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 O álcool etílico, consumido nas bebidas alcoólicas, foi
provavelmente descoberto pelos árabes. Em cada região do mundo
 se produz um tipo especifico e característico de bebidas, de acordo
     com as condições da produção de cada área, como a grapa
       (destilado de uva da região da Itália), o uísque (destilado
proveniente da cevada sacarificada, clássico na Escócia), ou ainda a
 bagaceira (destilado do bagaço de uva, característico da região de
 Portugal). No Brasil, a cana de açúcar serviu para suprir o mercado
   europeu no período colonial, devido ao fato de nosso clima ser
distinto do europeu. A aguardente de cana propriamente dita surgiu
  ao acaso, a partir das impurezas retiradas durante o processo de
fervura do caldo da cana, no processo da produção de açúcar. A este
     líquido foi dado o nome de cachaça, muito apreciado pelos
  escravos. E é esta cachaça que mais tarde, ao ser destilada, dará
                      origem à cachaça ou pinga.
    A legislação brasileira actual (decreto n.4072, de 2002) define aguardente de cana como sendo toda
          bebida obtida do destilado alcoólico simples de cana de açúcar ou pela destilação do mosto
       fermentado de cana de açúcar, com graduação alcoólica variando entre 38 e 54% v/v, à 20oC. Já a
        Cachaça é definida como uma aguardente de cana de fabricação exclusivamente brasileira, com
      graduação alcoólica mais controlada (de 38 a 48 % v/v, à 20oC). O processo produtivo da cachaça é
      composto por basicamente seis estágios. Primeiro ocorre a preparação da matéria prima, isto é, o
     corte (manual – por “bóias-frias” – ou industrial – com maquinário específico), seguido da separação
      das folhagens (por queimada ou mecanização), transporte e armazenamento. O tempo ideal para
     todo o processo de preparação da matéria prima é de 24 horas. Adiante, temos a extracção do caldo
     feito a partir de moendas, para logo após ocorrer a fermentação do mosto. Mosto é tudo aquilo que
     pode ser fermentável, ou seja, o caldo da cana. O mosto deve ser associado a fermentos específicos
       para acelerar o processo de fermentação. Existem dois tipos de fermentos: os naturais – também
     conhecidos como caipira – de baixa velocidade; ou o prensado – leveduras do mesmo tipo usado em
        panificadora – que é de aceleração mais rápida. No entanto, o processo mais usado é o misto. O
      resultado da fermentação – denominado de vinho – agora é levado à destilação, onde se pretende
    extrair de tal vinho o etanol, água, aldeídos, ácidos, cetonas e todos os componentes que fazem parte
        da aguardente, sendo extraída por meio de uma coluna de destilação ou alambique. A pinga, já
    pronta, pode ser envelhecida em tonel de madeira, de modo a alterar cor, aroma e sabor. Por último, o
          engarrafamento, onde é necessária uma padronização, o que não acontece em vários casos.
   Por definição, aguardentes são bebidas fortemente
     alcoólicas, obtidas pela fermentação e posterior
       destilação de mostos açucarados, oriundos do
     caldo, e de macerados vegetais ou não. Assim, a
     definição de aguardente é genérica, e, como tal,
      pode-se encontrar aguardentes de frutas como
      laranja, uva, banana, medronho; aguardente de
    cereais como cevada, milho, arroz; aguardente de
    raízes e tubérculos como de beterraba, mandioca,
       batata; aguardente de colmos como cana-de-
                      açúcar e bambu.
