O documento discute as dificuldades de aprendizagem, especificamente a dislexia. Afirma que o número de alunos com dificuldades de aprendizagem tem aumentado consideravelmente e que muitos não concluem a escolaridade obrigatória. Fornece definições e sintomas comuns da dislexia em diferentes idades, como dificuldades com leitura, escrita e linguagem. Também discute métodos para trabalhar com indivíduos que têm dislexia.
3. Nos últimos anos
os alunos com dificuldades
de aprendizagem aumentou
consideravelmente tendo
passado de dezena de
milhar, para centena de
milhar.
4. Uma porcentagem muito
significativa de alunos com
Dificuldades de Aprendizagem não
concluem a escolaridade
obrigatória, contribuindo
grandemente para o insucesso
escolar existente no país.
5. “Para reconhecer-nos autor, torna-
se necessário que um outro nos
acompanhe reconhecendo o sujeito
como autor de seu discurso.”
Alícia Fernández
6. O QUE É DISLEXIA?
Do grego DUS = difícil, dificuldade;
LEXIS = palavra.
Etimologicamente a palavra
Dislexia significa dificuldades de
linguagem.
7. Condemarin & Blomquist (1989)
“entende pela expressão dislexia
específica, ou dislexia de evolução, um
conjunto de sintomas reveladores de
uma disfunção parietal ou parietal
occipital, geralmente hereditária ou às
vezes adquirida, que afeta a
aprendizagem da leitura num contínuo
que se estende do sintoma leve ao
severo”.
8.
9. Mas M. Thompson nos dá a seguinte
definição:
“é uma dificuldade séria com a forma
da linguagem que é independente de
qualquer causa intelectual, cultural e
emocional”.
10. É caracterizado por que as
aquisições do indivíduo no
ambiente da leitura, da
escrita e a ortografia, estão
muito abaixo do nível
esperado em função de sua
inteligência e da idade
cronológica.
11. É particularmente um
problema que afeta as
habilidades lingüísticas
associadas à escrita, a
codificação visual para a
verbal, a memória a curto
prazo, a percepção de ordem
e a sucessão.
12. A dislexia é freqüentemente
acompanhada de transtornos na
aprendizagem da escrita, ortografia,
gramática e redação.
A dislexia é apresentada em muitos
graus, desde pequenos problemas
superáveis a curto prazo até uma
dificuldade que se arrasta por toda a
vida.
13. Com o início do tratamento
com antecedência podem-se
obter resultados positivos e uma
clara melhora no rendimento
escolar.
14. O indivíduo que apresenta
os sintomas da dislexia tem
que ser amparado com
urgência para não apresentar
problemas de personalidade
e aparição de condutas
impróprias, como:
15. falar demais,
brigar com os colegas,
não fazer as tarefas,
distraimento,
imaturidade ou apresentar ações
inadequadas
como forma de obter o
reconhecimento que não pode
alcançar para seus resultados
16. As crianças com problemas de
dislexia de acordo com os
critérios da Associação Britânica
de Dislexia e com outras fontes,
apresentam os seguintes sinais
(alguns deles, não
necessariamente todos) de
acordo com sua idade:
17. Crianças da Pré-escola
(Educação Infantil)
• História familiar de problemas
disléxicos (pais, irmãos, outros
parentes).
• Demora em aprender a falar com
claridade.
18. • Confusões na pronúncia de
palavras que se assemelham por
sua fonética.
• Falta de habilidade para lembrar
o nome de uma série de coisas,
por exemplo as cores.
• Confusão no vocabulário que
tem que a ver com a orientação
espacial.
19. • Confusão no vocabulário que
tem que a ver com a orientação
espacial.
Alternância de dias "bons" e
"ruins” no trabalho escolar, sem
razão aparente.
20. •Aptidão para a construção e os
objetos e jogos "técnicos" (maior
habilidade manual que lingüística,
isso aparecerá tipicamente nos
testes de inteligência.),
jogos de blocos, lego, etc.
22. Crianças até 9 anos
• Particular dificuldade para
aprender a ler e escrever.
• Persistente tendência para
escrever os números em espelho
ou em direção ou orientação
inadequada.
23. • Dificuldade de aprender o alfabeto
e as tabuadas de multiplicar e em
geral para reter seqüências, como
os dias da semana, os dedos das
mãos, os meses do ano, por
exemplo.
24. • Dificuldade para distinguir a
esquerda da direita.
• Falta de atenção e de
concentração.
• Frustração, possível começo de
problemas de comportamento.
25. Crianças entre 9 e 12 anos
• Problemas de comportamento: impulsividade,
falta de atenção, imaturidade.
• Erros contínuos de leitura, pouca interpretação
textual.
• Forma estranha de escrever, por exemplo:
omissão de letras, alteração da ordem das
mesmas.
