1. NARRAÇÃO/NARRATIVA TERRA, Ernani; NICOLA, José de. Práticas de linguagem: leitura e produção de textos. São Paulo: Scipione, 2001. VILAS BOAS, Sérgio. O estilo magazine: o texto em revista.São Paulo: Summus, 1996.
5. As ações direcionam-se para um conflito que requer uma solução, o que sugere que chegaremos a uma situação nova.
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7. Manchete: Alexandre é eleito presidente Situação A: Alexandre era candidato Sucessão de acontecimentos: a campanha, a votação, a contagem dos votos, a proclamação Situação B: Alexandre está eleito (com vantagem absurda de votos favoráveis)
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9. O universo da ficção nos apresenta uma realidade que não é verdadeira, mas que é possível ser, e por isso aceita como real.
14. Em 1ª pessoa: Narrador-testemunha: personagem secundário da reportagem; apenas testemunha os fatos; possui ângulo de visão delimitado porque apenas utiliza as informações que colheu, não tem onisciência sobre os personagens;
15. Em 1ª pessoa: Narrador-protagonista: limita a percepção dos fatos porque emite-os através de sua experiência; participa ativamente das ações e as transcreve como protagonista; em longos depoimentos pode retratar os entrevistados a partir de sua percepção própria, a ponto de o texto parecer ter sido escrito por eles;
16. Em 3ª pessoa: Narrador-onisciente: conhece os acontecimentos e até os pensamentos dos demais envolvidos na reportagem; é o foco que mais aproxima a reportagem da narrativa literária; Pode ser “intruso” quando comenta a vida ou atitudes dos personagens (opina); Pode ser “neutro” quando não intervém nos acontecimentos e apenas busca situações reveladoras sobre os personagens, atento ao cenário da reportagem;
17. Em 3ª pessoa: Modo dramático:o narrador se limita a informar o que as personagens fazem ou falam (modo mais utilizado no jornalismo)
18. Enredo Tecer, enredar, “entrelaçar os fios para fazer a rede”. O enredo (ou trama, ou intriga) é o esqueleto da narrativa, aquilo que dá sustentação à história.
19. Os personagens O personagem bem construído representa uma individualidade, apresentando traços psicológicos próprios. Há aqueles que representam tipos humanos, identificados pela profissão, pelo comportamento, pela classe social.
20. O ambiente É o cenário por onde circulam personagens e onde se desenrola o enredo. Em alguns casos, a importância do ambiente é tão fundamental que ele se transforma em personagem, como o colégio interno, em O Ateneu, de Raul Pompéia; e o cortiço, da obra de mesmo nome, de Aluísio de Azevedo.
21. O tempo O narrador pode narrar os fatos no tempo em que eles estão acontecendo; Pode narrar um fato concluído; Pode entremear presente e passado, utilizando a técnica de flash-back; PS: Há ainda o tempo psicológico, que reflete angústias e ansiedades de personagens e que não mantém nenhuma relação com o tempo propriamente dito, cuja passagem é alheia à nossa vontade. Falas como “Ah, o tempo não passa...” ou “Esse minuto está durando uma eternidade” refletem o tempo psicológico.
22. Modalidades de expressão do tempo narrativo Tempo psicológico: representa estados internos, individuais, principalmente do narrador (quando é protagonista) ou de personagens (quando é onisciente); Tempo físico: representado pela natureza; caracteriza as condições reais do tempo no cenário (elementos de veracidade que localizam o leitor); Tempo cronológico: do calendário (eventos históricos, acontecimentos);
23. Modalidades de expressão do tempo narrativo Tempo linguístico: o plano de tempo do texto não é necessariamente o momento em que foi escrito... Situa presente, passado e futuro na narrativa; Recurso usado para transportar o leitor ao passado ou ao futuro; Ex.: escrever hoje sobre o que aconteceu em 05/04/1911, situando a narrativa no plano de tempo do acontecimento (em 1911).
24. Os tipos de discurso Quando o narrador transcreve literalmente a fala dos personagens, temos o discurso direto; quando vem a reproduzi-la com suas palavras, temos o discurso indireto. No discurso direto, a fala dos personagens é marcada por dois-pontos, travessão ou aspas. Geralmente vem acompanhada por um verbo de elocução (aquele que indica a fala do personagem, como: dizer, falar, responder, perguntar, indagar, retrucar, afirmar) seguido de dois-pontos.
25. Exemplo: Entramos na venda e pedimos ao português, seu dono, que vive há muitos anos atrás do balcão, a roubar no peso: - Sirva-nos uma cerveja. E o português explicou: - Não, o nome do pretinho é Sebastião. Milagre é apelido.
26. No discurso indireto, também há verbo de elocução. Existem conectivos, mas não sinais de pontuação (dois-pontos, travessão, aspas). Exemplo: Entramos na venda e pedimos ao português, seu dono, que vive há muitos anos atrás do balcão, a roubar no peso, que nos servisse uma cerveja. E o português explicou que não, que o nome do pretinho era Sebastião. Milagre era apelido. PS: * o discurso direto aparece em primeira pessoa; o indireto, em terceira. * o tempo verbal, no discurso indireto, será sempre passado em relação ao tempo verbal do discurso direto.
27. No discurso indireto livre, a fala do personagem não é marcada por verbo de elocução ou por sinais de pontuação (marcas do discurso direto), e também não apresenta o conectivo que introduz a oração subordinada (marca do discurso indireto). Ex: Achamos o nome engraçado. Qual o padrinho que pusera o nome de Milagre naquele afiliado? E o português explicou que não, que o nome do pretinho era Sebastião. Milagre era apelido. DD: Achamos o nome engraçado e perguntamos: - Qual o padrinho que pôs o nome de Milagre naquele afilhado? DI: Achamos o nome engraçado e perguntamos que padrinho pusera o nome de Milagre naquele afilhado.