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Discussão
de
Casos
Clínicos
            Serviço de Neurologia
            Dr. Carlos Henrique D. Carneiro
Caso 01
D.I.

 57 anos
 masculino
 cabeleireiro
 crises epilépticas parciais motoras há 10 meses
Exame físico



   Exame físico geral : discreto descoramento de mucosas
   Exame Neurológico: - papiledema
                            - hemiparesia esquerda
Exames complementares
   Tomografia computadorizada
          SC           SC




          CC           CC
Exames complementares
   RX de tórax
Exames complementares
   Exame anátomo-patológico: presença de
    leveduras em gemulação múltipla compatíveis
    com Paracoccidioides brasiliensis.
Paracoccidioidomicose
   Doença sistêmica causada pelo fungo
    Paracoccidioides brasiliensis.
   Frequência do acometimento do S.N.C.: 27,27%
   Formas: pseudotumoral e meníngea.
   Tratamento: Anfotericina B, derivados azólicos

                 e sulfamídicos.
   Evolução: o paciente evoluiu bem , mantendo
    discreta hemiparesia e hipoestesia
Conclusão

   O acometimento do SNC é mais freqüente do que se
    supunha
   Diagnóstico: relativamente difícil - geralmente só
    desvendados após cirurgia e estudo anátomo-patológico.
   Tratamento: cirúrgico e antimicrobiano é eficaz e de baixo
    custo ( sulfametoxazol-trimetoprim)
   Evolução favorável está intimamente correlacionada à
    precocidade diagnóstica e a correta decisão terapêutica
Caso 02
C.M.

    27 anos , feminina , branca , jornalista, natural e
    residente em Santo André.
   Deu entrada no P.A. com história de fraqueza
    progressiva em MMII mais evidente em mm distais,
    dor nas panturrilhas e parestesias nos pés.
   Antecedente de I.V.A.S. uma semana antes da
    instalação do quadro.
Exame físico


   Exame clínico geral: normal
   Exame neurológico: Consciente e orientada
   Pares cranianos e cerebelo: s/alterações
   Sensibilidade: normal
   Força muscular: grau 5 MMSS / 4 MMII
   Reflexos MMII: hipoativos
Exames complementares


   ENMG mostrou desmielinização multifocal e
    evidências de remielinização com graus variados
    de perda axonal associada.
   A partir da segunda semana o LCR apresentou
    aumento das proteínas e celularidade normal .
    - Celularidade de 5 a 10 % - investigar :
      sarcoidose, HIV e doença de Lyme.
Síndrome de Guillain -Barré

 Paralisia flácida de instalação aguda secundária ao
  envolvimento do SNP.
 Fator desencadeante é observada em 2/3 dos casos,
  destacando-se infecções virais por
 CMV, HIV e Epstein-Barr,
 bacterianas (principalmente
 Campylobacter jejuni), cirurgias,
 trauma, linfoma e LES.                    Campylobacter jejuni
Evolução

   Evolução: é sub-aguda; alguns pacientes não
    apresentam qualquer grau de impotência
    funcional, enquanto outros ficam completamente
    plégicos, com comprometimento músculos
    respiratórios e/ou pares cranianos. Pode progredir
    até 4 semanas
   Distúrbios do ritmo cardíaco e da pressão arterial
    podem ser fatais
Prognóstico


   Mortalidade: 3% a 10 %
   Em 3% ocorre recorrência e em 20%, sequela
    residual em 1 ano e 5% dos pacientes permanecem
    incapacitados
   Variáveis : Síndrome Miller-Fisher (ataxia, arreflexia
    e oftalmoplegia)
   Forma paraparética e bráquio-cérvico-faríngea
Diagnóstico diferencial das
       Neuropatias inflamatórias


   Diferencia-se a PIDC da Síndrome de GB, pelo
    fato de que nesta a progressão ocorre por
    período máximo de 5 semanas.
   A PIDC pode responder à corticóides.
   Achados eletrofisiológicos de ambos são
    superponíveis.
Tratamento
   Imunoglobulina humana
   Plasmaférese
Caso 03
A.F.S.

