Repensar a formação de professores…rumo a uma educação global na aula de línguas
1. Repensar a formação de professores…
rumo a uma educação global na aula de
línguas
Mónica Lourenço | monicalourenco@ua.pt
Departamento de Educação e Psicologia (Univ. Aveiro)
“Leituras cruzadas para o futuro: movimentos, correntes e diversidades linguísticas e culturais.
Construindo pontes para o Entendimento Global” - I Jornadas Nacionais de Professores de
Línguas, Braga
07.09.16
2. OBJETIVOS
São objetivos desta comunicação…
i) discutir os conceitos de educação global e de competência global,
salientando a sua relevância em contextos de formação e de educação em
línguas;
ii) refletir sobre as linhas orientadoras de uma formação docente capaz de
educar “worldminded professionals”;
iii) apresentar propostas pedagógico-didáticas que visem promover a educação
global na aula de línguas.
3. ESTRUTURA DE APRESENTAÇÃO
1. Educação num mundo globalizado: desafios e oportunidades
2. Educação e competência global: conceitos, dimensões e
finalidades
3. Linhas orientadoras para a formação de professores
4. Educar para um mundo global: propostas pedagógico-didáticas
na aula de línguas
5. Mobilidade
(pessoas e
bens)
Expansão e
diversificação
das atividades
financeiras
Desenvolvimento das
redes de
comunicação, relação
e conhecimento
Aumento das
desigualdades
socioeconómica
s
Maior
visibilidade da
diversidade
linguística e
cultural
6. «Os desafios de um mundo em mudança levam-nos a defender uma conceção
de educação como o pilar central de cidadãos informados, não visando “apenas”
formar bons alunos, mas conferir-lhes um sentido de cidadania, assente na
humanização das relações em sociedade e na preocupação relativamente ao
mundo e ao “Outro”» (Carvalho, 2015, p. 8).
8. Educação global: uma possibilidade de responder aos desafios atuais e dotar
os alunos (e os professores) de competências que lhes permitam compreender
o seu lugar e o seu papel no mundo.
9. 2. Educação e competência global
Conceitos, dimensões e finalidades
10. «Global Education is
education that opens
people’s eyes and
minds to the realities of
the world, and awakens
them to bring about a
world of greater justice,
equity and human
rights for all.»
Maastricht Global Education
Declaration (2002, p. 66)
11. Oqueéaeducaçãoglobal? “A educação global é uma perspectiva educativa que
decorre da constatação de que os povos contemporâneos
vivem e interagem num mundo cada vez mais globalizado.
Este facto faz com que seja crucial dar aos aprendentes
oportunidade e competências para reflectirem e partilharem
os seus próprios pontos de vista e papéis numa sociedade
global e interligada, bem como compreenderem e discutirem
as relações complexas entre questões sociais, ecológicas,
políticas e económicas que a todos dizem respeito,
permitindo-lhes descobrir novas formas de pensar e de agir”
(CoE, 2010, p. 10).“Enabling young people to participate in shaping a better
shared future for the world is at the heart of global
education. […]. Global Education promotes open-
mindedness leading to a new thinking about the world and a
predisposition to take action for change. Students learn to
take responsibility for their actions, respect and value
diversity and see themselves as global citizens who can
contribute to a more peaceful, just and sustainable world”
(Peterson & Warwick, 2015, p. 18).
12. 1. Interdependência e globalização
2. Identidade e diversidade cultural
3. Justiça social e direitos humanos
4. Construção da paz e resolução de conflitos
5. Desenvolvimento sustentável
Fig.1. Dimensões da educação global (Hicks & Holden, 2007; Peterson & Warwick, 2015).
13. A educação global promove uma compreensão das relações complexas
que se estabelecem entre as pessoas a nível social, económico e
político, bem como do impacte que estas relações têm nas suas vidas.
1.Interdependênciaeglobalização
14. A educação global promove
uma compreensão de si e dos
Outros, bem como uma
abertura e aceitação da
diversidade e da alteridade.
2.IdentidadeeDiversidadeCultural
15. A educação global
promove uma
compreensão do
impacte da
desigualdade e da
discriminação, da
importância de
lutarmos pelos
nossos direitos e da
responsabilidade de
respeitarmos os
direitos dos outros.