 Em 14 de Novembro de 1996, foi concluída a análise em
  aguardente de cana e cachaça demonstrando que estes
seriam produtos similares, porém distintos. Após diversas
    mudanças de definição da denominação, a Instrução
      Normativa 13, publicada em 29 de junho de 2005,
    legislação mais atual sobre o Padrão de Identidade e
Qualidade da cachaça, definiu a aguardente de cana como
sendo a bebida com graduação alcoólica entre 38% e 54%
   em volume, obtida pelo destilado alcoólico simples de
   fermentado do caldo de cana-de-açúcar, podendo ser
     adicionada de açúcares em até 6 g/L, expressos em
 sacarose enquanto cachaça como sendo a denominação
  típica e exclusiva com graduação alcoólica entre 38% e
     48% em volume, obtida pela destilação do melaço
fermentado de cana-de-açúcar resultante da produção do
      açúcar, com características sensoriais peculiares,
 semelhante ao rum; podendo também ser adicionada de
       açúcares em até 6 g/L, expressos em sacarose.
      Alguns relatos contam que os antigos egípcios foram os primeiros povos a utilizar vapores de
         líquidos fermentados e aromatizados para cura de diversos tipos de moléstias [carece de fontes?]. Os
       gregos registram o processo da ácqua ardens. A água que pega fogo, ou seja, pré-supõe, ter vindo
       daí a denominação aguardente utilizada até hoje. Nos registros do Tratado de Ciências escrito por
        Plínio, o velho, que viveu entre os anos de 23 e 79 depois de Cristo, ele conta que apanha o vapor
                          da resina de cedro, do bico de uma chaleira, com um pedaço de lã.
     Embora os Egípcios tivessem sido os primeiros a construir alambiques, cujos desenhos dornam um
       velho templo de Mênfis, foi da língua Árabe que nasceram os termos alambique (al ambic) e álcool
          (al cóhol), significando, o primeiro, vaso destilatório, e, o segundo, exprime a ideia de ténue e
           subtil, significando vapores de destilação. Com a expansão do Império romano a aguardente
            chega a Europa e ao Oriente Médio[carece de fontes?]. Sendo assim, os árabes desenvolveram os
       primeiros equipamentos para destilação, os famosos alambiques, semelhantes aos utilizados até
        hoje. A partir daí a aguardente vai parar às mãos dos alquimistas que lhe atribuem propriedades
                           místico-medicinais (Água da longevidade, elixir da longevidade).
           Mas foi na Idade Média, em 1250, que Arnaut de Villeneuve estudou a destilação do vinho e
        descobriu o espírito («l’esprit») que ele contém, seguindo-se um seu contemporâneo, Raymond
      Lulle, que preparou a aguardente (l’eau ardente), obtendo-a após 3 a 4 estilações consecutivas, em
         fogo muito lento; o espírito do vinho foi designado «quintessence», sendo as quatro primeiras
                                  essências a Terra, a Água, o Ar e o Fogo[carece de fontes?].
        A partir de 1730, torna-se habitual o «envelhecimento» das aguardentes para delas se retirar o
         melhor proveito, pois melhoram e ficam mais apuradas, mais penetrantes e com uma cor mais
                                                  atractiva[carece de fontes?].
      No decorrer do século XX, houve uma evolução no sentido de se obterem álcoois de bom gosto e
                              aroma, generalizando-se o consumo de aguardentes puras.
   A fabricação de aguardente, tal como qualquer indústria de transformação, depende
    da qualidade da matéria-prima processada. Qualquer produto que contenha açúcar ou
    outro carboidrato, constitui-se em matéria-prima para obtenção de etanol
    (LIMA,1975).
   Como boa matéria-prima para a produção de aguardente, deve-se entender como um
    produto em estágio ideal de maturação, sadio, recém colhido e livre de matéria-
    estranha (NOVAIS, 1971).
   Pode-se classificar as matérias-primas em:
   matérias açucaradas: cana-de-açúcar, beterraba, melaços, mel-de-abelhas e frutas
   matérias amiláceas e feculentas: amido de grãos, a fécula de raízes e tubérculos
   matérias celulósicas: palhas, madeiras, resíduos sulfiticos de fabricas de papel
   De acordo com o Lima (1975), a matéria-prima de qualquer produto vegetal varia com
    um grande número de factores. Entre eles destacam-se: a variedade, a idade, as
    regiões e as condições culturais, de maturação, de sanidade, de colheita, de
    transporte, de armazenamento e de industrialização.
