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Metodologia Projetual e Aplicação Cromática
Design Method and Color Application




Outubro / 2008
Apresentação

Projetar é equacionar diversos fatores, e o tema COR é relevante a
todos eles. A cor fala mais à emoção do que à razão, mesmo sendo
um fenômeno físico, pois são as pessoas que a utilizam, escolhem,
produzem e apreciam. O designer precisa, com freqüência, justificar
escolhas cromáticas para demonstrar a função e a aplicabilidade da
cor aos objetivos do projeto. No entanto, se a metodologia para o
uso da cor não é explícita, essas escolhas assumem forte
componente subjetivo ou estão relacionados ao senso comum.
O Projeto

Um bom projeto deve seguir algumas fases e etapas para que seja
concluído com sucesso. São empregadas metodologias projetuais
que identificam cada passo e auxiliam a evolução do trabalho. Uma
das metodologias mais indicadas e reconhecidas para o Design é a
de Gui Bonsiepe.

Em um de seus livros, Gui Bonsiepe cita, em uma das seções
destinada à como fazer a escolha de cores para produtos.

A adaptação da metodologia projetual de Gui Bonsiepe, será
apresentada como uma geração sistemática de alternativas
cromáticas em artefatos, comunicações e ambientes.
Fase Analítica

Dividida em várias análises, dentro de uma macro estrutura
metodológica: Análise Denotativa, Análise Conotativa, Análise
Diacrônica, Análise Sincrônica, Análise Funcional, Análise
Estrutural, Análise Ergonômica, Análise Morfológica.

As seções a seguir têm como finalidade uma aplicação do que
seriam tais análises quando se tratar de estudo cromático.
Análise Denotativa

COR - s. f., impressão que as diferentes variedades de luz (diferentes
comprimentos de onda de radiação eletromagnética visível)
produzem nos órgãos visuais; tinta para pintar ou tingir; coloração
da face;

PIGMENTO - s.m., Biol., nome de diversas substâncias corantes
naturais que existem nos animais e nas plantas; Miner., matéria
corante existente em minerais.

VERMELHO - adj., encarnado; muito vivo; cor vermelha;
afogueamento; escarlate; rubro; muito corado; envergonhado;
revolucionário de esquerda.
                                   CÍRCULO CROMÁTICO   PIGMENTO
   DIVERSÃO          COLORIDO
      TONS                               ONDA
                                 LUZ                      CMYK
    COR                RGB
                      COMPLEMENTARES
                                       CONTRASTE
Análise Conotativa

Levantamento de palavras e imagens afins e busca em sítios
virtuais, revistas, livros e outros contextos em que as cores sejam
descritas em seus significados ampliados. Tudo que remeta à cor.




       CÉU                   ÁRVORE                     LUZ
      CLARO                 NATUREZA                    SOL
      LIMPO                ESPERANÇA                RENOVAÇÃO
      MACIO               COMPROMISSO                DIVERSÃO
      AZUL                    VERDE                AMARELO
Análise Diacrônica

Material histórico, relativo ao uso de cores naquele produto ou
sistema de produtos, sejam elementos gráficos, artefatos ou
ambientes, com a finalidade de detectar, conhecer e compreender
as mudanças tecnológicas e culturais sofridas no decurso do tempo.
Assim como a mudança de percepção em relação as cores como
decorrência de acontecimentos históricos.
Análise Sincrônica

Reconhecimento, apreciação e avaliação do “estado da arte” das
cores, utilizando um produto como exemplo e seus concorrentes ou
similares, para a identificação do uso da cor nos mesmos.




     MORANGO
      GELÉIA
     CHICLETE
       BALA
   VERMELHO
Análise Funcional

Reconhecimento e compreensão das funções práticas, estéticas e
simbólicas das cores nos produtos, das funções técnico-físicas de
cada componente do produto.



