E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
2422010193955manual serpentes peconhentas
1. Programa de Educação
Continuada a Distância
Manual de Acidentes por
Serpentes Peçonhentas
Aluno:
EAD - Educação a Distância
Parceria entre Portal Educação e Sites Associados
2. Manual de
Acidentes por Serpentes
Peçonhentas
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para
este Programa de Educação Continuada, é proibida qualquer forma de comercialização do
mesmo. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores
descritos na bibliografia consultada.
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3. SUMÁRIO
1. Mas afinal o que são animais peçonhentos?
2. Serpentes Peçonhentas (Acidentes ofídicos)
2.1 – Gênero Bothrops
2.2 - Gênero Lachesis
2.3 - Gênero Crotalus
2.4 - Gênero Micrurus
2.5 – Dicas para identificação de Serpentes Peçonhentas
2.6 - Estatísticas
2.7 – Prevenção
2.8 – Como proceder em caso de acidentes?
3. Outras Serpente Importantes
4. Telefones úteis
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4. 1. Mas afinal, o que são animais peçonhentos?
Chamamos de peçonhentos, todos os animais que possuem veneno e a
capacidade de inoculá-lo, ou seja, injetá-lo no corpo de sua vítima, podendo inclusive
levar sua vitima à morte devido à ação de seu veneno. Dessa forma, existem animais que
são venenosos, mas não são peçonhentos, pois não conseguem injetar seu veneno nas
vítimas, como é o caso de algumas espécies de sapos.
De uma forma geral, quando falamos em animais peçonhentos diretamente
pensamos em serpentes. Neste manual, falaremos sobre as principais espécies de
serpentes peçonhentas do Brasil, conhecendo aspectos referentes à morfologia,
distribuição geográfica e medidas preventivas para evitar acidentes desta natureza.
2. Serpentes Peçonhentas
No mundo existem cerca de 3.000 espécies de serpentes, das quais 321 podem
ser encontradas no território brasileiro, sendo que entre estas, apenas 36 são
consideradas peçonhentas (Marques et al. 2001). O maior número de acidentes com
serpentes venenosas no Brasil envolve os gêneros Bothrops, Lachesis, Crotalus e
Micrurus
2.1 – Gênero Bothrops
Bothrops é um gênero de serpentes peçonhentas ocorrentes nas Américas Central
e do Sul. Membros deste gênero são os maiores responsáveis pelos acidentes ofídicos
em todo o continente americano.
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5. No Brasil não poderia ser diferente. A maior parte dos acidentes ofídicos ocorre
com espécies pertencentes ao gênero Bothrops, que reúne as espécies popularmente
conhecidas como “jararacas”, “cotiara”, “jararacuçu”, urutus e etc.
Trata-se de um gênero de ampla ocorrência em território brasileiro, com espécies
apresentando hábitos variados, tendo inclusive a capacidade de subirem em árvores para
capturar suas presas. Entre as espécies pertencentes ao gênero Bothrops estão: B.
jararaca, B. jararacussu e B. alternatus.
2.1.1 – Bothrops jararaca WIED, 1824
“jararaca”, “jararaca-da-mata”
Espécie ocorrente nas regiões Nordeste (BA), Sudeste (MG, ES, RJ e SP), Centro-
Oeste (MS) e Sul (PR, SC e RS) (Figura 1). Ativa durante a noite, apresentando em média
entre 100 e 200 gramas, com indivíduos adultos podendo chegar a um metro de
comprimento. Seu comportamento de defesa inclui dar botes e se enrolar escondendo a
cabeça entre seu corpo (Marques et al. 2001).
Possui uma coloração variada, apresentando ao longo de seu corpo pequenas
manchas, de forma semelhante à letra “V” de forma invertida (Figura 1).
Figura 1: Mapa de ocorrência (esquerda) e imagem de Bothrops jararaca. Fonte:
Adaptado de FUNASA (2001).
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6. Pode ocorrer tanto no ambiente rural como em centros urbanos. Habitualmente,
alimenta-se de pequenos roedores, sendo que geralmente terrenos baldios e junção de
entulhos em pátios podem contribuir para a ocorrência de roedores e conseqüentemente
destas serpentes.
É a espécie de serpente que mais causa acidentes ofídicos, sendo que geralmente
ataca quando se sente muito acuada, já que na maior parte das vezes procura se afastar
quando uma pessoa se aproxima.
Além do Brasil, esta espécie também é encontrada na região nordeste do Paraguai
e nordeste da Argentina, na província de Misiones.