   As composições que se seguem se referem principalmente ao material susceptível de
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Apresentação2

  • 1.
  • 2.  O álcool etílico, consumido nas bebidas alcoólicas, foi provavelmente descoberto pelos árabes. Em cada região do mundo se produz um tipo especifico e característico de bebidas, de acordo com as condições da produção de cada área, como a grapa (destilado de uva da região da Itália), o uísque (destilado proveniente da cevada sacarificada, clássico na Escócia), ou ainda a bagaceira (destilado do bagaço de uva, característico da região de Portugal). No Brasil, a cana de açúcar serviu para suprir o mercado europeu no período colonial, devido ao fato de nosso clima ser distinto do europeu. A aguardente de cana propriamente dita surgiu ao acaso, a partir das impurezas retiradas durante o processo de fervura do caldo da cana, no processo da produção de açúcar. A este líquido foi dado o nome de cachaça, muito apreciado pelos escravos. E é esta cachaça que mais tarde, ao ser destilada, dará origem à cachaça ou pinga.
  • 3. A legislação brasileira actual (decreto n.4072, de 2002) define aguardente de cana como sendo toda bebida obtida do destilado alcoólico simples de cana de açúcar ou pela destilação do mosto fermentado de cana de açúcar, com graduação alcoólica variando entre 38 e 54% v/v, à 20oC. Já a Cachaça é definida como uma aguardente de cana de fabricação exclusivamente brasileira, com graduação alcoólica mais controlada (de 38 a 48 % v/v, à 20oC). O processo produtivo da cachaça é composto por basicamente seis estágios. Primeiro ocorre a preparação da matéria prima, isto é, o corte (manual – por “bóias-frias” – ou industrial – com maquinário específico), seguido da separação das folhagens (por queimada ou mecanização), transporte e armazenamento. O tempo ideal para todo o processo de preparação da matéria prima é de 24 horas. Adiante, temos a extracção do caldo feito a partir de moendas, para logo após ocorrer a fermentação do mosto. Mosto é tudo aquilo que pode ser fermentável, ou seja, o caldo da cana. O mosto deve ser associado a fermentos específicos para acelerar o processo de fermentação. Existem dois tipos de fermentos: os naturais – também conhecidos como caipira – de baixa velocidade; ou o prensado – leveduras do mesmo tipo usado em panificadora – que é de aceleração mais rápida. No entanto, o processo mais usado é o misto. O resultado da fermentação – denominado de vinho – agora é levado à destilação, onde se pretende extrair de tal vinho o etanol, água, aldeídos, ácidos, cetonas e todos os componentes que fazem parte da aguardente, sendo extraída por meio de uma coluna de destilação ou alambique. A pinga, já pronta, pode ser envelhecida em tonel de madeira, de modo a alterar cor, aroma e sabor. Por último, o engarrafamento, onde é necessária uma padronização, o que não acontece em vários casos.
  • 4. Por definição, aguardentes são bebidas fortemente alcoólicas, obtidas pela fermentação e posterior destilação de mostos açucarados, oriundos do caldo, e de macerados vegetais ou não. Assim, a definição de aguardente é genérica, e, como tal, pode-se encontrar aguardentes de frutas como laranja, uva, banana, medronho; aguardente de cereais como cevada, milho, arroz; aguardente de raízes e tubérculos como de beterraba, mandioca, batata; aguardente de colmos como cana-de- açúcar e bambu.
