2. Água
• Os rios que fazem parte da caatinga brasileira são, em maioria,
intermitentes ou temporários.
• Rios que nascem em outros lugares, como o São Francisco e o
Parnaíba, são fundamentais para a vida na caatinga, pois
atravessam os terrenos quentes e secos em seu caminho para o
mar.
4. Há na Caatinga:
• 143 mamíferos, sendo 19 espécies endêmicas;
• 510 espécies de aves, das quais 15 são endêmicas;
• 240 espécies de peixes, porém que pouco se conhece sobre eles;
• 116 espécies de répteis – 47 de lagartos, 52 de serpentes, 4 de
quelônios, 3 crocodilianos e 10 anfisbenídeos (cobras-cegas);
• 51 espécies de anfíbios – 48 anuros (sapos, rãs e pererecas) e 3
de gimnofionas (cecílias);
• 94 espécies de abelhas;
• 61 espécies de formigas;
• 93 espécies de aranhas;
• 42 famílias de besouros.
5. A maioria dos animais da caatinga tem hábitos noturnos.
Os anfíbios são animais numerosos na caatinga. Para falar dos
mais conhecidos, podemos citar o sapo cururu e a jia de parede.
Entre os répteis se destacam as serpentes com 45 espécies
encontradas e os lagartos com 47 espécies.
Uma das menores espécies de crocodilianos, o jacaré-do-papo-
amarelo (Caiman latirostris), que chega a 1,5 m de comprimento,
habita as margens dos riachos e é endêmica da Caatinga.
A cascavel é uma das cobras mais vistas na caatinga.
Cascavel (Crotalus durissus cascavélia)
6. • As aves representam o grupo animal com maior número de
espécies registradas. São 510 espécies, das quais 15 são
endêmicas e 20 estão ameaçadas de extinção. Neste bioma,
vivia a ararinha azul, vista pela última vez na natureza em 2000
e considerada extinta pelo Ibama.
• A arara-azul-de-Lear também é uma espécie endêmica muito
ameaçada de extinção.
Ararinha azul(Cyanopsitta spixii)
7. • Também existem muitos mamíferos na caatinga. Entre as
árvores secas e em terrenos pedregosos, vivem onças, gatos
selvagens, capivaras, gambás, preás, macacos-prego, e o
veado catingueiro, também ameaçado de extinção.
• a Caatinga abriga 6 espécies de felinos: a onça-pintada, a
onça-parda (Suçuarana), jaguatirica, gato-do-mato-pequeno,
gata-maracajá e gato-mourisco e espécies exclusivas como o
simpático mocó (Kerodon rupestris) e o impressionante tatu-
bola (Tolypeutes tricinctus).
Suçuarana (Puma concolor)
Veado
Catingueiro (Mazama
gouazoubira)
8. Preservação
• A conservação da biodiversidade da Caatinga é um dos maiores
desafios da ciência brasileira, pois, além de ter poucos estudos
e ser pouco protegida, está rapidamente sendo modificada.
• De toda a cobertura vegetal da Caatinga, somente a metade é
original. No ano de 2008, a vegetação remanescente era
estimada em 53,62 %. O único bioma exclusivamente brasileiro
foi monitorado entre os anos de 2002 e 2008.
9. • Nesse período, o monitoramento detectou uma devastação
territorial de 16.576 km², referente a 2 % de todo o bioma. A
taxa média de desmatamento ficou registrada em 0,33 % ao
ano, cerca de 2.763 km².
• Os dados foram divulgados em março de 2010, pelo ministro
do meio ambiente, Carlos Minc.
• Sabe-se que mais de 43% da área de Caatinga foi desmatada
até 2009, segundo dados do Relatório do Monitoramento do
Desmatamento do Bioma Caatinga (IBAMA/MMA, 2011).
10. • O foco principal das estratégias para a conservação da
biodiversidade é o criar áreas protegidas nas áreas conservadas de
caatinga que ainda restam.
• No quesito unidades de conservação, a caatinga é um dos biomas
menos protegidos do país. Apenas 7,8% do território da Caatinga
está protegido por unidades, um número abaixo da meta nacional
de 10%, conforme compromisso do Brasil como signatário da
Convenção Internacional de Diversidade Biológica.
• O setor privado tem contribuído para a conservação voluntária do
bioma através da criação de Reservas Particulares do Patrimônio
Natural (RPPN)