1. Seminário de Formação
InterSul- RS
Pelotas, 16 e 17 de junho de 2011
Casa de Retiros Laranjal - Pelotas
2. Estiveram presentes: PJ das Dioceses de Bagé, Rio
Grande e Arquidiocese de Pelotas.
SÁBADO
8h – ACOLHIDA E INTEGRAÇÃO
9h – MÍSTICA INCIAL
10h – ANÁLISE DE CONJUNTURA [Cléverton e Manoela]
*Socialização dos grupos:
-violência policial (abuso de poder)
-homofobia
-drogas
-violência na escola (física, verbal, psicológica)
-falta de oportunidades de qualificação profissional para os jovens (chegada dos
investimentos com o porto de Rio Grande sem a chegada dos investimentos na
formação para jovens faz com que os trabalhadores sejam migrantes)
12h30min – ALMOÇO
14h – CAMPANHA: HISTÓRICO E ARTICULAÇÃO [Joana, Rafael, Tiago]
Momento assessorado por membros do comitê estadual da Campanha. A
atividade inicial é o aquecimento com técnicas do teatro do oprimido: zip-zap-bóh e
mosquito africano. Em seguida, o grupo foi divido para que se construíssem cenas a
partir de temas que envolvem violência. Cada grupo terá um tema e montará em
forma de imagem fotográfica que represente o tema de algumas formas comuns e
gratuitas de violência.
Grupo 1: Discriminação sexual
Cena: casal homossexual deitado no chão sendo assassinado. Há uma personagem
tomando chimarrão olhando a cena que não se envolve.
Mudanças: personagens dão as mãos, ma não levantam o casal.
Não levantam porquê isso demonstra a busca de uma mudança e não a solução
total.
O personagem que segura o chimarrão não é uma crítica à cultura gaúcha.
3. Grupo 2: Violência no trabalho
Cena: dois homens com mãos amarradas sendo arrastados por um terceiro que aponta
para três mulheres que estão lavando roupas.
Sugestões de interpretação da cena:
Opressão, violência contra a mulher, humilhação contra os homens;
Questão do trabalho (escravidão dos homens, mulheres obrigadas a ficar em
casa);
Trabalho infantil,
Exploração doméstica.
Solução: homens e mulheres, em pé, de mãos dadas erguidas passam a segurar as
algemas/panos/trabalhos. Sinal de união, certa concepção de cooperativa que eleva as
pessoas através do trabalho coletivo.
Grupo 3: Violência na escola.
Cena: professora concentrada no quadro escreve texto, enquanto três alunos
cometem buylling com o colega dito como CDF. Uma menina cola nas costas
deste uma placa escrita “chute-me” e os demais ficam rindo.
Solução 1: trabalhando em grupo, a professor teria mais controle da turma. A
professora daria mais atenção aos estudantes pelo contato mais próximo, fazendo com
que os estudantes se interessassem totalmente pela aula. Professora estaria
trabalhando o tema buylling com os estudantes.
Solução 2: mantendo a cena original, a professora repreende a estudante que comete
o buylling e provoca nos estudantes uma reflexão sobre essa atitude de violência.
Grupo 4: Violência e drogas.
Cena: no plano de fundo da cena há uma garota compra drogas de um traficante. No
plano da frente há um homem matando outro que está caindo no colo de um
mulher chora a sua morte.
Sugestões de interpretação:
Violência e consumo de drogas;
Mulher perde filho ou companheiro assassinado por dívida com o tráfico. A
outra menina está se drogando.
Policial mata jovem errado, pois o traficante é outro. Atenção para que o jovem
morto é negro.
Solução 1: menina que compra não aceita a oferta do traficante. A mulher que antes
chorava segura a arma da mão do policial para defender o homem que seria morto.
Solução 2: policial prende o traficante e os outros três jovens estão reunidos em grupo.
4. Em círculo, a partir de símbolos se faz o resgate histórico da Campanha: 15ª
ANPJB em 2008, símbolos das PJs, Semana do Estudante de 2008 que trabalha com o
tema da dignidade humana, Atividades Permanentes das PJs no ano de 2009 com tema
da Campanha (Semana da Cidadania, Semana do Estudante e DNJ), lançamento
nacional, morte de Pe Gisley, Semana da Cidadania de 2010 com o tema do mundo do
trabalho, lançamento estadual da Campanha, materiais da Campanha, bandeira dos
novos parceiros e apresentação da Juventude LibRe. Finaliza este momento com a
Ciranda pela Vida da Juventude.
17h30 – PROGRAMA DE PREVENÇÃO À VIOLÊNCIA
A psicóloga Cláudia apresenta este programa do município de Rio Grande.
19h – CAMPANHA - RETOMADA
Conversa para ponderar alguns pontos que possam não ter ficado claros:
Posição política da Campanha exige clareza nos termos que usamos;
As parcerias devem ser bem analisadas, nem todas as organizações que
trabalham contra violência partem dos mesmos princípios de ação e objetivos.
Existem pessoas e grupos que querem que a violência continue existindo.
Não existem soluções mágicas contra a violência e nem soluções individuais ou
individualistas.
O conhecimento não pode ser usado apenas para dominar os outros, ele pode
e deve ser usado para a libertação.
