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Antes mesmo da colonização do Brasil, Laguna já era citada no Tratado de Tordesilhas por sua posição  geográfica  sobre  a  linha  imaginária  que  dividia  o mundo.  Com a proclamação da República Catarinense viu  surgir  sua maior heroína,  Anita Garibaldi. Toda essa história densa de  fatos marcantes, alternados por momentos de progresso e estagnação, está  retratada  pelo  casario  do  Centro  Histórico preservado.  As  ruas  são na verdade, um grande museu a céu  aberto,  onde  é  possível  apreciar ,  conhecer  e entender a história e a cultura desse povo através  das diferentes arquiteturas, pelo traçado das ruas e pela sua paisagem natural.  As características de cada estilo de arquitetura refletem um momento da história, as necessidades de moradia, o poder econômico, os costumes e a  cultura de cada época. Você pode conhecer e sentir a história de Laguna percorrendo as ruas do Centro Histórico e acompanhando os percursos onde estão marcadas as edificações mais  representativas de cada época.
 
I g r e j a  d e  S a n t o  A n t ô n i o  d o s  A n j o s  A capela  dedicada a Santo Antônio dos Anjos, iniciada  em  1696,  foi  o  primeiro  monumento  construído  no  povoado.  Ao contrário da maioria das vilas portuguesas  no Brasil, em Laguna a  Igreja e a Casa de Câmara e  Cadeia  estão  situadas em duas praças diferentes. M u s e u  A n i t a  G a r i b a l di Foi construído em 1747 para abrigar a Casa de Câmara e  Cadeia.  De  sua  sacada  foi  proclamada,  em  1839,  a  República  Catarinense.  Está  localizado  em  uma  pequena  praça  triangular  próximo  ao  antigo  porto,  onde  provavelmente  foram  construídas  as  primeiras  casas de adobe e pedra.  F o n t e  d a  C a r i o c a Construída pelos escravos, em 1863, a Carioca até hoje  abastece a população com água potável.  A fonte de  água, a Igreja e o Paço Municipal foram os três pontos  iniciais de ocupação da vila. Junto a Fonte encontra-se  a Casa Pinto D´Ulyssea, toda com azulejos portugueses  e construída em 1866.
A  vila de Santo Antônio dos Anjos da Laguna foi  fundada em 1676 pelo bandeirante paulista Domingos  de  Brito  Peixoto.  Principal  porto  da  região  sul,  foi  utilizado  primeiro  como  entreposto  das  operações  militares  de  expansão  das  fronteiras  e  depois  como  exportador da produção de gado no  séc. XVIII.  No  início  as  casas  eram  muito  simples,  geralmente de pau-a-pique cobertas de palha. Com a  elevação de povoado para vila, e a vinda de famílias  dos Açores, entre 1749 e 56,  as ruas começam a ser  definidas com as novas casas de adobe e pedra que são  construídas nos seus  limites. O comércio do gado traz o  desenvolvimento e surgem assim os sobrados próximos  ao porto.  A história desta fase, da colonização à meados  do séc XIX,  pode ser observada principalmente pela  arquitetura  luso-brasileira que se concentra em um  dos primeiros núcleos, a Praça República Juliana.  As  casas eram muito simples, geralmente uma  porta e duas janelas ao rés do chão e  telhado  aparente.  Esta  tem  vergas  em  pedra,  uma  exceção da maioria, em madeira;  Eram construídas em lotes de pequena frente e  grande  profundidade,  germinadas  umas  às  outras,  formando  um  corredor  contínuo.  Os  quartos  ficavam  sem  iluminação,  as  famosas  alcovas. Os telhados eram em duas águas, sem  calhas mas com cimalha; Tinham um aspecto austero e sem decoraçoes. A  fachada era marcada pela cimalha do beiral do  telhado e pelos grossos cunhais, como este. As  paredes tinham em média 50cm de espessura.  Nas  residências  mais  importantes,  além  da  pedra e barro,  era usado o óleo de baleia.
