PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
Análise da Indisciplina Escolar
1. “ESTÁS A DESAFIAR-ME?!”
ANÁLISE À PROBLEMÁTICA DA
INDISCIPLINA ESCOLAR
Joana Carneiro Pinto, PhD
Faculdade de Ciências Humanas
2. PROGRAMA
Definição do constructo de indisciplina
Análise de causas e de comportamentos perturbadores
A importância da gestão da sala de aula
Análise de estratégias de intervenção nas questões da indisciplina
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3. SUGESTÃO DE REFLEXÃO…
Procure evocar situações concretas e vividas por si no âmbito da indisciplina
escolar.
Por que razão considera essas situações como sendo exemplificativas de
indisciplina escolar? Que significado lhes atribui?
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4. (IN)DISCIPLINA NA ESCOLA
• O fenómeno da indisciplina não é novo, embora estes comportamentos tenham
ganho maior visibilidade nos últimos tempos, sendo importante referir que
estes temas são cada vez mais discutidos, principalmente nos países ocidentais
(Conselho da Europa, 2004).
“O que há de novo atualmente é a intensidade e a amplitude que [o] fenómeno
atingiu na escola dos nossos dias, espalhando-se de forma crescente por áreas
populacionais […] mais diversas e atingindo níveis de ensino que dele pareciam
imunes […]” (Estrela, 1996, p.4; cit in. Carita & Fernandes, 2012)
Extensão da escolaridade obrigatória
Medidas de retenção dos alunos
Mutações sociais e culturais
Flagelos sociais
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5. (IN)DISCIPLINA NA ESCOLA
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“Qualquer situação que tenha a ver com o
ensino e a aprendizagem inclui o problema da
disciplina, desde a escola primária à
universidade ainda que exista uma enorme
variedade na extensão da problemática (Hargreaves,
1979, p. 39; cit in. Carita & Fernandes, 2012)
O conflito é inevitável na relação
professor/aluno, podendo ter um papel
positivo, dinâmico, potenciador da mudança
6. (IN)DISCIPLINA NA ESCOLA
Disciplina (Monteiro, 1987)
Discípulo: aquele que aprende
Disciplina: aquilo que se aprende
Disciplina: as normas e atitudes necessárias à boa aprendizagem
Indisciplina
Gama de comportamentos que limitam ou impedem a normal participação da criança ou
jovem nas atividades educativas; que afetam a aprendizagem dos colegas do aluno
indisciplinado; que exigem demasiado dos recursos escolares – professores, restante pessoal
e meios materiais (Garner & Hill, 1995)
“Situações de indisciplina sobretudo aquelas que traduzem um questionamento, explícito ou
implícito do professor (da sua pessoa e/ou do seu desempenho de papel) ou que
simplesmente põem em causa a qualidade da relação com ele. (…) Os professores se referem
às situações em que os alunos são agressivos ou grosseiros (…) e questionam as suas
decisões. (…) Os alunos referem-se à sua falta de respeito (…), ao gozo, ao “fazer coisas que
eles não gostam” (Carita, Silva, Henriques, 1996)
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7. (IN)DISCIPLINA NA ESCOLA: 4 CATEGORIAS
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Competências de
Trabalho
Comportamento
Verbal
Comportamento
Não-Verbal
Organização
Pessoal
8. (IN)DISCIPLINA NA ESCOLA:
COMPORTAMENTOS PERTURBADORES
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Indisciplina
Processo de categorização; emerge no contexto da relação pedagógica, e está
bastante ligado ao fator subjetivo dos próprios intervenientes
Comportamentos de baixa intensidade
Atos numerosos mas com menos danos negativos
Sensíveis à pessoa do professor
Colidem com os objetivos da aula
9. (IN)DISCIPLINA NA ESCOLA : CAUSAS
• Bentham (2005): as causas de indisciplina podem ser categorizadas em cinco
tipos distintos:
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Causas
Psicodinâmicas
Causas
Biopsicossociais
Causas Sociais
Causas
Familiares
Causas
Behavioristas
10. (IN)DISCIPLINA NA ESCOLA: A GESTÃO DA
SALA DE AULA
Sala de aula constitui uma unidade eco-comportamental
complexa (Lopes, 2010)
Multidimensionalidade
Simultaneidade
Imediaticidade
Imprevisibilidade
Local público
História
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11. (IN)DISCIPLINA NA ESCOLA: A GESTÃO DA
SALA DE AULA
Conjunto de ações e estratégias que os professores utilizam para resolver o problema da
ordem. A gestão constitui uma tarefa complexa porque a ordem é alcançada
conjuntamente por professores e alunos, e porque há um número elevado de
circunstâncias imediatas que afetam a “natureza da ordem”, as “necessidades de
intervenção”, e as “consequências das ações específicas” de professores e alunos (Doyle, 1986)
Uma boa gestão da sala de aula compreende o recurso a estratégias comportamentais de
promoção de comportamentos adequados ou de correção de eventuais comportamentos
inadequados (Lopes, 2003)
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12. (IN)DISCIPLINA NA ESCOLA: A GESTÃO DA
SALA DE AULA
4 tipos de salas de aula (Good & Brophy, 1984)
A sala do caos contínuo e barulhento
A sala barulhenta mas de atmosfera positiva
A sala calma e que não dá problemas disciplinares
A sala que se governa a si própria
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• 4 estilos de gestão (Lopes, 2003)
• Professor indulgente, permissivo, “laissez-faire”
• Professor indiferente
• Professor autoritário
• Professor persuasivo
13. (IN)DISCIPLINA NA ESCOLA: AVALIAÇÃO
Avaliação de comportamentos perturbadores (Lopes & Rutherford, 2001):
Especificação do comportamento
Observáveis
Quantificáveis
Elaboração de listas de verificação de comportamentos
Registo e quantificação do comportamento
Registo dos produtos
Registo contínuo / intervalos de tempo / amostras periódicas
Registo de frequência
Registo por duração
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14. (IN)DISCIPLINA NA ESCOLA: INTERVENÇÃO
Princípios da intervenção
Não existem soluções prontas
A intervenção deve ser preventiva, mais do reativa
A intervenção deve integrar métodos que encorajem condutas
apropriadas dos alunos e que encorajem a realização escolar
A intervenção deve visar a turma como um todo
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15. (IN)DISCIPLINA NA ESCOLA: INTERVENÇÃO
Estratégias específicas de mudança
Modelo ABC
Reforço social
Gestão de contingências (Princípio de Premack)
Contratos comportamentais
Sistema de créditos
1) Diminuição dos comportamentos perturbadores
2) Aumento dos comportamentos adequados
3) Manutenção dos comportamentos adequados
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16. (IN)DISCIPLINA NA ESCOLA: INTERVENÇÃO
Outras estratégias a adotar:
Testemunhação
Scanning visual
Deslocações na sala de aula
Sistema de sinais
Sobreposição
Continuidade de “sinal”
Variedade e desafio do trabalho no lugar
Estabelecimento de regras e procedimentos
Regras explicitas
Integradas num sistema credível e exequível
Cumpridas
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17. (IN)DISCIPLINA NA ESCOLA: OBRIGADA
PELAVOSSA ATENÇÃO!
Joana Carneiro Pinto, PhD
Faculdade de Ciências Humanas
Universidade Católica Portuguesa
joanacarneiropinto@fch.lisboa.ucp.pt
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