                               VERMELHO
                               Proibido, parar, perigoso;


                               AMARELO
                               Atenção, alerta;


                               VERDE
                               Livre, seguro;
Análise Estrutural

Essa análise pode ser feita de várias maneiras: do ponto de vista da
estrutura física, classificada como cor-luz ou cor-pigmento, ou
ainda sobre a capacidade de absorção/reflexão de superfícies
coloridas. A cor ainda pode ser analisada não em sua estrutura, mas
no modo como enfatiza a estrutura de formas/figuras num contexto.
Análise Morfológica

Reconhecimento da organização formal do produto e das relações
entre cor e geometria com o objetivo de se estudar a síntese e a
coerência entre partes, componentes e elementos e as escolhas
cromáticas. Johannes Ittens (1975) define em a Arte del Color,
elementos da geometria com cores, por exemplo o amarelo é
representado por um triângulo, e assim por diante.



       VERMELHO           LARANJA
                                            AMARELO



          VERDE             AZUL             VIOLETA
Análise Ergonômica

Apreciação das aplicações cromáticas relacionadas à melhor
visualização, usabilidade, segurança, conforto, fisiologia e
sinestesia. O organismo humano reage inconscientemente frente às
cores, sobretudo em situações experimentais. Além disso podemos
sempre relacionar com o fator ergonômico numa análise de cores
em sinalização urbana, de emergência, indicação de perigo, entre
outros.

                                               VERMELHO
                                               Proibido, perigoso;



                                               AMARELO
                                               Atenção, alerta;
Anteprojeto: geração de alternativas

Para a geração de alternativas teremos como base outras teorias de
cores, onde podemos observar que ela pode se fundamentar no
sistema das harmonias clássicas de Leonardo da Vinci; nas teorias
físicas para o entendimento do fenômeno cromático propostas por
Newton; na interpretação da fisiologia e psicologia da cor feita por
Goethe; ou em um disco de cores desenvolvido por Johannes Itten
pintor, professor e escritor suíço associado à escola Bauhaus.
                        NEWTON                             ITTEN




                                        GOETHE

    LEONARDO DA VINCI
Anteprojeto: geração de alternativas

É possível também investigar as relações entre o espectro visível das
cores e as distâncias baseadas na seção áurea. Esta equação foi
desenvolvida por Michael Semprevivo e está disponível em um
programa computacional aberto (http://goldennumber.net
/color.htm).
Referências

BONSIEPE, Gui (Coord.), KELLNER, Petra, POESSNECKER, Holger. Metodologia
Experimental Desenho Industrial. Brasília: CNPQ/coordenação Editorial, 1984.

BONSIEPE, Gui, WALKER, Rodrigo

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Metodologia Projetual e Aplicação Cromática

