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Psicofarmacologia
Joanes Antonio Ferreira de Jesus
Psicofarmacologia
 A Farmacodinâmica é o campo da
farmacologia que estuda os efeitos
fisiológicos dos fármacos nos
organismos, seus mecanismos de
ação e a relação entre concentração
do fármaco e efeito. De forma
simplificada, podemos considerar
farmacodinâmica como o estudo do
efeito da droga nos tecidos
Farmacodinâmica é o
que a droga faz no
organismo
Farmacodinâmica
 A farmacodinâmica descreve uma infinidade
de modos pelos quais as substâncias
afetam o corpo. Depois de terem sido
engolidos, injetados ou absorvidos através
da pele, quase todos os medicamentos
entram na corrente sangüínea, circulam
pelo corpo e interagem com diversos
locais-alvo. A interação com o local-alvo
comumente produz o efeito terapêutico
desejado, enquanto a interação com outras
células, tecidos ou órgãos pode resultar em
efeitos colaterais (reações medicamentosas
adversas
Farmacodinâmica
 Mas dependendo de suas
propriedades ou da via de
administração, um medicamento
pode atuar apenas em uma área
específica do corpo (por exemplo, a
ação dos antiácidos fica em grande
parte confinada ao estômago).
Farmacodinâmica
 A interação com o local-alvo
comumente produz o efeito
terapêutico desejado, enquanto a
interação com outras células, tecidos
ou órgãos pode resultar em efeitos
colaterais (reações medicamentosas
adversas
Seletividade da Ação dos
Medicamentos
 Alguns medicamentos são relativamente
não seletivos, atuando em muitos tecidos
ou órgãos diferentes. Exemplificando, a
atropina, uma substância administrada com
o objetivo de relaxar os músculos no trato
gastrointestinal, também pode relaxar os
músculos do olho e do trato respiratório,
além de diminuir a secreção das glândulas
sudoríparas e mucosas. Outros
medicamentos são altamente seletivos e
afetam principalmente um órgão ou
sistema isolado.
Um Encaixe Perfeito
 Um receptor de superfície celular tem
uma configuração que permite a uma
substância química específica, por
exemplo um medicamento, hormônio
ou neurotransmissor, se ligar ao
receptor, porque a substância tem
uma configuração que se encaixa
perfeitamente ao receptor.
Um Encaixe Perfeito
 Exemplificando, a digital, uma droga administrada a
pessoas com insuficiência cardíaca, atua
principalmente no coração para aumentar sua
eficiência de bombeamento. Drogas soníferas se
direcionam a certas células nervosas do cérebro.
Drogas antiinflamatórias não-esteróides como a
aspirina e o ibuprofen são relativamente seletivas,
porque atuam em qualquer local onde esteja
ocorrendo inflamação. Como as drogas sabem onde
exercer seus efeitos? A resposta está em como elas
interagem com as células ou com substâncias como
as enzimas.
Receptores
 Muitas drogas aderem (se ligam) às células
por meio de receptores existentes na
superfície celular. A maioria das células
possui muitos receptores de superfície, o
que permite que a atividade celular seja
influenciada por substâncias químicas como
os medicamentos ou hormônios localizados
fora da célula.
Receptores
 O receptor tem uma configuração específica,
permitindo que somente uma droga que se encaixe
perfeitamente possa ligarse a ele – como uma chave
que se encaixa em uma fechadura. Freqüentemente a
seletividade da droga pode ser explicada por quão
seletivamente ela se fixa aos receptores. Algumas
drogas se fixam a apenas um tipo de receptor; outras
são como chaves-mestras e podem ligar-se a diversos
tipos de receptores por todo o corpo. Provavelmente a
natureza não criou os receptores para que, algum dia,
os medicamentos pudessem ser capazes de ligar-se a
eles.