3.Justiçasocialedireitoshumanos
16. A educação global promove
uma compreensão da
importância de construir e
manter relações positivas com
os outros, assentes na
confiança, bem como das
possibilidades de evitar
conflitos e de os resolver de
forma pacífica.
4.Construçãodapaz
eresoluçãodeconflitos
17. A educação global promove uma compreensão da forma como
podemos satisfazer as nossas necessidades sem diminuir a
qualidade do meio ambiente e sem reduzir a capacidade de as
gerações futuras satisfazerem as suas necessidades.
5.Desenvolvimentosustentável
18. Educação global
Educação para os
Direitos Humanos
Educação para a Paz
Educação
Intercultural
Educação para o
Desenvolvimento
(Sustentável)
Educação para a
Cidadania
Fig.2. Conceitos abarcados pelo termo “educação global”.
19. «Global competence is the
capacity and disposition to
understand and act on issues of
global significance.»
Mansilla & Jackson (2011, p. xiii)
20. Um indivíduo globalmente competente é
alguém que revela as seguintes
características:
Investiga o mundo para além das suas
fronteiras imediatas, enquadrando problemas
significativos e conduzindo investigação sólida
e apropriada;
Reconhece várias perspetivas, as suas e as
de outros, articulando e explicando essas
mesmas perspetivas, de forma consciente e
respeitosa;
Comunica os seus pontos de vista, de forma
clara e eficaz, a públicos diversos,
estabelecendo pontes entre barreiras
linguísticas, culturais, geográficas e
ideológicas;
Atua e participa de forma crítica na
21. Fig. 3. Componentes da competência global (traduzido e adaptado de Oxfam, 2015, p. 8).
Conhecimentos
• Interdependência e
globalização
• Identidade e diversidade
• Justiça social e direitos
humanos
• Desenvolvimento
sustentável
• Construção da paz e
resolução de conflitos
Capacidades
• Pensamento crítico
• Comunicação
• Argumentação
• Reflexão
• Colaboração
• Resolução de problemas
Atitudes e
valores
• Sentido de identidade e
autoestima
• Valorização e respeito
pela diversidade e pelos
direitos humanos
• Preocupações ambientais
e compromisso com um
desenvolvimento
sustentável
• Compromisso com a
justiça social e a
equidade
• Responsabilidade social
22. Conhecimentos
Interdependência e globalização • Conhecer o ambiente local e próximo
• Ter consciência de outros locais
Identidade e diversidade • Ter consciência de si e dos outros
• Ter consciência das semelhanças e
diferenças entre as pessoas
Justiça social e direitos humanos • Saber o que é justo e injusto
• Saber o que é correto e incorreto
Desenvolvimento sustentável • Conhecer os seres vivos e as suas
necessidades
• Saber como cuidar de animais,
plantas...
• Adquirir o sentido de futuro
Construção da paz e resolução de
conflitos
• Ter consciência de que as nossas
ações têm consequências
Quadro 1. Exemplo de conhecimentos, idade 0-5 (traduzido e adaptado de Oxfam, 2015, p. 16-17).
23. Capacidades
Pensamento crítico • Detetar estereótipos
• Avaliar diferentes pontos de vista
Comunicação e argumentação • Pesquisar e selecionar evidências
• Fundamentar um argumento
Colaboração e resolução de
problemas
• Aceitar e tomar parte nas decisões
do grupo
• Comprometer-se com a resolução
de problemas
Quadro 2. Exemplo de capacidades, idade 7-11 (traduzido e adaptado de Oxfam, 2015, p. 18-19).
24. Atitudes e valores
Sentido de identidade e autoestima • Possuir abertura de espírito
Valorização e respeito pela
diversidade
• Valorizar todas as pessoas como
sendo simultaneamente diferentes e
iguais
Preocupações ambientais e
compromisso com um
desenvolvimento sustentável
• Comprometer-se com o futuro do
planeta e com um estilo de vida
consentâneo com um
desenvolvimento sustentável
Compromisso com a justiça social e a
equidade
• Comprometer-se com a erradicação
da pobreza e com a equidade
Responsabilidade social • Estar disponível para trabalhar por
um futuro mais justo
Quadro 3. Exemplo de atitudes e valores, idade 14-16 (traduzido e adaptado de Oxfam, 2015, p. 20-21).
