. 8, com
equações:
 
2
2
3
cosbv t V t
π
ω
     
 
4
2
3
coscv t V t
π
ω
     
       1 2 4
2 2 3 3
cos cos cos
eq
d a b c
N N
i i t i t i t
π π
θ θ θ
                     
       1 2 4
2 2 3 3
sin sin sin
eq
q a b c
N N
i i t i t i t
π π
θ θ θ
                      
Fig. 10
Eixo
Girante
d
ai
qi
di
1N
1N
1N
ci
bi
eqN
eqN
a
c
b q
θ
ω
θ
ω 
d
dt
18
Transformada de Park
EixodaFaseA
Eixo da Fase c
Eixo da Fase b
Eixo em
quadratura
θ
1
eq
N
k
N

       
2 4
3 3
cos cos cosd a b ci k i t i t i t
π π
θ θ θ
                     
Invariância em potência
2
3
k
       
2 4
3 3
sin sin sinq a b ci k i t i t i t
π π
θ θ θ
                      
Fig. 11
19
Transformada de Park
Após algumas simplificações, o sistema bifásico em coordenadas
dq, é dado por:
 
 
 
 
 
2 4
3 32
3 2 4
3 3
π π
θ θ θ
π π
θ θ θ
                                                                
cos cos cos
sin sin sin
a
d
b
q
c
i t
i
i t
i
i t
Fig. 12
EixodaFaseA
Eixo da Fase B
Eixo da Fase C
Eixo em
quadratura
θ
Sistema a três fios
implica em ausência de
componente homopolar
20
Transformada de Park
Fig. 13
Fig. 14
ai 1N
1N
1N
ci
bi a
c
b
Eixo
Girante
d
qi
di
eqN
eqN
q
θ
ω
Eixo
Estacionário
α
β
iβ
iα
eqN
eqN
θ
ω 
d
dt
21
Transformada de Clarke
-1.5
-1.0
-0.5
0.0
0.5
1.0
1.5
100 110 120 130 140
Tempo (ms)
Tensõesa,b,c(p.u.)
abc
Park
Tempo (ms)
Tensõesd,q(p.u.)
-0.2
0.0
0.2
0.4
0.6
0.8
1.0
1.2
100 110 120 130 140
vd
vq
va vb vc
22
Bibliografia
1. I. Boldea; S. A. Nasar, 2005, Electric Drives. 2nd. edition, CRC Press, New
York, 544p.
2. W. Leonhard, 2001, Control of Electric Drives, 3rd. edition, Springer, New
York, 470p.
3. P. C. Krause, 2002, Analysis of Electric Machinery and Drive Systems, 2nd.
edition, Wiley-IEEE Press, New York, 600p.
4. P. K. Kovacs, 1984, Transiente Phenomena in Electrical Machines, Elsevier,
Amsterdam, 392p.
23
Perguntas?

Contenu connexe

Tendances

Ce aula 05 máquina cc
Ce aula 05 máquina ccCe aula 05 máquina cc
Ce aula 05 máquina cc
Igor Fortal
 
Transformadores calculo1
Transformadores calculo1Transformadores calculo1
Transformadores calculo1
vitormdmendes
 
Analisis de fallas en sist elect de pot presentacion 7 a
Analisis de fallas en sist elect de pot presentacion 7 aAnalisis de fallas en sist elect de pot presentacion 7 a
Analisis de fallas en sist elect de pot presentacion 7 a
Vivi Sainz
 
transformadores de poten
transformadores de potentransformadores de poten
transformadores de poten
xxmacutoxx
 
Transformadores Electricos
Transformadores ElectricosTransformadores Electricos
Transformadores Electricos
Ganzito Ramirez
 

Tendances (20)

Ce aula 05 máquina cc
Ce aula 05 máquina ccCe aula 05 máquina cc
Ce aula 05 máquina cc
 
Transformadores calculo1
Transformadores calculo1Transformadores calculo1
Transformadores calculo1
 
Cortocircuito en sistemas de potencia
Cortocircuito en sistemas de potenciaCortocircuito en sistemas de potencia
Cortocircuito en sistemas de potencia
 
CONTROL ELECTRÓNICO DE MÁQ. IND.
CONTROL ELECTRÓNICO DE MÁQ. IND.CONTROL ELECTRÓNICO DE MÁQ. IND.
CONTROL ELECTRÓNICO DE MÁQ. IND.
 