2.1.2 – Bothrops jararacussu LACERDA, 1884
“jararacuçu”
Espécie ocorrente nas regiões Centro-Oeste (MS), Sudeste (MG, ES, RJ e SP) e
Sul (PR e SC) (Figura 2). Ativa tanto durante o dia quanto durante a noite, pesando mais
que 250 gramas, com indivíduos adultos chegando algumas vezes a atingir dois metros
de comprimento. Seu comportamento de defesa inclui a vibração da cauda, além de dar
repetidos botes.
Alimenta-se de pequeno vertebrados como ratos e sapos. Possui uma coloração
variada, desde tons páleos até tons mais escuros. Apresenta manchas em seu corpo, que
lembram, àquelas observadas em B. jararaca (Figura 2).
A espécie apresenta dimorfismo sexual, já que as fêmeas apresentam maiores
tamanhos médios que os machos, além de diferentes padrões de coloração, sendo ela
amarelada e ele cinza (Wikipédia, 2008). Outro aspecto que chama a atenção é a
quantidade considerável de veneno que são capazes de injetar. Os adultos alimentam-se
de roedores pequenos, enquanto que os mais jovens têm nos pequenos lagartos e
anfíbios seu prato principal. A ninhada geralmente se dá no início da estação chuvosa (16
a 20 filhotes).
Além do Brasil, esta espécie também é encontrada no Paraguai, sudeste da Bolívia
e nordeste da Argentina, na província de Misiones.
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7. Figura 2: Mapa de ocorrência (esquerda) e imagem de Bothrops jararacussu. Fonte:
Adaptado de FUNASA (2001).
2.1.3 – Bothrops alternatus DUMÉRIL & BIBRON, 1854
“urutu”, “cruzeira”
Espécie ocorrente nas regiões Centro-Oeste (GO, MS), Sudeste (MG, SP) e Sul
(PR, SC, RS) (Figura 3). Assim como a grande maioria das espécies pertencentes ao
gênero Bothrops, B. alternatus apresenta hábitos diurno e noturno. Existem muitos relatos
de indivíduos observados que apresentavam mais de 2 m de comprimento, embora o
maior registro comprovadamente efetuado fora 169 cm (Wikipedia, 2008).
O padrão de marcas característico torna esta espécie facilmente identificável. Os
indivíduos que ocorrem no Brasil apresentam uma coloração escura com uma espécie de
“V” invertido ao longo de todo o corpo, sendo estas marcas delimitadas por uma pequena
listra branca (Figura 3).
Pouco se conhece acerca da biologia reprodutiva desta espécie na natureza.
Registros de indivíduos em cativeiro reportam o nascimento de 3 a 12 filhotes por
ninhada.
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8. Figura 3: Mapa de ocorrência (esquerda) e imagem de Bothrops alternatus. Fonte:
Adaptado de FUNASA (2001).
2.1.4 – Ação e Sintomas do veneno das jararacas nas vítimas
O veneno das jararacas possui ação proteolítica (edema local), hemorrágica e
coagulante. Os principais sintomas observados nas vítimas são além da dor, inchaço no
local da picada (edema), formação de bolhas (processo conhecido como equimose) e
necrose celular. Em casos extremas, pode ocorrer o óbito causado por insuficiência renal.
Além disso, secundariamente podem ocorrer infecções ocasionadas pelas bactérias que
habitam a boca das jararacas.
Nas figuras a seguir podemos observar os efeitos de acidentes envolvendo
espécies pertencentes ao gênero Bothrops (Figuras 4, 5, 6 e 7).
Cabe ainda ressaltar que existe uma diferença entre a ação do veneno dos filhotes
e dos indivíduos adultos. No primeiro caso observa-se uma ação anti-coagulante
enquanto que para os adultos, a ação mais comum é a lesão tecidual (proteolítica).
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9. Figura 4: Sangramento no local da picada, já apresentando edema (Fonte IBAMA).
Figura 5: Vítima de acidente botrópico já apresentando sinais de equimose (formação de
bolhas) no braço direito (Fonte IBAMA).
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10. Figura 6: Vítima de acidente botrópico mostrando leve edema na mão direita.
Figura 7: Vítima de acidente botrópico apresentando necrose muscular extensa e
exposição óssea (Fonte IBAMA).
2.1.5 – Classificação dos acidentes botrópicos quanto à gravidade e soroterapia
recomendada
A seguir veremos os procedimentos recomendados de acordo com as
manifestações dos sintomas após a ocorrência do acidente botrópico (Tabela 1),
salientando ainda que é sempre necessário buscar auxílio médico o quanto antes
possível.
