O documento discute o cyberbullying, uma forma de bullying que ocorre online através de mensagens e imagens depreciativas que se espalham rapidamente na internet e nos telefones celulares, causando sofrimento constante para as vítimas, que se sentem acuadas mesmo fora da escola. O anonimato online torna difícil identificar os agressores, aumentando a sensação de impotência das vítimas.
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Cyberbullying
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a internet e no telemóvel, mensagens com imagens e comentários
depreciativos alastram-se rapidamente e tornam o bullying ainda
mais perverso. Como o espaço virtual é ilimitado, o poder de
agressão amplia-se e a vítima sente-se acuada mesmo fora da escola. E o que é pior:
muitas vezes, não sabe de quem se defender.
Todas as pessoas que convivem com crianças e jovens sabem como eles são
capazes de praticar pequenas e grandes manipulações. Troçam uns dos outros, criam
os apelidos mais estranhos, reparam nas mínimas "imperfeições" - e não perdoam
nada. Na escola, isso é bastante comum. Implicância, discriminação e agressões
verbais e físicas são muito mais frequentes do que o desejado. Esse comportamento
não é novo, mas a maneira como pesquisadores, médicos e professores o encaram
está a mudar.
Há cerca de 15 anos, essas provocações passaram a ser vistas como uma
forma de violência e ganharam o nome: bullying (palavra do inglês que pode ser
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Cyberbullying é uma variante de bullying, através das novas tecnologias.
Cyberbullying António Pinheiro e João Santos Página1
2. traduzida como "intimidar" ou "amedrontar"). A sua principal característica é que a
agressão (física, verbal ou material) é sempre intencional e repetida várias vezes sem
uma motivação específica. Mais recentemente, a tecnologia deu nova cara ao
problema. E-mails ameaçadores, mensagens negativas em sites de relacionamento
com fotos e textos constrangedores para a vítima foram batizados por cyberbulying.
No espaço virtual, as agressões verbais e as provocações estão
permanentemente a atormentar as vítimas. Antes, o constrangimento ficava restrito
aos momentos de convívio dentro da escola. Agora é o tempo todo.
Os jovens utilizam cada vez mais ferramentas de internet e de troca de
mensagens via telemóvel - e muitas vezes expõem-se mais do que devem.
A tecnologia permite que, em alguns casos, seja muito difícil identificar o(s)
agressor(es), o que aumenta a sensação de impotência.
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