Receptores
 Os receptores têm finalidades naturais
(fisiológicas) mas os medicamentos tiram
vantagem dos receptores. Exemplificando,
morfina e drogas analgésicas afins ligam-se
aos mesmos receptores no cérebro
utilizados pelas endorfinas (substâncias
químicas naturalmente produzidas que
alteram a percepção e as reações
sensitivas). Uma classe de drogas
chamadas agonistas ativa ou estimula seus
receptores, disparando uma resposta que
aumenta ou diminui a função celular
Receptores
 Outra classe de drogas, chamadas antagonistas,
bloqueia o acesso ou a ligação dos agonistas a seus
receptores. Os antagonistas são utilizados
principalmente no bloqueio ou diminuição das
respostas celulares aos agonistas (comumente
neurotransmissores) normalmente presentes no
corpo. Exemplificando, o antagonista de receptores
colinérgicos ipratrópio bloqueia o efeito
broncoconstritor da acetilcolina, o transmissor natural
dos impulsos nervosos colinérgicos. Os agonistas e os
antagonistas são utilizados como abordagens
diferentes, mas complementares, no tratamento da
asma.
Receptores
 Os antagonistas são mais efetivos quando a
concentração local de um agonista está
alta. Esses agentes operam de forma muito
parecida à de uma barreira policial em uma
auto-estrada. Um número maior de
veículos é parado pela barreira na hora do
“rush” que às 3 horas da madrugada. Do
mesmo modo, beta-bloqueadores em doses
que têm pouco efeito na função cardíaca
normal podem proteger o coração contra
elevações súbitas dos hormônios do
estresse.
Enzimas
 Além dos receptores celulares, outros alvos importantes
para a ação dos medicamentos são as enzimas, que
ajudam no transporte de substâncias químicas vitais,
regulam a velocidade das reações químicas ou se
prestam a outras funções de transporte, reguladoras ou
estruturais.
 Enquanto as drogas que se direcionam para os
receptores são classificadas como agonistas ou
antagonistas, as drogas direcionadas para as enzimas
são classificadas como inibidoras ou ativadoras
(indutoras).
 Exemplificando, a droga lovastatina, utilizada no
tratamento de algumas pessoas que têm níveis
sangüíneos elevados de colesterol, inibe a enzima HMG-
CoA redutase, fundamental na produção de colesterol
pelo corpo
Psicofarmacologia
 Farmacocinética é o caminho que o
medicamento faz no organismo. Não se
trata do estudo do seu mecanismo de ação,
mas sim as etapas que a droga sofre desde
a administração até a excreção, que são:
absorção, distribuição, biotransformação e
excreção. Note também que uma vez que
se introduza a droga no organismo, essas
etapas ocorrem de forma simultânea sendo
essa divisão apenas de caráter didático.
Receptores e enzimas
 Quase todas as interações entre drogas e
receptores ou entre drogas e enzimas são
reversíveis – depois de certo tempo a droga
“se solta” e o receptor ou enzima reassume
sua função normal. Às vezes uma interação
é em grande parte irreversível (como
ocorre com omeprazol, uma droga que
inibe uma enzima envolvida na secreção do
ácido gástrico), e o efeito da droga persiste
até que o corpo manufature mais enzimas.
Afinidade e Atividade Intrínseca
 Duas propriedades importantes para
a ação de uma droga são a afinidade
e a atividade intrínseca. A afinidade é
a atração mútua ou a força da ligação
entre uma droga e seu alvo, seja um
receptor ou enzima. A atividade
intrínseca é uma medida da
capacidade da droga em produzir um
efeito farmacológico quando ligada ao
seu receptor.
Afinidade e Atividade Intrínseca
 Medicamentos que ativam receptores (agonistas)
possuem as duas propriedades; devem ligarse
efetivamente (ter afinidade) aos seus receptores, e o
complexo droga-receptor deve ser capaz de produzir
uma resposta no sistema-alvo (ter atividade
intrínseca). Por outro lado, drogas que bloqueiam
receptores (antagonistas) ligam-se efetivamente (têm
afinidade com os receptores), mas têm pouca ou
nenhuma atividade intrínseca – sua função consiste
em impedir a interação das moléculas agonistas com
seus receptores.
 topo
Potência
 A potência refere-se à quantidade de medicamento
(comumente expressa em miligramas) necessária
para produzir um efeito, como o alívio da dor ou a
redução da pressão sangüínea. Exemplificando, se 5
miligramas da droga B alivia a dor com a mesma
eficiência que 10 miligramas da droga A, então a
droga B é duas vezes mais potente que a droga A.