   sexo feminino, 25 anos
   iniciou com comichões, sensação de alfinetadas
    e agulhadas nos pés. Após algumas semanas, a
    marcha tornou-se instável e rígida, sobrevindo
    fraqueza dos membros inferiores.
Exame físico


   Exame físico geral: normal
   Exame neurológico: consciente , orientada
   Força muscular MMII: G IV , discreta
    espasticidade, alterações nos reflexos tendinosos
   Marcha: atáxica
   Sensibilidade: normal
Exames Complementares
   Dosagem sérica Vitamina B12
   Hemograma
                       ANTES
   RM                 agosto-2006




                         DEPOIS
                         abril-2007
Degeneração combinada subaguda


   Medula espinhal, cérebro, nervos ópticos
   Provocada pela deficiência de vitamina B12
   Acometem as colunas posteriores e laterais da
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Tratamento
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Caso 04
S.E.O.

   masculino , 45 anos, comerciante
   Há 30 dias iniciou com visão dupla e queda das
    pálpebras. Após alguns dias referia fraqueza na
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Exame físico

   Exame físico geral: normal
   Exame neurológico: consciente, orientado
   Ptose palpebral
   Fraqueza muscular MM flexora e extensora do
    pescoço
   Reflexos: normoativos
   Sensibilidade: normal.
Exames Complementares



   ENMG: Rápida redução na amplitude dos
    potenciais musculares evocados durante
    estimulação repetitiva .
   Mensuração de anticorpo anti-receptor ACh
   Teste do edrofônio
Miastenia Gravis
   Doença que afeta a junção neuromuscular
   Características essenciais: fraqueza flutuante e
    fadigabilidade muscular
   A fraqueza do músculo
     elevador da pálpebra ou
    dos músculos extra-oculares
    é a manifestação inicial da
    afecção em cerca da metade
    dos casos
Tratamento
   Agentes anticolinesterásicos
   Timectomia
   Crise miastênica:
    - Corticóides
    - Azatioprina, ciclosporina
    - Imunoglobulina humana
    - Plasmaférese
Caso 05
F.V.

   28 anos, masculino, casado, metalúrgico, natural e
    residente em SCS
   06/2006: dor em MMII de forte intensidade, tipo
    neuropática.
   Procurou vários médicos no período - sensações
    parestésicas acompanharam o quadro.
   Há 2 meses, piorou da força muscular - agora também
    em MMSS + dificuldade progressiva na deambulação
    ( só com andador) + impotência sexual (sem
    disfunção esfincteriana)
Exame clínico


   Exame clínico geral: normal
   Exame neurológico: consciente, orientado
   Tetraparesia distal predomínio MMII
   Hiporreflexia generalizada
   Disestesia em MMII
   Cutâneo-plantar: flexão bilateral
Exames complementares


   LCR : 2 células, proteína = 120, EFP normal
   sorologias: - HIV: não reagente
                  - hepatite: normal
   provas de função reumática: normais
   ENMG: polineuropatia sensitivo motora
    desmielinizante com perda axonal secundária
Polineuropatia Inflamatória
      Desmielinizante Crônica (PIDC)
   Entidade nosológica com critérios clínicos,
    eletrofisiológicos e histológicos bem definidos
   Polineuropatia com progressão de 2 meses ou
    mais que envolve os membros - proximal e
    distalmente - com achados eletromiográficos
    indicativos de desmielinização multifocal
   Doença considerada rara (1 caso para 200.000 habitantes/ano)
   Há um apreciável número de doenças sistêmicas associadas
    à PIDC
   A polineuropatia diabética é, essencialmente, sensitiva.
    Na maioria das vezes, déficit motor em pacientes diabéticos
    se trata de PIDC associada
Etiologia


   A patogenia e fisiopatologia da PIDC não são de
    todo conhecidas, mas há apreciável conjunto de
    evidências a sugerir que sua base seja imunológica,
    particularmente pela resposta a imunossupressores e
    imunomoduladores
   Do ponto de vista evolutivo, há formas de evolução
    contínua; outras, à semelhança da esclerose múltipla,
    recorrentes
Tratamento


   Corticóides
   Ciclofosfamida
   Imunoglobulina humana : atualmente é
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Discussão de Casos Clínicos de Neurologia

