Este relatório descreve líquenes, organismos formados por uma simbiose entre fungos e algas. Os líquenes crescem lentamente e são encontrados em todo o mundo, sendo organismos resistentes que colonizam novos ambientes. O relatório detalha a estrutura, reprodução e tipos de líquenes, e descreve os procedimentos e resultados de observações microscópicas que confirmam a natureza simbiótica dos líquenes.
1. Relatório II
Líquenes.
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Ensino básico, 7ºano de escolaridade, Escola Secundária Augusto Gomes, ESAG
Matosinhos
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Disciplina de Ciências Naturais
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joaosantos7a.esag@gmail.com
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João Pedro Santos Turma:7ºA Nº:19
Introdução:
A maioria dos organismos vivos depende, directa ou indirectamente, da energia solar,
da água e dos nutrientes para a sua sobrevivência, crescimento e reprodução. A distribuição
dos seres vivos que habitam as zonas da Terra acima do nível médio da água do mar é,
essencialmente, influenciada pela variação anual da temperatura e precipitação.
Os seres vivos que vivem numa determinada área, o meio envolvente e a
interdependência que estes estabelecem entre si e entre eles e esse meio constitui um
ecossistema.
Os seres vivos estão organizados em 5 reinos: o Reino Animal, o Reino das Plantas, o
Reino Protista, o Reino Monera e o Reino dos Fungos.
O Reino Animal é um grupo de organismos pluricelulares, geralmente com locomoção,
que se alimentam de plantas e/ou animais e fungos.
O Reino das Plantas é um grupo de organismos pluricelulares, com clorofila
(substância química que, geralmente, dá cor verde às plantas e que é essencial para estas
fabricarem os seus alimentos), que produzem os seus próprios alimentos.
O Reino Protista divide-se em: algas (grupo de organismos unicelulares e pluricelulares
com clorofila, mas com uma estrutura muito simples) e protozoários (grupo de organismos
unicelulares sem clorofila).
O Reino Monera é um grupo de organismos unicelulares, muito simples, sem um
verdadeiro núcleo (bactérias).
O Reino do Fungos é um grupo de organismos que, por não terem clorofila, absorvem
substâncias alimentares da matéria viva ou em decomposição.
2. Os líquenes constituem um caso especial, pois são, não um só organismo, mas dois
organismos distintos, um fungo e uma alga, formando uma simbiose. A relação é tão estreita
que os seres vivos envolvidos não podem viver separadamente.
Funcionamento:
Cada um dos organismos do líquen desempenha funções especiais. Assim, a alga,
graças à sua clorofila, é capaz de absorver a energia da luz solar e sintetizar açúcares,
enquanto o fungo absorve do solo a água com as substâncias nela dissolvidas e, além disso,
protege a alga das condições adversas do meio ambiente. Esta última relação situa os líquenes
entre os organismos mais resistentes.
Fig.1- Líquenes, simbiose entre uma alga e
um fungo.
Reprodução:
Os Líquenes apresentam dois tipos principais de
reprodução: uma independente para cada uma dos simbiontes (organismo que vive em
simbiose) e outra comum a ambos. Neste último caso, a reprodução é sempre vegetativa.
Quando se encontram dentro do talo do líquen, as algas reproduzem-se quase sempre por
divisão simples. Por vezes, quando as células isoladas da alga encontram hifas (cada um dos
filamentos do talo dos fungos) do fungo simbionte, é possível a reprodução de um novo líquen.
Os líquenes crescem muito lentamente, em certos casos no sentido horizontal, noutros
no sentido vertical.
Fig.2- Líquen Rhizocarpon
(com Tipos de Líquenes: fortemente à
os seus talos aderindo
rocha que lhe serve de substrato
3. Os líquenes distribuem-se por todo o planeta e em todo o tipo de ambientes, desde as
rochas nuas das ilhas oceânicas aos troncos húmidos das florestas. São os primeiros
organismos a colonizar um novo meio ambiente pelo que são designados plantas pioneiras.
Este é um dos aspectos mais importantes destes organismos vegetais, pois a sua acção neste
meio cria condições para que mais tarde possam desenvolver-se plantas mais evoluídas.
Outra característica dos líquenes é a sua sensibilidade à poluição atmosférica. Cada
espécie tolera limites muito próximos de substâncias poluentes, pelo que a sua presença ou
ausência, permite deduzir com precisão a quantidade e o tipo de produtos que se encontram
na atmosfera.
Material e Procedimento:
Microscópio Óptico;
Lupa Binocular;
Lâminas e Lamelas;
Placas de Petri;
Bisturi;
Agulhas de Dissecação;
Frasco Lavador;
Papel de Limpeza;
Água;
Líquenes:
Crustáceo;
Fruticuloso;
Foliáceo.
1. Primeiro, observei com a lupa binocular, os líquenes e tentei verificar a forma
como se fixam ao substrato;
2. Posteriormente, efectuei cortes finos, com o bisturi, dos talos dos vários
líquenes de forma a abranger a totalidade das estruturas;
3. De seguida, coloquei cortes sobre a lâmina distintas, e adicionei água como
meio de montagem e dissocia o material biológico com as agulhas de
dissecção;
4. 4. Para finalizar, coloquei as lamelas sobre o material dissociado e observei ao
Microscópio Óptico nas várias ampliações (também levantei a lamela e
dissociei mais o material biológico.
Resultados:
O aspecto que apresenta os líquenes, é variável e pode resumir-se a três tipos
principais: crustáceo, fruticuloso, foliáceo.
Fig.3- Diferentes tipos de Líquenes
Discussão:
A observação do líquen ao microscópico permite verificar que os
diferentes líquenes constituem hifas fúngicas, algas, córtex superior e
camada algal. Podemos então afirmar que os líquenes são associações
entre dois seres vivo, algas e fungos.
5. Referências Bibliográficas:
- Do microscópio á célula, Técnicas Laboratoriais de Biologia Bloco 1,
Areal Ed. 1996.
- Silva, Maria Amélia e outros, Biolab, Técnicas Laboratoriais de
Biologia Bloco 1, Universitária Ed. 1999.
-No laboratório, Técnicas Laboratoriais de Biologia Bloco 1, Areal Ed.
1996.
Novo descobrir a Terra7_ciências físicas e naturais | terceiro ciclo do
ensino básico;
Ciências da Natureza – 5ºano;
Grande Enciclopédia das Ciências (1997);
Google Imagens;
Ficha dos Fungos e dos Líquenes.