Maior potência não significa necessariamente que
uma droga é melhor que a outra. Os médicos levam
em consideração muitos fatores ao julgar os méritos
relativos dos medicamentos, como seu perfil de
efeitos colaterais, toxicidade potencial, duração da
eficácia (e, conseqüentemente, número de doses
necessárias a cada dia) e custo.
Eficácia
 A eficácia refere-se à resposta terapêutica
máxima potencial que um medicamento
pode produzir. Exemplificando, o diurético
furosemida elimina muito mais sal e água
por meio da urina, que o diurético
clorotiazida. Assim, furosemida tem maior
eficiência, ou eficácia terapêutica, que a
clorotiazida. Da mesma forma que no caso
da potência, a eficácia é apenas um dos
fatores considerados pelos médicos ao
selecionar o medicamento mais apropriado
para determinado paciente.
Tolerância
 A administração repetida ou prolongada de
alguns medicamentos resulta em tolerância
– uma resposta farmacológica diminuída.
Tolerância ocorre quando o corpo adapta-se
à contínua presença da droga. Comumente,
são dois os mecanismos responsáveis pela
tolerância: (1) o metabolismo da droga é
acelerado (mais freqüentemente porque
aumenta a atividade das enzimas que
metabolizam os medicamentos no fígado) e
(2) diminui o número de receptores ou sua
afinidade pelo medicamento.
Resistencia
 O termo resistência é utilizado para
descrever a situação em que uma
pessoa não mais responde
satisfatoriamente a um medicamento
antibiótico, antiviral ou
quimioterápico para o câncer.
Dependendo do grau de tolerância ou
resistência ocorrente, o médico pode
aumentar a dose ou selecionar um
medicamento alternativo.
Planejamento e Desenvolvimento
 Muitos dos medicamentos em uso corrente foram
descobertos por pesquisas experimentais e pela
observação em animais e seres humanos. As
abordagens mais recentes ao desenvolvimento de um
medicamento baseiam-se na determinação das
alterações bioquímicas e celulares anormais causadas
pela doença e no planejamento de compostos que
possam impedir ou corrigir especificamente essas
anormalidades. Quando um novo composto mostra-se
promissor, comumente ele é modificado muitas vezes
para otimizar sua seletividade, potência, afinidade
pelos receptores e eficácia terapêutica
Planejamento e Desenvolvimento
 Também são considerados outros fatores
ao longo do desenvolvimento dos
medicamentos, como se o composto é
absorvido pela parede intestinal e se é
estável nos tecidos e líquidos do corpo.
Idealmente, o medicamento deve ser
efetivo ao ser tomado por via oral (para a
conveniência da auto-administração), bem
absorvido pelo trato gastrointestinal e
razoavelmente estável nos tecidos e
líquidos do corpo, de modo que uma dose
por dia seja adequada.
Planejamento e Desenvolvimento
 O medicamento deve ser altamente seletivo
para seu local-alvo, de modo que tenha
pouco ou nenhum efeito nos outros
sistemas do organismo (efeitos colaterais
mínimos ou ausentes). Além disso, o
medicamento deve ter potência e eficácia
terapêutica em alto grau para que seja
efetivo em baixas doses, mesmo nos
transtornos de difícil tratamento. Não
existe o remédio que seja perfeitamente
efetivo e completamente seguro
Planejamento e Desenvolvimento
 Portanto, os médicos avaliam os benefícios
e riscos potenciais dos medicamentos em
cada situação terapêutica que exija
tratamento com medicamento de receita
obrigatória. Mas às vezes alguns
transtornos são tratados sem a supervisão
de um médico; por exemplo, pessoas
fazem autotratamento com medicamentos
de venda livre para pequenas dores,
insônia, tosses e resfriados. Nesses casos,
essas pessoas devem ler a bula fornecida
com o medicamento, seguindo
explicitamente as orientações para seu uso.