  • 1. Discussão de Casos Clínicos Serviço de Neurologia Dr. Carlos Henrique D. Carneiro
  • 2. Caso 01 D.I.  57 anos  masculino  cabeleireiro  crises epilépticas parciais motoras há 10 meses
  • 3. Exame físico  Exame físico geral : discreto descoramento de mucosas  Exame Neurológico: - papiledema - hemiparesia esquerda
  • 4. Exames complementares  Tomografia computadorizada SC SC CC CC
  • 6. Exames complementares  Exame anátomo-patológico: presença de leveduras em gemulação múltipla compatíveis com Paracoccidioides brasiliensis.
  • 7. Paracoccidioidomicose  Doença sistêmica causada pelo fungo Paracoccidioides brasiliensis.  Frequência do acometimento do S.N.C.: 27,27%  Formas: pseudotumoral e meníngea.  Tratamento: Anfotericina B, derivados azólicos e sulfamídicos.  Evolução: o paciente evoluiu bem , mantendo discreta hemiparesia e hipoestesia
  • 8. Conclusão  O acometimento do SNC é mais freqüente do que se supunha  Diagnóstico: relativamente difícil - geralmente só desvendados após cirurgia e estudo anátomo-patológico.  Tratamento: cirúrgico e antimicrobiano é eficaz e de baixo custo ( sulfametoxazol-trimetoprim)  Evolução favorável está intimamente correlacionada à precocidade diagnóstica e a correta decisão terapêutica
  • 9. Caso 02 C.M.  27 anos , feminina , branca , jornalista, natural e residente em Santo André.  Deu entrada no P.A. com história de fraqueza progressiva em MMII mais evidente em mm distais, dor nas panturrilhas e parestesias nos pés.  Antecedente de I.V.A.S. uma semana antes da instalação do quadro.
  • 10. Exame físico  Exame clínico geral: normal  Exame neurológico: Consciente e orientada  Pares cranianos e cerebelo: s/alterações  Sensibilidade: normal  Força muscular: grau 5 MMSS / 4 MMII  Reflexos MMII: hipoativos
  • 11. Exames complementares  ENMG mostrou desmielinização multifocal e evidências de remielinização com graus variados de perda axonal associada.  A partir da segunda semana o LCR apresentou aumento das proteínas e celularidade normal . - Celularidade de 5 a 10 % - investigar : sarcoidose, HIV e doença de Lyme.
  • 12. Síndrome de Guillain -Barré  Paralisia flácida de instalação aguda secundária ao envolvimento do SNP.  Fator desencadeante é observada em 2/3 dos casos, destacando-se infecções virais por CMV, HIV e Epstein-Barr, bacterianas (principalmente Campylobacter jejuni), cirurgias, trauma, linfoma e LES. Campylobacter jejuni
  • 13. Evolução  Evolução: é sub-aguda; alguns pacientes não apresentam qualquer grau de impotência funcional, enquanto outros ficam completamente plégicos, com comprometimento músculos respiratórios e/ou pares cranianos. Pode progredir até 4 semanas  Distúrbios do ritmo cardíaco e da pressão arterial podem ser fatais
  • 14. Prognóstico  Mortalidade: 3% a 10 %  Em 3% ocorre recorrência e em 20%, sequela residual em 1 ano e 5% dos pacientes permanecem incapacitados  Variáveis : Síndrome Miller-Fisher (ataxia, arreflexia e oftalmoplegia)  Forma paraparética e bráquio-cérvico-faríngea
  • 15. Diagnóstico diferencial das Neuropatias inflamatórias  Diferencia-se a PIDC da Síndrome de GB, pelo fato de que nesta a progressão ocorre por período máximo de 5 semanas.  A PIDC pode responder à corticóides.  Achados eletrofisiológicos de ambos são superponíveis.
  • 16. Tratamento  Imunoglobulina humana  Plasmaférese
  • 17. Caso 03 A.F.S.  sexo feminino, 25 anos  iniciou com comichões, sensação de alfinetadas e agulhadas nos pés. Após algumas semanas, a marcha tornou-se instável e rígida, sobrevindo fraqueza dos membros inferiores.
  • 18. Exame físico  Exame físico geral: normal  Exame neurológico: consciente , orientada  Força muscular MMII: G IV , discreta espasticidade, alterações nos reflexos tendinosos  Marcha: atáxica  Sensibilidade: normal
