O documento discute obesidade, definindo-a como um aumento anormal ou excessivo de gordura corporal que traz riscos à saúde. A obesidade é resultado de um balanço energético positivo e está associada a doenças como diabetes, problemas cardíacos e alguns tipos de câncer. O tratamento envolve mudanças na dieta, exercícios e, em alguns casos, medicamentos ou cirurgia.
2. Obesidade, nediez ou pimelose
(tecnicamente, do grego pimelē = gordura e ose
processo mórbido) é uma doença crónica
multifatorial, na qual a reserva natural de
gordura aumenta até o ponto em que passa a
estar associada a certos problemas de saúde
ou ao aumento da taxa de mortalidade. É
resultado do balanço energético positivo, ou
seja, a ingestão alimentar é superior ao gasto
energético.
3. Apesar de se tratar de uma condição clínica
individual, é vista, cada vez mais, como um
sério e crescente problema de saúde
pública: o excesso de peso predispõe o
organismo a uma série de doenças, em
particular doença cardiovascular, diabetes
mellitus tipo 2, apneia do sono e osteoartrite.
4. A obesidade pode ser definida por termos
relativamente absolutos. Na prática, a
obesidade é avaliada em termos absolutos e
também pela sua distribuição na
circunferência da cintura ou pela razão entre
as circunferências da cintura e do quadril.
Além disso, a presença de obesidade deve
ser avaliada enquanto fator de risco
cardiovascular e outras condições médicas
que podem aumentar o risco de
complicações.
5.
6. Um grande número de condições médicas e
psicológicas estão associadas à obesidade.
São categorizadas como sendo originadas
por aumento da massa de gordura
(osteoartrite, apneia do sono obstrutiva e
estigma social) ou pelo aumento no número
de células adiposas (diabetes, câncer,
doença cardiovascular e hepatite).
Enquanto a obesidade tem diversas
implicações para a saúde, o sobrepeso não
está associado a um aumento na taxa de
mortalidade ou morbilidade (morbidez).
7.
8. Pesquisadores já concluíram que o
aumento da incidência de obesidade em
sociedades ocidentais nos últimos 25 anos
do século XX teve como principais causas o
consumo excessivo de nutrientes
combinado com crescente sedentarismo.
Embora informações sobre o conteúdo
nutricional dos alimentos esteja bastante
disponível nas embalagens dos alimentos,
na Internet, em consultórios médicos e em
escolas, é evidente que o consumo
excessivo de alimentos continua sendo um
problema.
9.
10. Devido a diversos fatores sociológicos, o
consumo médio de calorias quase quadruplicou
entre 1977 e 1995. Porém, a dieta, por si só, não
explica o significativo aumento nas taxas de
obesidade em boa parte do mundo
industrializado nos anos recentes. Um estilo de
vida cada vez mais sedentário teve um papel
importante. Outros fatores que podem ter
contribuído para esse aumento -- ainda que sua
ligação direta com a obesidade não seja tão
bem estabelecida -- o stresse da vida moderna e
sono insuficiente.
11. O principal tratamento para a obesidade
é a redução da gordura corporal por meio
de adequação da dieta e aumento do
exercício físico. Programas de dieta e
exercício produzem perda media de
aproximadamente 8% da massa total
(excluindo os que não concluem os
programas). Nem todos ficam satisfeitos
com esses resultados, mas até a perda de
5% da massa pode contribuir
significativamente para a saúde.
12.
13. Pessoas com IMC acima de 30 devem ser
iniciadas num programa de dieta de redução
calórica, exercício e outras intervenções
comportamentais e estabelecer objetivos
realistas de perda de peso. Se os
objetivos não forem alcançados, terapia
farmacêutica pode ser oferecida. O paciente
deve ser informado da possibilidade de
efeitos colaterais e da inexistência de dados
sobre a segurança e eficácia de tais
medicamentos no longo prazo.
14.
15. Terapia farmacêutica pode incluir sibutramina,
orlistat, fentermina, dietilpropiona, fluoxetina e
bupropiona. Para casos mais severos de
obesidade, medicamentos mais fortes como
anfetaminas e metanfetaminas podem ser
usadas seletivamente (somente após consulta
prévia ao seu medico responsável).
Pacientes com IMC acima de 40 que não
alcançam seus objetivos de perda de peso (com
ou sem medicamentos) e que desenvolvem
outras condições derivadas da obesidade,
podem receber indicação para realizarem
cirurgia bariátrica. O paciente deve ser
informado dos riscos e potenciais
complicações.
16.
17. Nesses casos, a cirurgia deve ser realizada
em centros que realizam grande número
desses procedimentos já que as evidências
indicam que pacientes de cirurgiões que os
realizam com frequência tendem a ter menos
complicações no pós-cirúrgico.
Medicina tradicional chinesa , a qual
recorrendo a técnicas naturais milenares
procura reequilibrar os elementos físicos. A
Medicina Chinesa procura combater a
obesidade em conjunto com a adoção de
uma dieta equilibrada e saudável.