1. Contracção muscular
Contração muscular (AO 1945: contracção muscular) é um processo fisiológico característico das fibras
musculares que corresponde a capacidade de gerar tensão com a ajuda de um neurônio motor.
Tipo de contrações
As contrações musculares podem ser dividas em:
Contração reflexa - ato involuntário de movimento muscular mas de músculos somáticos voluntários;
Contração tônica - contração mantida mesmo quando o músculo está "relaxado", este tipo de contração
ajuda na manutenção dapostura, por exemplo, do pescoço, no tônus dos dedos;
Contração isotônica dividida ainda em:
contração concêntrica - é o tipo de contração muscular no qual os músculos encurtam durante a
geração de força;
contração excêntrica - ocorre quando o músculo alonga enquanto está sob tensão devido a uma força
externa maior que a força gerada pelo músculo. Em vez de mover a junta na direção da contração, o
músculo age desacelerando o movimento de forma controlada;
contração isométrica - nesta contração o músculo gera força sem alterar o comprimento muscular, mas
com uma tensão maior do que o tônus muscular.
Na contração muscular, a actina desliza sobre os filamentos da miosina, que conservam seus
comprimentos originais. A contração se inicia na faixa ansiotrópica, ou A, onde a actina e a miosina se
sobrepõem. Durante a contração, a faixa isotrópica (I) diminui de tamanho, enquanto os filamentos de
actina penetram na faixa A. Concomitantemente, a faixa H, formada somente pelos filamento grossos
(miosina) também se reduz, à medida que esses filamentos são sobrepostos pelos filamentos finos
(actina). Isso irá resultar em um grande encurtamento do sarcômero.
A contração muscular depende da disponibilidade de íons cálcio e o relaxamento muscular está na
dependência da ausência destes íons. O fluxo de íons cálcio é regulado pelo retículo sarcoplasmático
(RS), para a realização rápida dos ciclos de contração muscular. O RS é uma rede de cisternas do
retículo endoplasmático liso, que envolve e separa em feixes cilíndricos grupos de miofilamentos.
Quando despolarizado, o RS libera os íons cálcio passivamente até os filamentos finos e grossos. Ao ser
polarizado novamente, o RS transporta o íon cálcio de volta às cisternas, interrompendo a atividade
contrátil.
A contração uniforme de cada fibra muscular é responsabilidade do sistema de túbulos T. Esse sistema é
constituído por uma rede complexa de invaginações tubulares do sarcolema da fibra muscular.
2. Nervos motores controlam a contração normal das fibras musculares esqueléticas. Ramificados dentro
do tecido conjuntivo do perimísio neste local de inervação, o nervo perde sua bainha de mielina e forma
a dilatação que se situa dentro de uma depressão da superfície da fibra muscular. Esta estrutura é
chamada de placa neural ou junção mioneural, onde o axônio possui inúmeras mitocôndrias e vesículas
sinápticas, e libera acetilcolina, que se difunde através da fenda sináptica, da placa motora e vai se
prender a receptores específicos aos sarcolemas das dobras juncionais.
Uma fibra nervosa pode inervar uma única fibra muscular, ou se ramificar e inervar até 160 fibras
musculares, formando uma unidade motora. O número de unidades motoras em determinado músculo é
relacionado com a delicadeza de movimentos requerida do músculo.
Actínia
A actina é uma proteína que, em conjunto com a miosina e moléculas de ATP, gera movimentos celulares e
musculares. A actina polimerizada forma os microfilamentos de actina importantes na composição
do citoesqueleto.
Já foram identificadas seis diferentes isoformas de actina, entre elas a Actina alfa 1, músculo esquelético,
também conhecida como ACTA1.
Miosina
A proteína miosina é uma ATPase que se movimenta ao longo da actina e em presença de ATP, são
responsáveis pela contração muscular. Estas proteínas são as principais componentes dos miofilamentos,
os organelos que constituem o "esqueleto" das células musculares. Sua forma microscópica lembra um taco de
golf.
Ela é uma enzima mecanoquímica, isto é, converte a energia química em mecânica e por isso é também
chamada de proteína motora. Então, nos movimentos gerados por esses elementos, a miosina é o motor, os
filamentos de actina são os trilhos e o ATP, o combustível.
Estudos de seqüência de DNA mostram mais de 10 classes de genes para miosina. Entretanto, três são os
mais conhecidos:miosina I, miosina II, e miosina V. A estrutura molecular de todas mostra
uma "cabeça", onde se encontra o sítio de ligação com ATP e com a actina, sendo o local de geração de
força;
um "pescoço", que regula a atividade da "cabeça" ligando-se à calmodulina outra proteína reguladora
semelhante;
uma "cauda" que contém sítios de ligação que determina se a molécula vai se ligar à membrana
plasmática ou a outras caudas para formar um filamento grosso.
ATP
Trifosfato de adenosina, adenosina trifosfato ou simplesmente ATP, é umnucleotídeo responsável pelo
armazenamento de energia em suas ligações químicas. É constituída por adenosina, um nucleosídeo,
associado a três radicais fosfato conectados em cadeia. A energia é armazenada nas ligações entre os
fosfatos.
O ATP armazena energia proveniente da respiração celular e da fotossíntese, para consumo imediato.
A molécula atua como uma moeda celular, ou seja, é uma forma conveniente da transformação da energia.
Esta energia pode ser utilizada em diversos processos biológicos, tais como o transporte ativo de moléculas,
síntese e secreção de substâncias, locomoção e divisão celular, entre outros. Não pode ser estocada, seu uso
é imediato, energia pode ser estocada na forma de carboidratos e lipídios.
3. A distância faz ao amor aquilo que o vento faz ao fogo: apaga o pequeno,
inflama o grande.