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Sequência Didática - Profª Jociane Araujo Peres da Luz. CRÔNICA ,[object Object]
Instigar/questionar a letra da música (sobre o que se trata?, em que tempo passa?, o que você sentiu quando escutou-a?, quem são as personagens da música?, etc).
Tomar conhecimento do cotidiano do aluno: o que eles fazem no dia-a-dia?, com quem?, com que freqüência?, como ele é na comunidade? (esta parte deve ser primeira de forma oral e depois, por escrito).
Conceituar o gênero estudado: Leitura oral pelo professor de uma crônica: “A última crônica”, de Fernando Sabino; “Pelada”, de ....; “A arte de ser avó”, de Raquel de Queiroz. Leitura silenciosa individual pelo aluno da mesma crônica contada pelo professor. Professor e aluno devem verificar as marcas do gênero estudado: foco narrativo, tempo verbal, linguagem, tom da narrativa, etc. ,[object Object]
Expor o que foi pesquisado.
Escrever coletivamente o que foi pesquisado e exposto.
Produzir individualmente o que foi exposto conforme o gênero estudado.
Reescrever o texto.,[object Object]
Cidadão Zé Ramalho Composição: Lucio Barbosa  Tá vendo aquele edifício moçoAjudei a levantarFoi um tempo de afliçãoEram quatro conduçãoDuas prá ir, duas prá voltarHoje depois dele prontoOlho prá cima e fico tontoMas me vem um cidadãoE me diz desconfiado"Tu tá aí admirado?Ou tá querendo roubar?"Meu domingo tá perdidoVou prá casa entristecidoDá vontade de beberE prá aumentar meu tédioEu nem posso olhar pro prédioQue eu ajudei a fazer... Tá vendo aquele colégio moçoEu também trabalhei láLá eu quase me arrebentoFiz a massa, pus cimentoAjudei a rebocarMinha filha inocenteVem prá mim toda contente"Pai vou me matricular"Mas me diz um cidadão:"Criança de pé no chãoAqui não pode estudar"Essa dor doeu mais fortePor que é que eu deixei o norteEu me pus a me dizerLá a seca castigavaMas o pouco que eu plantavaTinha direito a comer... Tá vendo aquela igreja moçoOnde o padre diz amémPus o sino e o badaloEnchi minha mão de caloLá eu trabalhei tambémLá foi que valeu a penaTem quermesse, tem novenaE o padre me deixa entrarFoi lá que Cristo me disse:"Rapaz deixe de toliceNão se deixe amedrontarFui eu quem criou a terraEnchi o rio, fiz a serraNão deixei nada faltarHoje o homem criou asaE na maioria das casasEu também não posso entrarFui eu quem criou a terraEnchi o rio, fiz a serraNão deixei nada faltarHoje o homem criou asasE na maioria das casasEu também não posso entrar" Hié! Hié! Hié! Hié!Hié! Oh! Oh! Oh!