  • 5.  Em 14 de Novembro de 1996, foi concluída a análise em aguardente de cana e cachaça demonstrando que estes seriam produtos similares, porém distintos. Após diversas mudanças de definição da denominação, a Instrução Normativa 13, publicada em 29 de junho de 2005, legislação mais atual sobre o Padrão de Identidade e Qualidade da cachaça, definiu a aguardente de cana como sendo a bebida com graduação alcoólica entre 38% e 54% em volume, obtida pelo destilado alcoólico simples de fermentado do caldo de cana-de-açúcar, podendo ser adicionada de açúcares em até 6 g/L, expressos em sacarose enquanto cachaça como sendo a denominação típica e exclusiva com graduação alcoólica entre 38% e 48% em volume, obtida pela destilação do melaço fermentado de cana-de-açúcar resultante da produção do açúcar, com características sensoriais peculiares, semelhante ao rum; podendo também ser adicionada de açúcares em até 6 g/L, expressos em sacarose.
  • 6. Alguns relatos contam que os antigos egípcios foram os primeiros povos a utilizar vapores de líquidos fermentados e aromatizados para cura de diversos tipos de moléstias [carece de fontes?]. Os gregos registram o processo da ácqua ardens. A água que pega fogo, ou seja, pré-supõe, ter vindo daí a denominação aguardente utilizada até hoje. Nos registros do Tratado de Ciências escrito por Plínio, o velho, que viveu entre os anos de 23 e 79 depois de Cristo, ele conta que apanha o vapor da resina de cedro, do bico de uma chaleira, com um pedaço de lã.  Embora os Egípcios tivessem sido os primeiros a construir alambiques, cujos desenhos dornam um velho templo de Mênfis, foi da língua Árabe que nasceram os termos alambique (al ambic) e álcool (al cóhol), significando, o primeiro, vaso destilatório, e, o segundo, exprime a ideia de ténue e subtil, significando vapores de destilação. Com a expansão do Império romano a aguardente chega a Europa e ao Oriente Médio[carece de fontes?]. Sendo assim, os árabes desenvolveram os primeiros equipamentos para destilação, os famosos alambiques, semelhantes aos utilizados até hoje. A partir daí a aguardente vai parar às mãos dos alquimistas que lhe atribuem propriedades místico-medicinais (Água da longevidade, elixir da longevidade).  Mas foi na Idade Média, em 1250, que Arnaut de Villeneuve estudou a destilação do vinho e descobriu o espírito («l’esprit») que ele contém, seguindo-se um seu contemporâneo, Raymond Lulle, que preparou a aguardente (l’eau ardente), obtendo-a após 3 a 4 estilações consecutivas, em fogo muito lento; o espírito do vinho foi designado «quintessence», sendo as quatro primeiras essências a Terra, a Água, o Ar e o Fogo[carece de fontes?].  A partir de 1730, torna-se habitual o «envelhecimento» das aguardentes para delas se retirar o melhor proveito, pois melhoram e ficam mais apuradas, mais penetrantes e com uma cor mais atractiva[carece de fontes?].  No decorrer do século XX, houve uma evolução no sentido de se obterem álcoois de bom gosto e aroma, generalizando-se o consumo de aguardentes puras.
  • 7. A fabricação de aguardente, tal como qualquer indústria de transformação, depende da qualidade da matéria-prima processada. Qualquer produto que contenha açúcar ou outro carboidrato, constitui-se em matéria-prima para obtenção de etanol (LIMA,1975).  Como boa matéria-prima para a produção de aguardente, deve-se entender como um produto em estágio ideal de maturação, sadio, recém colhido e livre de matéria- estranha (NOVAIS, 1971).  Pode-se classificar as matérias-primas em:  matérias açucaradas: cana-de-açúcar, beterraba, melaços, mel-de-abelhas e frutas  matérias amiláceas e feculentas: amido de grãos, a fécula de raízes e tubérculos  matérias celulósicas: palhas, madeiras, resíduos sulfiticos de fabricas de papel  De acordo com o Lima (1975), a matéria-prima de qualquer produto vegetal varia com um grande número de factores. Entre eles destacam-se: a variedade, a idade, as regiões e as condições culturais, de maturação, de sanidade, de colheita, de transporte, de armazenamento e de industrialização.  As composições que se seguem se referem principalmente ao material susceptível de se transformar em etanol.