A exportação do carvão e outros produtos pelo porto  de Laguna no final do séc. XIX, possibilitou a concentração  de  riqueza  da  população,  gerando transformações  na  cidade.  A  vinda  de  imigrantes alemães e italianos contribuíram nesta mudança e na produção de uma nova arquitetura:  o ecletismo. Este estilo  arquitetônico  faz  uma  reinterpretação  de elementos do passado, misturando e produzindo uma arquitetura  carregada  de  ornamentações  e decorativismo das  fachadas.  Surgem  nesta  época:  os  trens  de  carga  e passageiros, os primeiros automóveis,  ônibus urbano, ruas  calçadas e  iluminação pública,  com  lampiões à querosene. A praça da  Igreja ganha  tratamento com jardim,  chafariz,  palmeiras  e  iluminação.  A  cidade viveu uma  intensa vida cultural e  social. Todo o  fervor e riqueza  desta  época  pode  ser  observado  através  do casario  eclético: Estas novas contruções  tem um porte bem maior ,  com uma  implantação diferente:  entrada pela  lateral através de escadas e jardins.  Continuam  alinhadas  junto  da  rua,  mas  a  liberação  das  laterais  gera  possibilidades  de  arejamento  e  iluminação, desaparecendo as alcovas e  fazendo  surgir os primeiros banheiros. O  novo  estilo,  o  ecletismo,  tem  um  forte  decorativismo presente em  todos os detalhes.  As  construções adquitem uma grande sofisticação  com  os  produtos  imprtados.  Passam  a  ter  platibandas  para  esconder  o  telhado,  porões  altos  e  janelas  com  bandeiras  em  massa  decorativa. As  fachadas passam a  ser  revestidas de massa  com  motivos  decorativos;  as  paredes  construídas de tijolos e cal, com maior precisão  e  menor  espessura;  São  utilizados  vidros  decorados  com  motivos  florais,  e  surgem  as  primeiras  venezianas  e  telhados  de  quatro  águas.
A partir de 1920 o porto de Imbituba começa a  ser  organizado,  pois  possuía melhores  condições  de  navegação. Laguna perde a competitividade, e a crise  não  foi maior  devido  a  concentração  comercial,  de  serviços  financeiros e públicos.  Entre os anos de 1930 e 50 desenvolveu-se uma  arquitetura  com  influências  art  deco.  Este  estilo  retrata a modernidade e a era da máquina, rompendo  com o passado e com  inspirações no  futuro.  Com a construção da  BR 101  nos anos 70, ocorre  a possibilidade de uma nova atividade para a cidade:  o  turismo. O crescimento do número de turistas estimula  a especulação imobiliária, tanto nos balneários como  no Centro Histórico. Casas térreas e sobrados do séc.  XVIII  começam  a  ser  substituídos  por  novas  construções, alterando a paisagem. Preocupados com  a preservação deste patrimônio  o  Iphan  tombou em  1985 o Centro Histórico de Laguna.  As  construções  em  estilo  art  deco,  utilizam  principalmente linhas geométricas, com formas  bem simplificadas; As linhas retas são utilizadas  em  toda a  fachada, nas aberturas e nos detalhes,  rompendo  com  o  decorativismo  e  com  o  passado. Continuam  alinhadas  junto  a  rua,  mas  desaparecem os  jardins  laterais e porões;  Tem a  frente bem mais valoriza que os fundos, e surge  a edícula  habitavel. Nas  esquinas  as  construções  geralmente  eram  “ arredondadas”, diminuindo o impacto visual.O  Cine Teatro Mussi é um dos melhores exemplares  desta  fase,  com  seu  interior  decorado  ainda  preservado.

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O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
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ApresentaçãO Roteiro City Tour

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  • 2. Antes mesmo da colonização do Brasil, Laguna já era citada no Tratado de Tordesilhas por sua posição geográfica sobre a linha imaginária que dividia o mundo. Com a proclamação da República Catarinense viu surgir sua maior heroína, Anita Garibaldi. Toda essa história densa de fatos marcantes, alternados por momentos de progresso e estagnação, está retratada pelo casario do Centro Histórico preservado. As ruas são na verdade, um grande museu a céu aberto, onde é possível apreciar , conhecer e entender a história e a cultura desse povo através das diferentes arquiteturas, pelo traçado das ruas e pela sua paisagem natural. As características de cada estilo de arquitetura refletem um momento da história, as necessidades de moradia, o poder econômico, os costumes e a cultura de cada época. Você pode conhecer e sentir a história de Laguna percorrendo as ruas do Centro Histórico e acompanhando os percursos onde estão marcadas as edificações mais representativas de cada época.
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  • 4. I g r e j a d e S a n t o A n t ô n i o d o s A n j o s A capela dedicada a Santo Antônio dos Anjos, iniciada em 1696, foi o primeiro monumento construído no povoado. Ao contrário da maioria das vilas portuguesas no Brasil, em Laguna a Igreja e a Casa de Câmara e Cadeia estão situadas em duas praças diferentes. M u s e u A n i t a G a r i b a l di Foi construído em 1747 para abrigar a Casa de Câmara e Cadeia. De sua sacada foi proclamada, em 1839, a República Catarinense. Está localizado em uma pequena praça triangular próximo ao antigo porto, onde provavelmente foram construídas as primeiras casas de adobe e pedra. F o n t e d a C a r i o c a Construída pelos escravos, em 1863, a Carioca até hoje abastece a população com água potável. A fonte de água, a Igreja e o Paço Municipal foram os três pontos iniciais de ocupação da vila. Junto a Fonte encontra-se a Casa Pinto D´Ulyssea, toda com azulejos portugueses e construída em 1866.