Farmacocinética é o
que organismo faz
com a droga.

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Psicofarmacologia: Receptores, Enzimas e Mecanismos de Ação

  • 2.
  • 3. Psicofarmacologia  A Farmacodinâmica é o campo da farmacologia que estuda os efeitos fisiológicos dos fármacos nos organismos, seus mecanismos de ação e a relação entre concentração do fármaco e efeito. De forma simplificada, podemos considerar farmacodinâmica como o estudo do efeito da droga nos tecidos
  • 4. Farmacodinâmica é o que a droga faz no organismo
  • 5.
  • 6. Farmacodinâmica  A farmacodinâmica descreve uma infinidade de modos pelos quais as substâncias afetam o corpo. Depois de terem sido engolidos, injetados ou absorvidos através da pele, quase todos os medicamentos entram na corrente sangüínea, circulam pelo corpo e interagem com diversos locais-alvo. A interação com o local-alvo comumente produz o efeito terapêutico desejado, enquanto a interação com outras células, tecidos ou órgãos pode resultar em efeitos colaterais (reações medicamentosas adversas
  • 7. Farmacodinâmica  Mas dependendo de suas propriedades ou da via de administração, um medicamento pode atuar apenas em uma área específica do corpo (por exemplo, a ação dos antiácidos fica em grande parte confinada ao estômago).
  • 8. Farmacodinâmica  A interação com o local-alvo comumente produz o efeito terapêutico desejado, enquanto a interação com outras células, tecidos ou órgãos pode resultar em efeitos colaterais (reações medicamentosas adversas
  • 9. Seletividade da Ação dos Medicamentos  Alguns medicamentos são relativamente não seletivos, atuando em muitos tecidos ou órgãos diferentes. Exemplificando, a atropina, uma substância administrada com o objetivo de relaxar os músculos no trato gastrointestinal, também pode relaxar os músculos do olho e do trato respiratório, além de diminuir a secreção das glândulas sudoríparas e mucosas. Outros medicamentos são altamente seletivos e afetam principalmente um órgão ou sistema isolado.
  • 10. Um Encaixe Perfeito  Um receptor de superfície celular tem uma configuração que permite a uma substância química específica, por exemplo um medicamento, hormônio ou neurotransmissor, se ligar ao receptor, porque a substância tem uma configuração que se encaixa perfeitamente ao receptor.
  • 11.
  • 12. Um Encaixe Perfeito  Exemplificando, a digital, uma droga administrada a pessoas com insuficiência cardíaca, atua principalmente no coração para aumentar sua eficiência de bombeamento. Drogas soníferas se direcionam a certas células nervosas do cérebro. Drogas antiinflamatórias não-esteróides como a aspirina e o ibuprofen são relativamente seletivas, porque atuam em qualquer local onde esteja ocorrendo inflamação. Como as drogas sabem onde exercer seus efeitos? A resposta está em como elas interagem com as células ou com substâncias como as enzimas.
  • 13. Receptores  Muitas drogas aderem (se ligam) às células por meio de receptores existentes na superfície celular. A maioria das células possui muitos receptores de superfície, o que permite que a atividade celular seja influenciada por substâncias químicas como os medicamentos ou hormônios localizados fora da célula.
  • 14. Receptores  O receptor tem uma configuração específica, permitindo que somente uma droga que se encaixe perfeitamente possa ligarse a ele – como uma chave que se encaixa em uma fechadura. Freqüentemente a seletividade da droga pode ser explicada por quão seletivamente ela se fixa aos receptores. Algumas drogas se fixam a apenas um tipo de receptor; outras são como chaves-mestras e podem ligar-se a diversos tipos de receptores por todo o corpo. Provavelmente a natureza não criou os receptores para que, algum dia, os medicamentos pudessem ser capazes de ligar-se a eles.