26. O/a professor/a…
«Identifica ponderadamente e
respeita as diferenças culturais
e pessoais dos alunos e
demais membros da
comunidade educativa,
valorizando os diferentes
saberes e culturas e
combatendo processos de
exclusão e discriminação»;
«Assume a dimensão cívica e
formativa das suas funções,
com as inerentes exigências
éticas e deontológicas que lhe
estão associadas»;
27. «Desenvolve estratégias pedagógicas
diferenciadas, conducentes ao
sucesso e realização de cada aluno no
quadro sócio-cultural da diversidade
das sociedades e da heterogeneidade
dos sujeitos, mobilizando valores,
saberes, experiências e outras
componentes dos contextos e
percursos pessoais, culturais e sociais
dos alunos»;
28. «Incentiva a construção participada de regras de convivência democrática e gere, com
segurança e flexibilidade, situações problemáticas e conflitos interpessoais de natureza
diversa»;
«Perspectiva a escola e a comunidade como espaços de educação inclusiva e de
intervenção social, no quadro de uma formação integral dos alunos para a cidadania
democrática».
29. Manter-se
atualizado/a
nas suas
áreas de
conhecimento
Usar novas
tecnologias
Ser sensível a
questões
culturais e de
género
Promover a
igualdade e a
justiça social
Preparar
alunos para a
participação
ativa na
sociedade e
para a
aprendizagem
ao longo da
vida
Fig.4. Exigências atuais da profissão de professor (EC, 2012; Goodwin, 2012; Schleicher, 2012).
The education of teachers is neither a straightforward nor simple task, as the demands placed
upon teachers are growing and becoming more and more complex.
30. Linhas orientadoras para a formação de professores:
Repensar os objetivos da formação de professores, de forma a incluir uma perspetiva
mais internacional, global e intercultural nos curricula (Kissock & Richardson, 2012;
Townsend, 2011);
(Objetivos: servir unicamente uma comunidade local -» pensar e agir glocalmente)
Proporcionar experiências educativas que ampliem os horizontes dos futuros
professores, que os façam refletir sobre as suas perspetivas e que cultivem uma
predisposição positiva em relação ao Outro e em relação ao mundo;
Auxiliar os futuros professores a construir a sua identidade como "worldminded
professionals" (Merryfield, Lo, & Kasai, 2008) que respondem adequadamente a
questões de diversidade, sustentabilidade e justiça social;
Em suma, redesenhar curricula que promovam o desenvolvimento de conhecimentos,
capacidades e atitudes que permitam aos futuros professores viver e trabalhar
ativamente em sociedades globais em permanente mudança e educar crianças para
(com)viverem num mundo multicultural (“domino effect” – Mahon, 2012).
31. Atividades curriculares possíveis…
Seminários lecionados por professores/ investigadores estrangeiros;
Projetos de investigação em ambientes multiculturais;
Colaboração online com instituições/ turmas estrangeiras;
Integração das experiências/ perspetivas dos estudantes estrangeiros e em mobilidade
(incoming e outgoing);
Pesquisa acerca de um mesmo conteúdo/ temática em contextos diversos;
Comparação de resultados de investigação em estudos nacionais e internacionais;
Simulações de interações interculturais (role-plays)…
Trabalho de campo junto de organizações locais que trabalham em projetos
internacionais;
Programas de mobilidade de curta duração (e.g., visitas a escolas em outros países);
(…)
32. 4. Educar para um mundo global
Propostas pedagógico-didáticas na aula de
línguas
33. «Global Education can contribute to
strengthening international solidarity,
empowering active global citizens, through
active and reflective educational practices
that celebrate diversity.»
O’Laughlin & Wegimot (2002, p. 14)
34. 34
Fig. 5. A educação em línguas: finalidades e potencialidades.
(Guilherme, 2007; Mansilla & Jackson, 2011; Oxfam, 2015; Tochon, 2009)
As línguas são espaços de aprendizagem de si e do Outro e não
meros instrumentos de comunicação, desempenhando um papel
cada vez mais importante no mundo globalizado.