Amp op 1000w
Amp op 1000wAmp op 1000w
Amp op 1000w
 
Amplificador audio clase ab de fapesa con transistores
Amplificador audio clase ab de fapesa con transistoresAmplificador audio clase ab de fapesa con transistores
Amplificador audio clase ab de fapesa con transistores
 
Capacitancia en lineas de transmision
Capacitancia en lineas de transmisionCapacitancia en lineas de transmision
Capacitancia en lineas de transmision
 
CALCULOS DE TRANSFORMADOR POTENCIA
CALCULOS DE TRANSFORMADOR POTENCIACALCULOS DE TRANSFORMADOR POTENCIA
CALCULOS DE TRANSFORMADOR POTENCIA
 
Sinusoidal PWM and Space Vector Modulation For Two Level Voltage Source Conve...
Sinusoidal PWM and Space Vector Modulation For Two Level Voltage Source Conve...Sinusoidal PWM and Space Vector Modulation For Two Level Voltage Source Conve...
Sinusoidal PWM and Space Vector Modulation For Two Level Voltage Source Conve...
 
Proyecto 2 electronica 1
Proyecto 2 electronica 1 Proyecto 2 electronica 1
Proyecto 2 electronica 1
 
Acoplamiento magnético
Acoplamiento magnéticoAcoplamiento magnético
Acoplamiento magnético
 
Montaje de un interruptor crepuscular
Montaje de un interruptor crepuscularMontaje de un interruptor crepuscular
Montaje de un interruptor crepuscular
 
Pre 5
Pre 5Pre 5
Pre 5
 
Electricidad industrial manualesydiagramas.blogspot.com
Electricidad industrial   manualesydiagramas.blogspot.comElectricidad industrial   manualesydiagramas.blogspot.com
Electricidad industrial manualesydiagramas.blogspot.com
 
Clase 4 rectificadores trifásicos
Clase 4 rectificadores trifásicosClase 4 rectificadores trifásicos
Clase 4 rectificadores trifásicos
 
Aula 6 o indutor
Aula 6 o indutorAula 6 o indutor
Aula 6 o indutor
 
Analisis de fallas en sist elect de pot presentacion 7 a
Analisis de fallas en sist elect de pot presentacion 7 aAnalisis de fallas en sist elect de pot presentacion 7 a
Analisis de fallas en sist elect de pot presentacion 7 a
 
Transformadores Parte II (2020)
Transformadores Parte II (2020)Transformadores Parte II (2020)
Transformadores Parte II (2020)
 
transformadores de poten
transformadores de potentransformadores de poten
transformadores de poten
 
Transformadores Electricos
Transformadores ElectricosTransformadores Electricos
Transformadores Electricos
 

En vedette (10)

Conversão Referenciais Motor CA 3F
Conversão Referenciais Motor CA 3FConversão Referenciais Motor CA 3F
Conversão Referenciais Motor CA 3F
 
Mvc
MvcMvc
Mvc
 
Construção de marca em 5 etapas
Construção de marca em 5 etapasConstrução de marca em 5 etapas
Construção de marca em 5 etapas
 
Tabela de identidades trigonometricas
Tabela de identidades trigonometricasTabela de identidades trigonometricas
Tabela de identidades trigonometricas
 
Seminario08
Seminario08Seminario08
Seminario08
 
Arquitetura do Conceito e da Forma
Arquitetura do Conceito e da FormaArquitetura do Conceito e da Forma
Arquitetura do Conceito e da Forma
 
Ching arquitetura, forma, espaço e ordem
Ching arquitetura, forma, espaço e ordemChing arquitetura, forma, espaço e ordem
Ching arquitetura, forma, espaço e ordem
 
Análise da forma na arquitetura
Análise da forma na arquiteturaAnálise da forma na arquitetura
Análise da forma na arquitetura
 
Principios ordenadores y organización l
Principios ordenadores y organización lPrincipios ordenadores y organización l
Principios ordenadores y organización l
 
Principios ordenadores ching
Principios ordenadores   chingPrincipios ordenadores   ching
Principios ordenadores ching
 