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11. Tabela 1: Classificação dos acidentes botrópicos quanto à gravidade e soroterapia
recomendada
2.2 – Gênero Lachesis
Lachesis é um gênero de serpentes peçonhentas ocorrentes na América Central e
América do Sul. Este gênero é formado por três espécies, das quais apenas Lachesis
muta é encontrada no território brasileiro. Esta espécie está representada no Brasil por
duas subespécies:
Lachesis muta muta – Amazônia e América Central
Lachesis muta rhombeata – Mata Atlântica (RN até RJ)
Sua ocorrência abrange áreas florestais da Amazônia, Mata Atlântica e enclaves de
Matas Úmidas no Nordeste do Brasil. Ocorre em áreas adjacentes a campos e clareiras,
onde a freqüência de roedores é maior.
São popularmente conhecidas como surucucu pico-de-jaca, surucucu, malha-de-
fogo e ainda surucutinga. Em especial, a maior parte dos acidentes envolvendo serpentes
do tem sido observada na região norte do Brasil.
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12. 2.2.1 – Lachesis muta LINNAEUS, 1766
“surucucu”, “surucucu pico-de-jaca”, “surucutinga”
Espécie ocorrente nas regiões Norte (AC, AM, AM, PA, RR, RO, TO), Centro-Oeste
(MT), Nordeste (CE, PE, AL, SE, BA) e Sudeste (MG, RJ). Trata-se da maior serpente
peçonhenta do continente Americano, podendo atingir até 3,5 m de comprimento.
Esta espécie é ativa preferencialmente durante a noite. Trata-se de uma serpente
que habita áreas florestais, o que torna rara a possibilidade de que seja avistada
(Marques et al. 2001). Além disso, sua região natural de ocorrência possui baixa
densidade de habitantes por km2 (Amazônia).
Seu padrão de coloração, alternando manchas amarelas e pretas permite sua fácil
distinção (Figura 8).
Figura 8: Mapa de ocorrência (esquerda) e imagem de Lachesis muta. Fonte: Adaptado
de FUNASA (2001).
Sua alimentação, assim como para a maior parte das serpentes, inclui pequenos
roedores e marsupiais. Durante o ataque, costuma dar o bote repetidas vezes e em casos
extremos, para defesa, seu bote pode incluir também cabeçadas (Marques et al. 2001).
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13. Possui dentição solenóglifa, com dentes anteriores ocos. Quando se sente acuada
costuma vibrar a cauda repetidas vezes e esta geralmente corresponde a menos de 15%
do comprimento de seu corpo.
2.2.2 – Ação e Sintomas do veneno de surucucu nas vítimas
Alguns autores sugerem que esta espécie produz uma grande quantidade de
veneno, considerado fraco quando comparado com o veneno de outras espécies. Ainda
assim, para outros autores, não existe acurácia para que maiores conclusões acerca da
intensidade do veneno possam ser obtidas.
Quando picado por uma surucucu, a vítima apresenta diminuição na pressão
arterial, diminuição da freqüência cardíaca, alteração da visão, inchaço e dor no local da
picada, sangramentos na urina, gengiva e pele, diarréia, vômito e em casos mais
extremos insuficiência renal.
A espécie possui veneno de ação neurotóxica, com elevado potencial de letalidade.
O soro que deve ser utilizado em caso de picada é o SAL/SABL – soro antilaquésico ou o
antibotrópico-laquésico.
A seguir veremos algumas figuras ilustrando os efeitos de acidentes envolvendo
surucucus (Figuras 9 e 10).
Figura 9: Vítima já apresentando necrose tecidual (Fonte IBAMA).
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14. Figura 10: Índio amazônico mostrando amputação de dedos dos pés e necrose tecidual
na perna direita após acidente ofídico envolvendo surucucu (Fonte IBAMA).
2.3 – Gênero Crotalus
Crotalus é um gênero de serpentes peçonhentas pertencentes â família Viperidae.
O gênero reúne espécies terrestres, com bote veloz que em média atinge
aproximadamente um terço do corpo do animal.
Estima-se que este gênero seja composto por mais de 30 espécies. Um aspecto
interessante sobre as cascavéis é que estas não se desprendem totalmente de sua pele
antiga: a cada troca de pele, um pequeno pedaço permanece enrolado na ponta da
cauda, como se fosse um anel. À medida que os anos vão passando, estes pequeno
pedaços ressecados de pele formam o que conhecemos por guizos, que emitem um
barulho bem característico, quando o animal está vibrando a cauda.
Erroneamente estima-se a idade da cobra pelo número de anéis em seu chocalho.