  • 19. Exames Complementares  Dosagem sérica Vitamina B12  Hemograma ANTES  RM agosto-2006 DEPOIS abril-2007
  • 20. Degeneração combinada subaguda  Medula espinhal, cérebro, nervos ópticos  Provocada pela deficiência de vitamina B12  Acometem as colunas posteriores e laterais da medula  Ausência fator intrínseco que transporta a cobalamina, ressecções gástricas, lactovegetarianos, defeitos genéticos, etc...
  • 21. Tratamento  Administração imediata de Vitamina B12 e a continuação do tratamento pelo resto da vida do paciente
  • 22. Caso 04 S.E.O.  masculino , 45 anos, comerciante  Há 30 dias iniciou com visão dupla e queda das pálpebras. Após alguns dias referia fraqueza na MM do pescoço que piorava à medida que o dia ia passando
  • 23. Exame físico  Exame físico geral: normal  Exame neurológico: consciente, orientado  Ptose palpebral  Fraqueza muscular MM flexora e extensora do pescoço  Reflexos: normoativos  Sensibilidade: normal.
  • 24. Exames Complementares  ENMG: Rápida redução na amplitude dos potenciais musculares evocados durante estimulação repetitiva .  Mensuração de anticorpo anti-receptor ACh  Teste do edrofônio
  • 25. Miastenia Gravis  Doença que afeta a junção neuromuscular  Características essenciais: fraqueza flutuante e fadigabilidade muscular  A fraqueza do músculo elevador da pálpebra ou dos músculos extra-oculares é a manifestação inicial da afecção em cerca da metade dos casos
  • 26. Tratamento  Agentes anticolinesterásicos  Timectomia  Crise miastênica: - Corticóides - Azatioprina, ciclosporina - Imunoglobulina humana - Plasmaférese
  • 27. Caso 05 F.V.  28 anos, masculino, casado, metalúrgico, natural e residente em SCS  06/2006: dor em MMII de forte intensidade, tipo neuropática.  Procurou vários médicos no período - sensações parestésicas acompanharam o quadro.  Há 2 meses, piorou da força muscular - agora também em MMSS + dificuldade progressiva na deambulação ( só com andador) + impotência sexual (sem disfunção esfincteriana)
  • 28. Exame clínico  Exame clínico geral: normal  Exame neurológico: consciente, orientado  Tetraparesia distal predomínio MMII  Hiporreflexia generalizada  Disestesia em MMII  Cutâneo-plantar: flexão bilateral
  • 29. Exames complementares  LCR : 2 células, proteína = 120, EFP normal  sorologias: - HIV: não reagente - hepatite: normal  provas de função reumática: normais  ENMG: polineuropatia sensitivo motora desmielinizante com perda axonal secundária
  • 30. Polineuropatia Inflamatória Desmielinizante Crônica (PIDC)  Entidade nosológica com critérios clínicos, eletrofisiológicos e histológicos bem definidos  Polineuropatia com progressão de 2 meses ou mais que envolve os membros - proximal e distalmente - com achados eletromiográficos indicativos de desmielinização multifocal  Doença considerada rara (1 caso para 200.000 habitantes/ano)  Há um apreciável número de doenças sistêmicas associadas à PIDC  A polineuropatia diabética é, essencialmente, sensitiva. Na maioria das vezes, déficit motor em pacientes diabéticos se trata de PIDC associada
  • 31. Etiologia  A patogenia e fisiopatologia da PIDC não são de todo conhecidas, mas há apreciável conjunto de evidências a sugerir que sua base seja imunológica, particularmente pela resposta a imunossupressores e imunomoduladores  Do ponto de vista evolutivo, há formas de evolução contínua; outras, à semelhança da esclerose múltipla, recorrentes
  • 32. Tratamento  Corticóides  Ciclofosfamida  Imunoglobulina humana : atualmente é considerada medicação de primeira linha. Sua eficácia é observada em até 76% de pacientes  Plasmaférese