Construção Chico Buarque Composição: Chico Buarque Amou daquela vez como se fosse a últimaBeijou sua mulher como se fosse a últimaE cada filho seu como se fosse o únicoE atravessou a rua com seu passo tímidoSubiu a construção como se fosse máquinaErgueu no patamar quatro paredes sólidasTijolo com tijolo num desenho mágicoSeus olhos embotados de cimento e lágrimaSentou pra descansar como se fosse sábadoComeu feijão com arroz como se fosse um príncipeBebeu e soluçou como se fosse um náufragoDançou e gargalhou como se ouvisse músicaE tropeçou no céu como se fosse um bêbadoE flutuou no ar como se fosse um pássaroE se acabou no chão feito um pacote flácidoAgonizou no meio do passeio públicoMorreu na contramão atrapalhando o tráfego Amou daquela vez como se fosse o últimoBeijou sua mulher como se fosse a únicaE cada filho seu como se fosse o pródigoE atravessou a rua com seu passo bêbadoSubiu a construção como se fosse sólidoErgueu no patamar quatro paredes mágicasTijolo com tijolo num desenho lógicoSeus olhos embotados de cimento e tráfegoSentou pra descansar como se fosse um príncipeComeu feijão com arroz como se fosse o máximoBebeu e soluçou como se fosse máquinaDançou e gargalhou como se fosse o próximoE tropeçou no céu como se ouvisse músicaE flutuou no ar como se fosse sábadoE se acabou no chão feito um pacote tímidoAgonizou no meio do passeio náufragoMorreu na contramão atrapalhando o público Amou daquela vez como se fosse máquinaBeijou sua mulher como se fosse lógicoErgueu no patamar quatro paredes flácidasSentou pra descansar como se fosse um pássaroE flutuou no ar como se fosse um príncipeE se acabou no chão feito um pacote bêbadoMorreu na contra-mão atrapalhando o sábado Por esse pão pra comer, por esse chão prá dormirA certidão pra nascer e a concessão pra sorrirPor me deixar respirar, por me deixar existir,Deus lhe paguePela cachaça de graça que a gente tem que engolirPela fumaça e a desgraça, que a gente tem que tossirPelos andaimes pingentes que a gente tem que cair,Deus lhe paguePela mulher carpideira pra nos louvar e cuspirE pelas moscas bicheiras a nos beijar e cobrirE pela paz derradeira que enfim vai nos redimir,Deus lhe pague
MEMÓRIAS ,[object Object]

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  • 1.
  • 2. Instigar/questionar a letra da música (sobre o que se trata?, em que tempo passa?, o que você sentiu quando escutou-a?, quem são as personagens da música?, etc).
  • 3. Tomar conhecimento do cotidiano do aluno: o que eles fazem no dia-a-dia?, com quem?, com que freqüência?, como ele é na comunidade? (esta parte deve ser primeira de forma oral e depois, por escrito).
  • 4.
  • 5. Expor o que foi pesquisado.
  • 6. Escrever coletivamente o que foi pesquisado e exposto.
  • 7. Produzir individualmente o que foi exposto conforme o gênero estudado.
  • 8.
  • 9. Cidadão Zé Ramalho Composição: Lucio Barbosa Tá vendo aquele edifício moçoAjudei a levantarFoi um tempo de afliçãoEram quatro conduçãoDuas prá ir, duas prá voltarHoje depois dele prontoOlho prá cima e fico tontoMas me vem um cidadãoE me diz desconfiado"Tu tá aí admirado?Ou tá querendo roubar?"Meu domingo tá perdidoVou prá casa entristecidoDá vontade de beberE prá aumentar meu tédioEu nem posso olhar pro prédioQue eu ajudei a fazer... Tá vendo aquele colégio moçoEu também trabalhei láLá eu quase me arrebentoFiz a massa, pus cimentoAjudei a rebocarMinha filha inocenteVem prá mim toda contente"Pai vou me matricular"Mas me diz um cidadão:"Criança de pé no chãoAqui não pode estudar"Essa dor doeu mais fortePor que é que eu deixei o norteEu me pus a me dizerLá a seca castigavaMas o pouco que eu plantavaTinha direito a comer... Tá vendo aquela igreja moçoOnde o padre diz amémPus o sino e o badaloEnchi minha mão de caloLá eu trabalhei tambémLá foi que valeu a penaTem quermesse, tem novenaE o padre me deixa entrarFoi lá que Cristo me disse:"Rapaz deixe de toliceNão se deixe amedrontarFui eu quem criou a terraEnchi o rio, fiz a serraNão deixei nada faltarHoje o homem criou asaE na maioria das casasEu também não posso entrarFui eu quem criou a terraEnchi o rio, fiz a serraNão deixei nada faltarHoje o homem criou asasE na maioria das casasEu também não posso entrar" Hié! Hié! Hié! Hié!Hié! Oh! Oh! Oh!