Na verdade este número representa quantas vezes aquele indivíduo trocou de pele. O
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15. som emitido pelo guizo tem como principal função advertir a presença da cascavel e
dessa forma afugentar possíveis predadores.
A espécie que apresenta maior distribuição geográfica é Crotalus durisseus, única
representante do gênero no Brasil.
2.3.1 – Crotalus durissus LINNAEUS, 1758
“cascavel”, “cascavel-de-quatro-ventas”, “boicininga”, “maracabóia”, “boiquira”
Crotalus durissus é encontrada desde o México até a Argentina. Os machos
atingem em média aproximadamente 1,5 m de comprimento, apresentando as fêmeas
geralmente um porte menor.
Sua coloração é marcada por losangos escuros, dispostos verticalmente,
margeados por uma tonalidade mais clara. O dorso da cauda é de cor escura
apresentando pequenas barras de mesmo tom, dispostas na vertical. O ventre é mais
claro (Figura 11).
Com excessão da Floresta Amazônica (embora em áreas abertas sua presença já
tenha sido verificada) ocorre em praticamente em todo o território brasileiro, excetuando
ainda a Zona da Mata e regiões litorâneas. Segundo Marques et al. (2001), a presença da
cascavel em áreas de Mata Atlântica deve-se principalmente ao desmatamento, uma vez
que trata-se de uma espécies de locais secos e de clima quente.
Habitualmente, indivíduos de Crotalus durissus não têm o ataque como hábito,
sendo que o fato de balançar a cauda é justamente uma estratégia para evitar o
confronto, que seja com um possível predador, quer seja com o ser humano. Os
indivíduos adultos se alimentam de pequenos mamíferos e aves, enquanto que os jovens
preferencialmente se alimentam de lagartos.
Esta serpente é responsável por aproximadamente 10% dos acidentes ofídicos
devidamente registrados para o Brasil (FUNASA, 2001).
Esta espécie está representada no Brasil por cinco subespécies. A seguir são
listadas as subespécies e suas respectivas regiões de ocorrência no Brasil.
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16. • Crotalus durissus terrificus – se distribui pelo Sul do Brasil, chegando em casos
extremos até o MT, AM, RO e PA.
• Crotalus durissus cascavella – serpente encontrada em áreas de caatinga,
podendo atingir comprimento superior a 1,6 m.
• Crotalus durissus collilineatus – ocorrente nos estados de SP, MS, MT, MG, DF e
GO.
• Crotalus durissus ruruima – encontrada no estado de RR, ocorrente em áreas de
savana. Sobre esta variedade, chama a atenção o fato de que os soros
anticrotálicos comerciais não são capazes de neutralizar a ação de seu veneno.
• Crotalus durissus marajoensis – trata-se da sub-espécie menos conhecida,
ocorrendo somente na Ilha de Marajó/PA, em áreas abertas.
Figura 11: Crotalus durissus, chamando a atenção para o padrão de coloração (A) e para
a cauda, mostrando o guizo ou chocalho (B). Fonte: Adaptado de FUNASA (2001).
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17. 2.3.2 – Ação e Sintomas do veneno das cascavéis nas vítimas
O veneno da Cascavel tem ação proteolítica, causando um edema no local da
picada. Além disso, a vítima pode apresentar visão dupla e aspecto de sonolência (Ptose
palpebral e face miastênica), língua prostrada (para fora da boca), a urina pode
apresentar coloração escura e apresentar diminuição e até paralisação total de sua
produção, o que pode ser indicativo de insuficiência renal de caráter agudo.
Além disso, o veneno da cascavel possui cerca de 60% de uma proteína chamada
de crotoxina. Esta proteína quando entra no corpo da vítima inibe gradualmente a
movimentação muscular, e caso não haja tratamento adequado em tempo hábil (máximo
6 horas após a picada) a vítima pode parar de respirar.
Nas figuras a seguir podemos observar os efeitos de acidentes envolvendo
Crotalus durissus (Figuras 12 e 13).
Figura 12: Indivíduo apresentando ptose palpebral (A) e face miastênica (B) após acidente
ofídico envolvendo Crotalus durissus. Fonte: IBAMA.
17
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18. Figura 13: Vítima de acidente crotálico apresentando leve edema na mão direita (Fonte:
IBAMA).
2.4 – Gênero Micrurus
No continente americano a família Elapidae está formada por 61 espécies, das
quais 57 pertencem ao gênero Micrurus (Serafim et al., 2007). Este gênero distribui-se
desde o sul dos Estados Unidos até a Argentina (Melgarejo, 2003). No Brasil até o
presente momento foram registradas 22 espécies pertencentes à família Elapidae.