  • 15. Receptores  Os receptores têm finalidades naturais (fisiológicas) mas os medicamentos tiram vantagem dos receptores. Exemplificando, morfina e drogas analgésicas afins ligam-se aos mesmos receptores no cérebro utilizados pelas endorfinas (substâncias químicas naturalmente produzidas que alteram a percepção e as reações sensitivas). Uma classe de drogas chamadas agonistas ativa ou estimula seus receptores, disparando uma resposta que aumenta ou diminui a função celular
  • 16. Receptores  Outra classe de drogas, chamadas antagonistas, bloqueia o acesso ou a ligação dos agonistas a seus receptores. Os antagonistas são utilizados principalmente no bloqueio ou diminuição das respostas celulares aos agonistas (comumente neurotransmissores) normalmente presentes no corpo. Exemplificando, o antagonista de receptores colinérgicos ipratrópio bloqueia o efeito broncoconstritor da acetilcolina, o transmissor natural dos impulsos nervosos colinérgicos. Os agonistas e os antagonistas são utilizados como abordagens diferentes, mas complementares, no tratamento da asma.
  • 17. Receptores  Os antagonistas são mais efetivos quando a concentração local de um agonista está alta. Esses agentes operam de forma muito parecida à de uma barreira policial em uma auto-estrada. Um número maior de veículos é parado pela barreira na hora do “rush” que às 3 horas da madrugada. Do mesmo modo, beta-bloqueadores em doses que têm pouco efeito na função cardíaca normal podem proteger o coração contra elevações súbitas dos hormônios do estresse.
  • 18. Enzimas  Além dos receptores celulares, outros alvos importantes para a ação dos medicamentos são as enzimas, que ajudam no transporte de substâncias químicas vitais, regulam a velocidade das reações químicas ou se prestam a outras funções de transporte, reguladoras ou estruturais.  Enquanto as drogas que se direcionam para os receptores são classificadas como agonistas ou antagonistas, as drogas direcionadas para as enzimas são classificadas como inibidoras ou ativadoras (indutoras).  Exemplificando, a droga lovastatina, utilizada no tratamento de algumas pessoas que têm níveis sangüíneos elevados de colesterol, inibe a enzima HMG- CoA redutase, fundamental na produção de colesterol pelo corpo
  • 19. Psicofarmacologia  Farmacocinética é o caminho que o medicamento faz no organismo. Não se trata do estudo do seu mecanismo de ação, mas sim as etapas que a droga sofre desde a administração até a excreção, que são: absorção, distribuição, biotransformação e excreção. Note também que uma vez que se introduza a droga no organismo, essas etapas ocorrem de forma simultânea sendo essa divisão apenas de caráter didático.
  • 20. Receptores e enzimas  Quase todas as interações entre drogas e receptores ou entre drogas e enzimas são reversíveis – depois de certo tempo a droga “se solta” e o receptor ou enzima reassume sua função normal. Às vezes uma interação é em grande parte irreversível (como ocorre com omeprazol, uma droga que inibe uma enzima envolvida na secreção do ácido gástrico), e o efeito da droga persiste até que o corpo manufature mais enzimas.
  • 21. Afinidade e Atividade Intrínseca  Duas propriedades importantes para a ação de uma droga são a afinidade e a atividade intrínseca. A afinidade é a atração mútua ou a força da ligação entre uma droga e seu alvo, seja um receptor ou enzima. A atividade intrínseca é uma medida da capacidade da droga em produzir um efeito farmacológico quando ligada ao seu receptor.
  • 22. Afinidade e Atividade Intrínseca  Medicamentos que ativam receptores (agonistas) possuem as duas propriedades; devem ligarse efetivamente (ter afinidade) aos seus receptores, e o complexo droga-receptor deve ser capaz de produzir uma resposta no sistema-alvo (ter atividade intrínseca). Por outro lado, drogas que bloqueiam receptores (antagonistas) ligam-se efetivamente (têm afinidade com os receptores), mas têm pouca ou nenhuma atividade intrínseca – sua função consiste em impedir a interação das moléculas agonistas com seus receptores.  topo
  • 23. Potência  A potência refere-se à quantidade de medicamento (comumente expressa em miligramas) necessária para produzir um efeito, como o alívio da dor ou a redução da pressão sangüínea. Exemplificando, se 5 miligramas da droga B alivia a dor com a mesma eficiência que 10 miligramas da droga A, então a droga B é duas vezes mais potente que a droga A. Maior potência não significa necessariamente que uma droga é melhor que a outra. Os médicos levam em consideração muitos fatores ao julgar os méritos relativos dos medicamentos, como seu perfil de efeitos colaterais, toxicidade potencial, duração da eficácia (e, conseqüentemente, número de doses necessárias a cada dia) e custo.