Similaire à Transformadas clark e park

120662893 fisica-para-concursos-militares
120662893 fisica-para-concursos-militares120662893 fisica-para-concursos-militares
120662893 fisica-para-concursos-militares
Creusa Nascimento
 
L mat02(estudo.com)
L mat02(estudo.com)L mat02(estudo.com)
L mat02(estudo.com)
Arthur Prata
 
2º teste 9ºb-v1_proposta-de-correção
2º teste 9ºb-v1_proposta-de-correção2º teste 9ºb-v1_proposta-de-correção
2º teste 9ºb-v1_proposta-de-correção
Conceição Lopes
 

Similaire à Transformadas clark e park (20)

www.aulaparticularonline.net.br - Física - Exercícios Resolvidos de Eletricidade
www.aulaparticularonline.net.br - Física - Exercícios Resolvidos de Eletricidadewww.aulaparticularonline.net.br - Física - Exercícios Resolvidos de Eletricidade
www.aulaparticularonline.net.br - Física - Exercícios Resolvidos de Eletricidade
 
www.AulasDeFisicaApoio.com - Física – Exercícios Complementares de Eletricidade
www.AulasDeFisicaApoio.com  - Física – Exercícios Complementares de Eletricidadewww.AulasDeFisicaApoio.com  - Física – Exercícios Complementares de Eletricidade
www.AulasDeFisicaApoio.com - Física – Exercícios Complementares de Eletricidade
 
www.AulasParticulares.Info - Física – Potencial Elétrico
www.AulasParticulares.Info - Física – Potencial Elétricowww.AulasParticulares.Info - Física – Potencial Elétrico
www.AulasParticulares.Info - Física – Potencial Elétrico
 
120662893 fisica-para-concursos-militares
120662893 fisica-para-concursos-militares120662893 fisica-para-concursos-militares
120662893 fisica-para-concursos-militares
 
2010
2010 2010
2010
 
Afa 2010
Afa 2010Afa 2010
Afa 2010
 
Notas de aula 1 cinematica mecanismos
Notas de aula 1 cinematica mecanismosNotas de aula 1 cinematica mecanismos
Notas de aula 1 cinematica mecanismos
 
Aulão meu time do coração 2016
Aulão meu time do coração 2016Aulão meu time do coração 2016
Aulão meu time do coração 2016
 
Ita2001 parte 001
Ita2001 parte 001Ita2001 parte 001
Ita2001 parte 001
 
Polarizacao e amplificacao_com_tbj
Polarizacao e amplificacao_com_tbjPolarizacao e amplificacao_com_tbj
Polarizacao e amplificacao_com_tbj
 
L mat02(estudo.com)
L mat02(estudo.com)L mat02(estudo.com)
L mat02(estudo.com)
 
2º teste 9ºb-v1_proposta-de-correção
2º teste 9ºb-v1_proposta-de-correção2º teste 9ºb-v1_proposta-de-correção
2º teste 9ºb-v1_proposta-de-correção
 
Solucionário Capitulo4 FOX
Solucionário Capitulo4 FOXSolucionário Capitulo4 FOX
Solucionário Capitulo4 FOX
 
EF PREPARAÇÃO EXAME + Resolução.docx
EF PREPARAÇÃO EXAME + Resolução.docxEF PREPARAÇÃO EXAME + Resolução.docx
EF PREPARAÇÃO EXAME + Resolução.docx
 
Graph Theory - Exercises - Chapter 3
Graph Theory - Exercises - Chapter 3Graph Theory - Exercises - Chapter 3
Graph Theory - Exercises - Chapter 3
 
108792 3107 28.07.2015 11.30.12_lista_1_algebra_linear_a1
108792 3107 28.07.2015 11.30.12_lista_1_algebra_linear_a1108792 3107 28.07.2015 11.30.12_lista_1_algebra_linear_a1
108792 3107 28.07.2015 11.30.12_lista_1_algebra_linear_a1
 
Fatec2 mat 2004
Fatec2 mat 2004Fatec2 mat 2004
Fatec2 mat 2004
 
Cap5 medição de potências
Cap5 medição de potênciasCap5 medição de potências
Cap5 medição de potências
 