  • 10. Construção Chico Buarque Composição: Chico Buarque Amou daquela vez como se fosse a últimaBeijou sua mulher como se fosse a últimaE cada filho seu como se fosse o únicoE atravessou a rua com seu passo tímidoSubiu a construção como se fosse máquinaErgueu no patamar quatro paredes sólidasTijolo com tijolo num desenho mágicoSeus olhos embotados de cimento e lágrimaSentou pra descansar como se fosse sábadoComeu feijão com arroz como se fosse um príncipeBebeu e soluçou como se fosse um náufragoDançou e gargalhou como se ouvisse músicaE tropeçou no céu como se fosse um bêbadoE flutuou no ar como se fosse um pássaroE se acabou no chão feito um pacote flácidoAgonizou no meio do passeio públicoMorreu na contramão atrapalhando o tráfego Amou daquela vez como se fosse o últimoBeijou sua mulher como se fosse a únicaE cada filho seu como se fosse o pródigoE atravessou a rua com seu passo bêbadoSubiu a construção como se fosse sólidoErgueu no patamar quatro paredes mágicasTijolo com tijolo num desenho lógicoSeus olhos embotados de cimento e tráfegoSentou pra descansar como se fosse um príncipeComeu feijão com arroz como se fosse o máximoBebeu e soluçou como se fosse máquinaDançou e gargalhou como se fosse o próximoE tropeçou no céu como se ouvisse músicaE flutuou no ar como se fosse sábadoE se acabou no chão feito um pacote tímidoAgonizou no meio do passeio náufragoMorreu na contramão atrapalhando o público Amou daquela vez como se fosse máquinaBeijou sua mulher como se fosse lógicoErgueu no patamar quatro paredes flácidasSentou pra descansar como se fosse um pássaroE flutuou no ar como se fosse um príncipeE se acabou no chão feito um pacote bêbadoMorreu na contra-mão atrapalhando o sábado Por esse pão pra comer, por esse chão prá dormirA certidão pra nascer e a concessão pra sorrirPor me deixar respirar, por me deixar existir,Deus lhe paguePela cachaça de graça que a gente tem que engolirPela fumaça e a desgraça, que a gente tem que tossirPelos andaimes pingentes que a gente tem que cair,Deus lhe paguePela mulher carpideira pra nos louvar e cuspirE pelas moscas bicheiras a nos beijar e cobrirE pela paz derradeira que enfim vai nos redimir,Deus lhe pague
  • 11.
  • 12. Instigar/questionar a letra da música (sobre o que se trata?, em que tempo passa?, o que você sentiu quando escutou-a?, quem são as personagens da música?, etc.).
  • 13. Tomar conhecimento do cotidiano do aluno: o que eles fazem no dia-a-dia?, com quem?, com que freqüência?, como ele é na comunidade? (esta parte deve ser primeira de forma oral e depois, por escrito).
  • 14.
  • 15. Expor o que foi pesquisado.
  • 16. Escrever coletivamente o que foi pesquisado e exposto.
  • 17. Produzir individualmente o que foi exposto conforme o gênero estudado.
  • 19.