  • 5. A vila de Santo Antônio dos Anjos da Laguna foi fundada em 1676 pelo bandeirante paulista Domingos de Brito Peixoto. Principal porto da região sul, foi utilizado primeiro como entreposto das operações militares de expansão das fronteiras e depois como exportador da produção de gado no séc. XVIII. No início as casas eram muito simples, geralmente de pau-a-pique cobertas de palha. Com a elevação de povoado para vila, e a vinda de famílias dos Açores, entre 1749 e 56, as ruas começam a ser definidas com as novas casas de adobe e pedra que são construídas nos seus limites. O comércio do gado traz o desenvolvimento e surgem assim os sobrados próximos ao porto. A história desta fase, da colonização à meados do séc XIX, pode ser observada principalmente pela arquitetura luso-brasileira que se concentra em um dos primeiros núcleos, a Praça República Juliana. As casas eram muito simples, geralmente uma porta e duas janelas ao rés do chão e telhado aparente. Esta tem vergas em pedra, uma exceção da maioria, em madeira; Eram construídas em lotes de pequena frente e grande profundidade, germinadas umas às outras, formando um corredor contínuo. Os quartos ficavam sem iluminação, as famosas alcovas. Os telhados eram em duas águas, sem calhas mas com cimalha; Tinham um aspecto austero e sem decoraçoes. A fachada era marcada pela cimalha do beiral do telhado e pelos grossos cunhais, como este. As paredes tinham em média 50cm de espessura. Nas residências mais importantes, além da pedra e barro, era usado o óleo de baleia.
  • 6. A exportação do carvão e outros produtos pelo porto de Laguna no final do séc. XIX, possibilitou a concentração de riqueza da população, gerando transformações na cidade. A vinda de imigrantes alemães e italianos contribuíram nesta mudança e na produção de uma nova arquitetura: o ecletismo. Este estilo arquitetônico faz uma reinterpretação de elementos do passado, misturando e produzindo uma arquitetura carregada de ornamentações e decorativismo das fachadas. Surgem nesta época: os trens de carga e passageiros, os primeiros automóveis, ônibus urbano, ruas calçadas e iluminação pública, com lampiões à querosene. A praça da Igreja ganha tratamento com jardim, chafariz, palmeiras e iluminação. A cidade viveu uma intensa vida cultural e social. Todo o fervor e riqueza desta época pode ser observado através do casario eclético: Estas novas contruções tem um porte bem maior , com uma implantação diferente: entrada pela lateral através de escadas e jardins. Continuam alinhadas junto da rua, mas a liberação das laterais gera possibilidades de arejamento e iluminação, desaparecendo as alcovas e fazendo surgir os primeiros banheiros. O novo estilo, o ecletismo, tem um forte decorativismo presente em todos os detalhes. As construções adquitem uma grande sofisticação com os produtos imprtados. Passam a ter platibandas para esconder o telhado, porões altos e janelas com bandeiras em massa decorativa. As fachadas passam a ser revestidas de massa com motivos decorativos; as paredes construídas de tijolos e cal, com maior precisão e menor espessura; São utilizados vidros decorados com motivos florais, e surgem as primeiras venezianas e telhados de quatro águas.
  • 7. A partir de 1920 o porto de Imbituba começa a ser organizado, pois possuía melhores condições de navegação. Laguna perde a competitividade, e a crise não foi maior devido a concentração comercial, de serviços financeiros e públicos. Entre os anos de 1930 e 50 desenvolveu-se uma arquitetura com influências art deco. Este estilo retrata a modernidade e a era da máquina, rompendo com o passado e com inspirações no futuro. Com a construção da BR 101 nos anos 70, ocorre a possibilidade de uma nova atividade para a cidade: o turismo. O crescimento do número de turistas estimula a especulação imobiliária, tanto nos balneários como no Centro Histórico. Casas térreas e sobrados do séc. XVIII começam a ser substituídos por novas construções, alterando a paisagem. Preocupados com a preservação deste patrimônio o Iphan tombou em 1985 o Centro Histórico de Laguna. As construções em estilo art deco, utilizam principalmente linhas geométricas, com formas bem simplificadas; As linhas retas são utilizadas em toda a fachada, nas aberturas e nos detalhes, rompendo com o decorativismo e com o passado. Continuam alinhadas junto a rua, mas desaparecem os jardins laterais e porões; Tem a frente bem mais valoriza que os fundos, e surge a edícula habitavel. Nas esquinas as construções geralmente eram “ arredondadas”, diminuindo o impacto visual.O Cine Teatro Mussi é um dos melhores exemplares desta fase, com seu interior decorado ainda preservado.