O gênero Micrurus compreende 18 espécies, apresentando porte de pequeno a
médio, com indivíduos me geral não ultrapassando 1 metro de comprimento.
Caracteristicamente apresentam ao longo do corpo anéis vermelhos, pretos e brancos em
combinações variadas. Na Amazônia e limites, já foram encontradas corais de cor
marrom-escura, apresentado em seu ventre manchas avermelhadas.
No gênero Micrurus observa-se dois grupos distintos, separados pelo padrão de
distribuição dos anéis bem como por características morfológicas (Serafim et al., 2007).
Entre as espécies ocorrentes no território brasileiro, a maior parte dos acidentes
envolvendo o gênero Micrurus é verificada para Micrurus corallinus e Micrurus frontalis.
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19. 2.4.1. Micrurus corallinus MERREM, 1820
“cobra-coral”, “coral-verdadeira”, “ibiboboca”, “boicorá”
Micrurus corallinus é uma espécie ocorrente nas regiões Centro-Oeste (MS),
Sudeste (MG, ES, RJ, SP) e Sul (PR, SC, RS) do Brasil. Trata-se de uma espécie com
hábitos diurnos, com comprimento variando entre 50 centímetros e 1 metro. Trata-se de
uma serpente comum, com grandes chances de visualização.
Sua coloração é marcada por anéis pretos margeados por anéis brancos de menor
espessura, e também por vermelho marcante entre os anéis (Figura 14).
Trata-se de uma serpente pouco agressiva que somente ataca quando se sentir
acuada. Apresenta como estratégia de defesa, o hábito de enrolar-se para esconder a
cabeça, pode mudar repentinamente de postura e dificilmente se arma para dar o bote
(Marques et al. 2001). Possui cauda curta, que corresponde em média a 15% de seu
comprimento total.
Caracteristicamente vive no solo, escondendo-se sob a serapilheira, habitando
buracos e ocos em troncos caídos e árvores, preferencialmente em ambientes florestais e
próximas a cursos d’água.
Figura 14: Mapa de ocorrência e imagem de Micrurus corallinus. Fonte: Adaptado de
FUNASA (2001).
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20. Um aspecto que chama a atenção sobre as cobras-corais é que estas possuem
dentição proteróglifa, ou seja, está situada na porção anterior da boca (Figura 15). Isso
significa que ao invés de picar esta espécie morde suas presas, sendo o mesmo
verdadeiro para Micrurus frontalis.
Figura 15: Detalhe de cabeça mostrando serpente com dentição proteróglifa, indicando
com a seta dentição por onde o veneno é injetado nas vítimas.
2.4.2 – Micrurus frontalis BIBRON & DUMÉRIL, 1854
“cobra-coral”, “coral”, “boicorá”
Micrurus frontalis é uma espécie que no Brasil é encontrada nas regiões Norte (sul
de TO), Centro-Oeste (MT, MS, GO, DF), Nordeste (Oeste da BA), Sudeste (MG, SP, RJ),
e Sul (PR, SC, RS). Trata-se de uma espécie com hábitos diurnos, sendo encontrada
principalmente em áreas abertas, como campo e cerrados.
Sua coloração é marcada por anéis brancos, ladeados por anéis pretos de mesma
espessura, sendo que entre estes se observa também um vermelho marcante,
característico das serpentes popularmente conhecidas como corais (Figura 16).
Trata-se de uma serpente pouco agressiva, sendo que a maior parte dos acidentes
envolvendo esta espécie ocorrem quando se tenta manuseá-la, em geral por pessoas
sem experiência. Da mesma forma que Micrurus corallinus sua dentição é proteróglifa
(Figura 15), o que faz com que tenha que morder suas vítimas ao invés de picá-las.
20
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21. Figura 16: Mapa de ocorrência e imagem de Micrurus frontalis. Fonte: Adaptado de
FUNASA (2001).
O comportamento desta espécie chama a atenção pelo fato de que quando
molestada, instintivamente enrola-se e esconde a sua cabeça, levantando e enrolando a
cauda para distrair quem a ameaça, passando a impressão que sua cabeça que realiza
tal movimento.
Espécie de hábito subterrâneo, sendo encontrada também entre o folhiço,
habitando troncos em estado de decomposição, sendo observada também entre pedras e
raízes.
Em todo o território brasileiro ocorrem serpentes não-peçonhentas que apresentam
padrão de coloração similar ao das corais verdadeiras, porem estas espécies não
apresentam dentes inoculadores. Também é possível, em alguns casos, diferenciá-las
pela configuração dos anéis, que nas falsas-corais não envolvem a circunferência
corporal de forma completa.