  • 24. Eficácia  A eficácia refere-se à resposta terapêutica máxima potencial que um medicamento pode produzir. Exemplificando, o diurético furosemida elimina muito mais sal e água por meio da urina, que o diurético clorotiazida. Assim, furosemida tem maior eficiência, ou eficácia terapêutica, que a clorotiazida. Da mesma forma que no caso da potência, a eficácia é apenas um dos fatores considerados pelos médicos ao selecionar o medicamento mais apropriado para determinado paciente.
  • 25. Tolerância  A administração repetida ou prolongada de alguns medicamentos resulta em tolerância – uma resposta farmacológica diminuída. Tolerância ocorre quando o corpo adapta-se à contínua presença da droga. Comumente, são dois os mecanismos responsáveis pela tolerância: (1) o metabolismo da droga é acelerado (mais freqüentemente porque aumenta a atividade das enzimas que metabolizam os medicamentos no fígado) e (2) diminui o número de receptores ou sua afinidade pelo medicamento.
  • 26. Resistencia  O termo resistência é utilizado para descrever a situação em que uma pessoa não mais responde satisfatoriamente a um medicamento antibiótico, antiviral ou quimioterápico para o câncer. Dependendo do grau de tolerância ou resistência ocorrente, o médico pode aumentar a dose ou selecionar um medicamento alternativo.
  • 27. Planejamento e Desenvolvimento  Muitos dos medicamentos em uso corrente foram descobertos por pesquisas experimentais e pela observação em animais e seres humanos. As abordagens mais recentes ao desenvolvimento de um medicamento baseiam-se na determinação das alterações bioquímicas e celulares anormais causadas pela doença e no planejamento de compostos que possam impedir ou corrigir especificamente essas anormalidades. Quando um novo composto mostra-se promissor, comumente ele é modificado muitas vezes para otimizar sua seletividade, potência, afinidade pelos receptores e eficácia terapêutica
  • 28. Planejamento e Desenvolvimento  Também são considerados outros fatores ao longo do desenvolvimento dos medicamentos, como se o composto é absorvido pela parede intestinal e se é estável nos tecidos e líquidos do corpo. Idealmente, o medicamento deve ser efetivo ao ser tomado por via oral (para a conveniência da auto-administração), bem absorvido pelo trato gastrointestinal e razoavelmente estável nos tecidos e líquidos do corpo, de modo que uma dose por dia seja adequada.
  • 29. Planejamento e Desenvolvimento  O medicamento deve ser altamente seletivo para seu local-alvo, de modo que tenha pouco ou nenhum efeito nos outros sistemas do organismo (efeitos colaterais mínimos ou ausentes). Além disso, o medicamento deve ter potência e eficácia terapêutica em alto grau para que seja efetivo em baixas doses, mesmo nos transtornos de difícil tratamento. Não existe o remédio que seja perfeitamente efetivo e completamente seguro
  • 30. Planejamento e Desenvolvimento  Portanto, os médicos avaliam os benefícios e riscos potenciais dos medicamentos em cada situação terapêutica que exija tratamento com medicamento de receita obrigatória. Mas às vezes alguns transtornos são tratados sem a supervisão de um médico; por exemplo, pessoas fazem autotratamento com medicamentos de venda livre para pequenas dores, insônia, tosses e resfriados. Nesses casos, essas pessoas devem ler a bula fornecida com o medicamento, seguindo explicitamente as orientações para seu uso.
  • 31. Farmacocinética é o que organismo faz com a droga.