Lista de exercício 1 circuitos elétricos I
Lista de exercício 1   circuitos elétricos ILista de exercício 1   circuitos elétricos I
Lista de exercício 1 circuitos elétricos I
 
8
88
8
 

Transformadas clark e park

  • 1. Prof. Kleber Lima Transformada de Clarke e Park Centro de Tecnologia Pós-Graduação em Engenharia Elétrica Aplicações de Eletrônica de Potência em Sistemas de Potência Departamento de Engenharia Elétrica
  • 2. 2 Sumário • Objetivos • Introdução • Transformada de Clarke • Vetor espacial • Transformada de Park
  • 3. 3 Objetivo • Compreensão da importância da mudança de coordenadas • Transformação de coordenadas abc para αβ • Compreensão e determinação do vetor girante • Transformação de coordenadas abc para dq
  • 4. 4 Introdução • Fasores são números complexos utilizados para representar grandezas que variam senoidalmente no tempo • Por exemplo, a fmm com distribuição aproximadamente senoidal reproduzidas por cada enrolamento do estator de uma máquina trifásica, podem ser representadas pelos vetores espaciais (fasores espaciais) • A fmm do estator é a soma no espaço das fmms de cada fase, dada por:         2 4 2 3 3 cos cos coss a b c N F i t t i t t i t t π π ω ω ω                      
  • 5. 5 Transformada de Clarke    2 cosav t V tω Seja o sistema trifásico definido pelos três fasores da Fig. 1, com equações:   2 2 3 cosbv t V t π ω         4 2 3 coscv t V t π ω       Fig. 1 ai 1N 1N 1N ci bi a c b
  • 6. 6 Transformada de Clarke      1 2 4 2 2 3 3 cos cos eq a b c N N i i t i t i tα π π                    O vetor espacial da corrente é definido a partir da projeção da fmm de cada fase nos eixos ortogonais fictícios α e β.    1 2 4 2 2 3 3 sin sin eq b c N N i i t i tβ π π                   Fig. 2 Eixo Estacionário α β ai iβ iα 1N 1N 1N ci bi eqN eqN a c b
  • 7. 7 Transformada de Clarke Após algumas simplificações, resulta nas expressões do sistema bifásico equivalente, dado por: 1 eq N k N      2 4 3 3 sin sinb ci k i t i tβ π π                   Invariância em potência 2 3 k Fig. 3       2 4 3 3 cos cosa b ci k i t i t i tα π π                    Eixo Estacionário α β ai iβ iα 1N 1N 1N ci bi eqN eqN a c b
  • 8. 8 Transformada de Clarke Após algumas simplificações, resulta nas expressões do sistema bifásico equivalente, dado por: Fig. 4 1 1 1 2 2 2 3 3 3 0 2 2 α β                               a b c i i i i i Eixo Estacionário α β ai iβ iα 1N 1N 1N ci bi eqN eqN a c bSistema a três fios implica em ausência de componente homopolar
  • 9. 9 Transformada de Clarke Fig. 5 0 1 1 1 2 2 2 2 1 1 1 3 2 2 3 3 0 2 2 α β                                             a b c i i i i i i Sistema com a presença de componente homopolar Eixo Estacionário α β ai iβ iα 1N 1N 1N ci bi eqN eqN a c b Componente homopolar
  • 10. 10 Transformada de Clarke -1.5 -1.0 -0.5 0.0 0.5 1.0 1.5 100 110 120 130 140 Tempo (ms) Tensõesa,b,c(p.u.) -1.0 -0.5 0.0 0.5 1.0 100 110 120 130 140 Tempo (ms) Tensõesoα,β(p.u.) abc Clarke vα vβ va vb vc
  • 11. 11 Vetor Girante    2 cosav t V tω   2 2 3 cosbv t V t π ω         4 2 3 coscv t V t π ω       Seja o sistema trifásico definido a partir dos três fasores mostrado na figura, com expressões dadas a seguir: Segundo KOVACS, o vetor espacial é definido por:         2 4 0 3 3 j j j a b cv t v t e v t e v t e π π     Fig. 6 Eixo Estacionário α β ai iβ iα 1N 1N 1N ci bi eqN eqN a c b