21
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22. 2.4.3 - Ação e Sintomas do veneno das corais nas vítimas
Caracteristicamente observa-se que no local onde ocorreu a picada não se observa
nenhuma alteração acentuada. As vítimas em geral apresentam visão-dupla ou borrada,
aspecto sonolento (face miastênica) e pálpebras caídas. Em casos extremos pode se
observar nas vítimas insuficiência respiratória e salivação.
O soro antiofídico utilizado em caso de acidentes envolvendo corais verdadeiras é
o soro antielapídico.
Nas figuras a seguir podemos observar os efeitos de acidentes envolvendo vítimas
de acidentes com cobras corais (Figuras 17 e 18).
Figura 17: Indivíduos picados por cobra-coral apresentando face miastênica. Fonte
IBAMA.
Figura 18: Indivíduo apresentando pequeno edema no local de ocorrência de acidente
ofídico envolvendo Micrurus corallinus. Fonte: IBAMA.
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23. Existem ainda outras espécies de serpentes peçonhentas pertencentes ao gênero
Micrurus com as quais se observam acidentes ofídicos (Figura 19).
Figura 19: Outras espécies de cobra coral com as quais se verificam acidentes ofídicos:
A) Micrurus leminiscatus; B) Micrurus spixii e C) Micrurus ibiboboca. Fonte: Adaptado de
FUNASA (2001).
2.5 – Dicas para a identificação de Serpentes Peçonhentas
As Serpentes Peçonhentas apresentam algumas características que permitem que
sejam até de certa forma, facilmente distinguidas das espécies não-peçonhentas.
Veremos a seguir quais características são estas:
a) Fosseta Loreal
A fosseta loreal é um órgão é um órgão termorreceptor, se caracterizando como
um pequeno orifício entre a narina e os olhos das serpentes peçonhentas (Figura 20). A
presença desta estrutura indica seguramente que trata-se de uma serpente peçonhenta,
sendo observada nos gêneros Bothrops, Lachesis e Crotalus.
23
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24. Figura 20: Seta indicando a fosseta loreal em uma serpente pertencente ao gênero
Bothrops.
b) Cauda
De uma forma geral, observa-se que nas serpentes peçonhentas o afilamento da
cauda ocorre de maneira abrupta ao contrário das serpentes não-peçonhentas, cuja
cauda possui um padrão gradual de afilamento.
Através da cauda, é possível ainda fazer a distinção entre os três principais
gêneros de serpentes peçonhentas, como veremos na figura a seguir (Figura 21).
Figura 21: Distinção entre o formato da cauda nos três principais gêneros de serpentes
peçonhentas do Brasil: Bothrops (jararacas), Crotalus (cascavéis) e Lachesis (surucucus).
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25. c) Outras dicas importantes
Serpentes peçonhentas possuem a cabeça de forma triangular, bem destacada do
corpo, o que não acontece com as serpentes inofensivas.
Serpentes não peçonhentas possuem pupilas grandes e arredondadas. Já as
serpentes venenosas possuem olhos pequenos e pupilas em forma de fenda.
A cobra-coral (Micrurus spp.), apesar de ser uma serpente peçonhenta, possui
todas as características de uma serpente não-peçonhenta, como ausência de fosseta
loreal e pupila em forma de fenda. Entretanto, seu típico padrão de coloração permite sua
fácil identificação, como podemos observar na figura a seguir (Figura 22).
Figura 22: Cobra-coral, apresentando típico padrão de listras ao longo do corpo.
2.6 – Estatísticas
Estima-se que anualmente sejam notificados aproximadamente 100.000 casos de
acidentes ofídicos no Brasil (Brasil, 2001). Entre as regiões brasileiras, o maior coeficiente
de incidência é verificado para a região Centro-Oeste, conforme se observa na tabela a
seguir (Tabela 1):
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26. Tabela 1: Coeficiente de ocorrência de acidentes com serpentes peçonhentas (por
100.000 habitantes), de 1990 a 1993*.
Região 1990 1991 1992 1993
Brasil 13,78 13,30 14,08 13,94
Norte 24,44 23,23 23,77 25,89
Nordeste 6,77 6,71 6,23 7,65
Centro-Oeste 34,75 28,36 37,98 32,13
Sudeste 13,15 13,24 12,92 12,34
Sul 15,35 15,11 17,52 16,83
* Dados mais atualizados disponibilizados pela FUNASA (2001).