  • 1. Metodologia Projetual e Aplicação Cromática Design Method and Color Application Outubro / 2008
  • 2. Apresentação Projetar é equacionar diversos fatores, e o tema COR é relevante a todos eles. A cor fala mais à emoção do que à razão, mesmo sendo um fenômeno físico, pois são as pessoas que a utilizam, escolhem, produzem e apreciam. O designer precisa, com freqüência, justificar escolhas cromáticas para demonstrar a função e a aplicabilidade da cor aos objetivos do projeto. No entanto, se a metodologia para o uso da cor não é explícita, essas escolhas assumem forte componente subjetivo ou estão relacionados ao senso comum.
  • 3. O Projeto Um bom projeto deve seguir algumas fases e etapas para que seja concluído com sucesso. São empregadas metodologias projetuais que identificam cada passo e auxiliam a evolução do trabalho. Uma das metodologias mais indicadas e reconhecidas para o Design é a de Gui Bonsiepe. Em um de seus livros, Gui Bonsiepe cita, em uma das seções destinada à como fazer a escolha de cores para produtos. A adaptação da metodologia projetual de Gui Bonsiepe, será apresentada como uma geração sistemática de alternativas cromáticas em artefatos, comunicações e ambientes.
  • 4. Fase Analítica Dividida em várias análises, dentro de uma macro estrutura metodológica: Análise Denotativa, Análise Conotativa, Análise Diacrônica, Análise Sincrônica, Análise Funcional, Análise Estrutural, Análise Ergonômica, Análise Morfológica. As seções a seguir têm como finalidade uma aplicação do que seriam tais análises quando se tratar de estudo cromático.
  • 5. Análise Denotativa COR - s. f., impressão que as diferentes variedades de luz (diferentes comprimentos de onda de radiação eletromagnética visível) produzem nos órgãos visuais; tinta para pintar ou tingir; coloração da face; PIGMENTO - s.m., Biol., nome de diversas substâncias corantes naturais que existem nos animais e nas plantas; Miner., matéria corante existente em minerais. VERMELHO - adj., encarnado; muito vivo; cor vermelha; afogueamento; escarlate; rubro; muito corado; envergonhado; revolucionário de esquerda. CÍRCULO CROMÁTICO PIGMENTO DIVERSÃO COLORIDO TONS ONDA LUZ CMYK COR RGB COMPLEMENTARES CONTRASTE
  • 6. Análise Conotativa Levantamento de palavras e imagens afins e busca em sítios virtuais, revistas, livros e outros contextos em que as cores sejam descritas em seus significados ampliados. Tudo que remeta à cor. CÉU ÁRVORE LUZ CLARO NATUREZA SOL LIMPO ESPERANÇA RENOVAÇÃO MACIO COMPROMISSO DIVERSÃO AZUL VERDE AMARELO
  • 7. Análise Diacrônica Material histórico, relativo ao uso de cores naquele produto ou sistema de produtos, sejam elementos gráficos, artefatos ou ambientes, com a finalidade de detectar, conhecer e compreender as mudanças tecnológicas e culturais sofridas no decurso do tempo. Assim como a mudança de percepção em relação as cores como decorrência de acontecimentos históricos.
  • 8. Análise Sincrônica Reconhecimento, apreciação e avaliação do “estado da arte” das cores, utilizando um produto como exemplo e seus concorrentes ou similares, para a identificação do uso da cor nos mesmos. MORANGO GELÉIA CHICLETE BALA VERMELHO
  • 9. Análise Funcional Reconhecimento e compreensão das funções práticas, estéticas e simbólicas das cores nos produtos, das funções técnico-físicas de cada componente do produto. VERMELHO Proibido, parar, perigoso; AMARELO Atenção, alerta; VERDE Livre, seguro;
  • 10. Análise Estrutural Essa análise pode ser feita de várias maneiras: do ponto de vista da estrutura física, classificada como cor-luz ou cor-pigmento, ou ainda sobre a capacidade de absorção/reflexão de superfícies coloridas. A cor ainda pode ser analisada não em sua estrutura, mas no modo como enfatiza a estrutura de formas/figuras num contexto.
  • 11. Análise Morfológica Reconhecimento da organização formal do produto e das relações entre cor e geometria com o objetivo de se estudar a síntese e a coerência entre partes, componentes e elementos e as escolhas cromáticas. Johannes Ittens (1975) define em a Arte del Color, elementos da geometria com cores, por exemplo o amarelo é representado por um triângulo, e assim por diante. VERMELHO LARANJA AMARELO VERDE AZUL VIOLETA
  • 12. Análise Ergonômica Apreciação das aplicações cromáticas relacionadas à melhor visualização, usabilidade, segurança, conforto, fisiologia e sinestesia. O organismo humano reage inconscientemente frente às cores, sobretudo em situações experimentais. Além disso podemos sempre relacionar com o fator ergonômico numa análise de cores em sinalização urbana, de emergência, indicação de perigo, entre outros. VERMELHO Proibido, perigoso; AMARELO Atenção, alerta;
  • 13. Anteprojeto: geração de alternativas Para a geração de alternativas teremos como base outras teorias de cores, onde podemos observar que ela pode se fundamentar no sistema das harmonias clássicas de Leonardo da Vinci; nas teorias físicas para o entendimento do fenômeno cromático propostas por Newton; na interpretação da fisiologia e psicologia da cor feita por Goethe; ou em um disco de cores desenvolvido por Johannes Itten pintor, professor e escritor suíço associado à escola Bauhaus. NEWTON ITTEN GOETHE LEONARDO DA VINCI
  • 14. Anteprojeto: geração de alternativas É possível também investigar as relações entre o espectro visível das cores e as distâncias baseadas na seção áurea. Esta equação foi desenvolvida por Michael Semprevivo e está disponível em um programa computacional aberto (http://goldennumber.net /color.htm).
  • 15. Referências BONSIEPE, Gui (Coord.), KELLNER, Petra, POESSNECKER, Holger. Metodologia Experimental Desenho Industrial. Brasília: CNPQ/coordenação Editorial, 1984. BONSIEPE, Gui, WALKER, Rodrigo