  • 12. 12 Vetor Girante Desenvolvendo...     0 2 3 4 3 2 2 2 3 4 2 3 cos cos cos j j j V t e V t e v t V t e π π ω π ω π ω                        0 2 2 23 3 3 4 4 43 3 3 2 2 2 2 2 2 j t j t j j t j t j j t j t j e e V e e e V e v t e e V e ω ω π π ω ω π π π ω ω π                                                                                 
  • 13. 13 Vetor Girante Desenvolvendo...       4 3 2 3 2 2 2 2 2 2 j t j t j t j t j t j t e e V e e V v t e e V ω ω π ω ω π ω ω                                                                      4 3 2 3 2 2 2 2 2 2 j t j t j j t j t j j t j t e e V e e e V v t e e e V ω ω π ω ω π ω ω                                                 
  • 14. 14 Vetor Girante Desenvolvendo...   2 2 4 4 3 3 2 2 2 2 3 3 2 2 cos sin cos sin j t j t j t j t j t j t e e V e e j V v t e e j V ω ω ω ω ω ω π π π π                                                                 
  • 15. 15 Vetor Girante Desenvolvendo...   2 2 1 3 2 2 2 2 1 3 2 2 2 2 j t j t j t j t j t j t e e V e e j V v t e e j V ω ω ω ω ω ω                                                                                 3 2 2 j t v t Ve ω   Vetor Girante  v t  α β θ d dt θ ω  ω Fig. 7
  • 16. 16 Vetor Girante   3 2 2 j t v t Ve ω   Vetor Girante  v t  α β θ d dt θ ω  ω  v t  θ ω aV bV cV Fig. 9 Fig. 8
  • 17. 17 Transformada de Park    2 cosav t V tω Seja o sistema trifásico definido pelos três fasores da Fig. 8, com equações:   2 2 3 cosbv t V t π ω         4 2 3 coscv t V t π ω              1 2 4 2 2 3 3 cos cos cos eq d a b c N N i i t i t i t π π θ θ θ                              1 2 4 2 2 3 3 sin sin sin eq q a b c N N i i t i t i t π π θ θ θ                        Fig. 10 Eixo Girante d ai qi di 1N 1N 1N ci bi eqN eqN a c b q θ ω θ ω  d dt
  • 18. 18 Transformada de Park EixodaFaseA Eixo da Fase c Eixo da Fase b Eixo em quadratura θ 1 eq N k N          2 4 3 3 cos cos cosd a b ci k i t i t i t π π θ θ θ                       Invariância em potência 2 3 k         2 4 3 3 sin sin sinq a b ci k i t i t i t π π θ θ θ                        Fig. 11
  • 19. 19 Transformada de Park Após algumas simplificações, o sistema bifásico em coordenadas dq, é dado por:           2 4 3 32 3 2 4 3 3 π π θ θ θ π π θ θ θ                                                                  cos cos cos sin sin sin a d b q c i t i i t i i t Fig. 12 EixodaFaseA Eixo da Fase B Eixo da Fase C Eixo em quadratura θ Sistema a três fios implica em ausência de componente homopolar
  • 20. 20 Transformada de Park Fig. 13 Fig. 14 ai 1N 1N 1N ci bi a c b Eixo Girante d qi di eqN eqN q θ ω Eixo Estacionário α β iβ iα eqN eqN θ ω  d dt
  • 21. 21 Transformada de Clarke -1.5 -1.0 -0.5 0.0 0.5 1.0 1.5 100 110 120 130 140 Tempo (ms) Tensõesa,b,c(p.u.) abc Park Tempo (ms) Tensõesd,q(p.u.) -0.2 0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2 100 110 120 130 140 vd vq va vb vc
  • 22. 22 Bibliografia 1. I. Boldea; S. A. Nasar, 2005, Electric Drives. 2nd. edition, CRC Press, New York, 544p. 2. W. Leonhard, 2001, Control of Electric Drives, 3rd. edition, Springer, New York, 470p. 3. P. C. Krause, 2002, Analysis of Electric Machinery and Drive Systems, 2nd. edition, Wiley-IEEE Press, New York, 600p. 4. P. K. Kovacs, 1984, Transiente Phenomena in Electrical Machines, Elsevier, Amsterdam, 392p.