Ainda assim, levando em conta o tamanho das populações nas diferentes regiões
do Brasil, verifica-se que o maior número exato de acidentes ofídicos ocorre na região
Sudeste, que por sua vez é a região mais populosa do país (Figura 23).
Figura 23: Participação de cada região no percentual total de acidentes ofídicos
verificados no Brasil. Fonte: FUNASA (2001).
De uma forma geral, cerca de 80% das picadas promovidas por serpentes
peçonhentas em seres-humanos, atinge os pés e pernas abaixo dos joelhos, enquanto
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27. que o restante concentra-se nos braços e mãos. De uma forma geral, verifica-se que
justamente em meses nos quais se observa um aumento nas atividades humanas
relacionadas com o campo. Isso faz com que nas regiões Sul, Centro-Oeste e Sudeste a
maior concentração de acidentes ofídicos se observe entre os meses de setembro a
março, enquanto que no nordeste os acidentes aumentam entre janeiro e maio e na
região norte ocorrem de forma uniforme ao longo do ano (Funasa, 2001).
Cerca de 70% dos acidentes envolvendo serpentes peçonhentas, ocorre com o
gênero Bothrops, ou seja, as serpentes popularmente conhecidas como jararacas.
Poucos são os casos em que uma picada de cobra pode levar ao óbito do atingido.
No período entre os anos de 1990 e 1993, o percentual de mortes envolvendo pessoas
picadas por serpentes peçonhentas foi inferior a 1%. Entretanto, chama a atenção o fato
de que o maior índice de óbitos fora observado para os acidentes envolvendo cascavéis
(Crotalus). Na maior parte dos óbitos, entre a ocorrência da picada e o atendimento
decorreram mais de 6 horas.
2.7 – Prevenindo acidentes com Serpentes Peçonhentas
Como bem sabemos, a maior parte dos acidentes ofídicos ocorre em áreas rurais.
Embora poucas pessoas saibam disso, nem mesmo os proprietários rurais, conforme
estabelecido na Norma Reguladora Rural n° 4, todo funcionário rural tem direito a receber
proteção para as pernas, braços, mãos e pés, sendo dever do empregador oferecer tais
equipamentos gratuitamente para os seus empregados.
Existem alguns cuidados que devem ser tomados e que podem contribuir
significativamente para a redução de acidentes envolvendo serpentes peçonhentas:
Utilize somente botas de cano longo ou senão botinas
protegendo as pernas com perneiras. Luvas de raspa devem
proteger as mãos e mangas de proteção devem proteger os
braços (Figura 24);
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28. Figura 24: Ilustração sobre equipamentos de proteção
adequados para o trabalho em zonas rurais. Fonte: FUNASA
(2001).
Segundo dados disponibilizados pela FUNASA (2001), como a
maior parte dos acidentes ofídicos ocorrem nas pernas, o uso de
botas pode reduzir até 80% destes acidentes. Para se ter idéia,
o uso de sapatos já promove redução estimada em 30% no
número de acidentes. Manter o entorno da residência sempre
limpo, sem entulhos, por exemplo, contribui para evitar a
presença de serpentes nos arredores das moradias, uma vez
que evitam a aproximação de ratos, a alimentação preferida das
serpentes.
Antes de remexer qualquer monte de folhas em algum buraco,
entre pedras, ocos situados em troncos, devemos sempre utilizar
o pedaço de madeira ou graveto antes de qualquer
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29. procedimento, o que contribui muito para evitar acidentes (Figura
25).
Figura 25: Antes de mexer em qualquer lugar, “cutuque” com um galho antes. (Fonte:
FUNASA (2001).
Frestas sob portas, vãos em janelas e principalmente em muros
devem sempre ser tapados.
Jamais tente manusear uma serpente se você não tiver prática.
Devemos sempre entender que as serpentes desempenham
importante papel no equilíbrio dos ecossistemas. Por isso,
jamais agrida uma serpente se esta não estiver realmente
incomodando. Caso você esteja no campo e encontrar alguma
serpente, procure não fazer nada, pois a tendência é que ela
siga os eu caminha naturalmente.
2.8 – Como proceder em caso de acidente envolvendo uma serpente peçonhenta
Mesmo sendo uma pessoa prevenida e tendo tomado todos os cuidados
necessários para se evitar qualquer acidente ofídico, acidentes podem acontecer. Em
caso da ocorrência de um acidente envolvendo serpentes peçonhentas, devem-se tomar
os seguintes cuidados:
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30. Jamais amarre a perna ou braço onde ocorreu a picada.
