12. Batalha de Alcântara
“… O Senhor D. António, vendo inclinar-se a
vitória à parte do inimigo, dizem que se meteu
com alguns fidalgos principais no mais perigoso
da batalha como homem que não queria mais
vida e pelejando valorosamente lhe
aconselharam os seus, pois que a vitória estava
já declarada pela parte contrária se recolhesse à
cidade, o que ele fez ferido de duas feridas ruins
na cabeça, das quais uma lhe fez um cavaleiro
luzido dos contrários, que logo ali foi morto pelos
fidalgos que o acompanhavam e a outra lhe fez
um fidalgo português dos seus mesmos, que foi
de todos bem conhecido. E por aqui se verá com
quantas traições se alcançou esta vitória contra o
Senhor D. António”
Relato de um
combatente português
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13. O estratagema do gado
Neste conflito se achava Frei Pedro, religioso de Santo
Agostinho de Angra (também os frades nesta ilha,
como em outras partes, se intrometiam nas coisas da
guerra), correndo e batalhando a cavalo com uma
espada na mão; este pois vendo o risco em que se
achavam os portugueses, aconselhou ao governador
Ciprião de Figueiredo, que lançasse grande quantidade
de gado vaccum, e o espantassem sobre o inimigo com
aguilhão e fogo dos arcabuzes, porque facilmente o
desordenariam, e serviria de reparo aos portugueses,
que atrás delire acabariam o conflito, desbaratando
totalmente o exército dos castelhanos. (…) Então um
dos seus capitães castelhanos, vendo o estratagema de
que se usava contra eles, já descorçoado, disse: — Vien
con ganado, gañados somos! Muitos se lançaram ao
mar, mas como estavam armados com armaduras de
ferro, facilmente iam ao fundo; outros, querendo largar
as armas, não o podiam fazer tão depressa que os não
matassem, sem que os barcos e batéis se pudessem
aproximar, pelo muito fogo que de terra se lhes fazia.
Escapariam a nado pouco mais de 50 soldados
castelhanos …
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16. O governo do reino (seja
desempenhado) sempre por naturais
dele e nunca por estrangeiros que
não conhecem os usos da terra. (…)
Vice-rei ou governador será
necessariamente português; o
português é a única língua oficial; o
comércio ultramarino estará sempre
em Portugal e confiado a
portugueses …
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18. A Nobreza aspirava a cargos importantes nos
territórios pertencentes ao Império de Espanha.
A Burguesia pretendia comerciar livremente no
imenso Império espanhol.
Ambas as ordens sociais tinham esperança de que a
boa administração e a força militar do rei de
Espanha ajudassem a resolver os problemas
económicos de Portugal.
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21. "Fraco de espírito,
totalmente
desinteressado dos
negócios do Estado,
verdadeira antítese do
pai, Felipe III nunca
governou por si
próprio, entregando o
poder real nas mãos
de favoritos".
Filipe II de Portugal
(III de Espanha,) 21
22. Cronologia – Ataques a territórios
portugueses no séc. XVII
Ataques de navios holandeses a navios
portugueses ao largo de Goa, na Índia.
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23. Partida da Data 29 de Julho de 1588
Armada Invencível para Inglaterra
Local Canal da Mancha
Resultado Vitória dos ingleses
Combatentes
Inglaterra Espanha e Portugal
Comandantes
Charles Howard Duque de Medina-
Francis Drake Sidonia
Forças
130 navios (22 galeões
197 embarcações (34
e 108 navios
navios de guerra e 163
mercantes)
navios mercantes)
30 000 homens
Baixas
600 mortos
397 capturados
500 mortos ou feridos 1000 feridos
3 navios mercantes
afundados
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25. Revolta do Manuelinho
Senhor, vosso
Portugal de vossos
pais estimado, hoje,
em miséria fatal,
está pobre e
lastimoso, e o
governo rigoroso,
que tanto o tem
perseguido, lhe
nega, sendo
ofendido, o alivio
de ser queixoso.
Manuelinho
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26. Filipe III de Portugal
(IV de Espanha,)
“ Rompeu-se o
pacto com a
nação
portuguesa."
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