• Desorganização em casa e na escola.
26. •
•Dificuldade para copiar cuidadosamente
da lousa e no caderno.
• Dificuldade para seguir instruções
orais.
• Aumento da falta de autoconfiança e
aumento da frustração.
• Problemas para entender a linguagem
oral e escrita.
28. .Tendência para a escrita
descuidada, desordenada, em
ocasiões incompreensíveis.
• Inconsistências gramaticais e
erros ortográficos, às vezes
permanência das omissões,
alterações e adições da fase
anterior.
29. • Dificuldade para planejar e
editar histórias e composições
escritas em geral.
• Tendência para confundir as
instruções verbais e os
números de telefone.
30. • Grande dificuldade para a
aprendizagem de idiomas
estrangeiros.
• Baixa auto-estima.
• Dificuldade na percepção da
linguagem, por exemplo em seguir
instruções.
31. •Baixa compreensão na leitura.
• Aparecimento de condutas
destrutivas ou de inibição
progressiva. Às vezes,
depressão.
• Aversão para a leitura e a
escrita.
32. A observação de que os
transtornos que desencadeiam a
dislexia não se dão sempre na
mesma totalidade.
33. A criança disléxica apresenta
características de personalidade que
às vezes é atribuída à outra coisa,
mas que têm a ver com o seu
problema de aprendizagem, às vezes
como causa e outra como
34. Em geral as crianças que tem dislexia
produzem:
Indiferença para os estudos;
Inadaptação pessoal;
Discalculia;
Linguagem;
Leitura e escrita.
35. A análise qualitativa da
leitura oral de um
disléxico revelará alguma
ou várias das seguintes
dificuldades:
36. 1.Confusão entre letras, sílabas
ou palavras com diferenças
sutis de grafia como:
a/o; c/o; e/c; a/n; i/j;
m/n; v/u; b/p; etc.
37. 2.Confusão entre letras, sílabas
ou palavras com grafia similar,
mas diferente orientação no
espaço:
b/d; b/p; b/q; d/b; d/q;
n/u; w/m.
38. 3.Confusão entre letras que
possuem um ponto de
articulação comum e cujos sons
são acusticamente próximos:
d/t; j/x; c/g; m/b/p; v/f.
39. 4. Inversões parciais ou totais de
sílabas ou palavras:
me-em;
barço-braço;
drala-ladra, etc.
40. 5. Substituição de palavras por outras de
estrutura mais ou menos similar ou criação
de palavras com significado diferente:
soltou – salvou;
era – ficava; etc.
Às vezes a palavra só tem em comum a
primeira letra. O que acontece é que o
disléxico não tem a capacidade de “prever" o
que vem na continuação.
41. 6. Adições ou omissões de
sons, sílabas ou palavras
como:
famoso substituído por fama;
casa por casaco.
42. 7. Repetições de sílabas,
palavras ou frases.
8. Pular uma linha, retroceder
para a linha anterior e perder a
linha ao ler.
9. Excessiva fixação do olho na
linha.
43. 10.Soletração defeituosa: reconhece
letras isoladamente, porém sem
poder organizar a palavra como um
todo, ou então lê a palavra sílaba por
sílaba, ou ainda lê o texto “palavra
por palavra”.
44. 11. Problemas de compreensão.
12. Leitura e escrita em espelho
em casos excepcionais.
13. Elegibilidades.
45. 14. Em geral as dificuldades do
disléxico no reconhecimento das
palavras obrigam-no a realizar
uma leitura hiperanalítica e
decifra- tória.
Como dedica seu esforço à
tarefa de decifrar o material,
diminuem significativa- mente a
velocidade e a compreensão
46. Porém as características descritas
na leitura dos disléxicos raramente
se apresentam isoladamente,
conforme Johnson e Myklebust as
mais comuns são:
47. — Alterações na memória;
— Alterações na memória de séries
e seqüências;
— Orientação direita / esquerda;
— Linguagem escrita;
— Dificuldade em matemática;
49. Métodos gerais para trabalhar com
os indivíduos com dislexia (de
acordo com os casos).
Reeducação e reconstrução do
processo pedagógico.
50. a) Trabalha-se mais o fonético ou
analítico-sintético;
b) Progressão que vai desde as tarefas
mais simples até as mais complexas.
Deve-se desenvolver lenta e
gradualmente;
c) A aprendizagem visual deve ser
reforça- da através de outros canais
sensoriais.
51. d) O material de leitura deve ser
estimulante, interessante e
selecionado.
e) O ensino deve ser individual e
intenso.
52. f) Para que o indivíduo caminhe com
segurança na leitura, na escrita, na
ortografia, na interpretação textual,
na matemática, deverá considerar
conteúdos importantes, e
desconsiderar outras línguas.