20h – CELEBRAÇÃO DA VIDA
22h30min – APRESENTAÇÕES CULTURAIS
Pelotas – danças e apelos contra violência
Rio Grande – luau das frases contra violência.
DOMINGO
8h30min – ORAÇÃO INICIAL
9h – OFICINAS
5. Apresentação dos oficineiros dos temas das oficinas: MST, Homofobia e
Gênero.
Partilha das oficinas:
*MST:
Panorama de como se formou o movimento e os assentamentos da localidade.
Discussões acerca do poder da mídia na identidade e ações do grupo.
Processo de torturas e violências que os militantes sofreram pela polícia.
Metodologia freiriana no processo de educação.
*HOMOFOBIA:
Questão do normal e do anormal na sexualidade: cores, brinquedos, jogos.
Questão da classificação e rotulação: homo, lésbica, hetero. Classificar e
conhecer a partir da orientação sexual.
Questão da escola: homofobia presente demais. Homofobia e aceitação
familiar.
Dia 17/05 é o dia de luta contra a homofobia, pois é a data quando
homossexualismo sai do rol de doenças e desde então passa a se falar em
homossexualidade. Questão dos termos opção e orientação.
*VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER:
Opressão das mulheres e a Marcha das Vadias; questão do aborto e do direito
de decisão e controle sobre o corpo feminino.
Imaginário da “mulher” como aquela pessoa que está em casa, que faz a
limpeza, cuida dos filhos.
Problematização da histeria feminina que era tratada como doença a TPM em
tempos passados.
Visão e sentido da posição da mulher na sociedade.
Lei Maria da Penha.
Lei de Gênero no processo político.
15h – AVALIAÇÃO [Douglas]
Dança da “La Vaquita” e história dos planetas para o direcionamento das
avaliações individuais. Dança do chep-chep e partilha das avaliações:
Local legal, casa boa, dinâmicas foram boas dando integração ao grupo,
acolhida boa, tema da Campanha foi bem trabalhado, oficinas forma bem
trabalhadas.
Esta foi uma atividade de conscientização e reflexão para que não acreditemos
em soluções mágicas para o fim da violência.
Devemos envolver mais jovens das comunidades.
Repassar o que foi aprendido para os outros jovens.
6. O encontro da Campanha não serve apenas para jovens católicos, temos que
abranger mais jovens.
Promover oficinas nas cidades onde possam ter jovens de outras religiões
presentes.
Dificuldade no âmbito muito generalizante da Campanha, temos que buscar
focos para o trabalho.
Possibilidade de explorar mais espaços de formação.
Faltou a provocação da vivência da violência, a tristeza da realidade cruel.
Buscar ser cada vez mais cristãos.
Propor pautar mais o tema da Campanha nas comunidades e festividades
(DNJ), na Jornada da Juventude.
Divulgar a Campanha.
As ações da Campanha podem ser iniciadas pela divulgação da Campanha.
Aumentar os dias de trabalho do Seminário.
Aproveitar mais espaços religiosos para as orações, possibilitando os
momentos de partilha de vida.
Douglas provoca mais um momento onde os jovens apontem algumas
atividades concretas, forma partilhadas:
Grupo 1:
Partilhar o que foi vivido no Seminário com os demais jovens das comunidades.
Visitar um grupo de jovens vizinho para a apresentar a Campanha, divulgando e
refletindo a proposta.
Usar os roteiros de encontros de grupos que são lançados no blog estadual
mensalmente.
Grupo 2:
Ter mais materiais para trabalhar nos grupos.
Fazer trabalhos em escolas.
Propostas Equipe Estadual:
Anotar os contatos da Campanha (e-mail, telefones, blogs), é importante
manter contato para poder acompanhar as atividades locais, mandem notícias
para atualizarmos o blog.
A partir das falas surgem algumas pistas que podemos ajudar:
• Formações nas dioceses ou cidades para abranger mais jovens.
• Fazer divulgação da Campanha a partir das atividades já existentes na
Igreja, por exemplo panfletagens no DNJ, divulgação visual nas
Romarias.
• Fazer os encontros de grupos disponibilizados no blog estadual e
mandar relatos de como foi a experiência.
• Trabalho em escolas pode ser algo simples, se conseguir pelo menos
uma escola ainda este ano seria muito bom, não precisamos nos
atropelar e desesperar para fazer em todas.
7. 16h – ENVIO [Felipe e Manoela]
Fizemos a caminha no jardim retomando os trabalhos do final de semana e
construímos a pandorga “A juventude quer viver…”
- TÉRMINO DO SEMINÁRIO –
Pastoral da Juventude do InterSUL
Arquidiocese Pelotas
http://pjdiocesedepelotas.blogspot.com/
Diocese de Bagé
Diocese de Rio Grande
http://pjderiogrande.blogspot.com/
Equipe Estadual da Campanha contra Violência e Extermínio de Jovens
CNBB – Regional Sul 3: Av. Cristóvão Colombo, 149 – bairro Floresta
CEP: 90560-003 - Porto Alegre – RS
E-mail: juventudecontraviolencia@gmail.com
Blog: www.juventudecontraviolencia.blogspot.com