As línguas propiciam oportunidades de interação com o mundo
social (científico, tecnológico, humano), o que permite ao
indivíduo contactar com outras civilizações e culturas, (re)definir
a sua identidade, ultrapassando as barreiras da divisão e do
conflito.
O ensino de línguas pode contribuir para a educação de
cidadãos cosmopolitas responsáveis, apelando ao
desenvolvimento de conhecimentos (gerais, acerca do mundo, e
socioculturais, acerca das sociedades onde a língua-alvo é
falada), bem como de capacidades e atitudes que permitem ao
aluno interagir com os outros, demonstrando abertura e respeito
pelos seus valores e práticas.
35. Fig. 6. As línguas e a educação global (Oxfam, 2015, p. 8).
36. DE ONDE VEM O MEU PEQUENO ALMOÇO?
Público: Pré-escolar e 1ºCEB
Objetivos:
Desenvolver conhecimento sobre as
pessoas e os processos envolvidos na
produção dos alimentos;
Desenvolver conhecimento sobre o comércio
alimentar;
Compreender a interdependência à escala
global;
Compreender que o nosso comportamento
tem impacte no ambiente;
Desenvolver um sentido de responsabilidade
pelo ambiente e pela preservação dos
recursos.
Atividades:
Dialogar com as crianças sobre o que
comem ao pequeno-almoço;
Cortar em revistas os alimentos mais
comuns e colá-los num tabuleiro individual;
Marcar num mapa-mundo o local onde
crescem esses alimentos;
Marcar com um fio a distância entre o nosso
país e esses locais;
Dialogar sobre o impacte do transporte dos
alimentos no ambiente e sobre a
necessidade de preservar os recursos
naturais
(Extensão: o que é que as crianças comem
37. O QUE É O COMÉRCIO
JUSTO?
Público: 1º e 2º CEB
Objetivos:
Desenvolver conhecimento sobre as
pessoas e os processos envolvidos
na produção do cacau;
Desenvolver conhecimento sobre o
comércio justo;
Compreender a interdependência à
escala global;
Compreender que o nosso
comportamento tem impacte na
preservação dos recursos e na vida
de outras pessoas;
Promover empatia;
Desenvolver um sentido de
(co)responsabilidade pela
sustentabilidade do planeta Terra.
Atividades:
Diálogo com os alunos sobre a
origem do chocolate (o grão de
cacau, os locais onde se cultiva o
chocolate);
Análise de um excerto do vídeo
“The dark side of chocolate”
(legendado) sobre as condições de
vida dos agricultores;
Dramatização/jogo: se eu fosse um
agricultor de cacau na República
Dominicana?
Reflexão através de um pequeno
texto sobre a forma como se
sentiram após a dramatização e
sobre o que aprenderam;
Diálogo sobre formas de contribuir
para um comércio mais justo.
38. 38
Questão de
investigação
Objetivos
Métodos e
instrumentos de
recolha de dados
Métodos de análise
de dados
Como podemos
desenvolver a
competência global
dos alunos
portugueses do
ensino secundário
na aula de língua
inglesa?
Compreender os
efeitos de um projeto
de intervenção, que
visa desenvolver a
competência global,
nos conhecimentos,
atitudes e capacidades
dos alunos.
Inquérito por questionário
(alunos)
Análise estatística
Observação com vídeo
gravação das sessões
Análise de conteúdo
Recolha documental
(trabalhos dos alunos)
Inquérito por entrevista
(professora cooperante)
Compreender as
potencialidades da aula
de língua inglesa no
âmbito de uma
educação global.
Inquérito por entrevista
(professora cooperante)
Análise de conteúdo
Recolha documental
(programa de Inglês)
Análise documental
Estudo de tipo investigação-ação, ancorado no paradigma socio-crítico
Fig. 7. Desenho metodológico do estudo.
Carvalho, E.A.
(2015). A
competência global
na aula de língua
inglesa: como
preparar os alunos
para viver e agir no
mundo atual? Aveiro:
Universidade de
Aveiro (dissertação
de mestrado).
http://ria.ua.pt/handle/1
0773/15708
39. 39
Sessão 1: Investigate the world
Público: 11.º ano
Objetivos:
Compreender a existência de
problemas globais;
Desenvolver conhecimentos sobre
os temas Child Labour e Fair Trade;
Ser capaz de dar a opinião e refletir
criticamente sobre assuntos globais,
expressando-se corretamente em
língua inglesa.