  • 20. Tempo de Criança Zeca Pagodinho Iaiá, sente saudade de quemDo cheiro, do cravo, da rosa, da moçaformosaE de mais ninguémPassarás, não passarásQuem me deixará passarDo meu tempo de meninoAgora eu vou me lembrarDo tempo da bola de gudeDo qual eu não pude jamais esquecer Só valia o teco paradoCom o palmo contadoPara não perderO corte da linha no dedoE a gente com medoDa pipa voarFaz uma bola de meiaA pelada na rua já vai começarE quando mamãe me chamavaVem tomar seu banho pra poder jantarO trabalho da escola ainda está por fazer Tua professora vai te castigar
  • 21. Aquela casa simples Roberto Carlos Composição: Roberto Carlos e Erasmo Carlos Naquela casa simplesVocê falou pra mimQue eu tivesse cuidadoE não sofresse com as coisas desse mundoQue eu fosse um bom meninoQue eu trabalhasse muitoQue o nome do meu pai soubesse honrarE nunca fosse um vagabundoAinda não era dia e você me dizia:Deus te abençoe, te guarde,Se mantenha sempre em sua companhia.E eu te olhei nos olhos, eu te beijei a mãoEu disse amémE o meu abraço fez você ouvir meu coraçãoVida minha, vida minhaE andando pela ruaMeu pai bem junto a mimOlhava com ternuraA lágrima molhar meu paletó de brimToda a minha bagagemNum banco da estaçãoEra de amor, coragemAs bênçãos do meu pai, a fé e um violãoE na cidade grandeTristeza e alegriaUma saudade imensaE a solidão que eu ainda não conheciaE o tempo foi passandoE então eu compreendiCada palavra suaNaquela manhã do dia em que eu partiVida minha, vida minhaVida minha, vida minhaE veio a primaveraE as flores do jardimEnchiam de perfumeAs cartas que chegavam de você pra mimMas hoje com sorrisosPodemos recordarMas sempre que me lembroA emoção e dá vontade de chorarVida minha, vida minhaVida minha, vida minhaRecordações
  • 22.
  • 23. Formar uma roda com o grupo de alunos. Conversar sobre o que entendem por poema e por poesia, quais as poesias que conhecem, quem a contou e quando a aprendeu.
  • 24. Apresentar a situação de comunicação aos alunos. O professor deve, de preferência, levar para sala de aula poemas que falem sobre lugares, cidades. Leituras apresentadas: “Tem tudo a ver”, de Elias José; “Emigração e as consequências”, de Patativa do Assaré; “Cidadezinha”, de Mário Quintana; “Infância”, de Carlos Drummond de Andrade e, ‘Pátria minha”, de Vinícius de Moraes.
  • 25. Propor que escrevam um primeiro texto no gênero a ser estudado.
  • 26. Elaborar um conjunto de atividades de leitura, para aproximar os alunos do gênero estudado. As atividades estão propostas no caderno do Professor Orientação para produção de textos – Poetas da escola.
  • 27. Apresentar de forma oral, a releitura de um dos poemas apresentados.
  • 28. Identificar as características e expressões próprias do gênero estudado/autor. Professor e aluno devem verificar as marcas do gênero estudado: conceito de poema e poesia, tempo verbal, linguagem, tom/sonoridade da poesia, rima, sinais de pontuação, etc.
  • 29. Estudar com os alunos o tema a ser abordado, dominar o conteúdo e a forma para que saibam o que e como dizerem, ou seja, produzir texto coletivo sobre o lugar onde vivem (em forma de prosa mesmo) e passarem-na em forma de poesia.
  • 30. Incentivar a participação de todos: organizar as falas, selecionar as idéias que podem ser postas no texto escrito.
  • 31. Mobilizar os alunos para a escrita individual: cada aluno deve produzir o seu poema com o tema “o lugar onde vivo”.
  • 32. Orientar os alunos a lerem, relerem, identificar aspectos do texto que devem ser melhorados.
  • 33.
  • 34. Estrela, Estrela Vitor Ramil Estrela, estrelaComo ser assimTão só, tão sóE nunca sofrer Brilhar, brilharQuase sem quererDeixar, deixarSer o que se é No corpo nuDa constelaçãoEstás, estásSobre uma das mãos E vais e vensComo um lampiãoAo vento frioDe um lugar qualquer É bom saberQue és parte de mimAssim como ésParte das manhãs Melhor, melhorÉ poder gozarDa paz, da pazQue trazes aqui Eu canto, eu cantoPor poder te verNo céu, no céuComo um balão Eu canto e seiQue também me vêsAqui, aquiCom essa canção Profª Jociane Araujo Peres da Luz – Língua Portuguesa/2010. Línguasblogspot.com.br