Embora muito difundido popularmente, o torniquete (conhecido
também como garrote) dificulta a circulação, o que por sua vez
pode ocasionar necrose ou gangrena e mesmo assim, não
impede de maneira alguma que o veneno seja absorvido (Figura
26).
Figura 26: Embora a prática do torniquete seja muito difundida, não é aconselhável que se
efetua tal procedimento em caso de acidente ofídico. Fonte: FUNASA (2001).
Algumas pessoas acreditam que realizar pequenos cortes no
entorno da região atingida durante a picada, poderá fazer com
que o veneno seja retirado. Na verdade, estes cortes poderão
provocar em casos extremos até hemorragia e o veneno de
maneira alguma será eliminado através destes cortes (Figura
27).
Também de nada adiantará sugar o local da picada, uma vez
que é totalmente impossível retirar o veneno através de tal
procedimento. A sucção pode piorar o local da picada,
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31. promovendo aumento do edema.
Não coloque pó de café, querosene, terra ou qualquer outra
substância sobre o local da picada.
Figura 27: Realizar pequenos cortes no entorno do local da picada, não ameniza a ação
do veneno. Fonte IBAMA.
Não de nada para o acidentado beber. Apenas deixe-o em
repouso e mantenha a parte atingida o mais elevada possível.
Dessa forma, a circulação será menos intensa no local da picada
e quanto mais calma a vítima estiver, mais devagar o veneno irá
circular pelo seu corpo (Figura 28).
Figura 28: Mantenha o membro atingido pela picada o mais elevado possível. Fonte:
FUNASA (2001).
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32. Leve o acidentado o quanto antes para o Posto de Saúde mais
próximo do local do acidente. Caso você não tenha certeza qual
espécie picou o acidentado, uma alternativa seria levar a cobra
até o posto, de preferência morta, uma vez que o soro deve ser
específico para a espécie que o picou.
3. Outras serpentes importantes
Além das espécies que estudamos ao longo deste manual,
existem outras espécies que habitam matas, campos e florestas de
todo o Brasil e que apresentam riscos em caso de ocorrência de
acidente ofídico.
A seguir apresentamos algumas imagens (Figuras 29, 30, 31 e 32) destas espécies
e que podem auxiliar em sua correta identificação, quando necessário.
Figura 29: Bothrops moojeni (caiçaca), espécie ocorrente nos estados do MS, PR, SP.
GO, DF, MG, TO e MA. Fonte: FUNASA (2001).
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33. Figura 30: Bothrops atrox (caiçaca), espécie ocorrente nos estados do MT, AM, PA, MA,
AP, AC, RO e RR. Fonte: FUNASA (2001).
Figura 31: Bothrops erythromelas (jararaca da seca), espécie ocorrente especialmente em
áreas de Caatinga, nos estados do PI, CE, RN, PB, PE, SE, Al, BA e MG. Fonte: FUNASA
(2001).
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34. Figura 32: Bothrops neuwiedi (jararaca-pintada), espécie de ampla distribuição nas
regiões Sul, Sudeste, Nordeste, Centro-Oeste e na região Norte encontrada nos estados
do TO, PA, RO e AM. Fonte: FUNASA (2001).
4. Telefones Úteis
Como vimos o primeiro procedimento em caso de acidente ofídico
envolvendo serpentes peçonhentas, é conduzir a vítima até o Posto de Saúde ou Hospital
mais próximo. Maiores informações podem ser obtidas nos seguintes endereços (Fonte:
FUNASA (2001):
REGIÃO NORTE
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35. REGIÃO NORDESTE
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36. 36
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37. REGIÃO SUDESTE
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38. REGIÃO SUL
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39. REGIÃO CENTRO-OESTE
-----------------FIM DO MANUAL-----------------
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40. Bibliografia Consultada
FUNASA. 2001. Manual de Diagnóstico e Tratamento de Acidentes por Animais
Peçonhentos. Ministério da Saúde. 120 p.
IBAMA. Acidentes por serpentes peçonhentas (Disponível em: www.ibama.gov.br /
Acesso em 30/12/2008).
Marques, O. A. V.; Eterovic, A. & Sazima, I. 2001. Serpentes da Mata Atlântica: Guia
Ilustrado para a Serra do Mar. Ed. Holos. 185 p.
Serafim, H.; Peccinini-Seale, D. M. & Batistic, R. F. 2007. Estudo cariotípico de duas
serpentes brasileiras do gênero Micrurus (Ophidia, Elapidae). Biota Neotropica v. 7, n. 1
(http://www.biotaneotropica.org.br/v7n1/pt/abstract?article+bn01607012007).
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