Atividades:
Análise e discussão de títulos de
notícias locais, nacionais e
globais;
Leitura e interpretação do texto
The future of chocolate;
Visionamento de um vídeo sobre
trabalho infantil e comércio justo;
Comentário de uma afirmação
sobre o impacte dos assuntos
globais.
40. 40
Objetivos:
Reconhecer perspetivas sobre o
problema global Poverty;
Desenvolver argumentos através da
escrita;
Ser capaz de dar a opinião e refletir
criticamente sobre o tema
«pobreza», expressando-se
corretamente em língua inglesa.
Atividades:
Comentário de cartoons sobre o
impacte dos assuntos globais;
Análise e discussão do
significado da palavra «pobreza»;
Visionamento do vídeo One
Campaign;
Audição e interpretação da
canção One dos U2;
Trabalho de escrita If I could
change the world…
Sessão 2: Recognize perspectives
41. 41
Objetivos:
Compreender o impacte que a
educação tem nas crianças do sexo
feminino;
Comunicar ideias através de um
discurso;
Ser capaz de dar a opinião e refletir
criticamente sobre a educação,
expressando-se corretamente em
língua inglesa.
Atividades:
Visionamento do capítulo «Suma from
Nepal» do documentário Girl Rising;
Análise e discussão sobre o vídeo e
sobre o papel da/o direito à educação;
Análise e discussão do discurso de
Malala Youzafzai;
Preparação escrita de um discurso e
apresentação à turma
Sessão 3: Communicate ideas
42. 42
Objetivos:
Compreender o impacte da ação
em grande grupo através de
pequenos passos para a
resolução de um assunto global;
Comunicar ideias e agir através
da elaboração de um flyer e da
sua apresentação a outros
colegas da escola;
Ser capaz de dar a opinião e
refletir criticamente sobre global
issues, expressando-se
corretamente em língua inglesa.
Atividades:
Atividade de grande grupo com o
Global Bingo;
Discussão sobre alguns assuntos
globais;
Preparação escrita de um flyer e
apresentação à turma;
Sessão 4: Take action
43. 43
O projeto contribuiu para
lançar a semente nos
alunos do que significa
ser globalmente
competente.
São necessários
projetos mais alargados
e sistemáticos, que
permitam que os alunos
reflitam sobre os
assuntos e, de forma
gradual, desenvolvam
conhecimentos,
capacidades e atitudes
mais sólidos e
sustentados.
A aula de língua inglesa
pode ser um espaço
adequado para o
desenvolvimento de
projetos de educação
global, tendo em conta
não só os objetivos e
finalidades desta
disciplina, mas,
principalmente, os
domínios do programa.
Fig. 8. Conclusões gerais do estudo.
44. 44
O desenvolvimento de uma competência
global deve basear-se e apoiar-se em
modelos e práticas educativas que
fomentem a melhoria do comportamento do
ser humano ao nível da justiça, respeito
pela diferença, cooperação,
sustentabilidade, solidariedade e de formas
de convivência e comunicação, que
valorizem a autonomia, o diálogo, o
envolvimento e a participação na vida da
comunidade.
46. Development Education Centre South Yorkshire: http://www.decsy.org.uk/
Global Education: http://www.globaleducation.edu.au/resources-gallery/resource-gallery-teaching-
activities.html
Global Learning Centre: http://www.glc.edu.au/
Global Teacher Education: http://www.globalteachereducation.org/
Global Worlds: http://www.globalwords.edu.au/
Kids go global: http://www.kidsgoglobal.net/the-issues/
One World Centre: http://www.oneworldcentre.org.au/resources-for-teachers/teaching-activities/
Oxfam: http://www.oxfam.org.uk/education/resources/global-citizenship-in-the-whole-school
United Nations Global Classrooms: http://www.unausa.org/global-classrooms-model-un
Links úteis
47. «We need great teachers to grow
great minds – to create a more
peaceful, more secure and a more
just world.»
Sunny Varkey
48. BIBLIOGRAFIA
Carvalho, E.A. (2015). A competência global na aula de língua inglesa: como preparar os alunos para viver e
agir no mundo atual? Aveiro: Universidade de Aveiro (dissertação de mestrado).
http://ria.ua.pt/handle/10773/15708
CoE. (2002). Declaração de Maastricht sobre Educação Global.
http://www.cidac.pt/files/6313/8513/1457/Guia-prtico-para-a-educaco-global.pdf
CoE. (2010). Guia prático para a educação global. Um manual para compreender e implementar a educação
global. Lisboa: Centro Norte-Sul do Conselho da Europa.
http://nscglobaleducation.org/images/Resource_center/GE_Guidelines_Portuguese.pdf
EC. (2012). Supporting teacher competence development for better learning outcomes. Brussels: European
Commission. http://ec.europa.eu/education/policy/school/doc/teachercomp_en.pdf
Goodwin, A. L. (2012). Globalization and the preparation of quality teachers: rethinking knowledge domains
for teaching. In R.L. Quezada(Ed.), Internationalization of Teacher Education: Creating Global Competent
Teachers and Teacher Educators for the Twenty-first Century (pp. 19-32). Abingdon: Routledge.
Guilherme, M. (2007). English as a global language and education for cosmopolitan citizenship. Language
and Intercultural Communication, 7 (1), 72-90.
49. BIBLIOGRAFIA
Hicks, D., & Holden, C. (Eds.). (2007). Teaching the Global Dimension: Key Principles and Effective Practice.
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Kissock, C., & Richardson, P. (2012). Calling for action within the teaching profession: it is time to
internationalize teacher education. In R.L. Quezada(Ed.), Internationalization of Teacher Education:
Creating Global Competent Teachers and Teacher Educators for the Twenty-first Century (pp. 89-101).
Abingdon: Routledge.
Mahon, J. (2012). Fact or fiction? Analyzing institutional barriers and individual responsibility to advance the
internationalization of teacher education. In R.L. Quezada(Ed.), Internationalization of Teacher Education:
Creating Global Competent Teachers and Teacher Educators for the Twenty-first Century (pp. 7-18).
Abingdon: Routledge.
Mansilla, V. B., & Jackson, A. (2011). Education for Global Competence: Preparing our Youth to Engage the
World. New York: Asia Society. http://asiasociety.org/files/book-globalcompetence.pdf
Merryfield, M. M., Lo, J. T.-Y., & Kasai, M. (2008). Worldmindedness: Taking off the blinders. Journal of
Curriculum and Instruction, 2(1), 6-16.
50. BIBLIOGRAFIA
O’Laughlin, E., & Wegimot, L. (Eds.). (2002). Global Education in Europe to 2015. Strategy, Policies and
Perspectives. Outcomes and Papers of the Europe-wide Global Education Congress, Maastricht, The
Netherlands, 15th-17th November 2002. Lisbon: North-South Centre of the Council of Europe.
http://www.coe.int/t/dg4/nscentre/Resources/Publications/GE_Maastricht_Nov2002.pdf
Oxfam (2015). Education for Global Citizenship: A Guide for Schools. London: Oxfam GB.
Peterson, A., & Warwick, P. (2015). Global Learning and Education: Key Concepts and Effective Practice.
Abingdon: Routledge.
Sampedro, R. & Hillyard, S. (2004). Global Issues: Resource Book for Teachers. Oxford: Oxford University
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Tavangar, H. S., & Mladic-Morales, B. (2014). The Global Education Toolkit for Elementary Learners.
Thousand Oaks: Sage.
Tochon, F. V. (2009). The key to global understanding: World languages education – Why schools need to
adapt. Review of Educational Research, 79(2), 650-681.
Townsend, T. (2011). Thinking and acting both locally and globally: new issues for teacher education. Journal
of Education for Teaching: International research and pedagogy, 37(2), 121-137.
É neste sentido que se defende a necessidade de promover uma educação global na formação de professores como uma possibilidade de responder aos desafios atuais e desenvolver competências que permitam aos futuros professores compreender o seu lugar e o seu papel no mundo, e educar alunos para (com)viver e agir num mundo multicultural.